Prisioneiro da paixão XI

Um conto erótico de Will
Categoria: Homossexual
Contém 5833 palavras
Data: 03/05/2012 14:01:27

Acordei assustado, era 4 da manhã e alguém bater na sua porta essa hora não era coisa boa. E a pessoa parecia desesperada porque não largava a campainha. Como meu prédio não tinha portaria e eu estava cheio de sono, nem perguntei quem era, só apertei o botão liberando a porta. Logo ouço os murros na porta. Coloquei uma cueca e fui abrir a porta. Quando a abri eu quase tive um ataque cardíaco:

- Digão?!

Ele me olhava sério, quase com raiva no olhar. Estava do mesmo jeito que eu lembrava exceto pelo cabelo que estava grande e estava encharcado devido a chuva fina que caia. Não sei por que, mas não fiquei feliz em vê-lo, fiquei com medo. Ele pediu para eu entrar em contato, mas eu, covarde não o tinha feito, ele teria toda a legitimidade pra me bater ali. Então só fiquei esperando ele falar.

- Preciso me entocar, dá pra ser aqui?

- Como você me achou? E se entocar por quê? – ele se enfureceu.

- Esquece! Foi mau bater aqui essa hora... – ele virou e foi embora.

Eu fiquei tão perplexo por ele ter aparecido lá que nem tive reação para impedi-lo. Quando dei por mim ele já tinha passado da porta. Nem coloquei uma roupa, sai de cueca mesmo correndo atrás dele. O vi debaixo de uma árvore, olhando para os lados. A chuva caia gelada pra caralho, ele deveria estar congelando.

- Rodrigo!! – mas ele me ignorou, ou não ouviu. Então eu corri e o alcancei, pegando em seu braço – Vamos lá pra casa, desculpa, eu estou meio fora de mim. Vamos comigo, vem!

Ele não falou nada, só me seguiu. Lá em cima peguei uma toalha e o encaminhei para o banheiro, para que tomasse um banho quente. Separei algumas roupas e fiquei esperando na sala, ele sair. Quando ele aparece quase tive um troço, estava só enrolando na toalha. Entreguei a roupa pra ele e o safado se trocou ali mesmo. Retirou a toalha e logo vi sua rola repousando sobre o saco grande, com pelos bem aparados e tudo rodeado por sua pele cor de caramelo. Tinha uma tatuagem nova, um revolver na virilha, ficou mais gostoso ainda. Não consegui conter uma ereção. Ele colocou a cueca e o shorts, mas não a camiseta.

- Tem alguma coisa pra comer? To cheio de fome.

- Vou esquentar.

Ele sentou a mesa e começou a comer. Não me atrevia a falar nada com ele, tinha medo de sua reação, também não o agarraria, não sabia se ele queria. Eu fiquei olhando ele comer e ele desviando o olhar. Era como se eu não tivesse acordado de um sonho meu.

Depois que ele acabou, eu recolhi o prato e ele voltou pra sala. Lá, enquanto lavava a louça, não pensava em outra coisa, senão como poderia ter ele nos meus braços de novo. Mas eu teria que saber se ele me queria ainda, afinal já havia se passado mais de um ano.

Voltei pra sala e ele estava dormindo no sofá. Não pude deixar de contemplar aquele corpo que eu tanto desejava. Ajoelhei ali, bem perto dele e me contive a só olhá-lo. Peguei meu celular e o fotografei, nunca mais queria ficar sem olhar pra ele. Por fim, eu fui ao meu quarto e preparei a minha cama pra ele. Voltei a sala, o acordei e o mandei deitar lá. Ele, igual a um zumbi do The Walking Dead, vou marchando até o quarto e se jogou na cama, dormindo logo em seguida.

Já eu, não consegui pregar o olho, tinha medo de ser mais um sonho e se eu dormisse, acordasse para a dura realidade de não poder vê-lo novamente. Mas se fosse realmente um sonho, eu iria à penitenciária de qualquer jeito.

Logo o sol invadiu a janela e eu a fechei para que ele dormisse melhor. Fui para a cozinha e comecei a preparar o café da manhã para nós. Comi e comecei a trabalhar, porque era óbvio que eu não iria pro escritório com ele lá, tínhamos que conversar.

Algumas horas depois ele acordou, passou por mim e foi para o banheiro. Fiquei lá conversando com o meu secretário e acertando as pendências, formando agenda e tudo mais:

- E o cliente do Méier, já mandaram alguém lá?

- Não ainda não, ele marcou pra hoje.

- Tá, me passa toda a agenda por favor.

- E ai play boy – falou ele ao sentar à mesa.

