O CLUBE DA SIRIRICA IV

Um conto erótico de quiquinha 12
Categoria: Homossexual
Contém 1125 palavras
Data: 05/05/2012 10:17:29
Última revisão: 10/06/2019 01:15:45

A quarta reunião do Clube só aconteceu em setembro, numa segunda-feira.

Das habituées, lá estavam Micaela, Sabrina e Mariângela, esta a que mais efusão demonstrou nos cumprimentos de reencontro, ainda do lado de fora. Quanto às novatas, apresentei Jaciara e conheci Bebel, uma morena muito magra de dezessete anos, que nos ofereceu chiclete a todas. Usava piercing no nariz.

O cinema não era o mesmo.

— O “nosso” está em reforma — explicou Mariângela. — Mas já tá quase pronto.

A data para a reunião fora escolhida por ser um dia de pouco movimento. Pouquíssimo. Por essa razão, também só víamos entrar pares de namorados, que se sentavam a grande distância uns dos outros. Então, quando nos acomodávamos na última fileira, por sorte deixada livre, a única pessoa sozinha na grande sala olhou para trás e acenou. Era Celina [uma colega de aula], que fez menção de se levantar, mas o apagar das luzes interrompeu seu gesto.

Logo as calcinhas foram guardadas. Somente Jaciara não tinha bolsinha, mas o bolso da saia xadrez que eu lhe sugerira usar deu conta da situação e ela logo sentiu entre as pernas a mão de Mariângela, cuja xoxotinha eu me pus a acariciar. E não é que eu estava com saudade?

A felicidade de Jaciara era audível. Masturbando Sabrina com movimentos que se percebiam na penumbra, ela dava risinhos que nada tinham a ver com o filme. Ao cabo de uns dez minutos, seus dedos experientes foram requisitados por Micaela, que trocou de lugar com Sabrina. Duas bocetas.

Estávamos no primeiro movimento, isto é, o da mão direita. Como eu me encontrava na ponta, teria de esperar a troca de mãos para receber a retribuição de Mariângela, que eu masturbava delicadamente, observando ora os vultos à frente, alguns também entregues à libidinagem, ora o que ocorria do meu lado. Então Bebel, que se sentava na outra ponta, tendo já recebido as carícias de Micaela e de Sabrina, veio conhecer as habilidades de Jaciara. Três bocetas.

Metade do grupo já havia trocado de lugar, de mão e de boceta. A outra metade mantinha a formação inicial. E assim permaneceria longo tempo, para satisfação de Mariângela, que fazia questão de se manter ao meu lado.

Eu intuía por quê.

Entrementes, algumas fileiras adiante, tendo-se habituado à oscilação constante de luminosidade da projeção, os olhos de Celina lhe mostraram que ela era a única solitária na sala onde o principal espetáculo não era o filme.

Dessa vez, ela veio.

— Posso sentar?

Ela deve ter dito isso. Ou qualquer outra coisa. Nesse momento minha atenção estava voltada para minha boceta, que começava a receber as atenções de Mariângela, enquanto, sob sua saia, a mão de Jaciara ocupava o lugar que eu acabava de liberar. Quatro bocetas.

Então Celina, que eu evitava tocar, apesar da vontade, aproxima a boca de minha orelha esquerda, convidando-me a ir ao banheiro.

— O que é que tá rolando lá? — pergunta ela.

Refleti, procurei as palavras, preferi a explicação direta:

— É o Clube da Siririca. A gente se reúne de vez em quando. A gente se masturba uma à outra.

Ela enrubesceu.

— Se quiser participar, você é bem-vinda — prossegui, agora falando lentamente. — Mas não é obrigada. Eu sei que você não vai sair por aí contando pra todo mundo. Ninguém precisa saber. Mas eu gostaria que você participasse. Você nunca tirou um sarrinho no cinema?

— Tô fora — disse ela.

Era o momento da persuasão. Em frente ao espelho, passando as pontas nos cantos dos dedos nos olhos, como quem tira remela, organizei o raciocínio:

— Sabe a cola de Matemática que eu te dei? Sabe por que o professor foi tão bonzinho? Ele bem que poderia tirar a prova e dar zero. Mas não fez isso. Sabe por quê? Porque eu dei o cu pra ele! E sabe por que eu fiz isso? Pra te ajudar. Pra garantir a tua aprovação. Se depender só de Matemática, o teu diploma tá na mão.

Ela agora estava branca, isto é, mais branca; branca como cera. E estática, como em estado de choque. Mas reagiu quando tentei lhe fazer uma carícia no rosto.

— Sei lá onde estava essa mão — disse ela recuando.

— Sabe, sim! — repliquei com ar divertido.

De volta à sala de projeção, ela hesitou, mas acabou se sentando na mesma poltrona e eu voltei a receber as carícias de Mariângela, que molhava os dedos na boca antes de usá-los para estimular meu clitóris. Delícia. Ao meu lado, olhando para a frente como uma estátua, Celina teve um sobressalto ao sentir minha mão em suas coxas, que ela não abriu. Mas quem está na chuva é para se molhar.

Nem que seja só a ponta dos dedos.

A ponto de gozar, senti um angustiante vazio quando, no retorno ao primeiro movimento, Mariângela voltou sua atenção a Jaciara. Respirei fundo, ousei. Com as pernas abertas, peguei a mão mole de Celina, coloquei-a diretamente em contato com minha boceta e, segurando-a com firmeza, impedi que ela a retirasse. Bem que ela tentou. No início, com convicção, depois debilmente. Por fim, tendo seu cérebro registrado a gratificante sensação de tocar o sexo de outra mulher, ela se entregou.

E eu gozei. Apertando a xoxota de Mariângela, eu reprimi o grito que se formou em minha garganta quando, com movimentos leves e constantes, os dedos de Celina me levaram ao primeiro orgasmo, que veio pouco antes de Bebel, masturbada por Jaciara, começar a gozar com gemidos sacudidos, como soluços.

Então a nuvem de luxúria que pairava alto sobre nossas cabeças desceu, envolvendo-nos a todas. Mariângela trocou de lugar com Celina, que, tendo entendido a regra do jogo, não hesitou em pôr a mão na boceta de Jaciara enquanto meus dedos, franqueando o elástico de sua calcinha, encontravam pelos, umidade, maciez e sensibilidade.

Do meu lado esquerdo, Mariângela fez leves carícias, depois não resistiu mais. Não tínhamos a privacidade do mezanino do outro cinema, mas ninguém naquela sala estava preocupado com a concupiscência alheia. Ajeitando-se como pôde no espaço apertado entre as poltronas, ela se ajoelhou no chão (ou estaria sentada?), eu cheguei mais para a frente e sua língua me levou rapidamente ao segundo orgasmo, fortalecido pela excitação que meus dedos recebiam no clitóris ereto de Celina. Então, inspirada na ousadia de Mariângela, Bebel, adequadamente magrinha, posicionou-se e começou a chupar a boceta de Jaciara, cuja mão veio encontrar a minha entre as pernas de Celina. Entendi. E sua mão substituiu a minha dentro da calcinha de Celina. Cinco bocetas.

— Seis! — acrescentei quando mais tarde, em meu quarto, ela deslizou a mão para dentro de minha calcinha e fez o que mais gostava de fazerTrecho retirado da trilogia Érika, que L. Martins assina como autor. Veja mais no link:

https://www.clubedeautores.com.br/livro/erika#.XPc6SdJKgdU

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Quiquinha12 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Muito bom... Pena que não conheci esse clube...

0 0
Foto de perfil genérica

Muito bom, Quiquinha. Parabéns. Nota 10.

0 0