Crônicas Sadomasoquistas

Um conto erótico de Boemio
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1851 palavras
Data: 16/06/2009 15:45:53
Última revisão: 04/10/2010 10:18:14

Crônicas Sadomasoquistas

Olá bom dia a vocês que dispõem de seu tempo para ler estas linhas que me atrevo a escrever, não sou nenhum artista ou escritor, e não sou depravado como alguns podem pensar, mas o que hei de relatar fora um caso real confidenciado somente a mim que pretendo contar munido de devidas precauções (troca de nomes e locais) que não prejudicarão a trama que pretendo explanar a vocês.

Meu nome é André, detetive e tenho 42 anos, atuo em áreas especificas e para minha segurança é melhor não revelar por mais falsa que seja a minha especificação. Certa noite meu celular recebeu um chamado. Olhei o numero que aparecia decodificado e qual minha surpresa: um número desconhecido. Atendi-o e era uma chamada a cobrar para variar. Esperei aqueles toques e segundos depois uma voz doce e suave como nenhuma outra me recepcionou.

__ Por favor, me ajude!

__ Quem está falando? Quem é você?

__ Não me resta muito tempo, estou presa e estou perdida, por favor, você é minha única salvação.

__ Onde estás?

__ Não sei, é um galpão sujo, venha por favor, preciso desligar, ele está voltando...

Ouvi ainda gritos da mulher e o som de alguma coisa cortando o ar antes que o telefone não emitisse som algum.

No primeiro momento ponderei os fatos, não podia ser um trote àquela hora da madrugada. Resolvi que devia investigar. Ela só tinha me dito sobre o lugar sujo, um galpão. Havia muitos galpões com esta descrição. Um começo insólito.

Liguei o carro e arranquei até minha sala no trabalho. Possuía a chave e equipamentos mais adequados, ninguém iria estranhar minha entrada lá às duas da manhã. Não seria a primeira vez e nem a última. Acessei o arquivo de busca procurando por galpões, havia mais de 50 prováveis covis suspeitos e se quisesse ser de serventia para a moça que pela voz estava bastante aflita teria de ser mais preciso e contar com um pouco de minha inveterada sorte para estes tipos de caso.

Limitei aos mais afastados. Se fosse algum perto do mar ela saberia distinguir o som das ondas. Então dei mais uma peneirada e consegui três afastados, no nome de um só dono: o Senhor Oliveira. Um rico empresário que atua em vários setores, inclusive lavagem de dinheiro e tráfico, e possivelmente se tudo saísse relativamente bem seria enquadrado em seqüestro. A polícia nunca tinha provas suficientes. Malditos advogados.

Em alta velocidade meu carro rompeu as ruas desertas. Era muito fácil transitar e a poeira ficava pra trás em grande volume quando alcancei a estrada que me levaria até os três depósitos que estavam na minha lista. E percebendo a poeira comecei a acreditar na veracidade da historia, o local levantava muita poeira, estrada de terra batida, isso justificaria ela ter dito sujo, talvez fosse um sentido literal ou estava se referindo a maneira a qual era tratada. Muito provavelmente seria a segunda opção. O que me fez colocar mais peso sobre o acelerador.

Cerca de dois quilômetros antes de chegar, onde podia enxergar vestígios e luzes tímidas desliguei o carro, apaguei todas as luzes, coloquei no coldre minha pistola 38 que inclusive tinha mandado talhar meu nome a ouro, uma espécie de código para impor respeito a minha presença. Sou relativamente importante no meio criminal, prendi muito mafioso. Estava municiado e pronto para averiguar a situação. Apressei o passo pois sentia meus instintos dizerem que era pra fazer isso.

