DOCE SACRILÉGIO DA VIOLAÇÃO!

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 3937 palavras
Data: 28/04/2013 22:08:37

Angélica sentia seu coração bater forte e intenso, … a respiração estava acelerada, acompanhando os movimentos de sua pélvis cavalgando aquele macho espetacular, sentindo toda a sua potência invadir seu interior, … o pênis a penetrava com despudorada violência e vigor, fazendo com que ela sentisse cada uma das veias que lhe saltavam a superfície enquanto sua vagina, úmida e dilatada, contraía os grandes lábios num aperto que podia ser sentido pelo macho que estava debaixo dela como um pequeno beliscão em seu membro fazendo-o gemer vez por outra, … era uma sensação indescritivelmente excitante e prazerosa que deixava aquela mulher completamente fora de si tomada pelo transe daquela trepada inesperada, mas deliciosamente ansiada. Ela queria ser possuída por aquele macho atraente e sensual, cujo corpo mais parecia uma escultura grega talhada em carne e ossos (e que carne!).

Angélica apoiava suas mãos no peito largo de Valentim, cuja musculatura contraía-se vez por outra alternando os movimentos respiratórios com uma reação natural do corpo masculino à visão deleitosa de sua parceira. Ela acariciava o peitos, brincando com os pelos vastos que cobriam a parte superior daquele peito enorme e valia-se dele como ponto de alavanca para impulsionar seus movimentos pélvicos, ora intensificando-os, ora tornando-os mais lentos e profundos, … ela sabia que precisava fazer aquilo para retardar ao máximo o orgasmo do parceiro, … não queria que ele gozasse naquele momento (ou melhor, não queria que ele gozasse! Jamais!), queria sim aproveitar todo o prazer que ele pudesse lhe proporcionar. Afinal, a espera fora longa demais para que aquele momento acabasse em uma ejaculação breve e finita.

Angélica olhava para o rosto de Valentim apreciando aquela imagem de um homem de verdade; os cabelos grisalhos e a barba rala denunciavam que ele não era jovem, … aliás, Valentim já havia passado dos cinquenta anos, mas havia um charme discreto em suas feições másculas e despojadas de excessivo cuidado vaidoso. Ela podia sentir suas mãos percorrendo-lhe o dorso, indo e vindo das nádegas até o pescoço e mesmo sendo mãos grandes não eram ásperas, fazendo perceber uma maciez decorrente de uma ausência de atividades que tivessem lhe causado calosidades ou marcas que pudessem ser sentidas naquele momento de pleno sexo sem limites. Angélica sentia-se premiada em usufruir de um corpo tão bem feito em um homem que já passara da meia-idade, mas que, mesmo assim conservava um vigor quase atlético cujo desempenho poderia ser classificado com uma nota máxima.

Houve um momento em que Angélica parou de movimentar-se fitando seu parceiro nos olhos e sorrindo para ele, que, por sua vez, empurrou sua cintura projetando seu instrumento para dentro da vagina dela e fazendo-lhe gemer de tesão e de prazer. Ela já perdera a conta de quantos orgasmos Valentim havia lhe propiciado, e mesmo assim esperava mais, muito mais daquele corpo exultante de desejo e de tesão. Mas, subitamente, Angélica foi surpreendida pela agilidade do parceiro que com um movimento lateral girou seu corpo por sobre o dela ficando no controle da situação enquanto tornava a empurrar seu cacete para dentro daquela boceta quente e úmida. Valentim estocou aquela vagina sem qualquer dó ou piedade com movimentos intensos, vigorosos e rompantes que faziam Angélica gemer cada vez mais alto como uma cadela no cio que precisa da rola do macho para satisfazer um tesão que parecia reprimido por muitos anos.

Angélica gozou mais algumas vezes, sentindo que sua vagina parecia uma cachoeira de líquidos corporais que fluíam a cada penetração do parceiro que, por sua vez, não dava qualquer sinal de cansaço ou mesmo de que estava prestes a ceder ao decurso daquela sessão de sexo que não havia parado desde o primeiro instante. Ela estava exultante com tanto tesão e tanto prazer proporcionados por um homem que sempre fora discreto e recatado, mas que agora, ali naquele momento, mostrava-se um macho de tesão incontrolável que somente queria proporcionar prazer para sua parceira, impelindo-a na direção de um orgasmo após o outro. Eles pareciam ter sido concebidos um para o outro no que se referia ao enorme tesão que agora se revelava de modo deliciosamente obsceno e que fazia deles escravos de suas genitálias como se apena aquilo existisse e o mundo à sua volta tivesse se diluído em calor e umidade corporais que faziam do momento a única coisa a ser considerada.

