Eu Encontrei Você (Num Lugar Sem Esperança) - Cap. 19

Um conto erótico de Th£o
Categoria: Homossexual
Contém 1401 palavras
Data: 17/01/2013 19:40:50

- Vou pegar a “erva”! – diz ele, levantando como um lobo da cama e indo em direção ao guarda-roupa. Minhas mãos estão suando, trêmulas com a adrenalina, e um enjoo súbito se forma no meu estômago. Rafael percebe meu desconforto e se volta pra mim. – Calma... Eeei... Não é tão ruim assim! Olha... Vou acender! Se você achar o cheiro muuuito ruim eu apago, tá bom?!

Faço que sim com a cabeça. Observo aqueles dedos longos e ágeis rodarem a válvula do isqueiro (que eu não sei de onde veio!!), fazendo com que uma faísca ilumine por milésimos de segundos os nossos rostos. De repente, ele encosta a ponta da “erva” na chama e uma singela fumaça sai do fino cigarro. Olho para o seu semblante e vejo uma criança brincando com o seu brinquedo favorito, ou comendo o seu doce predileto.

- Cof cof! – tusso. Um cheiro forte e extremamente doce toma conta das minhas narinas. – Cof cof!

- Calma, respira devagar! – diz ele, afagando minha nuca – Se você ficar tenso não vai ser bom... O cheiro tá muito ruim?

Não consigo chegar a uma conclusão sobre o cheiro da “erva”, talvez porque o perfume de Rafael se confunda com o aroma. “Um cheiro um pouco mais agudo que o de um incenso”, comparo.

- Não... É muito doce, mas é suportável... – digo, olhando para a ponta flamejante sendo queimada a cada segundo.

- É! Então, vou te ensinar! Você primeiro coloca na boca, lógico. Depois, você suga o ar pela ponta, mas tem que sugar devagar senão você pode se engasgar. Olha só...

Didaticamente, ele segue os passos que descreveu pra mim. Olho a “erva” indo de encontro àqueles corados lábios. “A única coisa capaz de encostar neles sem medo do futuro”, penso. Noto seu pescoço se contraindo com a sucção, revelando traços do seu rosto não só delicados como também fortes. Poucos segundos se passam e ele tira o cigarro da boca. Não consigo tirar os olhos dela, isso tudo é sensual demais pra mim. Seus olhos se reviram com a sensação.

– Depois... você inspira o ar junto com a fumaça dentro da sua boca pra levar até o pulmão, mas tudo bem devagar...

Continuo observando-o, perplexo. Seus olhos estão fechados, imersos no efeito provocado pela “erva”. Apenas admiro-o, dessa vez sem pudor, sem julgamentos... apenas contemplo-o em sua plenitude.

– Pega... tenta fazer! – segurando entre o polegar e o indicador o cigarro. Ainda trêmulo, pego o pequeno malfeitor desajeitadamente. – Cuidado pra não se queimar.

A fumaça que sai da ponta é sedutora, formando curvas em forma de “S”. Volto a fita-lo, dessa vez está de olhos abertos e me analisando.

- É bonito não é?! Como você! – diz ele, soltando uma gargalhada incomum. – Vai, prova! – se aproxima de mim, tendo novamente seu rosto iluminando pela “erva” em brasa. – Coloca na boca.

Faço o que ele diz, coloco a ponta entre os lábios e espero a próxima instrução.

- Agora suga a fumaça e depois inspira o ar devagar, devagar Felipe, senão você vai tossir e se engasgar! É como se “tragasse” um cigarro comum.

Sendo coordenado em cada passo, sugo o ar vendo a ponta do cigarro ficar mais reluzente com a sucção. Em seguida, inspiro o ar. Uma fumaça doce e cortante desce pela minha garganta, fazendo-me ter vontade de tossir.

- Calma, é um pouco ruim na primeira vez... respira, respira bem fundo que você vai sentir algo incrível. – diz ele, acariciando meu rosto.