Bem perto notei que o galpão era basicamente três prédios com poucas janelas. Sem guardas. Somente pude perceber que ladravam alguns cães, precisava me esgueirar pelas sombras para permanecer o máximo possível incógnito, não queria invadir o local sem ter certeza. Esgueirei-me sobre os arbustos e o mato alto. Pude ver alguns troncos fiados no local. Algo estranho. Lembrava o pelourinho da época da escravidão. Havia correntes no chão. Havia celas, mas não tinha cavalos. Aproximei-me devagar e avistei uma janela entreaberta. Com maestria para não fazer barulhos entrei e me coloquei escondidos por algumas caixas. Aquele galpão tinha mesas com correntes, algemas, coleiras. Eu que nunca fui interado nesta sórdida prática naquele dia descobri que se tratava de sadomasoquismo.

Um homem abre a porta a minha frente e entra acompanhado de uma mulher completamente nua. Ele com aparência de 40 anos, com uma barriga enorme e cabelo estilo moicano. Inconfundivelmente o Sr. Oliveira. A moça era linda, uma perfeição, cabelos encaracolados e dourados, de um brilho sedoso e lindo, sua boca carnuda e chamativa, seus olhos marejados por lágrimas detinham qualquer um, era de um verde esmeralda vivo, seu corpo a mais perfeita obra de arte, seios volumosos que balançavam devido à selvageria com a qual era arrastada pelos cabelos, suas coxas eram grossas, formas suaves e seu semblante era pura doçura, um anjo nas mãos de um demônio. O crápula que a fazia chorar trajava uma jaqueta de couro e não usava calças deixando seu membro exposto.

Ele levou-a até uma mesa onde prendeu nas hastes. Ela somente chorava. Ele ergueu o chicote e começou a surrar as nádegas dela que gritava de dor pedindo perdão. Depois de vinte e três chicotadas ele parou e passou as mãos nos vergalhões gerados pela violência, ela matinha a imobilidade perante o toque, certas horas ela parecia empinar mais a bunda para facilitar aquele tipo de inspeção. Durante aquele tempo fiquei imóvel escondido, ele não percebera nem a minha respiração. Iria esperar até aquilo acabar e libertar a moça. Não sabia se havia capangas do lado de fora. Não poderia botar tudo a perder só por que meu coração não suportava ver aquela mulher tão bela e jovem sofrendo daquele jeito. A voz nos gritos era apavorante. Certamente pertencia a mesma mulher que ligou para meu telefone.

Sr. Oliveira libertou-a, ela imediatamente ficou de joelhos e beijou os pés dele acariciando com os lábios cada parte a qual podia, ele rapidamente puxou-a por uma coleira que prendia em seu pescoço, ela não acompanhou o movimento e foi quase enforcada até que ainda de joelhos começou a se movimentar indo até uma outra viga onde foi novamente presa. Ela recomeçou as suplicas por perdão. Ele nesse momento começou a gritar:

__ Pra quem ligaste cadela?

__ Eu não sei. Juro que não sei Senhor.

__ Está mentindo, vai apanhar até dizer quem era.

__ Por favor, te suplico meu senhor miseri...

As súplicas por compaixão fora interrompidas abruptamente por novas chicotadas que agora castigavam os seios, as coxas e a vagina sensível da pobre mulher que tremia ao contato do chicote quente de ódio e gelado de humanidade. Não sou acostumado a isso, a temer algo, mas aquela garota sofrendo tanto me deu embrulho no estomago e tive de virar a cara, tapar os ouvidos até que tudo passasse.

Fora bem mais demorado esta seção de torturas, o chicote nunca parava e eu considerava interferir para garantir que houvesse testemunha viva. Antes de tomar tal decisão ele parou admiranda a obra de arte grotesca, a garota engolia as lágrimas e seu corpo parecia brasa, tão vermelha aquela pobre pele branca, castigada severamente e sabe-se lá por quantas outras atrocidades.

