Duas Caras - Parte 24

Um conto erótico de Guhhh!
Categoria: Homossexual
Contém 1527 palavras
Data: 09/10/2013 21:56:45

DUAS CARAS

Capítulo 24 – Penúltimo Capítulo

* 15 dias depois *

Eu não tinha feito o que o Arthur me mandou, não podia simplesmente sair sem antes me planejar, o que eu fiz durante esses dias, consegui um emprego em um escritório de Advocacia, ainda como estagiário, conseguiria pagar minha faculdade, e enfim tomei a decisão de sair de um lugar onde eu nunca deveria ter entrado. E não me envolver mais com problemas que não diziam respeito a mim.

Saí cedo de casa, havia marcado com o Gabriel para conversar. Ele insistiu que fosse na casa dele, e eu aceitei. Por volta das 8:30 da manhã havia chego na casa dele, apertei o interfone e ele abriu o portão. Entrei e ele já me esperava na porta vestido com a roupa que havia dormido com certeza.

- Oi Bruno.

- Oi. – Respondi. Ele entrou e entrei logo atrás dele. Fomos para a cozinha onde ele ainda tomava seu café da manhã.

- O que quer conversar comigo? – Perguntou enquanto comia uma fatia de mamão.

- Vou ser direto Gabriel. Eu não quero mais trabalhar na Câmara.

Ele pegou a xícara de café, tomou.

- Posso saber por quê?

- Porque é a minha vontade. Eu não quero mais continuar a trabalhar lá.

- E sua faculdade? Vai deixar todas as oportunidades que teve escapar?

- Eu vou pagar a minha faculdade, não se preocupa.

Ele ficou calado, apenas me analisando. Parecia querer medir suas palavras antes de me falar.

- Você é maior de idade e tem o livre arbítrio para tomar as suas decisões. Mas não me convenceu os motivos de estar fazendo isso.

- Eu tenho os meus motivos, e não te diz respeito.

- Eu sei. Você está com medo de sobrar para você. – Ele me encarou. – Quando eu disse que não deixaria nada te acontecer. Você não acreditou em mim.

- Eu não sei em quem acreditar. Eu tento confiar em você Gabriel, mas não consigo, a sua palavra não me passa segurança. Só acho que você não é essa pessoa boazinha que se passa para mim.

- Eu não sou essa pessoa boa mesmo Bruno. – Ele falou se levantando da mesa. – Venha comigo. – Ele saiu me conduzindo até a sala. – Você foi a única coisa boa que me aconteceu, com sua simplicidade, com seu caráter. O que eu não tenho.

- Sabe eu aprendi muito com a vida, a cada problema eu me tornava mais forte e fazia com que aquilo soprasse ao meu favor.

- Já eu não consegui lidar com meus problemas. Pelo contrário. Eu criava mais problemas.

- Gabriel...

- Deixa eu terminar. – Ele me interrompeu. – Por favor, não saia.

- Por que Gabriel? Eu não sou ninguém cara. Não tenho importância nenhuma em sua vida, você pode ter as pessoas que quiser por perto.

- Você tá muito enganado. Você é muito importante pra mim, diferente de muitas pessoas que se aproximaram de mim só tentaram me apunhalar pelas costas e tirar vantagem, e você não.

- Nunca que eu faria isso. Eu só tenho a te agradecer pela oportunidade de ter me ajudado a realizar principalmente meu sonho de fazer uma faculdade.

- Bruno. Não me deixa por favor.

- Você ainda não me disse por que me quer tanto assim perto de você.

Ele me olhou, parecia envergonhado. Eu insistia em querer saber a resposta.

- Bruno eu estou gostando de você. – Falou sentando mais perto de mim.

- Gostando de mim? Como assim Gabriel?

- Assim. – Falou ele, segurando meu rosto, aproximando sua boca da minha e me beijando.

