Amor com amor se paga (I)

Um conto erótico de Paulo César
Categoria: Heterossexual
Contém 2400 palavras
Data: 11/05/2006 00:45:43

O seu olhar vagueava pelo quarto à procura de explicação.

Onde estava? E porque estava ali? O que se passara?

Não tinha qualquer memória que lhe pudesse justificar a sua presença ali, naquele quarto impessoal, onde a luz entrava coada por um cortinado fino de um tecido esbranquiçado, que aparentava ter anos de uso.

A cama era de ferro, pintada de branco. Era articulada e estava numa posição semi elevada na zona da coluna e cabeça. Os lençóis tinham uma inscrição estampada com três letras – HTS – e a colcha era branca, como quase tudo em redor. Havia máquinas à sua volta e estava ligado a uma delas, que de vez em quando, ritmadamente, lançava um bip-bip.

Tentou mexer-se, mas sentiu uma dor aguda na zona da bacia, além de que a cabeça parecia muito pesada e ao mesmo tempo oca. Ficou quieto enquanto uma sensação de angústia e medo o inundava, fazendo-o sentir-se esmagado ante a ignorância da situação em que se encontrava.

No corredor ouviu passos que se encaminhavam para a porta do seu quarto. Virou a cabeça e viu surgir uma figura de mulher envergando uma bata branca, trazendo pendurado ao redor do pescoço um aparelho que não conseguiu identificar.

Ao aproximar-se a mulher sorriu um sorriso largo e satisfeito e falou calmamente, quase em surdina:

- Ora finalmente o nosso homem acordou! Já tardava... Mas agora vamos com calma. Não pode esforçar-se rigorosamente nada! Não se enerve, nem se angustie! Tem que ter calma e saber esperar. Está bem?

Quis falar, mas a voz não lhe saiu. Parecia que um bloqueio qualquer lhe atrofiava os canais de comunicação entre o lado mental, onde construíra a frase que queria dizer, e o lado físico da sua capacidade de expressão. Assustou-se e começou a chorar como uma criança.

A mulher veio de imediato e tomando-lhe a mão disse com voz doce:

- Vá... então! Não vamos entrar em desespero! Agora já está a ficar bom! Consegue perceber o que eu digo? Está a ouvir-me?

Adriano meneou a cabeça em sinal de confirmação e com gestos desesperados pediu papel e caneta.

A mulher custou a perceber, mas quando entendeu perguntou:

- Papel e caneta? Para quê? Então, não consegue falar? Ouve, mas não consegue falar... É isso?

Adriano voltou a balançar a cabeça em sinal de confirmação e a mulher mostrou uma cara de preocupada, enquanto, voltando-se para o homem deitado na cama, disse com todo o cuidado:

- Sr. Adriano, o senhor não pode fazer esforços, pois está em recuperação... Sabe o que lhe aconteceu? Lembra-se do motivo que o fez vir para aqui?

Agora, Adriano meneou a cabeça em sinal de negação. De facto não se recordava de nada e até o seu próprio nome, dito por aquela mulher de branco, lhe parecia pouco familiar ou mesmo estranho.

Adriano estava no Hospital de Todos-os-Santos, em Lisboa, e havia chegado ali há uma semana, de urgência, na sequência de um acidente de viação em que se vira envolvido. Dera entrada com fracturas múltiplas e em estado crítico, tendo entrado em situação de coma após duas horas. Fora sujeito a uma operação à cabeça, devido à existência de um traumatismo craniano profundo, e estava ligado a uma máquina que registava toda a sua actividade cerebral enquanto durou o estado de coma.

Acabara de despertar do coma e a mulher de branco era a sua médica assistente, que tentava animá-lo, evitando no entanto pô-lo a par do seu estado real e do que se passara, pois o seu estado psico-emocional ainda era bastante fraco e poderia não ser capaz de digerir toda a situação.

Adriano tinha 38 anos, era casado, sem filhos e trabalhava numa empresa de produtos alimentares, sendo o chefe de operações no Armazém Central da empresa.