Subitamente, Valentim cessou os movimentos e levantou-se do chão onde estavam trazendo o corpo de sua parceira consigo. Com movimentos bruscos e quase violentos, ele colocou Angélica de costas para ele e sem permitir qualquer reação por parte dela passou a explorar seu ânus com os dedos sinalizando que o inevitável estava ainda por vir. Angélica assustou-se com a atitude de seu macho e inicialmente, pegou a mão dele com a sua ensaiando uma retirada estratégica da região, demonstrando um pudor fora de hora e de lugar. Por um momento ela pensou que seu parceiro cederia à sua ação denotando um comportamento cavalheiro típico dele que retornaria ao sexo consensual que até agora os fizera tão próximos e tão realizados.

Todavia, Valentim não obedeceu ao pedido de sua companheira e com um movimento bruto e ameaçador tomou-lhe ambas as mãos e quando Angélica deu por si estava algemada e indefesa ante seu macho que agora revelava-se um estuprador agressivo e violento. “Fica quieta, sua vagabunda! Gostou da pica, não é, … pois é, … agora vai senti-la nesse cuzinho virgem, rasgando esse buraquinho quente e macio, … e nem adianta resistir, … se fizer isso pior será para você, sua puta!” . A Voz de Valentim parecia carregada de desejo mesclado com a dominação típica do macho que pode tudo e que não vai arredar pé até conseguir o que almeja. Angélica desesperou-se e começou a chorar, suplicando para que seu macho não fizesse aquilo.

“Não, … por favor, … o cu não! Vai doer, … eu sei, … tenho medo, … por favor, me poupe, … eu não mereço esse castigo, … por favor!”; as súplicas de Angélica eram chorosas e envergonhadas, … sentia-se submissa a um homem que até aquele momento a fizera feliz com tanto prazer, mas que agora estava prestes a deflorar o seu cu sem qualquer pudor ou receio. Ela chorava, … gritava, … suplicava, … porém, de nada adiantava, … os dedos de Valentim passearam por sua vagina apenas para ficarem úmidos o suficiente seguindo em direção ao ânus e penetrando-o com certo cuidado, pois aquela era uma ação exploratória, … mas, a dor ainda estava por vir.

Valentim empurrou Angélica em direção da parede colando seu rosto contra o concreto frio enquanto suas mãos abriam espaço entre as nádegas roliças e carnudas apontando a rola dura e de cabeça inchada na direção do cuzinho intocado. O primeiro movimento de avanço foi brutal e impiedoso, forçando a entrada da glande que duplicara de tamanho e que assim que concluíra sua missão fizera com que Angélica gritasse enlouquecida pela dor que parecia rasgá-la de fora para dentro. Ela pensou por um momento que iria desmaiar ante tal intensidade da dor que assemelhava-se a um ferro em brasa invadindo suas entranhas, e quando Valentim, ciente de que a curra havia sido iniciada, segurou-a pelas ancas ela teve a certeza de que o inevitável tornar-se-ia uma dolorosa realidade.

E antes que Angélica pudesse respirar fundo e procurar algum resquício de força e dignidade para resistir ao ataque a que estava submetida, Valentim puxou-a pelas ancas em sua direção; imediatamente, a enorme rola pulsante completou seu trabalho, tomando todo o espaço daquele pequeno orifício antes intacto e virginal. Angélica deu um grito que mais parecia o urro de um animal sendo abatido pelo seu predador, ao mesmo tempo em que tentou recuar, fugindo daquele rompante que fizera dela uma vítima dos desejos brutais de seu parceiro, mas sendo impedida pela força de Valentim cujas mãos apertavam a carne de suas ancas com tal vigor que tornavam qualquer reação apenas mais um processo de profunda dor e humilhação.

