Keep Calm, Work Hard and Stop Mimimi (7) – And Then We Kiss

Um conto erótico de Leo
Categoria: Homossexual
Contém 1188 palavras
Data: 05/06/2012 00:27:38

Eric, eu sei que é difícil não ter um pai por perto, ainda tenho a sorte de ter minha mãe, mas saiba que minha mãe te considera como um filho e eu gosto muito de você também.

-Você é um irmão pra mim, obrigado por isso.

-É, irmão...

-Caio, eu queria aproveitar esse momento "irmãos" e conversar sério com você.

-É sobre aquele moleque, aposto – a raiva nos seus olhos era evidente.

-Sim, é sobre ele, mas pra começar, nada de ficar estressadinho ou então já me retiro de uma vez.

-Tudo bem, vou ouvir numa boa.

-Então, tem esse garoto Félix, aprenda esse nome, nós estamos saindo, eu não sei no que vai dar, mas eu quero que você aceite isso, já que eu provavelmente devo trazer ele aqui.

-Você vai trazer ele pra nossa casa? – disse o Caio já com o tom de voz alterado.

-Vou trazer ele pra casa, mas vamos ficar no meu quarto, você nem vai precisar olhar pra ele.

-No seu quarto? – ele arregalou os olhos e perguntou sem graça – Vocês já...? – ele não completou a frase.

-Já o que? – eu sabia o que ele queria dizer, mas ele estava tão envergonhado que estava me divertindo, então me fiz de desentendido.

-Você sabe... Já dormiram juntos?

-Não.

-Me promete que não vai dormir com esse garoto logo de cara, você não merece essas porcarias...

-É claro que não vou sair dormindo com ele, eu não sou assim.

Ele deu um sorriso demonstrando satisfação, era impossível fazê-lo aceitar isso de verdade, ele podia falar qualquer coisa, mas no fundo ele não queria me ver com o Félix, acho que ele ainda tinha esperança de eu virar heterossexual.

Era sábado, eu estava super animado, a primeira coisa que me veio a cabeça foi ligar pro Félix, combinar alguma coisa juntos, estava com muita vontade de ficar com ele, dar muitos beijos e abraços – eu sou muito pegajoso, gosto de ficar agarradinho e ficar falando coisas bobas e sem sentido ou então simplesmente não falar nada, deixar o momento acontecer – então disquei seu número.

-Oi Félix.

-Oi Eric, saudade já.

-Também, queria saber se você quer fazer algo hoje de tarde...

-Poxa, vamos sair sim, tem algo em mente?

-Não, a gente vê o que faz.

-Tudo bem, eu passo aí em 1 hora.

-Vou esperar.

Desliguei o telefone com um sorriso de orelha à orelha, mas espera aí, 1 hora? Eu sou daqueles que demoram muito pra arrumar, só no banho vai 30 minutos, corri o mais rápido que pude, me arrumei e fiquei esperando na sala, andando de um lado pro outro, eu nem entendia porque estava tão nervoso, talvez fosse porque ele era o primeiro cara que eu estava tendo algo sério, quer dizer, sério em termos, não tínhamos nenhum compromisso, a campainha tocou e em segundos eu abri a porta.

-Oi, chegou rápido.

-Vamos?

-Sim.

Eu não tinha carro, pois não dirigia ainda, mas o Félix já, entramos e fomos conversando o percurso todo, ele era tão lindo, inteligente, era perfeito, me sentia sortudo de estar ali, acabamos indo assistir um filme no cinema, fomos assistir uma comédia romântica.

O filme estava até que interessante, mas eu só consegui olhar para o Félix, aquela boca linda, o cinema não estava muito cheio, então dei um beijo nele, tirando sua atenção ao filme, ele retribuiu o beijo, que por sinal era muito bom, beijava com vontade, estava meio com gosto da pipoca, mas mesmo assim estava bom...

Ficamos nessa, nas partes chatas do filme dávamos uns amassos, depois voltávamos a assistir o filme, mas sempre abraçados, sua braço por cima do meu ombro e o outro braço de mãos dados comigo, um verdadeiro casal.

Terminou o filme, comemos alguma coisa e voltamos pro carro, ficamos conversando, lá dentro pelo menos teríamos mais privacidade.

