Camila - 1 - Traí meu marido com ele mesmo

Um conto erótico de Mar Santos
Categoria: Heterossexual
Contém 5092 palavras
Data: 06/08/2010 17:31:19

Era uma tarde de quinta-feira e eu estava simplesmente inquieta, em casa. Há meses que este sentimento vinha crescendo em mim. Quase um ano.

Começou quando eu estava na sala de espera de um médico que - como todos os médicos irresponsáveis - estava quase uma hora atrasado em todos os seus atendimentos. Lendo uma daquelas revistas femininas até meio desmontadas de tanto serem folheadas por mulheres cansadas de esperarem o palhaço que não conseguia cumprir o seu horário, deparei-me com um texto em que alguma mulher narrava como tinha começado a trair o seu marido.

A mulher que era alvo da matéria andava insatisfeita com o casamento e não conseguia atrair a atenção e o tesão do seu marido, que se dizia sempre cansado e preocupado com o trabalho. Senti imediata empatia.

A leitura do texto fez com que eu praticamente esquecesse o mau educado médico que nunca cumpria seus horários e suas obrigações. Repentinamente me vi vestindo a pele de uma mulher desconhecida.

Como eu, a mulher do texto estava com 40 anos. O marido dela tinha 45 anos, não muito diferente da idade do Paulo, meu marido, com 42. Ela tem um filho de 16; o meu tem 18. Como eu, ela ajuda o marido em seus negócios, trabalhando algumas horas por dia para na empresa dele.

Até nossos nomes são parecidos: ela chama Karina, e eu Camila. Não pude deixar de sorrir, sozinha, com todas estas coincidências.

Ela contava que sua insatisfação a estava deixando tensa. Não tinha nenhum gesto de carinho do marido; o filho parecia ter esquecido que tinha mãe e dedicava toda a sua atenção somente a uma namorada avassaladora; os pais dela, como os meus, exigiam cuidados e atenções mas estavam exageradamente preocupados em lamentar a própria velhice, para retribuir aquilo que exigiam…

Ela também se sentia muito exigida. Sentia-se, também, como uma simples peça de mobiliário, dentro de casa. Andava triste e apagada. Mas pelas conversas com minhas amigas, eu sabia que estes sentimentos são mais comuns do que as pessoas pensam. A maioria das minhas amigas externam mais ou menos as mesmas sensações a respeito de suas vidas conjugais.

Mas a minha amiga da matéria tinha, pelo menos, tomado uma atitude. Certa vez, levantou-se e avisou o marido de que não iria à empresa trabalhar, naquele dia. Disse que ia cuidar de si. Foi a um Shopping Center e comprou roupas novas e mais vistosas e alegres. Tomou o cuidado de escolher roupas que lhe conferissem alguma sensualidade. Meteu-se em um instituto de beleza mais sofisticado e exigiu tudo o que tinha direito. Cuidou dos cabelos, da pele, fez massagem e entregou-se para ser depilada por uma mulatona grande, alegre, simpática e muito inteligente, que pareceu adivinhar o que ela precisava e entre a manipulação da cera e as conversas, fez com que ela saísse dali se sentindo muito mais sensual.

Seu intuito, ao fazer tudo aquilo, era despertar o interesse e o tesão do seu marido, mas ao voltar aos corredores do shopping, parecendo uma nova mulher, ela foi abordada por um homem com quem acabou tomando um café. Ficou com medo de dar o número do seu telefone a ele, mas acabou cedendo o seu endereço de e-mail. Depois de alguns encontros, ala acabou se entregando a ele. Tornaram-se amantes e ela contava, no texto, como sua vida tinha mudado.

Eu não tinha nenhum interesse em arrumar um amante. Longe disso! Sabia que amava o meu marido e rejeitava a idéia de transar com qualquer outro homem.

Mas achei interessante aquela matéria e não criticava o que a Karina tinha feito. Entendi seus sentimentos e compreendia perfeitamente como ela tinha sido quase que empurrada para a traição.

A matéria era tão interessante, e tão bem escrita, que eu quase tinha perdoado o médico, quando fui atendida. Nem demonstrei muito a minha contrariedade com o palhaço que se julga melhor do que os outros, só por ser médico.

