Iara e o desejo de ser mulher

Um conto erótico de ANJO
Categoria: Heterossexual
Contém 1772 palavras
Data: 05/09/2009 08:37:05

Terça-feira, 10 de fevereiro de 2004 – 21h42m

Olhou para ela deitada, as pernas abertas e, no rosto um olhar de desejo como não havia ainda prestado atenção.

– Vem titio... Mete em mim...

Oswaldo ainda ficou olhando o corpo largado na cama sem ter coragem de sair do quarto e fugir daquilo tudo.

– Por favor tio, vem...

Os movimentos de aproximação eram lentos como se estivesse numa tela de cinema e se via, espantado, com o desejo sem regras da garota e a ousadia em pedir que ele lhe fizesse mulher.

– Olha tio... – pincelou a bucetinha aberta com o dedo riste – Ela ta chorando por ti... Vem...

Ele suspirou, o colchão se moveu e desceu a cabeça até tocar no peitinho arfante. Lambeu o biquinho intumescido e ela fechou os olhos e gemeu. O sabor que se alastrou em sua boca foi como fosse um prato bem preparado com iguarias finas carregadas de aromas sem descrição. Desejo, apenas desejo exalava do pequeno e frágil corpo trêmulo ali parado carregando, na mente, desejos há muito desejados e pedindo por ele.

– Tu és maluquinha garota...

Lembrei de já ter falado aquilo muitas vezes para Suely, e minha irmã sempre foi maluquinha como maluquinha se mostrara Iara, filha de Suely, minha sobrinha e afilhada.

Sabia, os dois sabiam que um dia se encontrariam naquela situação, e não foi por falta de avisos das nuanças que o dia-a-dia explodia em sua frente. Na verdade ele se esquivara incontáveis vezes, saíra de fininho sempre que os momentos apontavam para esse fim.

A gente estava se preparando para uma semana inteira em Alcântara, iríamos eu, minhas irmãs e Iara. Não eram sete da noite quando Suely ligou dizendo que Iara ia dormir em meu apartamento e que ela e Siméria nos encontraria no Iate Clube lá pelas nove da manhã – a maré daria às dez horas.

Não sei como começou, acho que a gente falava sobre namorados e namoradas e só me dei conta do que ia acontecer quando ela me chamou...

Lambeu os biquinhos dos seios e ela arqueou, sentiu o corpo espetado por agulhas invisíveis e gemeu baixinho. E foi descendo, sempre passeando a língua ávida pela pele ponteada de montículos, parou no umbigo e meteu a língua, ela gemeu. A mão brincava com o biquinho do peito, ela estava de olhos serrados, a mão nervosa amarrotava a colcha creme e os pezinhos – deliciosos pés juvenis – fincavam no colchão jogando o corpo em direção a ele.

– Arf.. Ai... Uhm..

Eram sons grotescos de prazer ganhado pelo passeio da língua pelo corpo e ela estremeceu todinha, como se em espasmos, quando sentiu a ponta da língua tocar no clitóris que mais parecia uma válvula de escape, durinha e lambregada pelo líquido vaginal e virgem quem escorria como fosse um fio de prata líquidifeita empapando a fazenda macia da colcha e fazendo surgir umas macha sem cor e sem odor.

– Ai titio... Ai titio...

Iara pensou que ia perder os sentidos, uma névoa esbranquiçada passeou no pensamento e uma sensação de perda de ar a fez arfar, o corpo explodindo de desejos e a língua, presa entre os dentes alvos e brilhantes era o retrato dos sentimentos, novos e desejados, que lhe abatia toda e qualquer menção de escapar. E não queria escapar, não queria sair dali ou deixar de sentir o que sentia, só queria continuar estando menina e entregue aos desejos sem nexo do sexo.

E o que falar de Oswaldo? Nada! Não havia nada em seus pensamentos senão a descoberta que a sobrinha herdara sabores e sons da mãe.

Lembro da primeira vez que chupei a buceta de Suely, os sabores e os cheiros pareciam os mesmos e era estranho aquela percepção vinte e três anos depois daquela noite...

E, naquele momento, o pensamento voou no tempo, regrediu para um certo sábado quando tudo iniciou, quando se descobriram donos de sexos ávidos por prazer sem levar em consideração o fator preponderante de serem irmãos ou, naquele instante, tio e sobrinha.

Meteu a língua bem no fundo e sentiu que o canal estreito não permitiria uma intromissão fácil, como tinha sido fácil com Siméria naquela madrugada ou, não tão fácil, com Suely em cima dos sacos de estopa transformados em cama.

– Ui...

Ouviu ela gemer, a pélvis jogada para cima parecia querer receber por completo o rosto, e não apenas a língua que lhe dava novas sensações e que lhe apresentava para os devaneios do sexos, da entrega e do desejo.

O corpinho pareceu ganhar vida própria e estremeceu, estrebuchou deixando escapulir sons desconexos. Iara tinha gozado um gozo intenso e sem fim que fez o pensamento apagar e o corpo repousar, quieto, na colcha desalinhada. Oswaldo ainda continuou chupando, sugando e sorvendo os líquidos que jorravam de dentro dela, e o dedo quase sem querer, pressionava o pequenino anel enrugado do cuzinho que piscava.

Ela sabia que ia ser assim, tinha certeza que o padrinho, homem seu que escolher pra lhe fazer mulher, a faria desfalecer de gozo e de prazer, mas não esperava que fosse tão intenso e verdadeiro como tinha sido.