Quando Valentim sentiu suas bolas roçarem a parte inferior entre o ânus e a vagina, ele deu um sorriso vitorioso, encostando seus lábios no ouvido de Angélica e sussurrando algumas palavras em tom ameaçador e violento. “Viu só, sua putinha vagabunda! Esse cu já era! … a partir de agora você é minha putinha, … minha e de mais ninguém! … nem mesmo aquele seu marido frouxo e idiota tem o que eu tenho agora, … seu cu e sua alma são meus para sempre! Você entendeu? … responde, sua vagabunda!”

“Sim, … sim senhor, … eu entendi, … sou sua porque meu rabo foi possuído pelo senhor, ...” - a voz de Angélica era fraca e com um tom não de derrota, mas sim de submissão, … ela estava à mercê daquele homem que, agora, podia fazer dela o que quisesse, quando quisesse, … e como quisesse! Imediatamente, Valentim iniciou movimentos de vai e vem longos e calculados, fazendo com que Angélica sentisse toda a pujança daquele membro enorme que a cada movimento feria ainda mais o seu ânus, causando uma dor que não tinha limites.

Angélica cerrou os olhos e rogou para que aquilo acabasse logo, … queria desvencilhar-se daquele bruto, queria que ele terminasse logo o que havia começado, … mas, quando ela imaginou que seu suplício seria longo e penoso, eis que a dor foi, gradualmente, sendo substituída por uma sensação de prazer que, no início parecia tímida e incipiente, reservando apenas uma pequena memória dos orgasmos que ela havia sentido momentos antes ao ser penetrada em sua vagina pelo seu parceiro.

A cada movimento de Valentim, ela sentia que a dor ia diminuindo de intensidade, dando lugar a uma sensação de prazer muito mais sensível que qualquer outra, … era como se o seu cu tivesse se tornado uma vagina, quente, úmida e acolhedora daquele que outrora fora seu duro e másculo algoz. Era um prazer que crescia – lentamente, é verdade – mas que trazia consigo um tesão indescritível que se refletia em todas as partes de seu corpo, … seus mamilos haviam se entumescido ainda mais, tornando-se hirtos e chegando mesmo a doer um pouco, … seu ventre parecia contrair-se como recebendo aquela penetração dentro dele de modo extremamente acolhedor e prazeroso, … uma onda de tesão e de prazer invadia suas entranhas e cada movimento de penetração de seu parceiro faziam com que ela se sentisse arrebatada por um prazer que jamais havia sentido, … era o prazer de ser dominada por um macho da forma mais brutal possível, mas que, no fundo, era a forma mais potente de dominação do homem sobre uma mulher.

Mais uma vez, Angélica desejou que aquela experiência jamais tivesse fim, e que aquela pica enorme permanecesse dentro dela para sempre, fazendo dela uma escrava daquele instrumento de dominação e de submissão que, no fim das contas, era a melhor coisa do mundo. Angélica queria ser de Valentim para sempre, … esquecer-se de seu marido, do casamento, dos compromissos sociais e das obrigações que a sociedade lhe haviam imposto por tantos anos, … pensou que se tivesse conhecido aquele homem alguns anos antes, muito provavelmente sua vida teria tomado outro curso, e talvez ela tivesse se sentido mulher por mais tempo, deixando de lado um parceiro incompetente, frouxo e cuja habilidade limitava-se apenas a lambê-la com certa destreza.

Enquanto pensava assim, Angélica aproveitava aquele momento, deixando de lado qualquer pudor e passando a agir como uma puta experiente que sabia muito bem como conquistar e submeter um homem sem que ele percebesse. Empinou suas ancas possibilitando uma arremetida mais profunda daquela pica invencível, deixando-se invadir cada vez mais e retribuindo com movimentos receptivos no sentido contrário ao de Valentim, sincronizando seu corpo com o dele, tornando aquela cadência algo único e inesquecível. Vez por outra ela rebolava suas nádegas obrigando seu parceiro a manter a penetração em curso, no mesmo sentido em que provocava uma quase escorregadela da rola para fora de seu cu. E quando isso ameaçava acontecer, ela contraía o esfíncter, fazendo de seu cu uma boca sem dentes que mordiscava a glande causando uma enorme sensação de prazer em seu parceiro.