Ao sair da consulta, quando me dirigia para casa, resolvi que precisava fazer alguma coisa, para não ser condenada a uma depressão igual à que minha mãe enfrentava, em ondas, desde que eu era ainda muito nova. Não queria ser igual a ela.

Achei que deveria imitar a Karina. No dia seguinte, ao tomar café da manhã junto com meu marido, fiz como a mulher do texto e avisei:

- Hoje eu não vou trabalhar. Vou cuidar de mim. Vou a um shopping, a um instituto de beleza… Resolvi que mereço um dia de egoísmo.

Pensei que meu marido ia demonstrar alguma preocupação; esse era, aliás, o meu maior objetivo: despertar alguma atenção do Paulo. Fiquei quase arrasada ao constatar que ele não demonstrou qualquer interesse pela minha decisão. Terminando de tomar o café perto, já levantando-se, ele sequer olhou para mim ao se preparar para sair enquanto dizia:

- Tá bom. Se quiser tirar alguns dias de folga é só avisar.

Sem nem olhar para o meu rosto ele deu-me um beijo distraído na testa e foi embora. Senti-me triste e desprezada. E este sentimento piorou ainda mais quando meu filho, que eu ainda não tinha visto, naquela manhã, passou correndo por mim para pegar carona com o pai até a faculdade, sem parar nem para tomar o café da manhã, disse apenas um “Ciao” e foi embora sem sequer olhar para mim.

Cheguei a chorar, alguns minutos depois, ao entrar no chuveiro.

Filha de uma mulher que sempre teve crises de depressão, resolvi procurar um médico para ver se não estava com este mesmo mal. Arrastei-me do banheiro da suíte até o quarto, ainda nua, e abri o armário para escolher algo para vestir. Imaginei-me o dia todo zanzando pela casa, sem nada para fazer, e estava já pensando em ir ao trabalho, depois do almoço, quando a raiva começou a substituir a tristeza. Percebi que estava com pena de mim mesma e conclui que não merecia aquilo. Casada há quase 20 anos, sempre tinha sido uma esposa exemplar. Cuidava do marido e do filho até com certos sacrifícios e não admitia ser tratada como um simples “equipamento” da casa e da família.

Ainda em pé, nua, em frente ao armário aberto, virei para o espelho de corpo inteiro, na porta escancarada, ao seu lado, e começou a fazer uma avaliação do que via. Meus cabelos eram cortados de forma a privilegiar a praticidade; não a beleza. Estavam meio sem vida. Meus seios tinham um desenho ainda bonito e uma firmeza muito superior aos da maioria das mulheres da minha idade. A barriga é bonita, ainda. Tenho uma pequena - muito pequena, mesmo - saliência como herança da maternidade, e um ou outro ponto com algumas estrias e um pouquinho de celulite. Mas meu corpo é bonito, ainda, com certeza.

Meu rosto é o melhor: a única parte do corpo com que sempre tive cuidados reais, durante todos estes anos. Claro que eu passava hidratante por toda a minha pele, depois de cada banho; mas por qualquer motivo sempre tinha tido um cuidado muito grande com o rosto. Sabonetes, cremes, bloqueadores solares… Eu parecia ter uns dez anos a menos, com certeza. Se não era uma mulher exuberante, era por ter dedicado, sempre, muito mais cuidado aos outros, do que a mim mesma.

Desisti da ideia de ir para a empresa à tarde. Eu ia, mesmo, cuidar de mim. Sob a inspiração da Karina, decidi que iria ao Shopping Cidade Jardim, aqui perto de casa, e esqueceria um pouco que sou mãe e esposa. Seria apenas mulher. Seria um pouco egoísta. Concluí que merecia esta deferência.

Enrolada na toalha eu procurei a empregada, para dizer que estava com dor de cabeça (mentira) e dizer que não queria ser incomodada. Tranquei-me na suíte e fiquei andando um pouco sem roupa entre o banheiro, o closet e o quarto. Fazia as coisas nua, o que sempre me ofereceu um prazer especial a que eu raramente havia cedido.