- bom dia, pode se servir, to resolvendo umas coisas aqui do trabalho.

Eu continuei a conversa e ele foi se servindo e me olhando, cada vez mais fixamente. Terminei a conversa e fiquei olhando uma planilha e acertando tudo. Por fim quando terminou, ele abriu a boca e foi levantando:

- Ae play boy, mais um dia e to vazando! Não vou te encher mais não!

- Que isso Rodrigo, você não me enche.

- hurum... sei. Posso ficar lá na sala? Não quero te atrapalhar.

- pow, fica aqui, você não tá atrapalhando.

- não, não, prefiro ficar lá. – fiquei mais pra baixo ainda ,ele estava puto comigo.

Continuei trabalhando até o fim da manhã e ele só passava pra pedir e pegar água e voltava pra sala. Estava uma situação muito desagradável. Ao meio dia eu preparei o almoço e o chamei pra comer:

- então, como está a vida?

- Oh play boy, num sou muito de falar enquanto como não! – fiquei irritado, porra o cara vem na minha casa e ainda fica de ignorância comigo...

- Desculpa. – sabe quando você chora de raiva? Meus olhos começaram a lacrimejar, mas eu limpava rápido, tentando impedir ele de ver.

Continuamos comendo em silêncio. Assim que terminamos ele pegou os pratos e a panela e começou a arrumar a cozinha, sendo assim eu continuei meu trabalho. O clima estava pesado, ambos queriam falar alguma coisa, mas nenhum dos dois dava o braço a torcer. As vezes nos encarávamos e via raiva nos olhos dele isso me machucava demais. A tarde eu fui pro quarto e fiquei lá pensando no que eu iria fazer. Resolvi tentar mais uma vez.

- E ai Rodrigo, gostou da casa?

- hurum.

- não quer descansar não? você dormiu pouco.

- se quisesse já estaria dormindo... Cara não tenta agir como se nada tivesse acontecido, é pior, valeu?

- mas o que aconteceu? – ele olhou fixamente pra mim, mas uma vez senti que ele ia me dar uma porrada, mas não, só levantou e foi pra varanda.

- se você tá com tanto ódio assim de mim, o que veio fazer aqui? Me sacanear?

- se preocupa não, amanhã cedo eu to indo embora e você vai poder voltar pra sua vida feliz.

Eu estava espumando. Não entendia tanto ódio que ele sentia, talvez tivesse sido por eu ter sumido... mas não insisti, voltei para o quarto e fiquei lá até a hora de dormir. Arrumei a cama pra ele no quarto e deitei, fiquei lendo um livro qualquer, não prestava atenção mesmo.

Quando deu umas 10 horas da noite ele entrou. Nos encaramos mais uma vez e ele deitou. Como eu tinha dormido pouco no dia anterior, acabei dormindo pra valer. Acordei no outro dia e ele ainda dormia. Preparei o desjejum e fiquei mexendo no computador. Logo ele vem e fala:

- William, to indo embora, obrigado por tudo...

- Que isso cara, pode ficar, come ai.

- Ih te preocupa comigo não cara, vim pra cá só porque não tinha opção mesmo. Não vou incomodar você mais não. – fiquei mais pra baixo ainda com o que ele disse.

- que isso Rodrigo, você não me incomoda... to feliz por você estar aqui. – mas ele sorriu em tom de deboche.

- feliz? Tá certo play boy.

- Will.

- o que?

- me chama de Will, você só me chamava de play boy naquele inferno, na frente dos outros... estamos só nós dois e fora de lá. – ele ficou me olhando, sério.

- Não vou chegar cheio de intimidade contigo, você é um pai de família, empresário boladão... Pra mim você é play boy. – seu tom de sarcasmo me irritava.

- entendi. Então os 4 me...

- Foi só diversão ué, não foi? – me recusava a acreditar naquilo. Meses pensando em uma pessoa pra ela me jogar isso na cara. – Não foi isso que rolou? Era romance lá dentro, mas aqui fora você tinha que voltar pra sua vidinha de merda. Então play boy, tá ai! Sua vida perfeita. – ele era sarcástico e debochado, seu olhar era de puro rancor e eu sabia o motivo.

- Me desculpa cara.

- te desculpar pelo que filho da puta? Por ter dado o cu pra mim? Por ter feito eu me apaixonar por você? Ou por me ignorar completamente depois que saiu de lá? Não adianta fazer essa cara de cu!

- Rodrigo, me perdoa, mas eu fiquei com medo. – as lágrimas já rolavam.

- medo? Medo de que? De mim?

- de eu te ligar e eu ter que voltar pra lá...

