Meu pequenino amor - 1

Um conto erótico de M. R. Guimaraes
Categoria: Homossexual
Contém 2386 palavras
Data: 05/06/2013 15:12:06

Meu pequenino amorMusica era minha paixão, musica me acalmava, me fazia sentir feliz nos piores momentos como esse. Cada vez que ouvia, eu queria senti-la de todas as formas: dançando, cantando, ouvindo,... Eu gostava muito de Glee, e ficava o dia todo assistindo reprises, nas vezes em que Kurt e Blaine se beijaram, tiveram a primeira vez. E a minha musica preferida era Shake it out.

Eu estava apaixonado por um cara que fizera uma aposta sobre a minha sexualide. Na verdade por um cara que era bom e legal, pois este era um outro lado de Tyler. Mas o lado bom, será mais facil ao perceber como ele é realmente. Eu fui tolo, tanto quanto fui cego em acreditar nas atitudes de Tyler, tentando me conquistar. Em um momento pensei na mentira que eu vivia, no mundo em que vivia. E isso me faz aprender que não se deve confiar nas pessoas de hoje. E agora estou cada vez mais convicto de que nunca é facil vencer seus limites, ser você mesmo. Nunca será.

Em meio aos pensamentos, cheguei em casa e retirei os fones para esperar a ladainha de meus pais. Eram quase nove horas.

- Filho, onde você estava?! Isso são horas? – disse minha mãe quase histerica. Eu poderia ser odiado na escola, mas ao menos era amado em casa. E isso era o que importava.

- Na casa de Tyler. – respondi tentando esconder, sem sucesso, o choro.

- Conte-nos o que houve... – falou ela.

- Apenas acreditei em pessoas que não devia. Sofro cada dia, e a porcaria da escola não faz nada! – neste momento chorei mais e praticamente esbravejei. – Eu não suporto mais isso, e amanhã...

Parei de falar percebendo que isso levaria ao destino da minha sexualidade. E não estava nem um pouco preparado para contar a eles sobre isso ainda. Mesmo que sempre contei as coisas a eles. Nunca escondi muita coisa. Eles são o que seria um melhor amigo confidente. E confiava muito.

- O que tem amanhã? – disse meu pai esperando a continuação.

- Os estudantes fizeram uma... aposta sobre... minha... Eu não consigo falar. Não estou pronto.

- Sobre sua sexualidade? Bom, eu não me importo. O importante é você ser voce. Sabe que pode confiar na gente. Fomos bem educados. Você é gay? – disse ele.

- Sim, pai. Sou.

Então não há com o que se preocupar. Estaremos do seu lado. Sempre.

- Obrigado, pai. Sou muito grato a vocês. São os melhores pais do mundo. Eu amo vocês – chorei ainda mais. E os abracei.

- Oh, meu filho. Tambem te amamos. Quem não teria orgulho de um menino tao lindo como voce, inteligente, tira notas boas, toca tantos instrumentos perfeitamente e nunca foi mal com ninguem?

- Obrigado – falei sorrindo para ela – Mas a parte de lindo não inclui.

- Mas é claro que inclui. Olhos verdes, ruivo. Tá na cara que puxou o lindo do seu pai – disse minha mae rindo me fazendo rir nervosamente com eles.

Eu sorri pra eles e subi ao quarto tão feliz, mas tambem receoso pelo dia seguinte. Cheguei e o piano me parecia muito convidativo. Toquei algumas partituras de Bethoven e então parti para o banheiro tomar um banho relaxante na banheira. Meu pai relsolvera colocar no objetivo de me fazer relaxar nos piores dias da escola, mas usar poucas vezes. Era otimo ter os pais que te entendem, e fazem de tudo para ver os filhos felizes.

Após eu enrolar no roupão pendurado no mármore, senti algo estranho. Parecia ser observado. Olhei na janela mas não havia nada alem do escuro. Simplesmente saí e fui procurar o pijama e dormir. Com a perfeição do frio, dormi como um pequeno bebê.