Passei o hidratante no corpo com muito mais cuidado. Demorei mais de 40 minutos fazendo isso. Senti um prazer especial ao lembrar das cenas de sensualidade descritas pela Karina, em sua narrativa para a revista. Ela contava, ali, que seu amante a tratava como uma prostituta, na cama; coisa que seu marido nunca tinha feito, mas que lhe dava um prazer especial. E ela se divertiu ao constatar que logo depois de começar o caso com o outro homem, o marido parecia ter começado a prestar mais atenção a ela. Disse que nunca entendeu o que tinha acontecido, mas tinha tido até medo de terminar o seu caso extra-conjugal e o marido perder novamente o interesse, por ela.

Imaginei, por alguns momentos, como seria ser tratada como prostituta, por algum homem. Antes de casar fiz sexo com apenas dois namorados que foram apaixonados por mim. Lembro perfeitamente de que o sexo com eles não tinha sido nada de maravilhoso.

O primeiro perdeu a virgindade junto comigo. Eu estava com quinze anos e ele com dezessete, e estávamos descobrindo o sexo juntos. Logo percebi que, comparando com as descrições de transas plenas, nas reportagens que lia nas revistas femininas, o sexo com ele era apenas medíocre. Perdi o interesse pelo namorado e lembro do quase desprezo que senti quando ele chorou ao ser dispensado por mim. Assim eu percebi que não seria capaz de amar um homem fraco; jamais.

O segundo dizia ter muita experiência. Ele tinha quase 19 anos, na época (eu estava com 17) e vivia falando que nem sabia com quantas mulheres tinha transado e dava a entender que todas corriam atrás dele. Ao começar o relacionamento, achei que aprenderia muito sobre o sexo, mas com ele tudo terminava antes mesmo que eu tivesse tido chance de me aquecer. Ele mal entrava em mim e já tinha espasmos convulsivos, gemendo entre dentes d terminando muito antes de eu sentir qualquer coisa. Era ainda pior que o virgem, com quem eu tinha namorado antes.

Ele se justificava alegando que me amava demais, e que por isso não conseguia se controlar, mas eu sabia - toda mulher sabe - que aquilo era simples incompetência, mesmo. Terminei o namoro pouco depois da terceira transa, decepcionada e frustrada com o cara. Já tinha feito sexo com dois homens diferentes, em diversas oportunidades, e nunca tinha alcançado o orgasmo. Satisfazia-me sozinha, na cama, antes de dormir, imaginando um sexo mais parecido com aquilo que as revistas femininas descreviam. Cheguei a pensar, por um tempo, que a masturbação era melhor que qualquer homem.

Meu marido foi o terceiro homem com quem fiz sexo, mas foi o primeiro com o qual atingi o orgasmo. Logo na primeira transa ele tinha sido muito carinhoso e teve o cuidado de me excitar bastante em preliminares, antes da penetração. Penetrou-me apenas quando percebeu que eu estava na reta final para um orgasmo e ambos chegamos lá juntos.

Embora eu não tivesse ouvido os fogos do “July, 4th”, como dizem os filmes de Hollywood, fiquei totalmente apaixonada por ele e o namoro foi maravilhoso. Eu atingia o orgasmo em todas as nossas transas, então, e casamos pouco mais de dois anos depois.

Eu sempre o amei de verdade e tenho verdadeira admiração por ele. Era um homem sério e tinha sido muito estudioso, na faculdade que ele já cursava, quando nos conhecemos. Terminou o curso; fez pós-graduação; trabalhava desde os 16 na empresa do pai, onde hoje era diretor, depois de ter começado por baixo, como o avô dele fez com o pai, antes. Sempre foi competente, extremamente inteligente, um líder nato dentro da empresa, admirado por todos e muito trabalhador.

Eu o amo muito e tenho orgulho demais daquele homem.