- É, eu que achava que você era corajoso, mas você é um fraco mesmo.

- Sou... mas não duvida de mim, eu te amo cara! Continuo tão apaixonado por você quanto antes. Eu tive que me separar, por que depois que te conheci vi que não amava minha esposa, passo as noites pensando em você, sou louco por você cara, não dá pra ver isso?

- não dá não. Fiquei lá, meses esperando uma ligação, até que me conformei que você só queria uma rola nessa sua bunda e nada mais.

- você não pode acreditar nisso! É um absurdo... Eu fui todo quebrado por você.

- não, você foi todo quebrado pra não morrer, não tem nada haver comigo.

- Você teria tido coragem de me matar?

- Se não te amasse, sim. Mas você me enfeitiçou... – eu levantei e fui do lado dele e abaixei.

- quer descontar sua raiva? Vai lá! Me bate! Me enche de porrada, mas não duvida do que eu sinto por você. Eu te amo Rodrigo.

Ele ficou me olhando fixamente, com aquela cara de mau. Ele era lindo! Ainda me olhava com raiva quando por fim agarrou minha nuca e me beijou. UOW! Se lembra dos sinos? Ouvi de novo cada vez mais alto. Era isso que eu precisava, sentir ele comigo, isso me fazia completo. Senti uma onda de calor tomar conta do meu corpo e uma felicidade sem precedente invadir minha vida... eu não poderia deixar aquele homem ir embora.

Ele me levantou e me sentou na mesa, ficou em pé e continuamos a nos beijar, agora eu sentia todo o corpo dele encaixando no meu, como duas pecinhas de Lego. Cruzei minhas pernas nas suas costas, para poder me encaixar mais ainda. Ele tirou minha blusa e começou a lamber meu corpo, chupar meu peito, morder meu pescoço, meu queixo... Ele parecia com fome e eu ia explodir de tesão. Naquela posição em que eu estava, ele me carregou pro quarto. Lá deitamos na minha cama e ele terminou de tirar minha roupa. Depois se afastou um pouco e ficou me olhando:

- você é a coisa mais linda que já vi Will.

- sou todo seu, vem pegar!

Ele avançou com tudo. Já foi tirando o shorts e colocando sua rola pra eu chupar. Bem chupar não, porque ele me fazia engolir sua rola, socava em minha boca com força, com vontade e delirava quando via eu engasgando:

- chupa vai, engole essa porra! – eu só gemia. – Porra, que saudade dessa boca!

Fiquei chupando ele um bom tempo. Não aguentando mais, ele me virou na cama e mandou eu ficar de 4 pra ele. Assim o fiz, ainda abaixei a cabeça, deixando minha bunda lá no alto, totalmente a sua disposição. Ele veio igual um lobo, começou a beijar e a lamber tudinho e eu quase delirando de prazer. Admito que quando ele colocou o primeiro dedo eu gozei. Ele nem ligou, continuou preparando o terreno e em poucos minutos eu estava levando aquela pica maravilhosa.

Ela entrava e meu ar saia. Senti uma dor terrível no começo, mas depois foi passando. O prazer de ter ele novamente comigo e não ser naquele lugar horrível me fazia achar aquela dor a coisa mais maravilhosa do mundo e realmente a dor foi se transformando em prazer, uma dor gostosa.

- Mete mais meu amor!

Ele levou ao pé da letra e socava com tudo. No quarto só se ouviam meus gemidos (quase gritos) e o estalo do ventre dele contra minha bunda. Ele ainda tirava sarro com a minha cara:

- ué? Não era isso que você queria? Então toma! – e socava fundo.

- ahhhh! Caraaalhooo

- não queria? Toma! Toma! – e socava mais e mais rápido.

Ele conseguia atingir uma velocidade impressionante enquanto fudia. Não demorou muito e ele anunciou que ia gozar. Ele me deitou na cama e atolou tudo, me abraçou forte e deu mais duas bombadas e acompanhado de seus gemidos, vieram os jatos de porra que encheram a camisinha. Ele, deitado sobre mim estava, deitado sobre mim ficou.

- te amo. – ele falou no meu ouvido.

- também te amo demais... me perdoa, perdoa minha covardia.

- tudo bem, você estava certo, pra que arriscar sua liberdade.

- fica comigo?

- morar aqui com você?

- isso.

- não sei não Will.

- não me deixa mais, por favor.

- fico por um tempo, tenho meus negócios.

- Amor, deixa isso, pode trabalhar comigo.

- não é assim não Will, se ficar aqui direto, posso te colocar em risco.

- ok, vamos aproveitar então, o tempo que você está aqui.