O beijo era lento, ele passava sua mão por meu rosto, segurando minha nuca. Sua língua explorava minha boca por toda extensão. Eu segurei sua cintura com a mão esquerda e com a mão direita alisei seu rosto. Quando abri o olho rapidamente reparei na aliança em minha mão.

“Merda” – Pensei. Parei o beijo na hora.

- O que foi? – Perguntou ele.

- Eu não posso. Não devia ter acontecido isso. – Falei desesperado.

- Mas por quê?

- Eu tenho namorado Gabriel. Não pode você gostar de mim assim.

- Você ama ele?

- Claro! Mais que tudo. – Falei.

- Não é o que parece enquanto me beijou.

- Para Gabriel! – Levantei do sofá. – Assumo eu sempre te achei bonito, gostoso. Mas isso foi um deslize.

- Deslize? – Me encarou. – Bruno, eu estou gostando tanto de você. Eu nunca me admiti voltar a sentir um sentimento assim por outro homem. Mas estou sentindo isso por você.

- Você está confundindo tudo Gabriel. Não podemos ter nada, eu tenho namorado e você é um deputado não é certo isso pra sua imagem.

- Eu pretendo voltar para Belo Horizonte. Quem sabe me candidatar a prefeito, ou alcançar alguma posição no próximo governo. Brasília está me destruindo.

- Talvez isso fosse bom para você mesmo. Eu se tivesse oportunidades de deixar o DF eu deixaria.

- Poderia ir pra BH comigo.

- Com você? – Ri. – Nunca. Quantas vezes preciso falar que tenho namorado, eu amo o Arthur entenda isso. Eu nunca vou deixar ele.

- Tudo bem Bruno. Ele é um cara de sorte. – Falou se distanciando um pouco de mim. – Bruno, eu preciso ir pra B.H. nesse final de semana, já quero negociar algumas coisas pra minha volta. Você poderia me acompanhar? Vamos no sábado e voltamos domingo.

- Melhor não Gabriel.

- Por favor Bruno. Quero que seja pelo menos meu amigo. E eu vou precisar de um amigo.

- O Arthur não vai deixar eu ir com você se eu contar pra ele.

- Mas você não precisa...

- Preciso. – O interrompi. – Não posso viajar se avisar ou enganar ele.

- Diz que se trata de um assunto profissional. Mas eu preciso de você, muito mesmo Bruno. – Seus olhos marejados me intimidaram um pouco.

- Amanhã eu te respondo. Pode ser?

- Pode.

- Acho que é isso que tínhamos pra conversar. – Falei. – Agora devo ir para a Câmara. Mas quero que agilize minha saída de lá.

- Tudo bem. Se você for comigo pra B.H, amanhã mesmo já consigo sua rescisão de estágio lá.

- Chantagem não. – Ri. - Amanhã te dou a resposta já disse.

- Tá bom. Vou me arrumar e vamos para a Câmara. Me espere. – Falou já saindo da sala.

O Gabriel subiu para se arrumar e eu fiquei ali naquela sala. Olhei suas fotos, e me veio à lembrança o nosso beijo. Eu não conseguia me entender. Não podia ser. Eu tinha gostado daquele beijo.

O Gabriel não demorou muito dessa vez para se arrumar. Desceu e fomos para a Câmara, em silêncio, não trocamos muitas palavras, ele parecia muito pensativo. Chegamos, e eu fui para seu gabinete e ele teve que ir para uma reunião com demais deputados. Fiquei organizando uns documentos que o Gabriel me pediu para separar em sua sala. Nisso escutei a porta do Gabinete se abrindo. Devia ser a Adriana, por isso nem me dei ao trabalho de ir. Depois de alguns minutos escutei outra pessoa entrando no gabinete. Não sei de quem se tratava, só escutei vozes e a conversa.

- Não tem ninguém aqui no gabinete não é Adriana? – Perguntou um homem.

- Não deputado. O Marques está em uma reunião.

- Ótimo.