Mas o casamento foi nos distanciando um pouco. A rotina e os broxantes problemas do cotidiano. Os finais de semana sempre dedicados a fazer compras de supermercado; a broxante pizza nos sábados à noite; almoçar na casa dos pais dele, aos domingos; ficar esperando nosso filho voltar das baladas, sempre preocupada com a segurança dele; o namoro do meu filho, que parecia tentar afastá-lo da família… Pouco tempo tínhamos para nós mesmos; o que dizer de termos tempo um para o outro?

No começo eram as transas de sábados à noite e domingos pela manhã. Aos pouquinhos as transas foram acontecendo só nos domingos pela manhã. Até aquelas trepadinhas burocráticas, para cumprir calendário, começaram a escassear. Chegou um ponto em que eu fui acariciar o meu marido e ele levantou rapidamente da cama, dizendo que tínhamos que passar em algum lugar, antes de irmos à casa dos pais dele.

E posso dizer que ele não tinha amante nenhuma. Trabalhava o dia todo na empresa e voltava diretamente para casa. Eu sabia o tempo todo onde ele estava e não tinha qualquer motivo para duvidar da sua fidelidade.

Parecia quer tínhamos, apenas, perdido o tesão. Quem sabe um banho de loja e uns tratamentos de beleza despertavam novamente algum romantismo no meu maridão?

Logo após o almoço eu fui ao Shopping. Fiz questão de me vestir o melhor possível e tentar ficar bem atraente, como forma de melhorar minha auto-estima. Estava disposta a lutar para não entrar em depressão.

Fui diretamente a um Instituto de Beleza que sempre via, quando íamos à praça de alimentação do Shopping. É um espaço enorme, claro, bonito, elegante e agradável, e eu sempre quis experimentar os serviços prestados por eles.

Fui atendida por uma moça morena muito bonita, à recepção, e quando ela me perguntou com toda a simpatia quais os serviços que eu procurava eu simplesmente respondi, um pouco tensa: “Tudo! Cabelos, manicure, podóloga… Tudo! Sem esquecer a depilação completa! Quero sair nova, daqui, hoje.”

A moça sorriu com enorme simpatia e respondeu: “Pode deixar conosco!” O sorriso dela dissipou imediatamente toda a minha tensão. Acho que ela está acostumada a atender todas as “desperate housewives” de São Paulo.

Fui imediatamente atendida por um “hairstylist” maravilhoso. Percebi logo de cara que as pessoas que trabalhavam ali eram todas lindas e bem tratadas.

Em cerca de uma hora e meia eu estava com o cabelo totalmente novo. Penteada de forma diferente e ousada, mas reconheço que muito bonita. Eles me aconselharam a passar pela depilação, antes de ir para o “make up”. Aceitaria todas as sugestões deles, naquele dia.

Atendida por uma depiladora tipo “mignon”, quase ri ao relembrar a descrição da depiladora da Karina, na matéria que tinha lido. A moça era muito simpática e consegui deixar-me totalmente à vontade. Parecia ter lido meus pensamentos, quando foi depilar a minha virilha e perguntou se eu queria uma depilação bem íntima, referindo-se às laterais da minha xoxota. Alertei que nunca tinha feito aquilo e perguntei o que ela sugeria para deixar o meu marido “louquinho”. A moça terminou de me conquistar respondendo:

- A senhora não precisa de depilação para deixar o seu marido louquinho. Mas eu vou dar um trato, na senhora, que vai fazer com que ele perca a cabeça. E se ele não perder a cabeça, arrume um amante! - Ela riu. - Todo homem parece perceber quando a mulher está dando suas escapadas, e fica muito mais carinhoso! - Ela piscou com um olhar entre safado e divertido.

- Já ouvi falarem nisso. Mas acho que não quero um amante, não. Já tenho que aguentar um marido e um filho. Três homens é demais para a vida de qualquer mulher!

- É por isso que muitas mulheres estão virando lésbicas! - Ela ria.

Com voz calma e doce, ela conseguiu me descontrair completamente durante todo o serviço. Eu nunca tinha me sujeitado a um tratamento ficando totalmente nua na frente de outra pessoa. Aquela garota tornou tudo mais fácil.

Fui para a maquiagem e saí de lá me sentindo outra pessoa. Deixei mais de R$ 500,00, ali, mas já achava que tinha valido a pena.