Ele me virou, deitou sobre mim e voltamos a nos beijar. Não demorou muito e partimos para o segundo round. Dessa vez ele me comeu de franguinho, olhando nos meus olhos e beijando minha boca. Foi carinhoso e delicado, assim ficamos quase uma hora fazendo amor. Sei que ainda demos mais duas até cairmos desmaiados. Não tínhamos força para mais nada. Então nos aconchegamos, de conchinha e dormimos. Eu era o homem mais feliz do mundo.

Acordamos ia dar 3 da tarde e estávamos cheios de fome. Fui na geladeira e preparei duas lasanhas congeladas pra gente. Comemos e depois do almoço ficamos na cama vendo TV e eu aproveitei pra sanar minhas dúvidas.

- Rodrigo, quando você saiu?

-a três meses, por que?

- você não ia ficar lá mais um tempo?

- amorzinho, com dinheiro a gente consegue muita coisa.

- e porque você precisa se entocar ?

- bem... os PM tão dando uma dura na minha comunidade, então o frente lá mandou a gente vazar.

- e como você me achou?

- Assim, eu já sabia tudo de você antes de você sair, telefone, endereço, onde sua família mora e tal. Fiz esse levantamento quando... assim, pra saber mais de você.

- você fez esse levantamento quando mandou sequestrar o Henrique.

- é rsrs. – o beijei firmemente.

- obrigado por isso. Mas de onde surgiu essa ideia?

- pow, não tive ideia nenhuma, só mandei os caras fazer ele te soltar. Ai os malucos pegaram o cara e deram um sacode nele. E o cara só foi solto quando tava tudo certo pra você sair. Ele foi pro Espírito Santo né?

- foi? Não sabia, a Julia falou que ele simplesmente sumiu.

- tenho telefone, endereço, tudo o que você precisar.

- não, dele eu quero distância, mas de você... eu quero ficar assim pra sempre.

- deixa só essa poeira abaixar que a gente fica junto de vez. Mas eu não posso sair do movimento assim, se fizer vão pensar merda e eu posso ser morto por causa disso. Tenho que pedir permissão pra sair e dar um bom motivo. Mas uma vez do movimento, é difícil sair.

- bem, mas você pode vir aqui as vezes, pra gente ficar junto.

- é isso é verdade.

- mas conta, me achou como?

- Assim, queria saber se você tinha morrido ou não, pra nunca mais me procurar, só devia estar morto. – fiquei cheio de vergonha. – Assim liguei pra sua casa e sua esposa...

- Ex esposa.

- rs, sua ex me falou que você estava morando aqui, mas só vim mesmo porque estava sem lugar pra me esconder.

- e porque não me procurou antes?

- por que tu não tinha me procurado, pensei que você não me queria. E sou orgulhoso pra caralho, então não viria atrás de alguém que não quis saber de mim. – ele viu que fiquei mais triste e veio logo me consolando – mas não tem como eu ficar muito tempo puto contigo, eu te amo cara.

- Também te amo demais Rodrigão, não me abandona não cara, por favor.

- nunca, você é meu e eu sou seu cara, perdeu play boy!

Pronto! Minha felicidade estava completa e eu sabia que nunca mais iríamos nos separar. Ter ele nos meus braços era a realização do meu sonho mais íntimo, do meu desejo mais profundo. Mesmo não podendo gritar ao mundo o nosso amor, eu o confidenciava em seu ouvido, pois só a ele importava.

Ele ficou na minha casa durante um mês e meio. Nesse tempo transávamos várias vezes e eu me acostumei com o fato de ser passivo, algo que achava e acho super prazeroso. Ele tinha pegada forte, era bruto, mas ao mesmo tempo muito carinhoso, alem de ser fogoso pra caramba, nunca dava só uma em uma transa e eu adorava.

Nos fins de semana nós saíamos pra bares e boates, sempre como amigos, parceiros, como ele gostava de chamar. Mesmo não largando o crime, eu aprendi a abstrair isso, sentia medo de ser preso por proteger um fora da lei, mas meu amor por ele ia para além disso.

Todos os dias eu saia cedo pra trabalhar e ele ficava em casa. Quando chegava tudo estava arrumado e a janta esperando. Ele passava a maior parte do tempo na internet ou no telefone dele, resolvendo seus assuntos. Como ele não estava trabalhando, eu deixava todo dia dinheiro pra ele gastar no que quisesse e não me sentia mau por bancar as vontades dele. Ele era meu amor, tudo que era meu era dele.

