No Carnaval, Parte 1

Um conto erótico de Herr Doctor
Categoria: Heterossexual
Contém 1901 palavras
Data: 22/06/2012 13:08:57

Por um motivo ou por outro sempre atraí o tipo oposto de mulher. Gosto das modernas que usam cabelos coloridos e franjas, que ouvem música eletrônica e rock, que bebem, fumam e usam drogas. Que tenham tattoos e piercings espalhados pelo corpo. Mas não! sempre é o tipo oposto que vem até mim.

Isso acontece desde sempre. Quando era adolescente frequentava uma igreja evangélica junto com minha mãe, tinha a Patrícia. Ah... da mesma idade que eu, cabelos pretos enormes que iam até a bunda, sempre de saia jeans e aqueles tamancos horrorosos. Não usava maquiagem e não me lembro se tinha a orelha furada. Era bonita, baixinha e morena, mas eu nem sabia se era gostosa ou não, já que nada se via nas suas roupas.

Naquela época eu era o rei dos punheteiros e , no mínimo, me masturbava 5 vezes por dia. Qualquer estímulo era suficiente para me deixar excitado: capa de disco, apresentadora de tv... carnaval então, eu ficava louco! vários peitos e bundas grátis na tv manchete [risos] mas minha mãe estava sempre em casa e eu não podia aproveitar. Registrava as imagens e ia para o banheiro descarregar aquela excitação toda. Sempre correndo, sempre apressado. Confesso que não gostava, mas era a única forma...

Porém naquele ano foi diferente. Minha mãe foi para um retiro religioso me deixando sozinho em casa porque era o ano do vestibular e meu colégio iria manter um esquema de aulas extras prepatratórias (naquela época a única opção aceitável era uma universidade pública). Acabei ficando sozinho em casa durante quatro dias!

Claro que me preparei. Fui até o jornaleiro do outro bairro que me vendia revistas de sacanagem clandestinamente (pelo dobro do preço) e comprei cinco, além de um garrafão de vinho e um pacote de cigarros (eu não bebia e nem fumava), mas pensei: pela primeira vez fiquei sozinho em casa tanto tempo: vou aproveitar!

Primeiro dia:

7 da manhã e eu já estava na aula enquanto todos dormiam do baile da noite anterior. Previsivelmente a sala de aula estava vazia e o professor chegou atrasado. Ao meu lado, só os CDF, os que não tinham pra onde ir e as crentes.

A Patrícia também estava na sala. Seus pais são da mesma igreja que minha mãe e ela não viajou para poder estudar. O professor chegou, deu nossa aula e saímos para almoçar. Na volta, tivemos mais aulas durante a tarde, e na hora eu estava saindo, ela veio falar comigo.

- Doutor, espere! - todos me chamavam de doutor porque desde o primário eu dizia que queria ser médico - está indo para onde?

- Ah, vou passar na lanchonete para comer alguma coisa. Minha mãe foi para o retiro e eu não estou a fim de cozinhar.

- Lanchonete? não! se quiser posso cozinhar para você. Você sabe que ajudo lá em casa, né?

- Mas seus pais não vão reclamar? você bem sabe como eles são chatos com isso, você indo na minha casa a essa hora sem minha mãe estar em casa...

- Ah, não se preocupe - disse com um sorriso - meus pais também foram para o retiro. Eu iria ter que cozinhar e comer sozinha e não gosto de comer sozinha. Assim podemos jantar juntos e ainda estudar um pouco.

E fomos andando para casa, ela cozinhou, estudamos e antes das 9 da noite deixei ela em casa. Quando voltei, fui ler minhas revistas (por hábito, no banheiro) e me masturbei 3 vezes naquela noite.

Segundo Dia:

Dormi tarde e acordei com Patrícia batendo na porta. Olhei para o relogio e quase caio do sofá. 7:30! Abri a porta e ela riu:

- Não te vi na escola e vim te buscar. Foi para a rua ontem?

- Não, não, eu dormi tarde vendo televisão...