Fui a outras lojas, onde comprei roupas mais sensuais. Passei em uma loja de sapatos e comprei um par de sandálias de saltos altos que empinavam as minhas pernas e salientavam a minha bunda. Saias ligeiramente mais curtas e blusas com uma transparência discreta. Até lingeries mais ousadas eu me dei de presente. Calcinhas, sutiãs e meias 7/8 enfeitadas que eu achei escandalosamente bonitas e que valorizavam minhas pernas como eu nunca tinha visto.

Louca para saber como eu me sentiria, usando tudo aquilo. Fui ao banheiro e me troquei.

Ao sair do reservado eu me olhei no espelho e até me assustei. O rosto era a única coisa familiar, ali, ainda que estivesse bem melhorado pelo “make-up” diferente e de acordo com o horário. Eu estava bonita, elegante e sexy.

Sentia-me mais alta e confiante.

Fui até o carro onde deixei aquele monte de sacolas e as roupas que eu havia tirado. Voltei para procurar um lugar para comer alguma coisa.

Passava das sete da noite, mas eu resolvi que não iria nem me preocupar em ligar para casa avisando que estava tudo bem. Era o MEU DIA. Não admitiria que nada o estragasse e me sentia bem demais para ficar dando satisfações ao marido ou ao filho. Desliguei o celular.

Estava escolhendo onde comeria alguma coisa, quando percebi um homem bonito e elegante me observando. Ao sentir-me olhada eu automaticamente o encarei e ele sorriu para mim e me cumprimentou. Aquilo mexeu com o meu ego e eu acenei com a cabeça, em resposta, torcendo para que a maquiagem escondesse o rubor do meu rosto.

Afastei-me e fui comer algo em uma lanchonete de nome italiano. Pouco depois de sentar-me para comer, aquele homem se aproximou carregando uma bandeja igual à minha e disse:

- Com licença? Posso me sentar aqui, com você?

Olhei em volta e vi que eram inúmeras as mesas vazias. Eu não sabia o que dizer, quando ele continuou:

- Se eu for incomodá-la é só falar; eu a deixo sozinha. Mas este é o lugar mais bonito de todo o shopping e eu estou morrendo de vontade de sentar aqui. A culpa é sua! Quem manda ser uma pessoa que transforma em oásis qualquer deserto?

Trêmula e sem saber o que responder, fiquei quieta enquanto ele sentava à minha frente. Estendendo a mão para me cumprimentar ele se apresentou:

- Meu nome é Luciano, mas você pode me chamar do que quiser. O importante é que me chame sempre. E o seu nome, qual é?

- Camila. - Respondi arrependendo-me imediatamente. Nunca tinha estado em uma situação daquelas. Nem enquanto era solteira eu tinha vivido algo parecido com aquilo. Ele parecia acostumado demais àquele tipo de jogo de conquista.

- Eu não conhecia nada, por aqui, e resolvi arriscar o mesmo restaurante que você. Se a comida daqui deixou você tão bonita, não deve fazer mal, não é?

Sem saber como responder, eu apenas sorria. Mas tenho certeza de que meu sorriso era meio contrariado. Sentia-me fazendo papel de boba.

- Você trabalha por aqui? - Ele perguntou.

- Moro aqui perto. - Mais uma vez eu me arrependi rápido demais por ter aberto a boda. Não tinha que dizer nada para aquele homem. Sou uma mulher casada. Resolvi dizer logo isso para ele. Continuei: - Venho sempre a este shopping com o meu marido e o meu filho.

- Dois homens muito felizes, por desfrutarem constantemente da presença de uma mulher linda como você. - Ele parecia ter resposta para tudo o que eu dissesse. Foi em frente: - Por favor, não se sinta constrangida com a minha presença. Não quero incomodá-la. Se quiser que eu me afaste, é só dizer, Camila. Já sou um homem feliz por ter passado estes poucos minutos perto da mulher mais linda que eu vi desde que nasci. E olhe que já são 51 anos procurando por alguém com uma beleza como a sua.