Depois desse mês, ele voltou pra sua comunidade, a mando do chefão de lá. Ficamos uma semana só nos falando por telefone e todo fim de semana ele aparecia lá em casa pra gente matar a saudade. As vezes eu não acreditava que ele era real e duvidava que eu merecia um homem tão perfeito.

Bem... não tão perfeito assim. A gente discutia as vezes e a maioria das vezes era por causa da ignorância dele e de seu ciúme. Por qualquer motivo ele me xingava, mas eu aos poucos fui entendendo que o palavrão pra ele não era algo tão ofensivo assim. porém seus ciúmes me causavam medo.

Eu tenho um amigo chamado Rafael, nossa, este deve entrar e sair da lista negra do Rodrigo toda hora. Esse Rafael trabalha comigo e é um dos meus melhores amigos, logo é pra quem eu conto tudo, inclusive sobre o Rodrigo e eu, porque não tem como a gente não contar essas coisas pra alguém, é peso demais, temos que ser nós mesmos pelo menos pra uma pessoa. Muitas vezes saímos para fazer compras, pra beber e tudo mais. É só saber que sai com o Rafael que o Rodrigo vira bicho, chega a ser engraçado.

Meu problema maior com ele era seu, digamos, emprego. Diversas vezes ele falou que largaria o tráfico, mas era a vida dele. Eu ofereci, “trocentas” vezes, emprego na minha empresa. Como ele era bom administrador, seria administrador lá e ganharia um bom dinheiro, mas toda vez que falava isso ele ria e dizia que o que ele ganharia na empresa em um mês, ele tira em três dias com o tráfico.

Não adiantava discutir, pra ele era o meio legítimo de ganhar a vida. Eu o amava, então não enchia tanto o saco dele com isso.

Quando estávamos juntos tudo era perfeito. Ele chegava, muitas vezes, de madrugada na minha casa, entrava e me fazia uma surpresa, deitando peladinho na minha cama. Eu ia a loucura! Passávamos os dias juntos em puro Love. Saíamos, íamos sempre a praia, cachoeira, pro baile funk nas comunidades dos parceiros. Lá eu era amigo play boy dele, nem nos tocávamos, mas era ótimo assim mesmo.

Depois de quase seis meses nesse relacionamento, ele me convidou pra fazermos uma viagem para comemorar. Ele alugou uma casa em Búzios e fomos pra lá. Saímos cedo, em uma sexta-feira e logo estávamos entrando em Búzios, uma das cidades mais lindas aqui do Rio.

A casa era muito luxuosa, mesmo sendo pequena. Ficava perto da praia dos amores, claro que ele escolheu de propósito, o lugar era um verdadeiro paraíso. Primeiro tive que ir ver aquilo tudo, era fantástica a casa. Entramos e levamos nossas bagagens e levaram para o quarto. Lá ele começou a trocar de roupa, você resistiu? Nem eu!! Comecei a passar a mão naquele corpo delicioso. Nossas bocas se grudavam e se arranhavam com tanto prazer, nossas línguas invadiam um a boca do outro, nossos lábios, queixo, pescoço e toda essa região, já era uma mistura de suor e saliva, o Rodrigo mordia meu queixo, meu pescoço, meus lábios... Eu lambia esses mesmos lugares nele e sentia sua barba rala arranhar minha língua. Nossos corpos se esfregavam com intensidade, estávamos apenas de cueca, mas nem parecia pois seu pau estava duro como rocha, seus pelos do peito arranhavam meu peito. Ele forçava cada vez mais essa penetração falsa em minhas coxas, meu quadril e ate contra meu pênis.

Realmente a coisa estava tomando proporções extremas... O suor já era grande, a força dos beijos já deixava suas marcas, nossas bocas estavam avermelhas e hiper molhadas de saliva e suor, a respiração de ambos era intensa, já sentia as mãos pesadas do Rodrigo me apertando e tentando me invadir, eu como sempre fui beijando e lambendo “meu parceiro”, ate chegar em sua orelha e lá começo a falar umas besteiras.

- Que tesão Rodrigo, quero dar pra você, quero que você me coma, me come meu parceiro!

- Com muito prazer Will, to louco por esse cuzinho aqui – e apertou com força minha bunda e foi colocando um dedinho. Me deixando mais louco.

- Te amo gostoso!

- Também te amo Will, cara, vou meter muito em você, seu puto gostoso.

