Sobre Nós - Parte 22

Um conto erótico de Roitfeld
Categoria: Homossexual
Contém 559 palavras
Data: 13/06/2013 08:15:27
Assuntos: Gay, Homossexual

Gustavo e Fátima voltavam da capela. Ambos pediram a Deus para que salvasse Leandro. Ele sentia-se completamente deprimido, não sentia vontade para nada, só a menor possibilidade de perder-lo deixava Gustavo completamente desesperado.

- Boa Noite – disse Dr. Maurício.

- Vocês agora vão poder ver o paciente, mas, apenas tres e cada um de uma vez, quem irá primeiro? – perguntou o médico.

- Vai você primeiro Fátima – disse Gustavo.

Fátima foi a primeira a entrar, logo em seguida foi a vez de Gustavo. Ver seu grande amor naquele estado partia seu coração. Leandro estava deitado na cama pálido, sem vida, entubado e com fios por todos os lados.

- Meu menino eu sei que você não pode me responder, mas, tenho certeza que você está me ouvindo – disse ele abaixando-se e chegando perto da cama.

- Meu amor que queria te agradecer por ter salvado a vida do meu filho. Se não fosse você ele estaria nessa cama agora. Por isso te amo tanto por você ser essa pessoa tão maravilhosa – disse ele com lágrimas escorrendo pelos olhos.

- Quero também te pedir perdão por não ter cumprimido a minha promessa. Eu prometi que iria te proteger de tudo de ruim, mas, eu falhei e por minha culpa você está em cima desta cama agora. Mas, não me deixa Leandro, não me deixa sozinho eu não sei mais viver sem você, por favor, volta pra mim eu te imploro – disse ele enquanto chorava copiosamente até ser interrompido pela enfemeira.

- Desculpe, mas, o senhor precisa ir agora – disse ela.

Gustavo foi embora sentindo-se triste por deixar Leandro sozinho. Quando estava saindo seu celular toca, era Flávia que deveria quer falar algo sobre Vitor.

- Alo, o que foi Flávia?

- Gustavo, você deixou uma estranha tomando conta do nosso filho? Que belo pai você é hein.

- Flávia, eu estava completamente atordoado e precisava ir para o hospital com o Leandro.

- É muita irresponsabilidade mesmo, quer dizer que a vida de qualquer um é mais importante que o nosso filho? Você não tem nada na cabeça mesmo – disse ela.

- Flávia, cala boca! Caso você não saiba, mas, esse qualquer um que você se refere só está em coma no hospital porque ele tomou um tiro que ia acertar o nosso filho.

- O que? Eu não sabia disso – respondeu ela atonita.

- Então agora você podia pelo menos calar a boca e respeitar a dor que estou sentindo, porque o Leandro provou que é uma pessoa muito melhor que eu e você juntos – disse ele despejando todo seu rancor sobre a ex-mulher.

- Não precisa ser mal-educado – disse ela.

- Ah, não precisa? Desde que eu te liguei você só sabe ser sem educação comigo e fica julgando o Leandro sem nem saber o que aconteceu. Faz um favor para mim some da minha vista e não enche meu saco – disse ele desligando o telefone.

Gustavo sentia-se mal, deprimido, não sabia o que fazer. Estava completamente perdido, algo que não sentia desde que conhecera Leandro. Ele havia preenchido sua vida de felicidade e alegria, e só a menor possibilidade de perde-lo já causava uma imensa dor a Gustavo. Ele pedia a Deus para que não o levasse, não tirasse a única coisa boa que havia acontecido em sua vida. A culpa misturada com o medo corriam-no por dentro como um câncer que dilacerava sua alma. Continua...

Espero que gostem e que comentem. Abraços.

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Comentários

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Tadinho do Gustavo tomara que o Leändro se reculpere logo.

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A narrativa está ótima em terceira pessoa, por isso espero que o formato do texto continue assim. Triste estória a do Leandro e Gustavo, mas espero que eles superem.

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