Angélica sentia-se em pleno estado de êxtase, percebendo que aquela rola era, ao mesmo tempo, dominador e dominado, submetendo-a aos seus impulsos, mas também sendo submetida aos anseios de uma fêmea no cio. Ela e Valentim eram um único ser que se misturavam em seus líquidos corporais, seus suores caudalosos, e suas peles eletrizadas por um tesão intenso e sem fim. Ela ria quando seu parceiro dava tapas vigorosos em suas nádegas, mais se assemelhando ao jóquei que, montado em sua égua de raça, aplicava-lhe golpes para sentir o poder da fêmea que estava sob seu controle absoluto. Ela pedia mais, … pedia para que ele não parasse os movimentos, … pedia que ele continuasse a estapear suas nádegas, … que continuasse chamando-a de putinha, … ou melhor, de sua putinha!

Valentim gostava muito daquelas súplicas repletas de tesão e não cedeu um momento, aproveitando, inclusive para aproximar uma de suas mãos da vagina de Angélica passando a brincar com seu clítoris inchado e pulsante, apertando-o entre os dedos e sentindo sua umidescência quente e levemente leitosa, gestos que faziam Angélica gemer de tesão, implorando que ele não parasse o que estava fazendo; ela precisava daquele pinto no seu cu e aqueles dedos hábeis em sua vagina, … aquilo a tornava plena e completa, … jamais sentira um macho possuí-la daquela forma: vigorosa, e deliciosamente brutal sem excessos, … ela havia realmente se tornado a putinha de Valentim, e sempre que ele quisesse ela estaria pronta e disponível aos seus desejos mais obscuros e inconfessáveis, … finalmente, Angélica havia se tornado uma mulher de verdade; uma mulher desejada, excitante e capaz de dar e sentir prazer na mesma intensidade e com a mesma voluptuosidade.

Após tantos movimentos, tantas indas e vindas, Valentim – pela primeira vez, é verdade – dava sinais de cansaço e de que aquele idílio sexual estava próximo de seu fim. Ele estocou aquele ânus mais algumas vez, propiciando um novo orgasmo em sua parceira que parecia vibrar com tanto prazer fluindo por todo o seu corpo, para logo depois confessar-lhe com voz fraca e vencida: “Ah! Putinha gostosa, … não consigo segurar mais, … vou gozar dentro do seu cu!” As palavras de Valentim selaram o destino daquele momento: o macho estocou uma última vez, profunda e vigorosa, até que, segurando as nádegas roliças de sua parceira urrou com extrema violência. Angélica sentiu quando a rola começou a ejacular, lançando jatos quentes e volumosos dentro de seu ânus e invadindo suas entranhas com aquela substância deliciosamente gostosa. Ela sentia-se realizada com aquele enorme volume de sêmen tomando seu interior, cujo excesso não tardou em vazar na mesma medida em que o cacete de seu macho murchava lentamente.

Valentim agarrou-se ao dorso suado de sua parceira e sentiu suas pernas bambearem, … aquele esforço havia sido algo além de qualquer possibilidade que ele pudesse ter imaginado, … e foi naquele momento que ele compreendeu o verdadeiro significado da palavra “extenuado”..., pois era assim que ele se sentia; pleno de satisfação, mas completamente vazio de energia. Pouco a pouco, ele e sua parceira foram cedendo ao apelo de seus corpos cansados e flexionando as pernas quase ao mesmo tempo em que desabavam sobre o chão frio mas suficientemente aconchegante para aquela situação. E não tardou para que adormecessem ali mesmo, vencidos, extenuados, mas com uma indescritível satisfação em suas almas e em seus rostos plácidos e suaves.

EPÍLOGO

Quando finalmente deu por si, Angélica entrou em desespero …, era tarde e tudo poderia estar perdido se ela chegasse em casa depois que seu marido, Antenor, já lá estivesse, … Ela não podia conceber que isso acontecesse! Seria uma verdadeira tragédia. Pegou suas roupas que estavam espalhadas pelo chão e pôs-se a vestir-se da melhor maneira que fosse possível naquela situação. Quando aproximou-se da porta de saída, deteve-se por um momento olhando o corpo nu de Valentim que ainda estava sob os efeitos daquela sessão de sexo “inesperado, mas ansiado”, … Ela fitou aquele corpo esculpido que em nada revelava a verdadeira idade de seu possuidor, e por um instante desejou que aquele dia jamais tivesse fim e que ela pudesse ficar com ele por toda uma eternidade. Mas a imagem de Antenor lhe veio à mente como um alerta vermelho de que ela precisava partir o mais rápido que pudesse.