- Ah, estava vendo os bailes pela tv, né?

- Ah, foi sim - ri sem graça, pois todos sabem a putaria que rola nesses bailes que a TV passava de madrugada...

- Mas não se preocupe. O professor da primeira aula não vem. Deixe-me passar um café para você enquanto toma banho e coloca uma roupa.

Só então eu percebi que tinha ido abrir a porta de cueca. Envergonhado, deixei-a sozinha enquanto eu ia tomar banho. Tomamos café e saímos para mais um dia chato de preparação para o vestibular.

Na sala, sempre que eu olhava para o lado, lá estava ela a me encarar. Pensei, pq não? e sorri de volta.

Na hora de irmos para casa ela se ofereceu para cozinhar e eu novamente aceitei. A rua já estava apinhada de gente animada, bebendo e sambando e nós dando risada daquilo indo para casa estudar. Quando chegamos, ela pediu para ir ao banheiro e eu fui ver televisão.

Estranhei a demora e depois de algum tempo ela desceu direto para a cozinha. Eu subi para o banheiro e fui tomar um banho, mas claro que antes fui ver minhas revistinhas, né? pois bem, estava eu lá, me divertindo, quando pensei ter ouvido um barulho vindo de fora do banheiro. Minha mãe é evangélica, ela não deixa nenhuma porta com chave, pois acha que não devemos ter segredos uns com os outros. Guardei a revista e liguei o chuveiro. Será que ela estava me vendo pelo buraco da fechadura?

De banho tomado, desci e ela estava cozinhando. O cheiro estava ótimo e não me preocupei mais com o acontecido lá em cima. Deve ter sido coisa da minha imaginação mesmo.

Ela colocou a mesa e nós comemos. Estranhei ela ter posto o vinho, mas não disse nada. Comemos, bebemos e rimos juntos. Como o barulho era grande, sentamos para ver o carnaval na tv, coisa que jamais poderíamos fazer se nossas famílias estivessem aqui.

Porém... continuamos bebendo o vinho . “Vinho pode, né? se bebemos na comunhão (na igreja) também podemos beber aqui” me disse sorrindo e enchendo mais uma vez meu copo. Alguns copos depois ela confessou que raramente bebeu na vida e já estava meio tonta.

- Cara... eu to meio tonta... você sabe, eu nunca bebo... mas esse vinho é tão docinho que eu nem percebi!

- É... eu sempre saio para beber com o pessoal do futebol, claro que ninguém sabe, né?

- Então você apronta escondido, é? ai se tua mãe te pega, doutor, ela te dá uma coça!

- Mas você não vai contar, não é?

- Pode ficar tranquilo... além de beber e fumar, o que você mais faz escondido?

- Fumar? quem te disse que eu fumo? eu não fumo!

- De quem é aquele maço de cigarro na sacola do vinho? - disse levantando do sofá e indo até a cozinha - olha aqui seu safado, nega agora!

- Veja só, eu não fumo. Comprei de onda...

- Bem, já que você não fuma, eu vou fumar.

- Mas você não fuma!

- E daí? eu já estou bebendo mesmo e hoje é carnaval. Hoje pode, não é?

Rimos muito. O vinho já tinha subido para a cabeça e deixava aquele sorriso fácil no rosto, aquela sensação de leveza nas maçãs do rosto... ela tentava acender o cigarro e fazia poses e mais poses e ríamos, enchia a boca de fumaça e pegava na taça dizendo: “olha como sou sensual”, ríamos mais ainda, até que o cigarro acabou e ela me olhou séria:

- Hei, me conte, aquelas coisas das revistas que estão no banheiro... você já fez com alguém?

Na hora eu fiquei mudo. Então , quando ela foi no banheiro demorou aquele tempo todo olhando minhas revistas... gelei.

- Não faça essa cara! confessa: você já fez aquelas coisas ou não?

- Olha... eu... bem...

- Fala cara!