Oswaldo parou e olhou para cima por entre as pernas abertas, por cima do montículo papudo da vagina da sobrinha e viu os seios, minúsculos, arfando e a boca aberta e os olhos cerrados.

– Iara... – chamou baixinho.

Ela não respondeu, bem que queria responder e dizer de tudo o que tinha sentido e estava sentindo, mas não respondeu. Continua de olhos fechados tentando reter as sensações, o prazer e o gozo ganho. Uma sensação só dela, naquele momento só dela.

Oswaldo sorriu, sabia bem do que ela deveria estar sentindo, ter sentido quando entrou na zona de acrognosia plena1 descobrindo-se ente completo e merecedora de prazer.

Aos poucos ela foi saindo daquela letargia e retornou ao mundo, voltou à cama desalinhada, ao quarto quase gelado e sentiu o toque, carinhoso e cuidadoso, do tio amante passeando a mão em seu ventre arfante.

– Que tal? – ele olhou dentro dos olhos dela – Gostou?

O que responder? Não havia respostas para aquela nova realidade apesar de ainda ser pura mesmo depois de ser violada pela língua carinhosa e adestrada.

– Poxa tio? – nada além impressões novas, de sentimentos desconhecidos apesar de desejados – Eu...

Não completou, ele colou a boca na dela e se beijaram. Ela sentiu o sabor de seu sexo no hálito forte do macho por quem tanto tinha desejos, um sabor que já conhecia pelas vezes que meteu o dedinho e lambeu, fazia aquilo só pra ver ser era gostoso e sabor o porque da mãe gostar tanto de ser chupada.

– Filha... – ele descolou a boca da dela e olhou no rostinho, cópia fiel da mãe e talvez esse o motivo de amar tanto a garota – A gente não deve continuar...

Iara olhou séria para ele sem ter entendido direito o que ele quis dizer, mas sabia que seus sentimentos e desejos eram maiores que as barreiras existenciais.

– Por quê? – ela perguntou – Tu não come a mamãe?

Ele e Suely já desconfiavam que ela sabia muito mais do que queriam que soubesse, mas ele não tinha dúvidas de que a sobrinha sabia de tudo e nem poderia ser de outra forma. Não escondiam dela que sentiam mais que aquele elo de irmãos.

– Eu ti vi comendo ela... – no rosto uma máscara de prazer – Tu também come a tia, não come?

Não sabia o que responder, mas na situação em que estavam e tendo feito o que já fizeram não havia por que esconder.

– Você também já me viu com ela?

Iara falou que não, mas que via as brincadeiras dos dois e que a tia não escondia de ninguém que amava o irmão muito mais que a um simples irmão.

– A Val disse que viu ela segurando teu pau... – sorriu – Tu sabia que ela tá apaixonada pelo Beto?

Oswaldo teve vontade de sorrir, era a história revivendo a própria história.

– Quer dizer que eles continuaram transar depois da festinha?

– Ela já deu até o cu pra ele... – olhou pra ele – Deve doer pra cacete... Não sei se tinha coragem de dar o cu não...

– E se eu pedisse?

Iara olhou pra ele e ficou séria.

– Teu pau é muito grande... Acho que não cabe na minha bunda...

– E cabe na xoxotinha?

Ela olhou e fechou os olhos, era esse o único medo que tinha, de não agüentar.

– Só se a gente ver... – sorriu – Mas acho que eu agüento!

Oswaldo virou e olhou para o lado, era loucura aquilo tudo.

– Tio... – sentiu a mão macia da garota puxando pelo ombro – E se eu não agüentar?

– A gente não vai fazer isso filha, é melhor parar por aqui...

– Não! Eu quero!

Sentiu que ele não teria coragem, ela mesma não tinha certeza de que iam seguir em frente, mas já tinha esperado demais até conseguir estar com ele na cama e não daria pra trás, tinha que continuar.

Lembrei daquela vez em que quase fomos pego no ato. Encontrei Suely por acaso na praia do Francês, em Alagoas, numa tarde de sábado (se não me engano era dia 23 de janeiro) em 1999. Eu estava participando de um encontro nacional em Maceió e fomos levados para conhecer e passar o dia na praia em um grupo de umas 40 pessoas. Foi Iara quem me viu – estavam passando férias viajando pelo nordeste e deram uma esticada para a praia onde a família Sarney construiu um de seus maiores e mais famosos hotéis.

Joaquim me convidou para ficar, naquele final de semana, em um chalé que havia alugado e aceitei. Minha irmã, maluca e inconseqüente, já tinha bolado planos mirabolantes para ficarmos a sós e foi aí que a gente transou. Minha sobrinha e meu cunhado tinham saído para um passeio de escuna, só que Iara na ultima hora resolveu voltar para o chalé e, sem avisar, pulou a janela do quarto enquanto Joaquim fazia umas compras em uma mercearia próxima – graças a Deus que ele tenha decidido passar antes pela mercearia.

É lógico que minha sobrinha desconfiou – eu estava sentado numa cadeira com Suely escanchada, voltada para mim – afinal sua mãe estava com a blusa suspensa e seios para fora sentada em meu colo, mas não deve ter visto – não dava para ver – que também estava sem calcinha com meu pau enterrado na buceta, a saia de chitão tipo cigana cobria minhas pernas e não deixava ver nadaCapacidade de um indivíduo de, sensorialmente, reconhecer seus membrosEste relato é parte de "Iara, simplesmente Iara" publicado no blog Vida de Anjos. Acesse e leia-o completo, formatado e com fotos:

http://vidadeanjos.blogspot.com/iara.html

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