Uma batida na porta assustou-me, o homem mandou que entrasse e naquele instante tive dimensão do quão profundo era aquilo. Além do já importante homem que ali estava aquele que chegou era irmão do governador da cidade, nojento que só ele poderia se agüentar. Agora eu sabia onde ele ia afogar suas punções de homem, seus fétidos desejos. Não era tão gordo quanto o empresário mas tinha a cara salpicada por sardas e espinhas de seus tempos juvenis, sua entrada deixou o ambiente com um cheiro inconfundível de bebida e fez a garota esboçar um movimento e aumentar o choro.

__ Falta alguém ou já podemos começar? Estou doido para provar esta delicia.

__ Acalma-te Fernando, ainda falta o Jair. Por enquanto estou a castigá-la, acreditas que a deixei em minha sala por alguns instantes e ela se apegou no telefone para denunciar-me?

__ Ora Fausto, tu não colocaste a coleira nela?

__ Me tomas por asno? Claro que a coloquei, prendia onde sempre a faço só que desta vez ela foi esperta, derrubou minha mesa com estas pernas vadias e por sorte o telefone caiu perto dela?

__ E pra quem ela ligou?

__ Não sei, acho que nem ela sabe, já sofreu muito castigo e não falou, será sorte ser só mais um desacreditado na vida e bradar que foi alvo de um trote.

__ Agora que cheguei quero dar uma surra nela também, ela irá aprender que não se deve querer nos trair assim, vê se pode. Damos comida e teto pra ela e é assim que nos agradece.

Fernando, o homem recém chegado caminhou até a garota que se encolheu um pouco antes de recomeçar as chicotadas. Enquanto apanhava a garota era puxada ela coleira e fazia força para beijar os pés dele como se este ato fosse acalmar a fúria do homem beberrão.

Este a puxou, a garota implorava agora sendo novamente deitada na mesa, as pernas sendo abertas o máximo possível, as mãos pra frente e tira de couros bem resistentes atreladas a cada curva da moça. Fernando dirigiu-se até o Sr. Fausto Oliveira que fumava no outro canto sem se importa com que estaria para acontecer.

__ Vou preparar o marcador, assim que o Jair chegar tu me avisa que começamos o castigo dela e nossa diversão.

Não tardou muito até que novamente as batidas na porta enchessem o local que só tinha respingos dos lamentos sofríveis da moça com os surdos baques na porta. E tão logo chegou ao ouvido dela e seus suspiros de dor continuaram mais fortes, deixando qualquer um ciente de seu medo e nervosismo.

Adentrava aquele macabro recinto um velho, com aparência que a idade não conseguiu conservar, rugas em torno do rosto e cabelos grisalhos e caídos em algumas partes. Despiu-se dos trajes comuns e ambos agora trajavam aquela jaqueta preta.

Todos próximos da garota riam, ao lado estavam postos vários instrumentos e bebidas de vários gostos. O outro homem apesar de não o conhecer na certa devia ser bem importante.

Uma grande caldeira foi colocada bem as frentes da moça, da onde os brilhos das brasas reluziam nos olhos de sofrimento da garota. Sua boca foi amordaçada com um tipo de bola que a deixou babando, com a mandíbula extremamente aberta. Entre suas pernas passavam mãos em caricias obscenas, puxavam aqueles pelos loiros que havia em volta de genitália da moça que tinha o corpo acometido por espasmos recorrentes daquelas descaradas violações.

O que eu não sabia era que aquilo era somente o começo, que minha alma desejaria nunca ter estado ali naquela hora e que se pudesse empunharia minha pistola e encerraria aquele calvário que teimava em encher de agonias aquela mulher, anjo na terra, de sofrimentos...

Se gostarem desta parte prometo continuar, podem mandar-me emails

delaiego@yahoo.com.br ou se for de preferência postem aqui mesmo que me deterei a apreciar vossas opiniões.

Com muito apreço a leitura:

Boêmio.

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Comentários

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Crônica simples,com ótimo desenvolvimento,de fácil entendimento... Parabéns Boêmio...

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hum..adorei..o que sera que farão nela?

fiquei curiosa...

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