Olhei para ele e percebi que ele era alto (com certeza, mais de 1,90m) e atlético. Usava roupas finas, bem cortadas e de desenho clássico. Sua voz era firme, forte, grave e sensual. Mesmo falando baixo fazia com que eu vibrasse toda, por dentro.

Achei que era melhor relaxar. Que mal havia em conhecer alguém sem nenhum interesse sexual? Fui me soltando aos poucos.

Inteligente e culto, ele conduzia a conversa e fez com que eu me soltasse. Nos poucos minutos que duraram a nossa janta ele conseguiu fazer com que eu dissesse diversas coisas que nunca tinha falado sequer com minhas amigas.

Ao terminarmos de comer, resolvemos tomar um café. Fomos a uma cafeteria no piso térreo e tive um pouco de medo de ser vista por algum conhecido ali, nos corredores, com aquele homem muito alto e atraente, despertando comentários maldosos. A conversa dele, no entanto, fez-me esquecer rapidamente este receio.

Quando vi que já passava das oito e meia da noite, fiquei um pouco assustada. Resolvi me despedir:

- Nossa! Olhe a hora! Preciso ir para casa, Luciano. Foi um prazer conhecê-lo.

- O prazer foi meu. Posso acompanhá-la até o seu carro?

Fomos andando e, quando chegamos, ele pegou minhas mãos e disse:

- Você vai me dar o seu telefone, para podermos repetir este encontro de maneira menos casual?

- Não, Luciano! Sou uma mulher casada, como eu disse. Não posso dar o meu telefone para… - Hesitei um pouco. Quase que eu digo “qualquer um”.

Percebendo o que eu iria falar, ele respondeu, sem deixar espaço para que eu me envergonhasse:

- Eu entendo. E seu e-mail? Eu escrevo para você e você só responde se quiser!

Não sabendo como dizer não para aquele homem bonito, charmoso e interessante, resolvi escrever meu e-mail em um bloquinho que sempre tenho no porta-luvas.

O carro ao lado tinha deixado pouca distância do meu. Estava um pouco apertado, ali. Abri a porta e fiz uma verdadeira ginástica para entrar no carro. Com o movimento, minha saia subiu, mostrando a renda, no alto das minhas meias 7/8 e talvez, até, a ponta da minha calcinha, do ângulo em que ele se achava. Tentei puxar rapidamente a saia para me cobrir, mas seu olhar safado deixou claro que ele tinha visto muito mais do que devia. Fiquei vermelha e senti uma coisa no meu estômago. Não era uma coisa ruim, mas não sei descrever minhas sensações, ali.

- Agora você fez o meu coração bater mais forte! - Ele falou com cara de safado. - Conquistou irremediavelmente o meu coração. Estou apaixonado e tenho certeza de que vou lembrar de você todas as noites, antes de dormir, como um adolescente.

A insinuação era clara e eu sou obrigada a confessar que me excitou um pouco. Virei o rosto para procurar o papel e a caneta, aproveitando para esconder meu rubor.

Escrevi rapidamente meu e-mail e a letra saiu horrível. Estava tão trêmula que nem sabia se ele entenderia o que eu tinha escrito.

Discreto e hábil ele guardou o papel no bolso do seu paletó esporte e foi fechando a porta enquanto eu virava a chave para abrir o vidro e me despedir. Ele se curvou um pouco ao lado do carro, espremido pelo pouco espaço, e disse:

- Falando sério, Camila: quero vê-la de novo. Vou mandar um e-mail para você com os números dos meus telefones e deixar todas as portas de comunicação abertas.

- Não sei se vou poder responder. - Falei com a voz denunciando minha insegurança, naquela situação.

Ele pegou minha mão e a beijou. Sua segurança derrubava minhas defesas. Fechei o vidro do carro saí dali, antes que fizesse alguma coisa besta, como uma adolescente que não sabe se comportar. No caminho levantei a saia e olhei para o meio das minhas pernas, tentando imaginar o que foi que o Luciano tinha visto, com a cumplicidade da minha indiscreta saia. Ao olhar as rendas da minha calcinha francesa, na exata cor da minha pele, imaginei se ele não tinha visto aquilo e imaginado que eu estava sem calcinha. Aquilo me excitou e eu fui até em casa mexendo no meio das minhas pernas. Estava quase me masturbando, quando cheguei em casa.

