A fantasia era dela, mas adotei a personagem

Um conto erótico de Cleidinha
Categoria: Homossexual
Contém 1253 palavras
Data: 29/03/2009 12:58:20

Minha primeira vez foi há 5 anos. Na época, eu ainda estava no segundo ano do ensino médio. Tinha uma namorada, mas nunca conseguia ter orgasmo transando com ela e isso me frustrava bastante. De certo modo, eu sabia o que ocorria, mas tinha medo desta resposta. Passei parte da adolescência com problemas psicológicos, pois meu corpo desenvolvia menos hormônios masculinos do que o normal. Isto fazia com que eu tivesse poucos pêlos, um corpo acinturado, ancas grandes e até pequenas mamas. Para reduzir o transtorno e parecer mais masculino até raspava o cabelo.

Em decorrência disso, sofria todo tipo de pressão moral por parte da turma. Sofri por muito tempo, mas isso diminuiu muito, quando comecei a namorar. Começou, contudo, uma pressão muito maior. A pressão interna. Aos poucos, escondido, comecei a pegar as roupas da minha irmã e avaliar-me no espelho, colocando em dúvida minha virilidade. A bem da verdade, colocando em certeza de negação, até porque, minha própria namorada observava que eu tinha alguns traços pouco másculos. Isso me fazia ficar ainda mais complexado.

Naquele ano, teria uma festa a fantasia de despedida do colégio, como em todo ano. Ela, então, para me sacanear, sugeriu que fossemos fantasiados de super-heróis. Batman e mulher gato. Achei a idéia divertida, mas não me aprofundei no assunto. Ela era fã dos quadrinhos, mais do que eu jamais fui. Eis que na semana da festa, ela me relembrou do trato e entregou minha fantasia. No caso, a de Mulher Gato. Ela seria o Batman.

Minha reação foi de imediata contrariedade, mas ela disse que seria divertido. Primeiro porque a mulher gato usa máscara e isso esconderia a minha careca. Segundo, porque aquele uniforme era o clássico do período pré-crise, onde ela usava um vestido longo roxo e capa verde. Terceiro porque ela queria realizar aquele fetiche e iria me exibir com orgulho na frente de quem duvidasse da minha masculinidade.

Continuei negando.Tinha vergonha de uma situação ridícula daquelas. Ela, por sua vez, me pediu para ao menos pensar a respeito. Que confiasse nela. Isso, eu aceitei. Dois dias depois, já tinha aceitado a fantasia também. Estava louco para desfilar em público vestido de mulher gato, com aquele vestidinho delicioso, salto agulha e calcinha fio-dental. Até me deixei “convencer” a fazer uma depilação... Aliás, a cada parte que ficava lisa, eu ficava mais excitado com a situação.

No dia, após a minha namorada me maquiar, pude me ver no espelho. Sentia o pau explodir dentro da calcinha. Assim, acabamos chegando na festa. Para a minha surpresa, a princípio, ninguém notou que atrás da máscara de vilã, estava um rapaz. Só havia olhares curiosos porque minha namorada era indisfarçavelmente uma mulher vestida de batman.

Eu mal conseguia conter a excitação e deixava ela me pegar como eu a pegava normalmente, enquanto nos beijávamos. Isso atraía a atenção de alguns. Um que não parava de olhar, particularmente, me chamou a atenção. Um moreno forte, vestido de bombeiro secava descaradamente os nossos amassos. Eu o conhecia de vista, mas não éramos apresentados até então.

Minha namorada, num certo momento, se retirou para ir ao banheiro e o bombeiro veio até mim, sem pedir permissão e pegou de um jeito que eu nunca havia sentido antes. Tudo o que eu consegui fazer foi me entregar àquele beijo e sentir sua língua quente e grossa se deliciando com a minha. Demorei muito a lembrar que minha namorada estava na festa. Foi ao término do beijo com o “meu bombeirão”, como eu o chamei, que notei a falta dela. Após uma breve circulada, a vi nos braços de outro rapaz.

Meu coração se partiu e tentei sair correndo, mas o meu par não deixou. Perguntou o que aconteceu. Se não tinha gostado do beijo. Meus sentimentos estavam confusos. A excitação inicial se convertia em uma dor inominável. A vergonha pelo ato. A raiva dela. A raiva de mim. E eu, prestes a cair no choro, pedi para ir embora, mas ele quis me acompanhar.