Antes do acidente era um tipo divertido, expansivo, alegre, muito dado a farras e muito dedicado à sua esposa – a sua amante – como carinhosamente lhe chamava, tendo com ela uma relação de total abertura e sem tabus.

Por sua vez Isabel, a mulher de Adriano, era uma fêmea de 35 anos, de corpo esbelto e bem torneado, de olhos verdes muito grandes e com uma boca carnuda, muito expressiva, com um sorriso de arrasar o mais sisudo dos machos.

Tinha 1,68 de altura e uma pernas grossas de ancas cheias e roliças, um peito médio, muito bem feito e firme, e um porte global altivo.

Do ponto de visto sexual era, dizia Adriano, uma “gulosa”, sempre pronta para aceitar um qualquer convite ou proposta, capaz de inovar a cada novo dia, empreendedora e enérgica, fogosa e claramente uma predadora sexual.

Apesar destes atributos, era fiel a Adriano e jamais ousou sequer congeminar uma hipótese de traí-lo.

Adriano era, por sua vez, um macho suficientemente dotado para satisfazer todos os caprichos da sua “esposa-amante” e, apesar de ocasionais escapadelas, nunca colocou a hipótese de trocar Isabel por qualquer outra das suas aventuras esporádicas.

Na cama, estavam como peixe na água e à fogosidade endiabrada de Isabel respondia Adriano com a sua incansável capacidade para satisfazê-la, como, quando e onde ela pedisse, satisfazendo-se também no gozo louco de possuí-la.

Eram, pode bem dizer-se, um par de amantes por inteiro e felizes!

Passaram quatro meses desde o dia em que Adriano acordara do coma, no Hospital de Todos-os-Santos. Recuperara todas as suas capacidades e estava a pontos de sentir-se, de novo, o Adriano de antes do acidente. Fizera um percurso lento com fisioterapia, terapia da fala, psicoterapia, mas estava claramente em total recuperação.

Apesar de tudo, o episódio do acidente ficou totalmente apagado da sua memória, como se aquela parte da sua vida nem sequer tivesse existido.

Já estava em casa há três meses e reaprendera a viver um dia de cada vez.

Era um renovado Adriano em tudo, excepto naquela parte que tanto o fizera feliz e fizera feliz Isabel: o sexo!

Não funcionava! Não que não sentisse desejo, tesão mesmo! Não que não tivesse tentado mil vezes nesses três meses. Não que Isabel não o compreendesse e incentivasse a não desistir. Não que não quisesse: ele queria e muito, mas as coisas não aconteciam.

Isabel, fogosa como sempre, inventava mil maneiras de o excitar, de lhe causar tesão e ele respondia, numa fase inicial aos estímulos, mas no minuto seguinte perdia por completo a erecção e nunca havia conseguido realizar o coito.

Carinhosa, Isabel brincava com ele, dizendo:

- Oh querido, então esses caralho fica teso ou não! Vá lá, a minha coninha quer ser fodida por esse cacetão grosso! Anda, põe a verga dura, meu cavalo de cobrição! Salta-me para a garupa e enterra essa moca na minha greta molhada!

Nada acontecia! Isabel mamava-o com frenesim, fazendo-lhe broches de autêntica desvairada e ele sentia uma tesão enorme, mas na hora de foder, aquele nervo robusto que tanta vez fornicara aquela rata comilona, perdia a força e murchava sem qualquer razão. Batia-lhe valentes punhetas, amassando-lhe os colhões gordos, mas na hora da verdade todo o esforço desabava e a tesão esfumava-se sem aviso.

Para tentar resolver a situação, Isabel alugava filmes porno, comprava revistas pornográficas, punha roupa sexy, inventava mil formas de tentar inverter a situação, mas Adriano nunca atingia o ponto que lhe permitisse satisfaze-la e satisfazer-se a si mesmo.

Adriano desesperava por conseguir voltar a ser como era antes, mas começava a sentir-se incapaz de achar uma solução e isso deixava-o cada vez mais triste e desesperado.

Certa noite, quando Isabel lhe fazia um broche na tentativa de conseguir que ele a fodesse, Adriano disse-lhe com as lágrimas a correr pela cara abaixo:

- Pára amor! Já não sou o homem que tu precisas! Já não presto! Não vou conseguir foder-te nunca mais!