Os pés descalços de Angélica doíam a cada passada que ela imprimia em sua corrida tresloucada na direção de sua casa, … Mas, a urgência da ocasião e a gravidade da situação obrigavam-na a ignorar qualquer dor ou qualquer percalço que estivesse à sua frente; o rosto bruto e envelhecido pela bebida de seu marido não lhe saíam da mente, operando como um elemento motivador que exigia que ela superasse seus próprios limites. E Angélica mal pode acreditar quando, finalmente, ela pusera os pés dentro da sala de sua casa, constatando que Antenor ainda não havia chegado. Correu para o quarto livrando-se daquelas roupas denunciadoras do que havia acontecido com ela e Valentim algumas horas antes e sem tempo para um banho, borrifou algumas gotas de perfume sobre o corpo, tentando de alguma forma ocultar o cheiro de sexo que ela sentia exalar por todos os poros.

Voltou para a sala em direção à cozinha e procurou retomar a rotina de sempre, preparando o jantar para seu marido. Cozinhou alguma coisa simples e fácil e depois de servir a mesa, sentou-se na sala e ligou a televisão, fingindo estar atenta ao programa que estava passando, mas consciente de que sua mente estava completamente tomada pelas doces lembranças da tarde com Valentim e da deliciosa experiência de sentir-se mulher por um homem macho e vigoroso.

A porta foi escancarada com um ruído peculiar e Angélica levantou-se encarando Antenor que chegava do trabalho com aquele cheiro característico de quem havia tomados algumas talagadas logo após a labuta para esquecer as agruras de uma vida miserável e sem perspectiva. Eles apenas se entreolharam e mesmo após o sorriso da esposa, Antenor deu de ombros e caminhou meio cambaleante em direção à cozinha, sentando-se à mesa e esperando que sua mulher viesse lhe servir como era de costume. Angélica suspirou desanimada e depois de consolar-se com o que o destino havia lhe reservado foi para a cozinha servir seu marido.

Jantaram em silêncio (como sempre, pois Antenor era um homem de poucas palavras e quase nenhuma ação), e depois de uma xícara de café que Angélica habitualmente servia a fim de eliminar os efeitos indesejáveis do álcool, Antenor refestelou-se no sofá da sala em frente à televisão passando a passear pelos canais sem dar atenção especial a qualquer um deles e não tardando em adormecer em um sono pesado e sem volta. Angélica encostou-se no batente da porta da cozinha olhando aquela cena deprimente: um homem envelhecido pelo tempo e pela bebida, incapaz de lidar com suas fraquezas e limitações, … “um frouxo idiota!”, ela pensou sentindo uma vontade imensa de gargalhar, lembrando da expressão utilizada por Valentim naquela mesma tarde. Com passos lentos e medidos ela caminhou até o sofá e cuidadosamente tirou o controle remoto das mãos de Antenor desligando a TV logo em seguida.

Foi para o quarto e depois de tomar um banho reconfortante, cuidando do seu ânus violado com muito carinho, vestiu uma camiseta e foi deitar-se sem se preocupar com o marido que, em algum momento da madrugada viria para a cama procurando um lugar mais agradável para descansar seu corpo e suas mágoas cotidianas. Angélica adormeceu pensando nas carícias de Valentim e mesmo quando seu cuzinho dava notícias sobre o que realmente acontecera naquela tarde, ela relaxava imaginando que aquela era uma dor que valera a pena, … Uma dor que lhe recompensara com orgasmos que jamais tivera e com sensações que jamais experimentara, … Mesmo com a lembrança da dor, vez por outra, coçando-lhe o reto, Angélica teve certeza de que tudo valera a pena! E que se pudesse faria tudo novamente. Adormeceu pesadamente com a imagem da rola poderosa de seu macho.