- Tá. Nunca fiz nada, ok!? nada. Nunca nem peguei num peitinho. Nada. Só na punheta todos os dias, várias por dia. Satisfeita? - explodi num misto de raiva, frustração e vergonha dela ter descoberto meu segredo... quando se é jovem, essas coisas são muito grandes, né? a vergonha, a excitação, o medo … tudo veio à tona, facilitado pelo álcool. Era carnaval.

- Não precisa ser grosso comigo!

- Porra, você fica me sacaneando...

- Calma... não quis te sacanear. Eu tb nunca fiz nada com ninguém. - deu mais um gole no vinho - vem cá, senta aqui do meu lado que vou te fazer um cafuné.

- Você está pensando o que ? que eu sou uma criança é? que sou um dos seus irmãos mais novos? porra Patrícia, não fode. - é incrível como os hormônios nos fazem agir como imbecís nessa fase da vida masculina. lembrando disso hoje eu rio muito,mas na época me lembro que fiquei revoltado - .

- Hei, não fique com raiva de mim. Tome, bebe mais uma taça de vinho. Hoje é carnaval e nós deveríamos estar curtindo a vida e não discutindo!

- Porra, não estamos discutindo. Mas você acha que é fácil ter essa idade e ser o único virgem da turma? ter que ir para a igreja enquanto todos estão na balada, se divertindo e ficando com várias?

- É por isso que você está nervoso? porque nunca esteve com uma garota antes?

- E você vai resolver meu problema?

- Como assim???

- Olha, eu , você, esse vinho... hoje é carnaval. Me fale você, você já fez alguma coisa com alguém?

Ela engasgou. Tomou mais um gole de vinho, levantou , acendeu outro cigarro e ficou rodando na sala em silêncio.

- É o que eu pensava. Tão cabaço quando eu! - ri -

- É isso mesmo! mas é normal a mulher se guardar para o casamento, não é? então, eu não tô fazendo nada damais. Vou casar virgem.

Na mesma hora que ela falou eu abaixei a bermuda.

- Tu nunca vi um cara de cueca!?

- Pára com isso! - desviou o rosto.

Fui até ela e peguei a mão dela. Botei no meu pau por cima da cueca.

- Você nunca pegou num pau duro?!

- Pára... não faz isso... nós somos amigos... assim não vai dar certo, você nem é meu namorado...

Ela disse isso mas também não tirou a mão. Resolvi arriscar mais e coloquei a mão dela dentro da minha cueca. Ela tremeu. Ficou branca... rapidamente tirou a mão e correu para a cozinha. Quando voltou trazia um copo cheio de gelo (o calor no Rio durante o carnaval é inacreditável). Encheu o copo com mais vinho e acendeu outro cigarro, fumando sem tragar e fazendo careta a cada “tragada”.

- Por que você está nervosa assim, Paty? deixa disso... - falei isso abaixando a cueca e ficando quase nú. Sentei ao seu lado e pus sua mão no meu pau novamente. Ela segurou mas ficou olhando para o outro lado enquanto soltava fumaça.

- Olha cara... não faz isso... eu não sou de ferro e não posso fazer isto... você sabe... não está certo, você sabe que a única forma de resistir e guardar a virgindade é não atentar o corpo, né? poxa, mas assim fica difícil para mim.

- Paty, faz assim ó - peguei a mão dela e segurei, fazendo um movimento de sobe e desce até que ela continuasse sem minhas mãos.

E aconteceu. Ela jogou o toco do cigarro dentro do copo, virou-se para mim e me beijou, sem largar meu pau. Nós já estávamos bêbados, isso é fato, então tudo foi meio nebuloso … lembro que ela apertava com força enquanto punhetava e que, apesar de excitante, não estava tão gostoso pois estava seco e ela apertava com muita força. Ela pulou em meu colo meu abraçando o pescoço e me beijando com muita, muita vontade. A sensação era de tinha anos que ela não beijava alguém. Talvez nunca tivesse beijado mesmo...

continua na parte II

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Comentários

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Muito bom, quero ver como ira terminar essa historia. Olhe as nossas historias tb.

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