Ternura

Um conto erótico de Jaelle
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 747 palavras
Data: 01/08/2007 11:44:35
Assuntos: Sadomasoquismo

Chegamos em sua casa, entramos na cozinha. Ele tira a bolsa do meu ombro, coloca em cima de uma cadeira, me abraça, começa a dar pequenos beijos no meu ombro.

- Me diz uma coisa... o que você tanto sonha comigo?

- Nada que eu queira te contar. – Começo a beijar o pescoço dele agora, também de leve.

- Hum... aceita fazer uma coisa diferente hoje?

- Claro! O que? – Eu e minha mania de querer sensações novas...

- Quer ser minha?

- Sua... ?– Arrepio. É com isso que sonho tanto, tanto...

- É, minha... pra eu fazer o que quiser, pra me obedecer no que eu quiser, minha, minha, minha... – Essas palavras sussurradas me deixam mais arrepiada ainda, sinto o sangue fugindo da cabeça.

Fico algum tempo em silêncio, tentando me controlar, a cabeça apoiada no seu ombro agora.

- Só se você me prometer uma coisa.

- Você acha que pode pedir pra eu prometer alguma coisa? – A voz ficando um tantinho brava, quase não consigo manter a calma quando respondo.

- Claro, ainda não sou sua. – Ele ri baixinho.

- Tem razão... diga.

- Não me machuque... muito.

- Hm... posso deixar marcas?

- Se forem poucas e leves, pode. Não resisto muito bem à dor.

- Claro, prometo.

Sentindo o chão sumir de baixo dos meus pés, me afasto um passo, olho em seus olhos, abaixo o rosto e digo:

- Confio em você, por isso me sentiria honrada se me tomasse como sua.

- Você quer ser minha?

- Sim, senhor.

- Peça.

- Por favor... por favor, nada me faria mais feliz do que te servir. Sou sua para que me ordene como quiser, mesmo que a ordem seja ir embora agora...

Ele me puxa pela cintura, uma das mãos passando firme pela minha bunda.

- Vamos ver se você veio sem calcinha como ordenei. – Estremeço ao perceber que, enquanto eu estou extremamente excitada, ele está normal... controlado, completamente, e eu perdida em vontades! Sou fraca, por isso ele é meu Mestre, e eu sou dele.

- Muito bom... tire a roupa, deixe na lavanderia e depois me leve um copo de água na sala.

Sentada em cima de uma mesa, as pernas abertas, a cabeça do pau de meu senhor dentro de mim e uma vontade enorme de senti-lo todo.

- Mas é uma puta mesmo... Me diz, o que você quer?

- Te quero, quero te ter em mim, duro, inteiro, quente...

As mãos dele estão uma de cada lado em minha cintura, impedindo que eu mova meu quadril. Tento mas não dá, ele é forte e prevê cada movimento meu.

- Pede.

Gelo mais uma vez. Odeio ter que pedir essas coisas, odeio ter que admitir que estou morrendo de tesão, odeio principalmente falar essas palavras vulgares... mas adoro quando me obrigam a fazer isso. Desisto de resistir, me entrego pra essa vontade louca.

- Me fode, Mestre, por favor!

Ele entra bem devagar, rindo da minha cara de quero mais. Finalmente começa a se mexer, e o mundo parece girar na minha cabeça. Gemo como nunca gemi antes.

- Gosta, não é, cadela?

- Adoro, você é muito gostoso... muito... que delícia! – Minha voz sai em arquejos, entre gemidos.

Suas unhas se fincam em cada lado da minha bunda enquanto ele intensifica o movimento, e nada mais existe agora a não ser esse prazer, essa dor, a vontade que ele aperte mais forte, que ele venha mais rápido... Gozo gritando, e ele goza assim que ouve meus gritos

Depois de dar uma arrumada geral na sala ele deita no sofá, cansado. Ergo a cabeça dele e me sento, deixando-a no meu colo. Sussurro pra ele

- Dorme... – Ele fecha os olhos e em pouco tempo começa a dormir.

Fico fazendo carinho na cabeça dele por algum tempo, depois saio com toda a delicadeza, tomo um banho rápido e arrumo o resto da sala, tirando qualquer vestígio do que aconteceu ali. Pego uma almofada e me sento no chão, fazendo carinho nele por não sei quanto tempo, até que ele acorda.

Abre os olhos, pisca, vê a sala toda arrumada e eu sentada com a mão em sua cabeça. Sorri e me manda levantar. Obedeço, giro meu corpo lentamente...

- Já te disse que você é linda?

Ajoelho na sua frente, sorrindo. Ele faz carinho no meu rosto, no meu cabelo.

- Já... já disse.

- Só que assim, com o corpo todo marcado, você fica ainda mais linda...

Meu sorriso se alarga, lembrando tudo que fizemos hoje. Ele puxa meu rosto levemente. Me inclino e o beijo, sentindo que estamos agora mais juntos do que em qualquer outro momento.

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Comentários

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Sou o autor de "minha estória com minha cadela". Gostei do seu conto e gostei do seu desejo. Quero te conhecer, acho que a gente pode fazer muita coisas loucas juntos.

demetrio.rangel@gmail.com

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Gosto do seu texto, da modo como tenta manejar a Língua para produzir pensamentos. A nota dez, na verdade, foi involuntária. Daria 9, como se minha opinião valesse algo. Mas pressinto que você sabe mexer com idéias. Precisa apenas refinar-se no texto. Trabalhá-lo mais. Cortar, cortar e cortar, sem ferir a lógica. Leitor tem que ter trabalho para ler. Pensar, imaginar, desafiar a si próprio. Esse o grande barato. Não se preocupe com comentários. Os piores, via de regra, são os melhores.

Sua temática, o masoquismo, é vasta e perigosa. Por isto mesmo, fascinante e desafiadora. Só não se deixe cair na mesmice.

Parabéns.

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