Eu já pegava no pau dele com muita vontade, nem sentia mais a cueca que ele já tinha jogado longe... Como é bom sentir o volume daquele mastro super rijo, a diferença de texturas da glande e do corpo do pênis, sentir o calor intenso nesse órgão do prazer, o mano por sua vez, já estava com dois dedos no meu cuzinho, me preparando para receber sua pica. Eu o masturbava e também quase gozava sem nem tocar no meu pau, meu tesão era muito grande e eu realmente estava precisando de uma dessas. Estava pelado e como tinha dito o Digão estava me introduzindo seus dedos, as vezes ele metia bem lento, rodando os dedos, as vezes ele forçava muito e fazia movimentos rápidos, que me matavam de desejo, cada vez mais louco para receber seu mastro, ao mesmo tempo que ele fazia esses movimentos, chupava meu peito, dando umas mordidas.

Eu não aquentava mais de prazer e desejo, tinha que cai de boca naquela pica, virei ele deixando ele de barriguinha (tanquinho isso sim) pra cima, subi em seu corpo, e depois de um super beijo molhado e gostoso, fui descendo, passando a língua em seu pescoço, seu peito onde também dei um trato, sua barriquinha e parei um pouco em seu umbigo, onde passava a língua.

- Me chupa parceiro, faz isso não! Desce vai, engole meu pau caralhooooo...

Logo comecei a descer mais um pouco, mas quando chegava em seus pelos pubianos, eu descia mais e vinha lambendo do joelho até chegar em sua virilha, quando ia chegando lá, ele se contorcia todo na cama e como eu nem encostava em seu pau, ele já estava ficando puto.

- Porra play boy, quer me mata de tesão caralhoooo, porrraaaaa... chupa logo, chupa cara, cai de boca, meu tesão.

Eu fiquei louco ao ver ele nesse estado, mas continuei a ir lambendo, tocando, fazendo ele sentir o ar quente de meus pulmões em sua coxa, subindo até a virilha, parava e recomeçava só com as pontinhas de meus dedos, depois a língua, e isso tudo sem tocar no pau dele, eu não vou negar que estava completamente louco, mas me contive, e continuei... Numa dessas brincadeiras, ele levantou a cabeça, que estava jogada pra trás, segurou a minha cabeça e deu um tapa na minha cara, falando:

- Chupa esse pau, porra, que tesão, quero meter muito nesse cu hoje, tu vai passar a viagem toda com essa merda esfolada seu viado. - Falava ele enquanto, me forçava para chupa-lo, não agüentei mais e “cai de boca” como ele costuma falar.

- Isso chupa seu putinho, vai... ahhhhhhh, caralhoooo, porrraaaaaa... coisa boaaaaaa, meu pai! Porra meu amor, tu chupa muitoooooo... porrraaaaaa...

Cara ele se torcia todo na cama, jogava sua cabeça para trás e ainda forçava mais levantando seu corpo, eu olhava para cima enquanto chupava seu pau e só tinha a visão daquele corpo maravilhoso, seu peito seu abdômen, nossa! Isso me fazia chupar com muita vontade, mas não demorou muito para ele mandar eu parar.

- Para, se não... eu gozo, e eu que...o goza em sua boca simmm, mas depoiiss, agora quero meter muito nesse rabinho... Ai Deus que tesão. Ele falava meio atropelando as palavras, por causa de sua respiração que era muito ofegante, e seu tesão que eu sentia de longe.

- Isso mete em mim, me come porra! Me fode. Eu implorava por isso. Estava tomado por um desejo carnal muito forte, me entregava ao seu desfrute.

- Pode deixar comigo aqui, seu viadinho gostoso, tu vai ver e sentir o que é foder de verdade, tu gosta de dá esse rabo pra mim, né seu puto?

E realmente eu senti, me posicionei deitado de barriga pra cima com as pernas sobre seus ombros para poder receber melhor aquele cassete, ver e beijar meu homem. E cara, eu realmente senti, ele vestiu a camisinha e meteu com tudo, eu juro que quase desmaiei, de dor e muito tesão, eu já estava um pouco acostumado com o pau dele, mas meter assim, nossa. Contudo ele logo me beijou e beijou fundo sabe, me tocando por dentro, isso para eu relaxar e saber que ele me amava, pois em seguida começou a meter com força, ele metia muito, suas pernas estavam super abertas e o meu quadril não encostava no lençol, ele só se apoiava pelos braços que estavam cada um ao lado do meu pescoço, seu quadril era somente para meter em mim, nem preciso dizer que quase gozei de tanto tesão.

Ficamos nessa, o Rodrigo metendo em mim e nos beijando muito, cada um sentindo o corpo do outro, até que ele avisou que iria gozar, somente senti os jatos tentarem invadir meu corpo, os espasmos no corpo do meu amor, que gozar na minha boca nada, estava tão bom, mais tão bom que nem lembramos disso, todo esse clima fez eu gozar também com minha punheta, gozei sobre meu abdômen, e mesmo assim o mano caiu sobre meu corpo, colando nossos corpos, ele deitou sua cabeça ao lado a minha e ficamos ali, esperando nossas respirações voltarem ao normal e esperando também nossos corpos se recuperarem, ele tira a camisinha, amarra e joga num canto do quarto e sem nem tomarmos banho, nem nada, dormimos, nossa, foi muito bom.

