A história de nós três - Parte 14

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1979 palavras
Data: 16/01/2012 03:13:12

Então gente fiz esse conto maior para que vocês não se cansem muito com a história. E dessa vez eu trouxe uma proposta, nunca vi outros contos então não sei bem como é. Mas é a proposta de um pouco de interatividade. Em baixo lá no texto vai ter um momento de (Momento interativo - coloque a música para rodar) quando você vir isso, acione a música e leia o resto do história.

A partir de agora alguns dos meus contos terão esse link para que vocês possam viajar mais. Espero que vocês gostem da idea. O link da música é:

(.... http://www.youtube.com/watch?v=5Ucbexb_FKY ....) Dependendo da sua internet você pode copiar no seu http e deixar enchendo, mas quando ver a marca momento interativo vai ter que dar o play certinho.

Realmente Deus sabe o que faz. Ele tira uma pessoa e poe outra com a mesma personalidade. Depois de deixar meu irmão no treino fui ao hospital abracei e beijei o meu amor. Disse no ouvido dele que ele era o amor da minha vida. Mauricio me pegou nos braços e colocou uma fita em meus olhos. No inicio fiquei meio apreensivo, mas confiava no meu noivo.

Ele foi me guiando pelo hospital, confesso que pensei em mil coisas. Eu senti um cheiro familiar, mas não consegui descobrir o que era. Mauricio tirou a venda dos meus olhos e eu o vi pela primeira vez, era pequeno e estava dormindo.

- Esse é o nosso futuro. Pedro, esse menino precisa de nós. – disse Mauricio com os olhos vermelhos.

- Ele é lindo. Ele é... – falei chorando e abraçando o Mauricio.

- Ele é nosso. É claro se você quiser. Pedro, eu não tenho dúvidas de que você é o homem da minha vida. – ele disse me abraçando forte.

- Eu também te amo. Nem imagino onde estaria agora se não tivesse te encontrado. – falei. – Eu caso com você, juntos vamos criar esse menino da melhor forma possível.

Cheguei em casa e encontrei a Luciana. Estava preparando um bolo e cantarolando.

- Hum ta felizinha é? - brinquei.

- Pedro eu tive uma noite mágica. - ela disse.

- Geralmente as pessoas falam isso quando tem um encontro e não reencontro com os país. - brinquei.

- Eles estão muito arrependido. Depois de quase um ano dormi novamente no meu quarto e estava a mesma coisa. Eles não mudaram nada. - ela disse.

- E você vai voltar para lá?! - perguntei.

- Sim. Afinal de contas é a minha familia né? - disse ela chorando.

- Ohhh amiga... eu também te amo. - falei abraçando. - E estava esperando esse momento na sua vida.

- Pedro... você não sabe o quanto você é importante na minha vida. Eu não conheço ninguém que ajudaria uma desconhecida, abrigaria em sua casa, daria um emprego. Eu amo muito você. E não tem um preço... o que você e a sua familia maravilhosa fizeram por mim. Não chora por favor. - disse ela.

- Você sabe que eu sou uma manteiga derretida. Vamos sentir muita falta de você. E você nem ouse sumir. - falei abraçando minha amiga o mais forte que eu pude.

- Claro que não. - ela disse com dificuldade. - Ainda temos a viagem para argentina e a recepção da sua festa de casamento. Acha que eu perderia o casamento do meu melhor amigo?!! - ela disse enxugando as minhas lágrimas.

No dia do meu aniversário fizemos algo simples logo pela manhã, pois na mesma tarde seria o julgamento do Márcio. Cheguei cedo ao tribunal e esperei a chegada da minha família. Todos foram até os pais do Mauricio, na verdade já era um fato, o Márcio iria preso por causar o acidente os nossos advogados estavam tranquilos e nós também.

O assassino do meu irmão chegou uns 20 minutos depois de mim. Ele estava abatido e visivelmente mais magro sua mãe e seu irmão estavam com ele, me olharam com ar de superioridade. Realmente não entendo essas pessoas, estão no fundo do poço, mas não perdem a pose.

O julgamento começou com as apresentações das provas da defesa e da acusação. Mostraram um vídeo do sistema de vigilância da rua onde aconteceu o acidente. Fiquei em choque ao rever as imagens, tudo voltou como um trovão. Um flash de memorias na minha cabeça. Senti o cheiro da gasolina, do fogo quente no meu rosto e tudo que estava praticamente se fechando abriu novamente.

Chegou a minha vez de depor contra o Márcio.

- Onde você estava no dia 30 de novembro do ano passado? – perguntou um advogado baixinho e meio careca.