-Gostou do passeio?

-Não me arrependi de ter feito o convite... – dei uma risada de leve

-Sabe que eu adoro seu sorriso, você é lindo – ele disse colocando as costas da mão no meu rosto.

Ele então me beijou, eu adorava os beijos selvagens e cheios de fogo, mas esses beijos carinhosos, suaves e românticos me matavam, eram como um ponto fraco.

Após o beijo demorado ele olhou diretamente nos meus olhos.

-Namora comigo?

-O que? Namorar? – era tão repentino, por mais que eu estivesse gostando de tudo aquilo, não sabia se queria namorar, namorar não é só juntar com alguém e não ficar com outras pessoas, na minha concepção era um processo, botava em questão coisas que eu achava importante como apresentar a família e o próprio amor, no meu caso a parte da família estava por fora, já a parte do amor, era complicado, não sabia se amava ele, amar é tão forte, eu gostava dele e tinha um carinho por ele, mas não sabia se podia chamar de amor – Félix, não sei se eu estou querendo namorar sabe.

-Nossa, super estragou o clima – ele deu uma risada rindo de si mesmo, confesso que não esperava que ele fizesse uma piada naquele momento, tanto quanto acho que ele não esperava o meu não.

-Desculpa mesmo, é que é difícil...

-Não precisa explicar, sei que fui rápido, mas sei lá, sinto algo forte por você... – ele ligou o carro e falou olhando pra mim - não estamos namorando, mas podemos continuar saindo, certo?

-Certo.

Fomos pra casa, no caminho não conversamos muito, ficou aquele clima estranho, não era pesado, nem de raiva, mas sabe quando você fica sem algo a dizer depois de certo assunto, foi isso.

Nos despedimos e ele foi embora, a primeira pessoa que imaginei que veria seria o Caio, me enchendo de perguntas, mas me enganei, não estava lá, por incrível que pareça, eu senti falta da implicância, por mais chato que ele fosse, aquilo era um sinal de preocupação, isso era legal, fui então atrás da Fátima.

-Fátima, o Caio está por aqui?

-Não, ele saiu logo depois de você e não voltou.

-Ahh, tudo bem – já estava indo embora, mas ela continuou falando.

-O Caio tem andado tão estressado ultimamente, ele briga com tudo, até anda me respondendo, sabe de alguma coisa Eric?

-Não sei, talvez seja a faculdade, deve estar estressado ou algo assim, mas posso perguntar.

-Seria ótimo, obrigada.

Subi para o meu quarto, fui deitar pensando naquilo, bravo? Ele nunca foi bravo com as pessoas, pelo menos não com ninguém aqui de casa e ainda mais com a mãe, mas ele também não comentou sobre nada, isso tudo era tão estranho, ele também não estava em casa, o que me preocupava, uma pessoa que está muito estressada e não fala pra onde vai, é preocupante.

No domingo acordei de manhã cedo com a Alana me ligando, o que essa garota queria?

-Alana, você sabe que horas são? – disse com a pior voz do mundo, estava praticamente um morto-vivo.

-Sei, hora de dar início à minha operação.

-Operação? Do que você está falando? – a garota vem falando de operação às 8 da manhã, na situação que eu estava, se ela falasse qualquer coisa simples como “Bom dia” eu não entenderia…

CONTINUA…

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive LeoAlves a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

A-M-E-I A-M-E-I A-M-E-I A-M-E-I *-*

0 0
Foto de perfil genérica

Sério tá muito bom mesmo...mas o tempo tá passando e o Caio tá esperando...O Caio vai se declarar quando hein? Ansiosa pela continuação. Nota 1000!

0 0
Foto de perfil genérica

bom dia, interessante por de mais, estou aflito pela continuaçao. obg pela leitura.

Att. Akino.

0 0
Foto de perfil genérica

esse caio parece que está com ciumes do eric

0 0
Foto de perfil genérica

To adorando o andar da história! Ahhhhh, o Caio tá preocupado, eu acho. E gosta do Eric. .-.

0 0
Foto de perfil genérica

gostaria q a alana ficasse com o felix e voce com o caio é bom que voce lhe dé esta chance logo se não vai piorar muito as coisas ta

0 0