Ele caminhava com o braço contornando a minha cintura e sua mão repousando em minhas nádegas que se empinavam e involuntariamente rebolavam sobre aquele salto alto. Com vergonha, mas no anseio insuportável de desabafar, contei a ele toda a minha história, mesmo sem esperanças de ser compreendido.

Ele me perguntou ao final, se eu queria chegar em casa naquele estado. Eu disse não ter opção. Ele já com as mãos distantes de mim, assim como todo o seu corpo, disse enquanto caminhava não ter preconceitos, mas que era hétero e eu podia ficar tranqüilo que não me aconteceria nada, mas que era melhor irmos para a sua casa, onde eu não teria que me explicar para ninguém. Lá ele me emprestaria alguma roupa sua e eu poderia voltar para a minha casa com a minha dignidade. Enquanto ele falava, eu pensava em que dignidade ele falava, pois eu não sentia mais nenhuma. Ainda assim, achei uma proposta acolhedora e honesta.

Já em sua casa, eu esperei na sala enquanto ele foi ao quarto buscar roupas para mim. Me entregou complementando que achava preferível me ver na atual. Eu ri disso e ele me deu o segundo beijo dos muitos que se seguiriam naquela noite. Não demorou mais do que alguns minutos para que estivessemos no da sala sofá, com aquele corpo pesando sobre o meu, enquanto tentava levantar o meu vestido, o qual eu tentava, sem muito sucesso, proteger.

Suas mãos ágeis em pouco tempo estavam me masturbando e eu já estava sem a roupa de baixo. Logo senti algo pressionando meu buraquinho e isso me fez parar tudo. Foi preciso muito carinho e conversa para me dissuadir da idéia de ir embora naquela condição. Acabei pegando no sono sobre seu tórax nu e acordei recebendo um cafuné já sem a máscara. Suas mãos repousavam sobre minha bunda, com um dedo sobre o meio dela e meu vestido levantado até a cintura. De intacto, só restava o scarpin.

Já estava mais calmo e comecei a apreciar a idéia. Delicadamente comecei a mexer as nádegas em sua mão que entendeu prontamente e começou a brincar com elas, também com sutileza, ao mesmo tempo que nossos lábios voltavam a se procurar.

Após isso, já estava mais desinibido e aceitei de bom grado o papel de fêmea. Curiosamente, consegui um orgasmo após semanas em que não tinha nenhum sem usar minhas mãos. Elas só ajudaram se segurando firme na cabeceira da cama e posteriormente, limpando o filete e sangue. Mais úteis foram as pernas, que mesmo sobre um salto agulha, conseguiram me apoiar para cima e para baixo sentando no colo daquele homem que me causou tanta dor física e psicológica, mas igualmente tanto prazer.

Nem cheguei a dormir. Me vesti e fui embora antes que alguém ficasse preocupado. Não peguei nenhuma de suas roupas. Quis ir assim para casa, sabendo que a idéia da fantasia me daria o álibi perfeito. Mais do que isso. Sentindo meu ânus pulsar loucamente após levar tanta vara. De tanto pulsar, mastigava a calcinha e me fazia relembrar cada detalhe, enquanto rebolava gostosamente no caminho para casa.

Estava encantado com aquele homem. Prometi ser dele para sempre. Isso nunca se concretizou e nunca mais, sequer nos falamos, embora sempre nos víssemos na escola, mas isto é assunto para outros relatos. Chegando em casa, enfim, voltei à realidade e encontrei minha namorada com olhos magoados, sentada no sofá à minha espera. Era o fim de um longo relacionamento, que nunca nos satisfez de verdade.

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Comentários

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Oi. Que conto delicioso. Adoro uma cdzinha, quero te conhecer, saber mais sobre voce. Escreva para mim, meu e-mail é yesenois@ig.com.br

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Belo relato, redação perfeita, emoções lindamente transmitidas. Clique neste "beduino" e leia meus relatos, especialmente "MINHA MOCINHA",e gostaria de sua opinião. Sua predileção por crossdress me entusiasmou. me acc. : faugustopessoa@bol.com.br.= Nota 10 com louvor!= Continue a escrever desta forma sincera e sensual. Abraços.

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