Na manhã seguinte, uma sexta-feira por Graça de Deus, a luz do sol invadira docemente meu quarto e tocara minha pele exposta ao seu calor. Não foi preciso meus pais me acordarem. Pode-se considerar que tenho uma vida saudável.

- Bom dia mãe. Onde está o pai? – falei já pronto pra escola na cozinha, enquanto minha mãe terminava de coar o café.

- Está lá fora medindo a chuva da madrugada. – disse ela como se fosse uma critica.

- Aquele geógrafo fanático. – e dei uma leve risada.

- 27mm – disse ele adentrando a cozinha. – Uau. Bom dia, principe. Bom dia, rainha.

- Hum.. Que bom humor – eles deram um beijo e se sentaram a mesa.

- Hoje vai ser um bom dia aqui, mas um mal lá. – falei receoso. E meu medo era grande. Mas aprendi com meus pais, que medos são feitos para sererm superados.

- Lembre-se do que sempre dizemos – meu pai tocou minha mão. – E então alguem interessante que tenha conhecido?

- Na verdade acabei me apaixonando, e não sei porque ou como, pelo Tyler. E isso me faz sentir cada vez mais ódio por ele ter me enganado e me feito de idiota.

O silencio reinou por alguns segundos.

- Provem o croissant que eu fiz a vocês. Está ótimo – disse minha mãe tentando mudar o assunto. Agradecido.

Após comer o que me veio vontade, levantei da mesa, me despedi e segui meu caminho até a escola, novamente com meus fones.

Aerials, in the sky

When you lose small mind

You free your life.

Cheguei à escola e tentei me esconder pela jaqueta de capuz o maximo que pude, assim como os outros alunos. Por sorte, quando eu via as pessoas que eram amigos(as) de Tyler, eu me afastava pelo primeiro corredor ou fingia ler algo no celular. Finalmente, encontrei minha primeira sala de aula: Biologia. Mesclado entre os alunos do 2º e 3º ano. E ao entrar, o professor manda os alunos se sentarem em dupla, pois estaríamos fazendo um exercicio de anatomia. E eu não era tão fã de sapos e rãs, apesar de gostar de biologia.

Sem formar uma dupla, pois nem conhecia ninguem, o professor me alerta:

- Há um lugar vago com o Benjamim, Harry. Corra. – ele aponta para um garoto moreno, magro, nada exagerado, mas com fortes braços. Seu cabelo era castanho escuro. Caracteristicas tipicas de paises tropicais.

Quando nossos olhares se encontraram senti aquela energia, vontade de desviar o olhar. Mas continuei olhando. Tracei meu caminho até ele. Notei um sorriso crescer, então apressei os passos para não perder o parceiro antes de alguem querer formar dupla com ele.

- Olá – falei sorrindo – Está sozinho esquecido como eu?

- Oi. Sim estou. – rimos – Mas na verdade é que sou novo por aqui. Gosta de biologia?

- Muito, mas não anatomia. Sou Harry Pattrick. Você é Benjamim?

- Ben Gerald. – ele sorriu com os labios.

- Prazer em conhecê-lo, Ben.

- O prazer foi todo meu – ele girou as mão e abaixou a cabeça, como antigamente. Caí na risada.

Fomos interrompidos pelo professor dizendo:

- Coloquem as luvas. – ele esperou os alunos colocarem – Peguem os bisturis que lhes foram deixados na mesa com a mão direita. E, com a esquerda segurem o “cadaver de sapo” – ele falou de um jeito que queria aterrorizar-nos.

- Aargh! Isso se parece com o senhor, professor. – um garoto do fundo disse e a sala toda riu.

- Muito engraçado. Continuando, voces irao cortar do pescoço até o fim da barriga do sapo. Em ocasiao alguma, deixe que o organismo toque sua pele.

Eu peguei o bisturi, e ao mover minha mão para segurar o sapo, a mão de Ben se choca com a minha. Não foi grande coisa, as maos estavam cobertas pelas luvas.

Pude notar seu sorriso discreto, então sem delongas, passei o bisturi pelo corpo do animal morto. Então seus órgaos vieram à tona. O cheiro não era dos melhores, mas nada de “tao” ruim. E alem de fedido, tambem bem nojento.