Acordamos de noite e fomos direto pra cozinha. Lá tinha alguns congelados e essa coisa refinada rs, foi nosso jantar. Era perfeito tudo aquilo, nós ríamos, brincávamos, éramos duas crianças felizes. No outro dia fomos a praia do canto, não tinha quase ninguém então pudemos namorar e brincar na areia como bem queríamos. As poucas meninas que tinham ali quase nos devoravam com os olhos:

- Nego, as meninas ali tão doida por você.

- Por mim não, você deve fazer mais o tipo delas.

- Que nada!

- Bem, vou mostra pra elas o que eu quero pra valer – e me beijou.

Deitamos na areia e ficamos nos beijando. Não acreditei que ele teve aquela coragem de me beijar em público, e pior, para acabar com as esperanças de um grupo de meninas. Quando ele me largou, eu fiquei cheio de vergonha, mas eu tinha adorado.

Fomos ao centro, compramos um monte de coisas e depois fomos almoçar. Comemos uns frutos do mar em um restaurante na beira da praia. No meio do almoço ele tirou do bolso uma caixa de joias:

- Ae, comprei pra tu.

- Eita, meu nego, pow, não precisava cara! – abri e era um cordão lindo, com uma aliança pequena e dentro dela estava escrito “ Te amo, play boy”. Lindo demais, tanto que chorei ali.

- pow, num paga mico Will rsrs.

- foi mau, mas é lindo demais cara. Te amo, sabia?

Fomos pra casa e de lá, mais tarde ele me levou na praia dos amores. Seguimos por uma trilha e logo estávamos nessa praia que mais parecia um paraíso. Lá ele pegou minha mão e fomos juntos até a água, entramos e ele me agarrou com força. Não acreditei que ele queria fazer aquilo ali. Não demorou muito e estava com a mão na minha bunda, puxando minha sunga pra baixo. Foi tudo rápido demais! Em minutos eu estava pendurado no pescoço dele, com o pau dele cravadinho e nós só sentindo as ondas tranquilas, o sal do mar, e seus movimentos tranquilos. Não parávamos de nos beijar um minuto sequer, até ele espirrar seu gozo quente dentro de mim. Ele levou um vinho na mochila e ficamos lá, contemplando a beleza do lugar, namorando e refazendo nossas juras de amor.

Toda essa viagem foi perfeita demais pra descrever em palavras, falar que tudo foi maravilhoso só seria repetitivo. Ficamos mais 4 dias lá e depois de muito viver nosso amor, voltamos para o Rio, cada um para suas atividades. Continuamos nossas vidas normalmente, mas cada vez mais na certeza que seríamos felizes pra sempre.

Todos os fins de semana eram nossos para vivermos essa maravilha que era amar. Certa vez em uma quarta-feira ele ligou.

- oi Will.

- oi paixão, tudo firmeza?

- pow, claro... vou “prai” na sexta, valeu?

- ótimo, o que quer comer?

- ah qualquer gororoba que você fizer tá bom!

- ah seu puto, minha comida é gororoba agora?

- é a gororoba mais foda do mundo rsrsrs.

- sei! Vou fazer uma surpresa...

- show! Então a gente se vê sexta.

- tá certo... te amo nego.

- também te amo demais Will... você mudou minha vida.

- ih, começou a rasgação de seda rsrsrs, você também a minha cara, não sabe como!

- Vou vazar, depois te ligo.

- valeu. Beijos.

- bjão.

Passei os dias planejando uma surpresa pra ele. Na sexta fiz lasanha à bolonhesa, que ele adora. Então fiz um refratário enorme, comprei vinho do porto e um presente pra ele, um perfume.

Deu 18:00 hs e nada dele aparecer. Foi até bom porque pude preparar tudo com calma, mas o tempo foi passando e nada. Deu 19:30 hs e eu liguei a TV, enquanto arrumava a mesa:

- Conflito entre PM’s e traficantes causa terror entre os moradores. No conflito, foi morto o traficante Rodrigo Alves dos Santos, mais conhecido como Digão, principal comandante do tráfico na zona norte... – eu não acreditei, não podia ser verdade, era impossível ser verdade...

Fui correndo pra sala e vi a foto dele lá... O mundo parou... Eu comecei a tremer, minhas pernas fraquejaram e eu sentei no sofá...

