Encurralada

Um conto erótico de Ignotus Rafael
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1390 palavras
Data: 14/09/2009 14:58:21

Encurralada

Boneca Susi...Esse apelido não combina comigo de jeito nenhum. Só porque eu sou bonita, não quer dizer que mereço ficar agüentando esses apelidos idiotas. E ainda tenho que tratar todo mundo com sorrisos, para não pegar mal. Alguém pode descobrir que por trás dessa boneca, existe uma mulher, tipo assim: tosca.

Quantos caras me bajulando naquela festa. Você é muito bonita... Boneca Susi... Brahhhhhh

Outros que gostam de ficar se mostrando para eu dar atenção...Meu Deus, só tem esses tipos no mundo. Que tristeza.

Ter beleza também tem seu lado ruim. Com certeza, se eu não fosse bonita, ninguém fazia nada por mim.

Terminou a festa. Já tarde da noite. Eu tinha de pegar uns 50 quilômetros até minha casa, por aquela BR esquisita. Só em pensar no pior já dava calafrios. Mas eu me garanto. Nunca fui medrosa.

Chego no estacionamento, vou abrir a porta do carro...

Tive um calafrio!!! Senti uma mão pegando no meu braço. Olhei para trás. Era um dos caras da festa. Provavelmente. Tava vestido de preto e tinha um olhar de doido.

- Você deixou cair isso da sua bolsa, madame.

Em seguida, o sujeito entrega uma caixa de comprimidos tranqüilizantes, que eu deixei cair.

- Você me assustou um pouco. Mesmo assim, obrigada.

O sujeito se despede e vai embora. Cada doido com sua mania. Eu hein!

Entro no carro, ligo o som, Nirvana, das antigas. A BR é muito esquisita. Não aparece um sinal de vida. Mas tenho impressão de que tem alguém me seguindo. Sei lá... Paranóia.

De repente, percebo uma pancada e a direção começa a puxar de lado. Parei o carro lentamente. Droga. Será que eu vou ficar no prego aqui sozinha. Nesse escurão. Meu Deus, me ajuda.

Vou ver se tem guincho 24 horas... Mas... Cadê meu telefone? Sumiu. Agora sim: Me ajuda papai do céu!!!!(nunca tinha dito essa frase em toda minha vida)

Vejo um reflexo de farol. Vai se aproximando... Finalmente alguém além de mim nesse deserto escuro. Vou ligar o alerta e sair para pedir ajuda.

Era um carro moderno, tipo sedan, e preto. Saiu um homem. Ele vinha só. Era aquele mesmo cara do estacionamento!!!!Fiquei sem saber se era uma salvação ou um motivo maior para aumentar meu medo.

- Que coincidência. O que está acontecendo, senhora?

- He... Tenho 24 anos. Pode me chamar de você. Aliás, desculpa por não ter me apresentado antes. Meu nome é Cristal. Ou só Criss, mesmo hehehe. Estou com um probleminha. Parece que o pneu furou.

- Prazer Criss, meu nome é Alvis. Posso beijar a sua mão?

Beijar a mão??? Que carinha mais careta! Mas naquela ocasião nem tinha como recusar.

- Claro. Mais uma vez desculpa minha indelicadeza...

Estendo a mão. Alvis faz um sorriso torto. Ai meu Deus, estou com medo....

- Criss, você está com frio?

- Não. Por que?

- Está arrepiada.

- É parece que ta fazendo um pouco de frio mesmo, respondi, para disfarçar o medo.

Alves tinha uns 30 anos, meio sorridente, tipo, meio sarcástico, e cara de poucos amigos. Tenho que confessar, desde que ele chegou, estou sentindo mais medo que antes!

- Pronto, Criss. Seu carro está em ordem. Vou indo na frente, tenho um pouco de pressa.

- Ainda bem... Quer dizer... Muito obrigada. Como posso agradecer pelo cavalheirismo?

Alvis ficou meio pensativo. Por que eu tinha que dizer isso? E se ele me pede um beijo ou sei lá.

- Certo, Criss. Desta vez vou te pedir uma coisa bem especial: Um sorriso.

Fiz o sorriso.

Como esse tal de Avis é cafona! Melhor assim, pelo menos me sinto mais segura.

- Vou indo, Criss. Tchau. Há. Já tava me esquecendo. Seu celular que encontrei junto com as drogas que você toma para dormir. Vou deixar meu número, caso você precise. Diz o número do teu celular para eu dar um toque.

- É só salvar o meu nome na sua agenda. Precisando, não hesite.

- Vou indo, querida, tchau.

- Tchau. Brigada mesmo.

Espero nunca mais ver esse homem!

Ligo o carro e pego o meu destino. Deixo o Alvis ir na frente até sumir de vista. Não preciso mais dele... Já tenho o celular.

