Já avia passando um tempo, ainda estava deitado no chão. Levantei-me pensei em ligar para o Edu, mais desisti, não poderia lhe incomodar com minhas questões, mesmo ele dizendo se precisasse era pra ligar. Fui até o espelho que tinha na parede, era todo emoldurado branco, olhei para meu reflexo meus olhos vermelhos cabelo bagunçado, era o reflexo da derrota. Senti um ódio invadir meu coração em um impulso de um soco no espelho espatifando ele no chão fazendo vários corte na Mao direita. O sangue imediatamente começou escorrer por entre os dedos marcando o chão com gotas vermelhas. Droga, droga, peguei uma camiseta enrolei peguei o kit que estava na mesinha fui ao banheiro abri a torneira tirei a camiseta que já estava encharcada de sangue, coloquei a Mao em baixo da água corrente a dor foi inevitável.
Tentei estancar o sangue mais não estava adiantando alguns cortes foram profundos, enrolei uma toalha voltei pro quarto, peguei o celular disquei o numero do gabi mais só chamava disquei mais uma um vez e outra, e outra ate cair na caixa postal. Já estava me sentindo meio tonto o sangue pingava no quarto deixando um rastro. Já estava ficando desesperado então disquei o numero do Edu.
Edu: - alo rafa?
Rafa: - Edu me ajuda eu não estou me sentindo bem.
Edu: - o que foi.
Rafa: - eu me corte com o espelho já tentei ligar para o Gabriel, mais ele não me atende.
Edu: - calma já to indo tchau.
Rafa: - tchau.
Deitei na cama fiquei olhando o quarto o espelho quebrado no chão o sangue, uns dez minutos depois ouvi a porta da frente se abri e uns passos rápidos subindo às escadas a porta do meu quarto se abriu de supetão, era o Edu. Quando ele viu o espelho quebrado o sangue e logo olhou pra mim deitado com uma das mãos enrolada na toalha cheia de sangue ele arregalou os olhos. Se não tivesse naquela situação eu daria uma boa gargalhada mais a dor não permitia. Eduardo praticamente se jogou fazendo uma verdadeira atiraria de perguntas.
Edu: - o que ouve aqui, vocês brigaram ele ti bateu, machucou eu vou matar aquele desgraçado.
Rafa: - estava já meio tonto: - Edu me leva pro hospital.
Edu: - vem deixa eu ti ajudar.
Com sua ajuda me levantei, coloquei o chinelo, Edu me segurou pela cintura coloquei meu braço em seu ombro. Descemos as escadas ele abriu a porta colocou-me no carro trancou a casa e saiu. Eduardo andava em alta velocidade disse que não precisa correr que não estava morrendo se não ele iria matar a nos dois.
Edu: - rafa ele ti bateu.
Rafa: - não eu que dei um soco no espelho e acabei me cortando.
Edu: - mais por que tu fizeste isso?
Rafa: - eu contei pro gabi que estou apaixonado por ele. Ele não reagiu muito bem. Disse que não podia corresponder a esse amor, o que ele sentia por mim era amor de um irmão que eu confundi as coisas.
Edu: - vocês brigaram?
Rafa: - de certo modo sim, ele saiu muito bravo de certo esta na casa da namorada não quis atender ao telefone.
Edu: - tudo bem fica calmo já estamos chegando.
Chegamos ao hospital Edu tomou a frente falou com a tendente e logo fui atendido. Levaram-me para uma sala estancaram o sangue, fizeram curativos os pontos enfaixaram minha Mao. Dera-me uma injeção não sei pra que, me colocaram no soro. Edu entrou com uma cara de preocupação perguntando se estava bem se doía, disse que não que me dera um remédio pra cavalo que logo ia tomba na cama.
Rafa: - já é a segunda vez que corto essa Mao já to acostumado.
Edu: - como assim?
Rafa: é que quando tinha doze para treze quebrei um copo nessa Mao, daí meu primo me levou para o hospital assim como você fez.
Contei toda a historia da minha vida a morte dos meus pais, dês de quando fugi da casa da minha tia, por causa do meu tio que me batia. Como vim parar em porto alegre. Contei também do estupro acho que não precisava esconder dele, como conheci o gabi e fui adotado por sua família. Edu ficava ouvindo tudo à medida que falava ele mudava sua expressão, uma hora de fica serio, hora ficava chocado. No final me deu um grande abraço confesso que gostei era um ato de carinho da parte dele. Disse-me no meu ouvido que poderia contar com ele quando precisasse que estaria sempre ao meu lado.
