Todo carnaval tem seu fim - parte 3

Um conto erótico de Tarso Carvalho
Categoria: Homossexual
Contém 753 palavras
Data: 03/02/2012 20:46:19

Oi gente, tudo bem? Obrigado pelos comentário... Sinto-me lisonjeado com tantos elogios... Vamos ao conto.

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Os dias se passaram, os fim de semanas na casa dele eram comuns, não transávamos mais, apenas ficávamos juntos. Eu não sentia necessidade nem ele. Eu só queria ficar perto dele. Eu estava decididamente apaixonado. Porém não gostava de deixar isso claro pois já sofri muito com relacionamentos que não deram certo...

Foi quando um dia na escola recebo uma SMS:

"Precisamos conversar"

Essa SMS era de minha mãe, na hora eu gelei. Minha mãe não sabe expressamente da minha orientação sexual, mas sei que ela desconfia. Eu no fundo, queria que ela soubesse, que ela descobrisse.

Eu sinceramente cansei de viver escondido, não aguento mais essa vida de mentiras. Vejo casos de pessoas que são homossexuais e se dão bem com a suas famílias... Essas pessoas nem sabem o tanto que eu às invejo.

Cheguei em casa, ela me esperava sentada. Eu olhei pra ela e falei:

-Qual o problema, por que me mandou aquela SMS?

-Me contaram uma coisa, e eu espero que não seja verdade... - Eu comecei a suar frio.

-E o que foi que te falaram? - Falei como quem não tem nada à esconder.

-Você é gay? - Ela me olhava com os olhos marejados de lágrimas.

-Você tá doida? Quem inventou essa mentira? - Respondi irritado, mas nada convincente. Não acreditava que aquilo estava acontecendo. Eu não estava pronto, minha mãe é homofóbica.

-Então por que você foi à uma festa GLS? - Ela chorava.

-Eu? - Eu realmente tinha ido.

-Você, um amigo meu trabalhou na festa, ele te viu com a Bab's.

-Eu fui acompanhar ela, ela por sua vez acompanhava o irmão dela. Além do mais eu estava bêbado - Inventei uma desculpa muito rápido.

-Não acredito... - Ela repetia isso mil vezes. - Se isso for verdade...

-Isso o que? - Respondi rispidamente.

-Você ser veado!

-Eu não sou caralho! - Eu estava fazendo de tudo, não estava pronto... Minha cabeça estava à mil.

-Eu tenho nojo de você! - Ela chorava - Eu não criei um filho pra ser desrespeitoso e imundo assim!

Foi um dos momentos mais negros da minha vida. Ela era minha mãe, uma pessoa que devia me amar incondicionalmente. E agora, eu era um nada, um desrespeitoso imundo. Ela tinha nojo de mim.

-Você acredita realmente nesse veadinho desse seu amigo? - Eu estava quebrado por dentro, mas não poderia deixar transparecer.

Ela começou a se "convencer" que eu ter ido não significava que eu realmente era gay.

Eu chorei por mais de sete horas, foi quando recebi uma ligação do Pael...

-Oi gato. - Ele me chamava assim às vezes...

-Oi - Tentei fazer a minha voz parecer feliz, mas não deu.

-O que foi?

-Nada, fica tranquilo, é bobagem minha...

-Sua voz tá rouca e trêmula... Você está chorando. - Concluiu.

Não aguentei, chorei. Ele ficou desesperado na linha. Contei a ele o que havia acontecido e ele realmente lamentou. Conversamos e decidimos nos encontrar em sua casa às 20:00h.

Quando cheguei em sua sala de estar, ele me abraçou e afagou meus cabelos. Eu chorava, chorava de soluçar. Por uma hora ele disse que tudo ia passar, e realmente, junto a ele eu realmente não me importei mais com nada. Ele me beijou, com amor e ternura, sem tesão, mas como quem consola. Eu decididamente era apaixonado por ele... Eu sabia que não era uma simples paixão.

-Pael? - Falei apreensivo.

-Oi amor. - Ele me chamara de amor? Meu mundo parou.

-Amor?

-Desculpe - Falou ele sem jeito - é que eu não sei de que te chamar.

-Eu gosto de amor.

-Enfim, o que você queria falar? - Ele queria mudar de assunto, acho eu, que ele ficou envergonhado por ter demonstrado seu afeto.

-Eu quero namorar contigo. - QUE MERDA EU HAVIA DITO? SAIU SEM QUERER.

-O que? - Falou assustado.

-Nada, desculpe-me.

-Desculpar pelo que?

-Por ser um babaca, chorão, e piegas.

-Então não é pra valer?

-O pedido?

-Sim... - Disse ele baixinho, seus olhos marejaram, tão azuis que fiquei hipnotizado e demorei a responder.

Ele se adiantou e disse:

-Eu sabia... Acho melhor você ir embora, sua mãe deve estar realmente preocupada.

-Não por favor, me deixe ficar, quero você...

Esperei e disse:

-...Pra mim.

Ele sorriu, com seus dentes extremamente brancos.

-Amo-te - disse ele arrancando o sorriso mais feliz de minha vida.

CONTINUA...

(PRÓXIMA PARTE CONTO À VOCÊS COMO FOI MINHA NOITE FORA DE CASA... SE GOSTARAM, COMENTEM, DÊ SUGESTÕES E INDIQUEM AOS AMIGOS, SEI QUE TEM CONTOS MELHORES, PORÉM EU ESTOU POSTANDO... BEIJOS).

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