Mais alguns quilômetros e a droga do carro para de funcionar. Que azar. Vou ligar para o guincho. Mas não seria melhor Alvis? Ele ainda esta perto. Além disso, eu estou sendo injusta. Ele não é nada daquilo que eu estava pensando. É um cavalheiro. É um mole. Não vai fazer nadinha comigo. O máximo que ele poderia fazer era pedir um beijinho no rosto. Vou ligar para ele voltar para me socorrer.

Vou em “chamadas recebidas, última chamada, às 11:30”.

“O número que você ligou não recebe chamadas ou não existe”.

Que pena. Não tem problema. Vou chamar o guincho. Tudo ocupado. Esse pessoal não quer ganhar dinheiro.

O celular vibra. Uma mensagem:

“Chego já, beijos”.

Saio do carro e abro o capô. Pelo menos Alvis vai ver que eu sei onde fica o motor.

Sinto aquele mesmo calafrio... Como se tivesse alguém atrás de mim... Um cheiro forte de éter... Uma mão me pega com força...

Tento abrir os olhos. Não vejo nada. Estou como se fosse vedada. Aliás, estou vedada de verdade. Também não consigo falar. O esparadrapo na boca não deixa. As mãos amarradas para trás, junto com as pernas. Estou toda envergada. Que posição incômoda. Doem meus ossinhos. Pela trepidação e movimentos, percebo que estou em um porta-malas de um carro.

O carro pára. Uma pessoa me pega nos braços e me coloca em um chão de areia. Depois solta o nó que prende a perna aos braços e me coloca em pé. Levanta meus braços e amarra em algo que penso ser uma árvore. Depois amarra os pés na árvore. Fico pendurada só com as pontas dos pés no chão. A posição é ainda pior do que a de antes.

Fico desesperada. Começo a espernear. Tento Gritar. Choro. Mas, não adianta.

Levei um tapa na cara. Depois vários tapas. De um lado e de outro. O negócio é sério, meu Deus. O que eu fiz para merecer isso?

Sinto um alguma coisa com ponta. Deve ser uma faca. E bem afiada. Vai passando de leve. Até cortar minhas roupas. Fiquei nua. Estava com frio.

Um celular no meu ouvido:

“- Polícia Militar da Paraíba, boa noite”.

Tento falar, mas não consigo.

“-Polícia Militar da Paraíba, boa noite”.

Desligaram. Droga!!!!

Uma mão mete com força na minha vagina. Outra mão apertando os bicos dos meus peitos.

AIIIIII!!!!

QUE DOR DA PORRA!!!!!

E vai ficando cada vez mais rápido...

AAIHHHH. AAIHHHHH. AAAIINNNNNHHHH AAAAAINNNNHHHHHH

QUE TESÃO!!!!!

O homem tirou o esparadrapo da minha boca.

- Quem é você? Por favor, deixa eu ir....Quer dizer, depois de terminar o que começou!

O telefone de novo:

“ – Polícia Militar da Paraíba, boa noite”.

A mão começa de novo. A pegada nos bicos dos peitos...

AIIHHHHH, AAAAAAIHHHHNNNNNN OHH OHHH OOOOOHHHHH AIIINNNNNN AAAAAAINNNNN AAAAHHHINNNN.... (Fiquei toda melada, de mijo de gozo...)

Desta vez não desligaram o telefone! Safados!

“- Já terminou, senhora? Se quiser, podemos mandar uma viatura...”

O meu homem retira o celular do meu ouvido e vai embora. Meu Deus! Que vergonha. Vão me encontrar nua toda amarrada.

Mas aquela faca começa a cortar os nós e vai embora. Consigo me soltar do resto. Encontro uma roupa, a roupa que eu tava usando na festa. Tava jogada na frente. ELE tinha me vestido com outra roupa.

Ainda bem. Saio no meio do mato. Meio bamba. Tava Alvis e meu carro funcionando.

- Pronto. Terminei o serviço. Você tava com sono. Não devia ter tomado aqueles tranqüilizantes.

- Mas eu não tomei...

- Encontrei a caixa vazia no seu carro. Cuidado menina.

-Alvis, foi você. Não foi?

- Hã????

- As cordas ainda estão lá...

- Que cordas?

De fato, não tinha mais nada. Sumiu.

- Esses remédios podem causar alucinações. Não me importo se você saiu para urinar no mato. Isso é natural.

Alvis dá um sorrisinho sarcástico.

- Natural demais, respondi.

- Como já fiz o que tinha de fazer, vou indo. Mais uma vez prazer ter conhecido você, Criss.

Deixo Alvis ir embora. Até perder de vista.

Funciono o carro. Chega uma mensagem no celular.

“- Fui eu”.

Procuro o número de quem mandou a mensagem e me atrevo a ligar.

“O número que você ligou não recebe chamadas ou não existe”.

Por Ignotus Rafael

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Comentários

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Nossa queria dar pra vc, faz isso comigo, que tesão nota 10!!!

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legal a historia, acho que dava até um bom curta metragem se for mais trabalhada.

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puta nmerda vc e um nerge ridiculo essa historia

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