O remédio começou fazer efeito meus olhos ficaram pesados acabei adormecendo. Quando acorde já avia se passado duas horas o Edu estava sentado numa poltrona do lado ele se levantou passou a Mao no meu rosto perguntou se estava bem. sorri disse que sim. Logo o medico chegou disse que não precisava ficar que já podia ir pra casa, Edu me ajudou disse a ele que tinha que ligar pro meus pais para poder pagar a conta. Edu disse que já tinha resolvido isso que não era para me preocupa com nada. Entrei no carro e todo cuidadoso Edu me ajudou partimos pra casa.
Quando chegamos perto do condomínio me deu um frio na barriga. Não sabia se Gabriel avia voltado tinha me esquecido de levar o celular, estava sem contato. Entramos fomos chegando ao longe vi o carro do gabi na garagem, Edu parou três casas antes.
Edu: - teu irmão esta em casa. Tem certeza que quer fica? Você pode fica La casa ate seus pais voltarem.
Rafa: - não Edu, mais cedo ou mais tarde tenho que enfrentar essa situação, mais lhe agradeço mesmo assim e também você já fez muito por mim hoje obrigado.
Edu: - esta certo. Mais vou entra com você.
Rafa: - esta bem.
Edu andou mais pouco parou saímos ele abriu a porta logo que fechamos Gabriel apareceu na ponta da escada quando me viu desceu correndo Edu colocou seu braço em cima do meu ombro Gabriel parou me puxou abraçando-me começou falar tudo ao mesmo tempo.
Gabriel; - onde você estava? Cheguei em casa subi no seu quarto tu não estava o espelho quebrado tinha sangue, me apavorei ti liguei seu celular estava na mesa liguei para a portaria me falaram que tu saiu num carro,nunca mais faça isso Rafael.
Ele me abraçava com tanta força que estava quase me quebrando ao meio, senti seu cheiro era maravilhoso seu calor que faz minha pele queimar, mais suas palavras ainda martelavam na minha cabeça não consegui retribuir o abraço gabi me soltou olhou fixamente com aqueles olhos azuis, desceu seu olhar para minha Mao enfaixada voltou seu olhar pra mim querendo entender.
Gabriel: - o que aconteceu.
Rafa: - eu me corte com o espelho.
Gabriel: mais como assim não estou entendendo.
Rafa: - eu dei um soco no espelho por que estava com raia, daí quebrou me cortei perdi muito sangue ti liguei pra você, mais não atendeu daí liguei pro Edu ele me levou para o hospital.
Edu: - Gabriel o rafa acabou de ser medicado precisa descansar.
Gabriel: - pegou-me pelo braço: - pode deixar que agora cuido dele muito obrigado.
Edu: - rafa você vai ficar bem se quiser posso ficar.
Rafa: - ainda estava sob o efeito do medicamento: - tudo bem Edu vou ficar bem muito obrigado.
Edu: - tem certeza?
Rafa; - dei um sorriso demonstrando que estava tudo bem; - aham se eu precisar te ligo esta bem.
Edu: - esta bem vou ir então.
Ele venho me deu um abraço beijou minha testa olhou pro Gabriel.
Edu: - cuida dele.
Virou as costas e saiu. Gabriel me ajudou a subir as escadas. Disse que era para ficar em seu quarto, que amanhã limparia o meu. Ele arrumou a cama buscou meu travesseiro, deitei ele sentou passou a Mao no meu rosto ajeitando meu cabelo colocando atrás da orelha.
Gabriel: - por que voce fez isso?
Não disse nada, estava cansado por causa do remédio, mais também cansado de tudo da vida. Será que nascemos predestinados a alguma coisa, será que nasci para sofre? São tantos os que querem o meu mal? e desejam ver o meu fim? Não acredito que deus seria tão injusto e cruel comigo.
Gabriel: - posso dormi com você? Prometo que vou ficar quietinho não vou ti incomodar.
Apenas olhei para ele senti meus olhos molhado as lagrimas teimavam em cair não disse nada voltei os olhos para porta Gabriel se levantou tirou a camiseta desligou a luz. Deitou-se ao meu lado me envolvendo em seus braços. Senti seu calor envolver todo meu corpo estava em um estado tão frágil que não pediria para ele sair, me deixar só, sei que Gabriel estava ali comigo por causa do estado que me encontrava, mais se para ter um pouco do seu amor teria que ser assim, não me importaria em lhe pedir migalhas do seu amor, pois quando amamos suportamos tudo, sentindo sua respiração em meu pescoço Gabriel beijo meu pescoço e sussurrou no meu ouvido boa noite rafa.
continua
eai galerinha do bem to muito feliz com os comentarios de voces. pessoal sempre posto a cada dois dias por causa do meu trabalho e a faculdade que toma conta das minhas horas quando tenho um tempo escrevo ok. nao se esqueçam de votar abraço.