Isabel, cheia de tesão e excitada pela masturbação que fazia a si mesma enquanto mamava o sardão de Adriano, olhou-o nos olhos, beijou-o na boca e disse:

- Oh querido, não digas isso! Isso vai passar, vais ver! Tu continuas a ser o meu cavalo de cobrição! E eu continuo a ser a tua putinha de estimação! Fofo! A minha cona é só tua e apesar de ter vontade de ser fodida por esse cacete duro, podes ficar certo que não vou desistir de te pôr outra vez capaz de me comer a ratazana!

Adriano sentiu-se reconfortado, mas lá no intimo sentia que as coisas podiam sofrer um volte face a qualquer momento. Isabel era uma mulher na força da vida, fogosa e descomplexada e não poderia continuar à espera de um homem que não tinha como satisfazer as suas necessidades de fêmea.

Claro que ele e ela se fodiam um ao outro e atingiam o orgasmo, mas Isabel há já quatro meses que não era arrombada por um caralho na sua cona quente e funda. Ele conseguia esporrar-se esporadicamente ou com um broche ou com uma punheta que ela lhe fazia. Ela conseguia foder-se mais facilmente, pois sempre que Adriano lhe fazia uma mamada naquele seu clitóris rosado e lhe massajava a gruta quente com os dedos adestrados ela entrava em órbita e extasiada rejubilava no prazer de orgasmos, por vezes múltiplos.

Para ajudar Isabel, Adriano comprou-lhe até um dildo de latex e um vibrador avantajado de 18 centímetros que ela engolia todo, sempre que a pichota dele se recusava a funcionar. Mas não era satisfatório ou suficiente. Adriano sabia-o, apesar de Isabel tentar negá-lo. Adriano fazia tudo para satisfazê-la, tentando ele mesmo recuperar as capacidades perdidas. Em todo o lado aproveitava para “foder” a sua mulher, fosse com minetes, fosse massajando-lhe o grelo, e tornaram-se, nesse aspecto, autênticas máquinas de sexo alternativo. Nas ruas escondidas, no elevador do prédio, nas salas de cinema, na praia, nos jardins públicos com recantos, onde apetecesse e fosse possível Adriano tratava de satisfazer Isabel e ela respondia na mesma moeda, fazendo-lhe broches e punhetas sem tamanho.

Na opinião avalizada dos médicos, não havia razão para que a erecção se perdesse uma vez que Adriano sentia desejo e excitação e conseguia mesmo ejacular em determinadas situações, embora a erecção não fosse a mais forte, mesmo nesses momentos. Do ponto de vista da medicina tudo estava bem com Adriano e, por isso, era de esperar que a qualquer momento o problema se resolvesse por si mesmo e Adriano voltasse a sentir uma erecção capaz de permitir o coito total, logo a satisfação sexual integral.

Enquanto esse dia não chegava, Adriano desesperava e pensava na forma de conseguir que sua mulher não se sentisse insatisfeita sexualmente.

Um dia, já perto do quinto mês após o acidente, Adriano teve uma ideia que, apesar de ousada, lhe pareceu capaz de, pelo menos, atenuar as necessidades de sua esposa.

Em conversas tidas com Isabel, ainda antes do acidente, já haviam abordado este assunto, embora sempre numa perspectiva de hipótese remota, mas não totalmente inaceitável. Aconteceria se, numa qualquer altura, ambos entendessem que deveria acontecer, pois não tinham tabus ou preconceitos sobre sexo!

A ideia foi ganhando forma e tomando conta dos seus pensamentos, acabando por excitá-lo até ao ponto de, nesses momentos, sentir necessidade de socar o caralho em punhetas saborosas que, apesar de tudo, raramente chegavam ao orgasmo.

Quando decidiu que deveria avançar, Adriano chamou Isabel e fazendo-a sentar-se no sofá começou a beijá-la, em beijos de língua, a que ela respondeu sem hesitação afundando na dele a sua língua endemoninhada, enquanto se esfregava no corpo viril do marido iniciando um stripe-tease expontâneo que a foi deixando nua e totalmente excitada ao ponto de puxar o tarolo de Adriano para fora das calças e de joelhos começar uma mamada de autêntica cadela no cio.