Obedeço e uma tontura insustentável se choca com todos os meus sentidos. “Aff, que porra é essa?”, penso. De repente meu coração fica acelerado, muito mais do que em qualquer momento em que foram postos em “xeque”. Sinto meus olhos revirarem, a imagem do rosto de Rafael fica contorcida junto com a penumbra laranja que sai da “erva”.

- Pxiii, tá tudo bem, eu tô aqui com você... você vai ficar tonto, vai ficar melhor agora.

E como se ele narrasse todas as possíveis mudanças, sinto minha boca ficar timidamente seca e uma paz... sim... uma paz imensurável se instala no meu peito.

- Pronto, você tá melhor... não tá?! É assim mesmo Felipe, um pouco estranho no começo...

Apenas compreendo alguns fonemas das suas palavras, pois estou completamente compenetrado em algo que nem eu sei o que é... algo paralelo à minha razão. É como se meus músculos se mexessem em câmera lenta, consequentemente fazendo com que meu raciocínio também fique. Sem que eu pedisse permissão ou tivesse forças pra tal, deito em sua perna e observo o teto branco se mover. Sinto meus lábios se abrirem.

- Hahaha, você tá gostando né?! Eu sabia que você ia curtir! É só questão de administrar... não é tão ruim. – ri ele, encostando os lábios nos meus.

Minhas pernas bambeiam com o beijo, como se tudo estivesse adormecido e aflorado ao mesmo tempo. Instintivamente, agarro sua nuca e o puxo pra cima de mim, e de repente o peso dele fica pequeno pra minha força.

- Nossa... você é do tipo que fica forte! Hahaha... eu imaginei que você fosse gargalhar até não aguentar mais e depois dormir de tão fraco.

Apenas sinto meus lábios se moverem sem que eu pretendesse e finalmente ouço o som da minha voz.

- Você que é o idiota aqui pra ficar rindo! – retruco, arrancando risos de nós dois.

- Hummm... ficou mal educado também? Vou acabar com essa sua marra daqui a pouco.

Seus lábios exploram meu pescoço e em segundos estamos rígidos como pedra. O odor da “erva” aguça totalmente os meus instintos, fazendo com que eu aperte o corpo dele de encontro ao meu com todas as minhas forças.

- Calma garoto... desse jeito você vai me amassar! – novamente vejo a ponta ficar mais reluzente, depois entrego o cigarro a ele, mesmo não lembrando o momento que peguei. – É bom não é?! É como se você espantasse qualquer coisa ruim do seu corpo em uma “tragada”. No seu caso foi perfeitamente útil. – diz ele, rindo.

- Eu não quero me viciar nisso Rafael, por favor...

- Pxiiii... você só vai se viciar se não for pra relaxar...

- Promete?!

- Prometo... eu te amo, Felipe, jamais te faria mal... – novamente seus lábios encostam os meus, evoluindo para línguas e mordiscadas. Seu pau duro roçando em mim promove o agravamento do efeito da “erva”. “Eu não precisaria de mais nada pra chegar no céu”, penso. Sinto suas coxas se movimentando para abrir as minhas.

- Vou comer você assim, todo molinho... – afirma ele, desarmando-me.

Sem qualquer tipo de controle sobre o meu corpo, apenas fico de bruços, sentindo depois de alguns instantes uma estocada forte e selvagem.

- Aaaah! – pronuncio sem saber ao certo em que tom.

- Aah, você fica ainda mais gostoso assim, sem dignidade. – risos.

Já acostumado com o seu ritmo frenético, em instantes estamos na velocidade, ou talvez ainda mais intensa, na cadência de estocadas entre o seu pau e o meu ânus. Levo a “erva” mais uma vez a minha boca e sugo, já tendo pegado a prática completamente. Logo percebo que não usamos proteção, pois sinto o volume das veias do seu pênis massageando minhas entranhas, como se aliviassem a ardência causada por aquele vantajoso membro. Ele urra de prazer.

