O valentão do colégio - 4

Um conto erótico de Dani
Categoria: Homossexual
Contém 1022 palavras
Data: 27/09/2013 18:43:14

Eu fui puxando Gabriel pro meu quarto, e ele se sentou na cama. Eu sentei na outra cama (eu dividia meu quarto com meu irmão, que tá fazendo faculdade em João Monlevade, e não mora com a gente). Ele olhou para mim, com seus olhos brilhando mais que a luz. Quando eu olhei diretamente pra ele, ele olhou para o chão, e notei seu alargador que dava um charme à sua orelha esquerda, porque combinava com seus olhos verdes.

- Gabriel. - Chamei. - Você é gay?

Ele balançou a cabeça, negativamente. Acho que ele notou minha decepção.

- Então, por que você me beijou?

- Porque...

- Não foi por causa daquela estupidez de me compensar por ter me batido, ou foi? - Interrompi.

- Não, claro que não! É que eu não resisti... - Ele levantou e sentou-se ao meu lado, bem próximo. - Eu não consegui me segurar.

Nossos rostos começaram a se aproximar.

- Então me explica isso tudo.

- Ai, Deus. - Ele murmurou. - No primeiro dia de aula, quando você chegou na escola, eu fiquei excitado. Eu não conseguia entender o por quê. Eu pensei que, se eu te batesse, eu poderia deixar esse sentimento de lado. Eu precisava de um motivo pra te bater.

Eu abracei minha barriga, porque ela começou a doer.

- Mas isso não adiantou, porque quando você estava no hospital, eu não conseguia parar de pensar em você. Toda noite eu me dava um soco na cara, pensando na dor que eu te causei. - Uma lágrima ameaçava cair do olho dele. - Eu perguntei pra Emily tudo o que ela sabia de você, e ela acabou contando sobre sua sexualidade.

- Então você sabia disso o tempo todo, e me provocou, me dando abraços longos o tempo todo ontem?

- Foi.

- E quando nossas mãos se tocaram na caixa de pipoca?

- Foi.

- Por que você não me disse antes? Por que você teve que me bater com aquela força toda?!

Ele colocou o rosto nas mãos e suspirou. De repente, ele estava chorando. Eu coloquei meus braços em volta dele e ele deitou sua cabeça no meu ombro, e chorou ainda mais.

- Me desculpa. Eu não queria ter dito isso. - Eu disse, passando a mão em seu cabelo.

Ele me abraçou. Eu beijei a cabeça dele, e ele a levantou. Eu enxuguei suas lágrimas com as costas da mão e beijei sua boca, começando com um selinho, e depois, avançando para um de língua. Era gostoso, sentir aquela língua macia, aquele cheiro de macho, aquele carinho. Ficamos assim por um tempo, até ele interromper o beijo.

- Você quer ficar comigo? - Ele perguntou, de uma forma doce, parecendo uma criança.

- O que?

- Você quer ficar comigo? - Ele repetiu a pergunta.

- Eu não sou de ficar.

- Eu pensei que todos os gays gostassem mais de ficar do que de namorar sério.

Aquilo me ofendeu. Não só a mim, mas a todos os gays. Isso o que ele disse acabou com a minha reputação ali mesmo. Todo o respeito que eu tinha pelo Gabriel, que estava sendo construído aos poucos, foi derrubado por suas palavras.

- Ou, espera aí. - Eu tirei meus braços dele. - Como assim todos os gays? Você está dizendo que somos uma classe diferente do resto da sociedade? Que só porque é gay, fica dando pra todo mundo que vê?

- Não, Daniel! Eu não quis dizer isso.

- Então o que você quis dizer?

- Eu pensei que era assim que funcionava.

- Hum. Bom saber.

O clima havia caído naquele quarto. Gabriel estava sério. Eu estava sério. Após eu ter dito aquilo, o silêncio reinava o quarto.

- Daniel... Me desculpa?É que eu não penso antes de falar algumas coisasPercebe-se.

Gabriel se levantou e ficou de frente pra mim. Eu olhei para o rosto dele, e ele ajoelhou-se, segurando minha mão.

- Daniel. Você aceita ser meu namorado? Sério.

Uma lágrima se formou nos meus olhos. Agora era eu quem estava chorando. Eu acariciei o rosto dele com as costas da mão e fiz um sinal positivo com a cabeça. Os olhos dele também estavam com lágrimas. Ele se deitou na minha cama, e tirou o tênis. Deitei no peito dele, e senti sua barba roçar minha cabeça de propósito. Abracei-o com força.

- O que a gente vai fazer? - Perguntei.

- Sobre?

- Contar pro meu pai, pros seus pais, pro pessoal da escola...

- A gente conta e pronto.

- Mas...

- Seu pai ainda não me perdoou, né?

- É.

Ele ficou calado, fazendo carinho no meu cabelo, bagunçando-o ainda mais. Aproveitei e enfiei o nariz no peito dele. O cheiro dele era viciante.

- Eu vou conversar com seu pai. - Ele me assustou. Tava quase dormindo com a cabeça no bíceps dele.

- O quê?

Gabriel se levantou e mandou eu ficar no quarto. Fiquei com medo do que poderia acontecer ali na sala. Meu pai estava assistindo TV e descascando laranjas. Com uma faca. De corte. Na mão. Gabriel desceu as escadas e sentou-se ao lado do meu pai.

- Com licença. - Escutei Gabriel de lá de baixo.

Suspirei com alívio. Ao menos ele soube iniciar uma conversa com meu pai, porque, se você não começar com um cumprimento educado, esqueça qualquer tipo de interação com o velho.

A conversa foi passando, e eu estava ansioso e apreensivo. Comecei a ler para passar o tempo. Depois de uns 15 minutos, Gabriel entrou no quarto, sério. Fiz uma cara de preocupação. O que será que havia acontecido na sala? Gabriel sentou-se ao meu lado e passou a mão na minha coxa.

- Quando meu namorado vai me beijar? - Ele perguntou, com um sorriso malandro no rosto.

Eu deu uma risada de comemoração e abracei-o, sentando em seu colo. Olhei para seu rosto e colei seus lábios aos meus. Esse foi o melhor beijo que nós demos, pois não havia receios, preocupações ou dúvidas. Eu também não podia falar que era amor, pois nós só começamos a namorar há meia hora.

- Eu prometo que você vai ser a pessoa mais feliz do mundo. - Ele disse.

- Mas eu já sou.

Tirei meus óculos e coloquei-os em cima da mesa. Continuei beijando meu namorado, enquanto ele apalpava minha bunda e puxava minhas pernas. Quando escuto alguém abrir a porta do quarto.

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Comentários

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geent , como o Gabriel é kawaii *-* ... Mds .. amando aqui .. segura meu 10 o/

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Ai o Gabriel tem se saído um fofo dimais da conta e espero que de tudo certo para esses dois e ele teve muita coragem de enfrentar o sogrão kkklkkkk

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gente achei fofissimo essa coragem do daniel em ir falar com o sogrão...

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Nossa o Gabriel foi super fofo e mega corajoso, enfrentar o sogrão que estava tipo detestando ele naquele momento. Demais.

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Nossa que emoção, amando continua logo estou viciado em seu conto!!!

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