Escutei algumas coisas caindo no chão. Fui até a porta e entre a fresta observei a Adriana se agarrando com aquele homem que não me parecia estranho. Pensei, até me lembrar. Era o presidente da Câmara, careca e sem graça. Não acreditava naquilo que eu estava vendo. Eles pararam de se beijar.

- Tem mais alguma coisa para mim meu doce. – Falou o presidente.

- Claro. Eu sempre tenho.

- Vamos colocar esse deputado de merda na cadeia que é o lugar dele. – Riu descontroladamente aquele velho asqueroso.

“Mais não vão mesmo” – Pensei comigo.

- Segunda feira esse deputado vai ter uma surpresa. Vai sair algemado da Assembleia. – Falou a Adriana. – E eu vou assistir de camarote.

- Isso mesmo. Agora guarda muito bem essas provas Adriana, eu confio em você. – Falou o presidente voltando a beijá-la. – Quer saber vai lá fechar a porta.

A Adriana fechou a porta do gabinete e enquanto isso aquele velho já retirava sua cinta e desabotoava sua calça. “Que nojo” – Pensei. Eles começaram a se pegar no sofá que tinha na recepção do gabinete, eu fiquei pasmo com o que eu via. Essa Adriana era uma puta mesmo. Aquele velho mal conseguia deixar aquele piruzinho dele em pé. Pequeno, enrugado, flácido e grisalho. Que visão do inferno. E o pior que aquela puta rebolava naquilo. O café que tomei de manhã já estava com vontade de sair goela a fora com aquela visão. Me virei e esperei aquilo acabar.

Depois de um tempo eles pararam com aquele atentado ao pudor, e eu voltei a espionar pelo vão da porta, enquanto o presidente se vestia novamente, a Adriana escondeu alguma coisa em um armário com chave abaixo de sua mesa. O presidente deixou o Gabinete e a Adriana fez uma ligação.

- Oi querido. – Falou ela. – O presidente também já está no papo. – Ela riu descontroladamente. Conversou mais um pouco algo muito baixo que eu não compreendi. Ela desligou o telefone, levantou de sua cadeira e veio em direção ao gabinete.

“Fodeu” – Pensei.

ContinuaMeu povo, muito obrigado pelos comentários de todos vocês. Esse foi o penúltimo capítulo. Como viram ainda tem muita coisa pra acontecer, e esse final promete. Um beijão pra vocês.

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Comentários

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que puta essa Adriana, espero que o Bruno acabe com ela e ajude o deputado.

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Incrivel :3 adoro esse suspense me deixa ansioso querendo mais do seu conto, pena que ta no fim ja.

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Guga migo, ta maravilhoso, cheio de mistérios e suspenses, digno de uma Novela das 8. Espero que o Bruno ajude o Gabriel. beijos!

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Poxa Guhhh já? Num cridito! Está super de mais seu conto. Nossa! Que piruliteira essa Adriana. Caramba é muita emoção.

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Nossa! Adorei! O Bruno precisa agir e rápido o Gabriel não pode ser preso. Continua logo meu bem. Beijão.

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Essa Adriana é uma puta desgraçada, torço pra ele se foder no final. Como assim ja ta acabando Guhhh! ?

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Assim como o Kelvin! Eu tbm já desisti de adivinhar, esse suspense ta me matando kakaka. Amanha já é a final? =/

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Coitado do Bruno, tudo que ele queria era ter uma vida normal kkkkkkkk. Eu desisto de tentar adivinhar como tudo vai terminar, prefiro esperar o final. Quase ninguém é confiável nesse conto rsrsrs. Tô ansioso. 10

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acho que isso é armação do Gabriel para o Bruno...

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Amigo, estou amando! Quanto suspense hein? Rsrsrs... Beijo linda

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Nossa essa Adriana é uma vadia-mor. Espero que o Bruno não traia o Arthur e que o Gabriel tenha um final feliz. Ah e espero que o Bruno consiga se esconder da vadia-mor, pra nada de ruim acontecer com ele.

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Nossa quanta maracutaia espero que ñ sobre nada de ruim pro Arthur e o Bruno.

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