- Estava com o meu namorado realizando a mudança da casa dele. Quando fui deixar uma caixa no caminho o Márcio me encontrou na varanda e perguntou porque eu estava roubando o homem dele. – falei chorando, mas sem pausar.

- Então tudo isso é um plano contra o Márcio por ciúme? – ele perguntou olhando nos meus olhos.

- Claro que não. Desde que eu conheço o Márcio ele só me trouxe dor e sofrimento. Mas nunca pensei em vingança isso é ridículo. – falei me exaltando.

- Senhores... se acalmem – falou o juiz com um semblante sério.

- Ok. Senhor. Eu encerro aqui. – disse o advogado do Mauricio.

- Pedro. Você ama seu irmão? – perguntou o nosso advogado.

- Sim... ele foi e sempre será importante para mim. – falei segurando o choro.

- Conte para nós o que você viu quando o caminhão em que você e o Mauricio estavam?

- Eu acordei meio atordoado e vi que estávamos de cabeça para baixo. Quando olhei para frente vi o Márcio rindo em minha direção. – falei chorando. – Eu vi ódio no olhar dele e um certo prazer ao me ver naquela situação.

- Então meritíssimo como você pode ver, todas as provas e todas as testemunhas levam a um único culpado. Devemos deixar esse rapaz sair impune? – finalizou.

O juiz liberou a sessão em uma hora para dar o veredito. Confesso que foi a hora mais longa da minha. Estávamos todos inquietos, minha mãe não aguentou e decidiu ir para casa com o meu pai. Ficamos eu, minha irmã, o Mauricio e a Luciana. O Phelipe não foi por que tinha prova na escola. Fomos chamados pelos guardas. Enquanto caminhava no corredor eu vi minha vida passar diante dos meus olhos. Todos os momentos dela me levaram até ali.

- Os jurados se reuniram comigo e depois de analisarmos todas as provas chegamos num veredito.

- É agora meu irmão. – falei segurando a mão de Mauricio.

- Que o réu Márcio Alcântara Noronha se levante... Bem rapaz pelas acusações de dirigir bêbado e o assassinato de Paulo

Eduardo Soares essa corte condena você... culpado. Você deverá passar 15 anos em regime fechado na cadeia pública da cidade. Declaro esse julgamento encerrado.

Beijei o Mauricio e fechei os olhos. Não conseguia acreditar, o assassino do meu irmão seria preso. Os guardas levaram o Márcio pelos protestos da mãe dele que fez o maior escândalo.

- Se ela tivesse dado amor ao filho nada disso estaria acontecendo. – disse a Luciana.

- Acho que temos um motivo para comemorar hoje. – disse a Priscila ao me abraçar visivelmente emocionada.

Compramos um bom champanhe e fomos para casa felizes e satisfeitos. Minha mãe se ajoelhou no chão e começou a agradecer a Deus quando contamos a decisão dos jurados. Meu pai ligou o som lembro que era uma música da Ivete Sangalo. Todos bebemos e comemoramos. Confesso que bebi um pouco além do meu limite. E com dificuldade subi e fui para a varanda da minha casa sozinho.

- Ahhh. Mano... você faz tanta falta. – disse jogando um pouco de bebida no chão. – Você deve estar feliz.

(Momento interativo - coloque a música para rodar)

Nesse momento. Escuto um som diferente. Era uma música do Evanescence chamada Missing. A nossa vizinha sempre escutava e eu já sabia do que ela se tratava. Só ao ouvir a introdução da música uma lágrima desceu e eu deixei o copo escapar da minha mão.

Lembrei o dia em que saímos de casa... entrei no quarto do meu irmão e ele estava arrumando a roupa para sair a noite com a Luciana. Meu irmão era uma pessoa organizada e chata. Eu brinquei com ele e disse: “Relaxa quando você voltar estará tudo aqui para você organizar denovo... não vamos demorar... eu prometo.”

Lembrei da nossa infância de nós brincando naquela casa. Momento felizes que nunca voltarão. Lembro de ter pensado pouco no meu irmão depois de tudo o que ele fizera por mim. Eu imaginei meu irmão cantando essa música para mim. Realmente chorava como um desesperado.

Quando éramos adolescentes o Paulo brigava com todos que mexiam comigo na escola. Uma vez ele se atrasou para me pegar e eu apanhei de uns meninos amigos do Márcio e só sobrevivi porque o porteiro me defendeu.

- O que aconteceu aqui? – perguntou Paulo ao ver meu olho roxo.

- Você aconteceu. Eu apanhei... apanhei por ser diferente. – disse chorando.

- Foi o Márcio que fez isso?!

- Não interessa. Isso é tudo culpa sua... se você não tivesse insistido para eu ir aquela maldita festa, o Márcio não teria inventado aquelas porcarias e eu estaria bem, - gritei.