Enquanto ela mamava o cacete, Adriano pegava-lhe na cabeça entre as mãos e guiando o movimento de vai-vem fazia-a subir e descer obrigando-a a engolir todo o seu salsichão.

Aproveitando a ocasião e porque a excitação que sentia era anormalmente grande, Adriano grunhia, resfolegava, soprava, gemia e em extase ia falando ordinarices enquanto Isabel continuava firmemente a sugar o cacete:

- Oh filha, mama-me o caralho, puta! Mama, caralho! Estou a sentir uma tesão de louco! Oooohhhh! Que valente brochada, minha gulosa! Oooohhhh! Que tesão! Tenho o cacete a estoirar! Que boca quente e que garganta funda, cabra! Mama... Mama....

Adriano estava totalmente fora de si. A tesão sentida avolumava-se a cada nova investida da boca de Isabel na sua alavanca. Há muito tempo que não sentia nada assim. Ia esporrar-se naquela garganta funda da sua sugadora de serviço. Gritou, enquanto apertava mais as mãos em volta da cabeça da esposa e lhe metia o caralho grosso na boca quente e lambuzada:

- Oh, caralho! Vou-me esporrar todinho na tua boca! Oh, engole esses leites do teu cavalo! Mama essa nata agridoce, ordinária! Oooohhhh!!! Veeeeenho-mmmeee!!!

Isabel parecia alucinada enquanto Adriano derramava todo o seu sémen na sua boca. Os olhos pareciam querer saltar-lhe das órbitas e com a boca inundada de esporra comprazia-se em engolir todo o suco do seu macho.

Levantou-se e desvairada, tirou as cuecas totalmente encharcadas levantou a saia e arreganhando as pregas da cona com dois dedos meteu outros dois dedos na greta rosada e lambuzada e começou a massajar-se com fúria. Adriano assistia aquela cavalgada manual com o caralho pendurado e pingando. Isabel ritmadamente masturbava-se!

Sentado no sofá, Adriano puxou Isabel para si e mostrou-lhe o que ela deveria fazer. Ela obedeceu de pronto. Subiu para cima do sofá e de pernas abertas, mostrando a sua coninha ensopada, aceitou a boca do marido que passou a fazer-lhe um minete poderoso que em dois minutos a pôs a gritar de tesão:

- Oh, docinho... Meu mineteiro do caralho! Vá lambe-me a greta! Chupa-me o grelo, cabrão! Fode essa cona com a língua, seu chupador! Oooohhhh!!!! Foda-se, caralho. Vou-me vir que nem uma cadela! Lambe... Lambe... Lambe-me a cona, meu cavalo! Oh, estou a esporrar-me... Venho-me! Chupa-me os leites, caralho! Oooohhhh!!!! Que loucura, amor!

Sem qualquer pudor ou preconceito, Isabel desceu e de imediato segurou na cabeça de Adriano e metendo a sua boca na dele trocou com a sua língua um beijo apaixonado, misturando nas suas bocas o gosto da esporra do outro.

Exaustos, sentaram-se lado a lado, abraçados, respirando aceleradamente.

Adriano olhou a sua pichota pendente e a coninha lambuzada de Isabel e sentiu um arrepio estranho percorrer-lhe a espinha. Por dentro tremeu, mas sentiu-se bem, pela primeira vez feliz desde há quase cinco meses.

Olhando Isabel nos olhos disse:

- Tenho uma surpresa para ti!

A surpresa de Adriano virá no próximo capítulo. Não desesperem!

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Comentários

Foto de perfil de NARRADOR

Que conto maravilhoso, chamou-me a atenção os inúmeros nomes pelos quais "batizou" os sexos, tanto dele, quanto dela.

Parabéns pelo conto. Lerei os outros 45 que escreveu.

forrestgump73@outlook.com

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Adoro todos os contos que envolvam sentimentos verdadeiros e profundos, como o Amoooree! portanto é 10!

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