- Sua vez – disse tampando o nariz fazendo cara de nojo.

- Fresco. – e deu uma leve risada.

- Eu não gosto de biologia em animais. Prefiro nos humanos. Muito mais interessante. E comum, acho eu.

- Não deixo de concordar.

- Retirem os órgão do animal e coloquem no caixote de vidro. Vao escrever o nome de quais órgãos acharam.

Fizemos o pedido do professor e nossas mãos entravam em constante contato, e aquilo estava me deixando corado, cada vez mais quando seus olhos me penetravam profundamente.

Colocamos os órgaos no vidro com cara de nojo e lingua pra fora, rindo. Rapidamente fui descobrindo cada órgão, assim como Ben.

- Você é do 3º? – perguntei.

- Sim. Tenho 17. E você?

- Do 2º, tenho 16.

- O que gosta de fazer nas horas vagas?

- Toco instrumentos, dentre os preferidos, piano, violino e violão.

- Gosto de guitarra. Acho que nossos estilos não dao tao bem.

- Na verdade gosto muito de rock. Toco muitos tipos instrumentos. Guitarra, baixo, até um pouco de bateria, etc, etc.

- Uau. Nunca conseguiria.

- Qualquer um consegue. Basta talento e determinação.

- Gosto desse talento. – e sorriu novamente. Eu estava adorando aqueles sorrisos extasiantes.

- Atrapalho a conversa, Sr. Gerald e Sr. Pattrick? Ao acaso terminaram?

- Sim, quer dar uma olhada? – respondeu Ben

- Confio em vocês. – e entao ouvi as risadinhas dos alunos, ao perceberem que eu estava ali. – Agora, para finalizar, quero que voces peguem o bisturi novamente e peguem um pedaço de pele do sapo. E usem o microscópio. Comentem o que acham que acontece nas células. E relatem no papel.

Ele arrastou o microscópio até mais perto de nós, enquanto eu cortei o pedaço suficiente de pele. Tiramos as luvas. Ele retirou uma lamina do objeto e me entregou. Coloquei a pele nesta e pus de volta ao microscópio. Puxei-o para mim e olhei as tais células. Elas não se mexiam, estavam mortas, mas notava-se a entrada de certos microorganismos e levemente pedacinhos quase invisiveis das células eram deterioradas aos poucos, bem lentamente.

Ben tocou meu braço, pedindo o aparelho. Me afastei e ele tocou minha mão esquecida na base do microscópio. Pude sentir o calor de sua mão que puxou a minha e a levou para longe do aparelho. Eu não deixei de olhar nossas mãos. Ele finalmente retirou enquanto eu tinha paralisado.

Ele sorriu novamente e me deixou corado, sem jeito. De uma forma ou de outra, ele estava me atraindo muito, mais que quando me atraí por Tyler. Pois eu achava certo. Não pensava ser uma farsa, mas tambem não podia deixar que simplesmente fosse facil. Que eu simplesmente me entregaria a ele. Não é assim que as coisas são. As pessoas demonstraram ser mentirosas e enganadoras.

- Qual foi sua conclusão – ele me perguntou, mas pareci não escutar. – Harry nas dimensões do universo?

- Ah – envergonhei. – As células do animal se deterioram lentamente com microorganismos decompositores que “invadem” no objetivo de decompor.

- Concordo – ele me entregou o lapis.

Tomei nota daquilo e chamei pelo professor. Com a mão no ar até que ele me viu e veio em minha direçao.

- Sim, Harry? Alguma duvida?

- Não. Já terminamos.

O professor ficou meio que sem expressão. Os alunos ainda estavam olhando nos microscópios quando fomos os primeiros a terminar.

- Estou impressionado com a competencia de vocês. Tudo correto. Nota maxima à vocês – e deu um sorriso amarelo e levou consigo o papel.

Virei para Ben e batemos a mão com nossa vitória. O sinal do intervalo bateu, e fomos saindo aos poucos.

- Não esqueçam o dever de casa para amanhã, pessoal. – falou o professor.

Saímos em direção ao refeitório.

- Vai querer comer alguma coisa? – ele me perguntou.