- Eu tenho culpa mesmo. Culpa por amar você.

- Amar... eu levo uma surra por dia e você chama isso de amor. Eu não queria ser seu irmão... eu odeio você.

Aquelas lembranças estavam dilacerando meu coração. Na verdade eu queria agradecer ao meu irmão por toda coragem que ele me passava. Pelos hematomas que ele tinha por minha causa. E eu naquele momento pedi perdão a ele de joelhos no chão.

- Amor... o que aconteceu? – perguntou Mauricio correndo e me amparando.

- Tudo.. está tudo errado... meu irmão morreu!!. – disse chorando.

Todos ouviram meu grito e correram para ver o que havia acontecido.

- Ele está bem?! – perguntou Phelipe assustado.

- Mãe... eu pensei mãe que tudo ficaria bem. Que quando o Márcio fosse preso esse vazio dentro de mim seria preenchido. Pensei que o Phelipe faria diferença, mas eu não consigo esquecer... me ajuda pelo amor de Deus – falei abraçando minha mãe.

Eu realmente estava lavando a minha alma. E todos se emocionaram minha irmã me abraçou dizendo que deveríamos seguir em frente. Eu protestava, eu estava visivelmente bêbado e acabei desmaiando.

- Eu realmente sinto muito por não voltar para casa. – disse o Paulo.

Abri os olhos e estava novamente na praia. Era fim de tarde e o por do sol começava a se formar lindamente.

- Eu sinto muito, por dizer que eu te odiava... – falei olhando para o horizonte.

- Pedro... isso já faz tempo. Sabe o que me deixa feliz?! – ele disse me abraçando.

- Eu sei que você nunca vai me esquecer... mas você vai casar, ter filhos com o Mauricio, vai cuidar dos nossos pais e dos nossos irmãos. E vai viver um vida plena e feliz.

- E você. – falei encostando minha cabeça no ombro dele.

- Eu serei sempre a melhor época da tua vida. Toda vez que tiver um problema ou não saber o que fazer. Lembra da nossa infância e sinta que você é capaz de qualquer coisa. – ele falou me beijando.

(Acaba música)

Até hoje não sei o que eram esses sonhos – coisa divina ou a minha mente querendo que eu seguisse em frente. Levantei com uma dor de cabeça enorme e desci para tomar café. Quando vejo meu irmão descendo as escadas com a minha mãe enquanto carregava uma mala.

- Você vai viajar. – eu brinquei.

- Vou embora. – disse ele seriamente.

- Vai o que... – falei cuspindo um pouco de café.

- Ele disse que precisa ficar com avó dele um tempo. – disse a minha mãe.

- Mas e a escola... seus amigos... – tentei argumentar, no fundo querendo saber como eu ficaria.

- Eu preciso ir. – disse ele me abraçando.

"Como assim? Você não pode ir.. e...e...e eu?"

*Se vocês curtiram, por favor comentem e votem no meu conto e ajudem a divulgar também para amigos e colegas. Agradeço vocês e boa leitura.

Se tiver dúvidas ou comentários podem enviar para o email:

contosaki@hotmail.com

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Comentários

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Nossa eu to acompanhando essa historia e so agora resolvi comentar....nossa vc é demais escreve lindamente e eu to chorandoo horrores parabens

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FANTÁSSSSSSSSSSSSSSSSSSTICO....................... MARAVILHOSOOOOOOO!!!!

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Cara,sem palavras pra descrever a emoção que sinto em cada conto teu. Mais sabes que sua nota é sem mil.

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Adoro seus contos, e confesso que muitas vezes ele tem me trazido ás lágrimas. Parabéns plo ótimo trabalho!

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Assim como a pessoa q utiliza o nick negagostosa eu tbem sou espirita e esses seu sonhos é seu irmão falando contigo

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Cada cap do seu conto fica mais emocionante,eu to amando cada um deles.

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Sou espirita talvez nao acredite mas seus sonhos fundamentos... não morremos passamos a habitar em um plano diferente para depois voltarmos para a grande caminhada evolutiva...sinto que vc e seu irmão são almas gemeas unidas para sempre por isso vc vai sonhar durante algum tempo com ele e sempre vai sintir a presença ele na sua vida tenha certeza a dor da perda e horrivel mas procure supera-la para que seu irmão possa trabalhar em um novo plano diferente do nosso e saiba que um dia vc vai encontra-lo

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Nossa, a cada leitura um sentimento novo... Que perfeiçao. Parabens e continua loga...!

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bah cara tu eh um maximo, tu mi deixa de um jeito ke tu nem imagina, MARAVILHOSO, continua logo

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