- Aaaaaah Felipe, como você tem o cu gostoso... puta que pariu! Aaaaaaaah!

Gotas de suor pingam de seu peito e caem no caminho das minhas costas. De repente, sinto as veias de seu pau se dilatarem completamente e algum líquido quente inunda o meu interior, aquecendo a minha alma. Depois, o seu peito desaba em cima de mim. Uma proteção... talvez paz, toma conta de mim. Seus braços envolvem-me e posso sentir seus tímidos, porém afagadores tríceps abrigarem-me, como uma placenta que envolve um indefeso embrião. E assim eu me sinto nos braços dele naquele momento, uma criança que está se desenvolvendo a cada instante. Uma criança que escolheu um ventre impreciso para nascerGENTEEEEEEEEEE, CAPÍTULO 19 JÁAAAA! Eu sinceramente não sei como/quando vai terminar essa história, de verdade. Bom, uma ideia final eu já tenho, só resta saber qual capítulo ela será... mas enfim. Um capítulo curto, porém dificílimo de ser escrito, já que eu não sabia muita coisa sobre o tema: maconha. Bom, espero que tenham gostado e me contem o que vocês acharam da atitude do Lippo! Aaaaah, vocês conseguem identificar, depois de todos esses capítulos algumas similaridades com a música/clipe We Found Love? Me contem, vamos exercitar a socialização e interatividade nos comentários! HAHAHA. Beijos! )))))

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Comentários

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Eu li todos os seus contos e confesso que até o capítulo 18 eu achava tudo muito legal, mas o capítulo do 19 eu não gostei. Será que o Rafael realmente ama o Felipe? Eu acho que não afinal drogas(entorpecentes) é uma coisa prejudicial a saúde e não um simbolo de amor, fora isso o conto está muito bem escrito e detalhado então nota 10.

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jura q ele vai virar maconheiro?ele num tinha q salvar o rafa disso?

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Ele não vai virar. Vc não leu a parte em que ele diz que vai provar só 1 vez? Volta lá em cima, leia atentamente e preste atenção

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Eu acho que o Lippo vai se vicia, e eu acredito que o Rafael ama ele mais sw realmente ele que ver o Lippo bem não deveria ter dado a "erva" para ele experimentar.

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O conto ta ótimo. A atitude dele foi pééééssima,desculpa mas esse tema não me agrada,o histórico da minha familia é terrivel nesse ponto. Mass tenho certeza que tudo foi só pra entender o Rafa e o Lippo vai ser forte pelos dois. Quanto a musica,nao posso comentar. Mas vamos interagir mesmo assim né,hehe. Beijos

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Isso não é amor..... Rafael ñ ama Felipe....... e Rafael é um fraco..... o que ele quis provar usando droga? Esse Rafael vai destruir Rafael...

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Sempre rasgo elogios ao seu conto que tem sido muito bem escrito. Esse é um tema polêmico e até complicado, porque mexe com vícios, consequencias pesadas e tal. Apesar de trafegar numa linha fina, seu tom tem sido interessante, mas tome cuidado. Nota 10. E quanto ao fim, que seja demorado. Parabéns!

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O Felipe fez muito errado em usar a droga,pois pelo que eu sei sempre é bom na primeira vez,depois a pessoa usa de novo tentando buscar aquele prazer que sentiu na primeira,mas não consegue,e ai ela vai usando mais e mais e acaba viciando e fica dependente da droga,e acaba roubando as vezes e ate mata,tudo para comprar mais e mais drogas.Mas espero que o Felipe não se vicie.AMANDO seu conto.BJÃO.

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Não acho que o Lippo deveria ter se deixado levar, pensei que ele poderia tirar o Rafael dessa, espero que isso não se torne um habito. Mas ainda assim seu conto é ótimo.

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oq dizer sobre o seu conto ? Sensacional como sempre nota 10 bjusss

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