Ao entrar, meu marido estava sozinho. Nosso filho tinha ido namorar.

Ao ver-me entrando daquele jeito, ele arregalou os olhos e mediu-me de cima em baixo. Assobiou e disse:

- Porra! Se você gastou menos de um milhão, nesta transformação, ficou barato!

Fiquei envaidecida. Ele levantou e veio me beijar. Não parava de me olhar.

- Você já jantou? - Ele perguntou.

Com medo de dizer alguma coisa que denunciasse o que eu tinha feito, naquela noite no shopping. Respondi de forma evasiva:

- Não estou com fome.

Ele me abraçou e foi logo passando a mão sobre as minhas ancas, levantando a saia aos pouquinhos e sentindo as rendas das meias 7/8. Suas mãos procuraram a minha bunda e a esquadrinharam à procura da calcinha. Ao senti-la engolida pelo meu rego ele apertou o meu corpo contra o dele e me fez perceber a sua ereção. Adorei aquilo. Beijamo-nos. Suas mãos já apertavam meus seios no sutiã meia taça, quando ele disse:

- O que é que você fez, Ca? Você está um tesão! Não é que eu não gostei; muito pelo contrário: eu adorei. Mas vamos já lá para dentro que eu quero te desarrumar inteira.

Ao trancarmos a porta do quarto, ele me empurrou para a cama e me virou de costas, fazendo com que eu me curvasse e me apoiasse no colchão. Levantou minha saia, admirou minha bunda, ajoelhou no chão e enfiou a cara em minha xoxota, puxando a calcinha para o lado. Encontrou-me super molhada, ali. Será que ele imaginava que uma parte daquilo tinha sido por causa de outro?

Fazia anos que ele não me chupava. Aquilo me excitou demais. Estava quase gozando quando ele levantou-se e começou a se livrar estabanadamente das suas roupas. Resolvi tomar algumas iniciativas, naquela noite. Nunca tinha tomado as iniciativas no sexo; seria a primeira vez.

Virei meu marido e joguei-o na cama, de barriga para cima. Seu pinto estava duríssimo e eu o acariciei um pouco, melando os dedos que eu lambi, olhando-o nos olhos. Pus uma das minhas pernas sobre ele, enfiando o salto fino da sandália sobre a sua barriga, pouco acima do seu pinto.

- Fique quieto! - Eu ordenei com uma voz que saiu baixa, rouca e quente. Nunca tinha dado ordem nenhuma a ele e percebi que ele estava adorando. Continuei: - Hoje é o meu dia e quem manda sou eu.

- Você está diferente… - Ele disse e vacilou, sem saber como continuar.

- Hoje eu não sou a Camila. Sou uma puta de classe. - Meu marido arregalou os olhos. Não estava nem um pouco acostumado a me ouvir falando daquela forma. Eu nunca dizia palavrões.

Tirei a blusa e fiquei só de sutiã. Soltei a saia e deixei que caísse no chão. Soltei o sutiã, que tinha o fecho na frente. Quando o comprei imaginei o efeito de tirá-lo olhando para o meu marido, e constatei que havia deduzido corretamente a sua reação.

Ao ver meus peitos soltos e ainda firmes, meu marido falou um pouco admirado:

- Você ainda é linda, Ca! Há quanto tempo eu te vejo assim…

Virei de costas e fui baixando a calcinha lentamente, mostrando a bunda que ia empinando para ele. Ele se sentou na cama e começou a beijar minha bunda. Lambeu meu cuzinho e já ia novamente para a minha xoxota, quando eu me voltei e o empurrei de novo para a cama.

- Gostou da minha xoxota depilada?

- Amei. Como foi que você fez isso?

- Não fui eu. Foi no cabeleireiro. - Eu falei esfregando os dedos ali, como se estivesse (e estava, mesmo) me excitando em uma masturbação.

- Foi um homem que fez isso? - Ele perguntou atônito.