- Claro. Comer é minha especialidade – rimos.

- Então como você consegue ser tão pequeno? Tao magro?

- Eu não sei. Chegam a pensar que sou anorexico, mas eu não recuso comida. Eu peço é mais. – rimos muito. – Você não me disse: O que faz nas horas vagas?

- Gosto de pintar. É minha paixão. Mas tambem toco guitarra. Qualquer dia podiamos marcar para tocar.

- Hoje eu posso. Aliás posso sempre. Não tenho compromissos depois da aula.

- Então podemos depois da aula? – ele perguntou em um som de expectativa.

- Claro – sorri.

Seguimos nosso caminho até o refeitorio, mas... Chegando lá, recebo belos olhares, de julgamento e então uma longa risada se espalha pelo refeitório.

-- Parte narrada por Ben--

- Olha só se não é o viadinho da escola – chegou Tyler apontando Harry, com um garoto e ums garota aos dois lados. – Arranjou um amiguinho viado tambem pra lhe comer o rabo.

- Como se você tambem não fosse. – Harry rebateu. – Você acha que não te saquei? Vivia dando em cima de mim, querendo me fazer apaixonar por você. Até tentou me beijar algumas vezes. Vocês deviam saber melhor com quem anda – disse para os dois parados olhando, incredulamente.

Tyler andou em direção de Harry, mas eu o empurrei para trás com força impedindo seu caminho. Mas acabei levando um soco dele.

Ia dar outro soco mas ele defendeu com um braço e tentou revidar, mas defendi tambem com meu braço livre, e antes mesmo de pensar chutei sua barriga com tanta força que ele foi lançado ao chão, encolhendo-se com a dor.

Eu fui em seu caminho, mas senti a mão de Harry me segurando para que não o fizesse. Ele me puxou em direção aos balcões do refeitório, e por sorte ninguem, além dos espantos dos alunos ali presentes, tinha visto a briga.

Pegamos a bandeja e fomos escolhendo a comida que era oferecida. Procuramos por uma mesa vaga sem sucesso, mas a cada mesa que chegávamos era ocupada de propósito por alguem. Percebi então que Harry saiu pisando quente para o lado de fora. Passamos por alguns corredores, e chegamos a um gramado nos fundos da instituição. Não havia ninguem lá, então teriamos paz sem problemas.

- Acho que voce acabou com sua vida andando comigo. – ele disse.

- Não quando se encontra uma pessoa boa. Noto isso em voce – dei um sorriso triste.

- Obrigado por me defender. De verdade.

- Pode contar comigo. – Puxei-o em um abraço com seu rosto em meu peito e acabou soltando um leve choro. – Não fique triste. Sua vida ainda vai melhorar. Verá.

Levantei seu rosto e limpei a lagrima brilhante que desceu por sua bochecha. Meus dedos tocavam seu rosto, e com aqueles belos olhinhos tristes brilhando, sem meu próprio comando, toquei meus labios nos seus.

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Aqui está a primeira parte depois do prólogo. Após esta parte, o conto será dividido na narraçao entre Harry e Ben. O foco da narração era o Ben, mas o Harry tem todo seu sofrimento e não há quem alem dele para relatar isso. Espero que tenham gostado. Caso não, deem a opinião e votem pelos comentários. Até a proxima parte. Um beijo a vocês.

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Comentários

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nossa gente to muito feliz ^^ e Feh eu nao te cortei so dei a minha opiniao. Eu nao fiz por causa do Crepusculo. Mt obrigado pessoal xD

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me impressionei agora da forma que foi narrado o conto pelos dois personagens, me apaixonei pelo conto agora

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Nossa eu amei ler esse capitulo e bem feito pro outro la kkk apanho feio kkkkk mais estou muito ansioso pela continuação.

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Eu nem gosto de crepusculo kkk nao me veio a cabeça.

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Nossa, essa cena do Harry e do Ben na aula de biologia é igual quando o Edward e a Bella se encontram... Amei! Continua logo!

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para tudo eu amuuuuuh glee e shake it out é uma das minhas preferidas. Eu ñ gostei eu amei seu conto.

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