- Só pode ser mentira, eles se enganaram... Ele não pode ser morto...

Mas sim, ele tinha sido assassinado pelos policiais... Eu não sabia o que fazer, não sabia o que pensar, não sabia pra onde ir... Só fiquei no sofá, chorando e como chorava. Minutos depois o meu telefone toca e eu atendo na esperança de que seja ele, falando que era tudo mais uma armação dele, mas não era o Rafael.

- Will? Você está bem?

- Ele morreu Rafa, ele morreu! Eu falei pra sair dessa vida, mas ele não quis...

- calma amigo, estou indo para ai agora. – o Rafa morava perto de mim e logo estava lá.

- oh Will, me abraça vem.

- Como ele pode fazer isso comigo? Ele jurou que nunca me abandonaria, aquele idiota! – eu me agarrei na cintura do Rafa e chorava copiosamente. – Eu odeio ele por isso.

- Odeia nada! Você sabe que ele não teve culpa, era a vida dele, como ele foi ensinado a viver...

- O que eu vou fazer agora? Sou apaixonado por ele, como vou viver sem ele?

- vai viver, buscando força nas lembranças amigo...

- Porra Rodrigo, você prometeu cara, não me deixa... não me deixa...

É galera... nunca é fácil a dor de uma perda. Ainda dói, até hoje, depois de tanto tempo, a morte do Rodrigo. Tudo o que nós vivemos, tudo o que passamos juntos, toda a dor e felicidade me matava a cada dia, por que meu desejo era ir ao encontro dele de qualquer jeito. Mas não, fiquei firme, destruído por dentro, mas firme. A semana seguinte a morte dele foi a pior, fiquei deitado na cama quase a semana toda e o Rafa sempre do meu lado, ele praticamente foi morar na minha casa.

Ele explicou pra minha família que um grande amigo de nós dois havia morrido, então eu tinha ficado meio que em choque. Assim todos os meus familiares foram me ajudar a me reestabelecer.

Com o passar do tempo, fui voltando às minhas atividades, mas a dor de ter perdido ele não sumiu e sei que nunca sumirá. Por que quando a gente encontra o amor verdadeiro, mesmo que ele morra, ele nunca desaparece e eu tenho as fotos e as filmagens pra relembrar e manter viva a chama do amor que sinto por ele.

As vezes, ao olhar pela varanda da minha casa, me pego chorando, mas não mais de tristeza, e sim de saudade de tudo o que ele representou na minha vida. Porém não posso ficar mergulhado no sofrimento sempre, não é mesmo?

Hoje em dia vivo normalmente, já sai com outros caras, já tentei namorar um, mas não deu muito certo, me sinto viúvo rsrs. Mas sei que vou encontrar uma outra pessoa, que me dê pelo menos um terço do amor que o Rodrigo tinha me dado. Enquanto isso eu continuo aqui, prisioneiro desse amorThat's all folks!

Fim!Bem meu povo, foi ótimo compartilhar essa fase da minha vida com vcs. Espero que vocês tinham gostado e tomem essa minha experiência como exemplo. O amor pode acontecer onde menos esperamos e que a vida não é um conto de fadas onde todos vivem felizes para sempre. A vida é uma luta constante pela felicidade, ela vem e temos que vivê-la o mais intenso possível porque ela pode ir embora e temos que enfrentar outra batalha. As felicidades da vida vem nos fortalecer para as batalhas que temos que enfrentar. Assim, se vc está sofrendo, sua felicidade virá logo, relaxa kkk.

Agradeço a todos os comentários e incentivos. Papai do Céu abençoe vocês mais e mais!

Bjus

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Comentários

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Caramba!!!! Mesmo sendo uma releitura, me emocionei imensamente, mas uma vez.

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Porra caralho mano, não faz isso com a gente!! Meu coração não aguenta essas coisas! Que estória incrível! Senti um aperto no coração quase joguei o cel na parede chorei demais tinha embarcado nessa onda já passei por isso é coisa que não passa não se esquece!💙

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Conheci seu conto ontem em outro site. Lá ainda está no 3º capítulo. A pessoa que está republicando avisou que a história não é dela e que a havia tirado da CDC. Vim aqui e futuquei até achar! Parabéns!

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nossa amei seu conto chorei muito .vc é demais meus parabens

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Puta que me pariu!! Voê é foda demais cara!!

Me fez chorar, o Rodrigo é outro Filha da puta...

Amei seu conto demais!!

E qnd eu tiver algum problema, vou tentar lembrar o q vc passou, pra continuar firme e forte.

Bjos

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