Todavia, foi abruptamente acordada no meio da madrugada pelas mãos ásperas de Antenor vasculhando seu corpo como um animal no cio que mal sabia o que deveria fazer. Beliscou-lhe os mamilos com uma das mãos, (coisa que Angélica simplesmente detestava!) enquanto a outra procurava explorar sua vagina com um apressamento absolutamente indesejável, forçando Angélica a apertar suas pernas impedindo aquela invasão fora de hora e de lugar. Antenor grunhiu alguma coisa que Angélica preferiu não entender e com um empurrão de suas ancas procurou afastar seu marido entorpecido pelo sono que, mesmo açodado pelo tesão fora de hora afastou-se dela virando-se para o outro lado da cama, passando a roncar pesadamente. “Frouxo e idiota! É exatamente isso que ele é!”, pensou ela enquanto tentava recobrar o sono roubado pela chegada de Antenor. Adormeceu, … E dormiu o sono dos justos (ou pelo menos dos felizes e satisfeitos!).

“Vou à Igreja, fazer trabalho comunitário” - essa foi a resposta que Antenor ouviu quando perguntou para Angélica o que ela iria fazer durante o dia. E mesmo estranhando a resposta imediata e sem hesitações, ele deu de ombros, desaparecendo porta afora rumo a mais um dia de trabalho, bebida e insatisfação, … “Frouxo!”, Angélica pensou enquanto se livrava das tarefas domésticas e corria para o quarto trocando de roupa para ir à Igreja.

A manhã e parte da tarde transcorreram dentro de uma esperada normalidade com Angélica cuidando dos afazeres comunitários juntamente com outras mulheres que dedicavam seu tempo livre para os necessitados da paróquia e permitindo que ela se esquecesse – mesmo que fosse por um breve momento – da vidinha de merda que tinha com seu marido, e sendo recompensada, vez por outra, com alguma doce lembrança do dia anterior. E foi durante um desses transes passageiros que ela foi assaltada pela voz de uma amiga que disse-lhe que o padre a esperava no confessionário.

Imediatamente, Angélica largou o que estava fazendo e correu até lá ajoelhando-se frente ao ouvidor de tela. Seu coração bateu mais forte quando a pequena portinhola abriu-se e a voz do padre fez ouvir-se com a placidez de sempre: “Eu te abençoou, minha filha, … Há quanto tempo não se confessa?”. Angélica respirou fundo e pôs-se a falar pausadamente: “Não me confesso desde a semana passada, Padre, … me perdoa Senhor, mas eu pequei, …”. Angélica respirou mais uma vez e passou a narrar tudo o que acontecera na tarde do dia anterior. Cada palavra era atentamente ouvida pelo sacerdote que, vez por outra pigarreava de forma contida, entrecortando uma respiração profunda e duramente controlada. E quando ela terminou, ele a abençoou mais uma vez e deu-lhe uma penitência, asseverando-lhe que não tornasse a incorrer naquele pecado mortal e que sempre que possível viesse até ele confessar-se novamente.

Angélica agradeceu e retirou-se do confessionário, retornando às atividades paroquiais que a esperavam como de costume.

No fim da tarde, quando todas estavam se preparando para retornar a seus lares, o pároco veio ter com elas para agradecer-lhes os esforços e a dedicação de seus trabalhos em prol dos mais carentes. E quando chegou a vez de Angélica o sacerdote tomou-lhe as mãos entre as suas, dizendo o quanto estava grato por uma mulher tão jovem dedicar tanto tempo ao trabalho em prol da missão católica. Angélica, que até então estava com os olhos fixos no chão, levantou o rosto e fitou aquele homem simplesmente lindo. Delineou um sorriso contido, respondendo ao agradecimento: “Eu que sou-lhe eternamente grata, Padre Valentim …”

Caminhando em direção à saída lateral da Igreja, Angélica arriscou um olhar por cima dos ombros, percebendo que o padre tinha seus olhos fixos nela, olhos repletos de cobiça e de desejo, … olhos de macho e não de sacerdote. Ela sorriu discretamente e pensou que muito em breve aquele homem lhe proporcionaria uma outra tarde de tesão e de muitos, … muitos orgasmos deliciosos.

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Comentários

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O seu conto é muito interessante e bem escrito, excitante e com um final criativo.

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