Claro que não tinha sido um homem, mas resolvi não falar nada para ver como ele reagia. Simplesmente não respondi.

Dei a volta na cama e subi nele para fazer um 69. Escancarando propositalmente as pernas me enfiei sobre a sua cara, enquanto começava a chupar o pinto dele que parecia mais duro que na adolescência. Eu nunca o tinha visto tão excitado. Acho que eu também nunca tinha ficado tão excitada.

Algumas lambidas depois ele insistiu:

- Foi um homem, Ca, que depilou você? - Sua voz era ofegante. Resolvi inventar.

- Se é que você pode chamar aquilo de homem… - Dei a entender que tinha sido um gay.

- Mas nem um viado ia deixar de sentir tesão por você, hoje, Ca. - Quando falou isso o pinto do meu marido deu um pulo. Percebi que ele tinha se excitado com a ideia. Resolvi continuar.

- E eu acho que até ele sentiu tesão, mesmo.

- Por que? - Ele perguntou gemendo.

- Deixe para lá! - Respondi tirando o seu pinto da minha boca. Ele estava gostando da ideia e eu nem acreditava no que eu estava fazendo.

- Fale, Ca! Por que você acha que ele sentiu tesão?

Não falei nada. Deixei por conta da imaginação dele.

Ele me empurrou para o lado e se levantou, ficando em pé ao lado da cama. Seu pinto estava tão duro que quase tocava o seu umbigo. Sua cara deixava tão claro que o que ele sentia era tesão, e não raiva. Senti-me suficientemente segura para sentar na beirada da cama e enfiar novamente o pinto dele na boca. Chupei aumentando a pressão.

- Por que você acha que ele sentiu tesão, Ca? Conte, pelo amor de Deus. - Sua voz tinha tom de desespero e saia gemida, com muito tesão. Não parei de chupar olhando para cima, vendo seus olhos injetados pelo tesão. Resolvi tentar fazer cara de puta safada. Ele insistiu: ele ficou de pinto duro?

- Não sei, Paulo! Ele estava de calça, né? - Tentei falar com a maior cara de safada que eu conseguisse, e voltei a enfiar o pinto dele na boca. Chupava com a maior possível.

- Mas e o volume na calça dele? - Ele perguntou olhando-me nos olhos. Sem responder e nem esvaziar minha boca, tentei apenas fazer cara de puta. - O volume na calça dele cresceu? - Ele perguntou de novo. Deu para perceber? - Estava quase gritando e se contorcendo. Ele voltou à carga: - Estava grande?

Somente pisquei com cara de puta, para ele que, quase em desespero gemeu forte:

- Diga, pelo amor de Deus!

Com minha voz rouca e cara de safada que eu jamais me imaginei capaz de fazer, apenas respondi lentamente, prolongando aquele momento:

- Enoooooooooooooooooorrrrrrrrrrrrrrmeeeeeeeeeee!

Ele não se aguentou e gozou na minha cara. Contorcendo-se e gemendo como eu nunca tinha visto, antes. E no meio da gozada, gemendo como um louco ele disse:

- Eu te amo, vagabunda. Ah, como eu te amo! Te amo muito!

E este foi apenas o início daquela noite maravilhosa, onde conversamos muito mais e eu conheci meu marido de uma forma como nunca o tinha visto antesEscrito pelo Mar: - mar000002@gmail.com

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Comentários

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quandovc vai continuar este conto, espero com muito tesão para ver se ela vai transar com o coroa do shopping.

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Adorei, voce foi maquiavelica com seu marido, muito bom mesmo.

Gostaria de saber mais, bjos Drica

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Obrigado a todos pela leitura e pelos comentários. Se quiserem ler outros textos meus, eu ficaria honrado ao saber o que vocês pensam. Este conto vai continuar. Se quiserem escrever diretamente para mim, fiquem à vontade. -- Um enorme e meladaço beijãozão a todos. Mar:. Santos e São Paulo - SP - Brasil --

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Adoraria ser seu maridu e ouvir tudo que ele queria ouvir. Sou de Belo Horizonte. jose_gabriel43@hotmail.com

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