Meu Pequenino Amor 7

Um conto erótico de M. R. Guimarães
Categoria: Homossexual
Contém 1101 palavras
Data: 08/11/2013 13:44:30
Assuntos: Gay, Homossexual

Meu pequenino amorNarração por Ben -

Ele dormia profundamente colado a mim. Seu rosto aparentava o cansaço de hoje mais cedo. Olhei pela janela da sacada e o sol já se punha. Nossas pernas estavam emaranhadas e eu o tinha nos braços, e ele tão protegido ali fazia-me sentir o homem mais feliz do mundo, por tê-lo todo para mim. Não havia coisa mais incrível para se acontecer. Eu o amava, e não estava pronto para deixá-lo. A quarta-feira chegava e eu precisava entregar, de alguma forma, os documentos para Vicky.

Soltei-o de meus braços com cuidado para não tirá-lo de seu soninho. Levantei-me da cama e ele se remexeu e soltou um gemido de sono, mas não acordou. Vesti meu corpo, e desci as escadas. Ainda não tinha ninguém além de nós e já eram mais de seis horas, então acendi as luzes. Tomei água e peguei algumas frutas e voltei para cima. Ele com certeza estaria com fome quando acordasse.

Abri a porta e ele não estava ali deitado como eu o havia deixado. Procurei-o dentro do banheiro e nada. Comecei a entrar em desespero, a pensar em muita coisa além da conta. Gritei seu nome e iria começar a chorar. De repente ele abraça minhas costas. Viro-me durante o abraço.

- Harry...! – apertei-o – Nunca mais faça isso!

- Me desculpa, amor. O que aconteceu? Acho que sonhei com você, que a gente tinha... – ele ficou todo vermelhinho de vergonha.

- Não foi um sonho – sorri pra ele. Toquei seu rosto e dei-lhe um beijo. – Você estava muito diferente. O que houve?

- Diferente como? Foi ruim? – ele ficou preocupado.

- Não, não. Claro que não. Foi perfeito. Mas é que você estava muito safado e selvagem.

-Huuum... – ele ficou mais vermelho.

- O que aconteceu que você ficou diferente rsrs? – perguntei curioso e segurando para não rir de sua cara.

- É que fiquei louco de vontade depois da nossa primeira vez. – ele morria de vergonha.

- Não precisa vergonha rsrsrs. Mas eu sabia que era isso, ninguém resiste a mim.

- Nem ao seu convencimento. – ele disse e me beijou.

Toquei seu rosto, mas ouvi batidas na porta. Separamos na hora, e eram seus pais.

- Hey pombinhos, o jantar está na mesa. – falou minha sogra.

- Mas eu acabei de voltar lá de baixo. – falei sem entender.

- Estávamos fora dando um tempo a vocês conversarem. – meu sogro disse dando um certo ênfase nas últimas palavras. Pensei que isso pudesse ser uma coisa ruim.

- Ainda bem que compraram comida, estou morrendo de fome – falou meu ruivinho, como se isso não fosse uma novidade.

Rimos.

- Que foi? – perguntou ele. – Eu preciso comer, estou em fase de crescimento.

Rimos mais ainda.

- Não, amor. É que você come tanto e não cresce. Daí fica irônico.

- Ah, moleque, bora. – e ainda me deu um tapa no ombro.

- Narração por Harry -

Estávamos terminando nosso jantar. Era frango, arroz e legumes. Estava ótimo. Ótimo até ouvirmos uns gritos vindos da rua. Era um garotinho e um casal. Saímos correndo para ver o que era. Era na casa dos Gregors. O garoto chorava e implorava algo que eu não sabia para eles.

O menino foi literalmente despejado para fora de casa. Os pais, ou sabe-se lá o que eram, estavam frente a frente com ele gritando um monte de merda, dizendo que o garoto era um lixo, adotado e que não era ninguem. A criança devia ter apenas 6 ou 7 anos. Isso era um absurdo.

- Ei! – gritou minha mãe já muito nervosa e de queixo erguido. – Isso é maneira de tratar alguém, ainda mais uma criança?

- Então me diz o que você tem a ver com isso? – respondeu a loira que mal tratava o pobrezinho.

- Não interessa. Devia ter respeito com o que ele é. Você não é nem um pouco superior a ele.

- Sou rica, bonita, casada. Não preciso de menino dos outros pra cuidar.

- E será que quando você morrer, isso vai lhe servir de alguma coisa? Você é uma monstra. – minha mãe olhou o garoto. Ele era moreninho, tinha os olhos verdes, tão verdes. E era muito magro. – A polícia vai ser acionada. Você feriu os direitos humanos. Nem eu admito isso.

A mulher estava mais chocada do que a mim, eu acho. Minha mãe chamou o garoto, mas a loira o segurou.

- Se você for, vai apanhar.

- Só por depois de mim. – minha mãe falou confiante.

E logo as pessoas em volta foram se oferecendo também. Ela ficou sem saída, vendo que até seu parceiro se ofereceu contra ela. Só escutamos o berro dela e correu frustrada para dentro de sua casa. O homem que a acompanhava, provavelmente seu marido, lançou-nos um olhar solidário e pediu desculpas de joelhos ao menininho que chorava muito cheio de marcas vermelhas e roxas nos braços e pernas. Ele abraçou o pai e soltou um choro que machucou muito nosso coração.

- Olha senhora, muito obrigado por tudo isso. Sou um pai bêbado, ela é mais rica e vai agir contra mim no divórcio. E não sei como cuidar da criança. – ele lamentou muito.

- A gente cuida do seu filho até você encontrar condições. – Samantha, como eu tinha orgulho de ela ser minha mãe.

- Sério? – ele abriu um sorrisão e chorou emotivo – Fico muito, mas muito agradecido.

O garoto agarrou as mãos dela, e ficou olhando seus olhos. Como eram verdes e lindos.

- Oh, meu filhinho, perdoe o papai. Eu voltarei pra buscar você. A gente vai pescar, vai brincar de pega-pega, vou te contar historinhas a noite e te proteger do frio. Um dia, e será bem mais seguro. Mas agora olha pro papai – ele se apontou bêbado e nervoso – Não estou em condições, entende?

As pessoas em volta estavam emocionadas olhando a cena do pai ressentido. Ben me abraçou e enterrei a cabeça em seu peito. O menininho abraçou novamente o pai, que lhe encheu de beijos no rosto. O garoto se virou para nós e o pai deu um tapinha em sua bunda e empurrou-o com carinho para sua nova família.

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Olá, pessoal. Desculpa, mas a parte está mais curta hoje, pois eu queria que vocês lessem logo. Eu só posso escrever nos fins de semana por causa do tempo. Estou com um trabalho grande em cada matéria da escola, e logo meu tempo se esvai. Mas quero agradecer pelo forte carinho de cada um em comentar e me dar forças pra ser confiante dentro de casa. Espero que gostem da nova parte. Os problemas logo virão, então preparem seus psicológicos. Eles vão sofrer muito, eu acho. Talvez na segunda eu ainda publique a parte 8. Até mais, adoro vocês. Beijos.

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Comentários

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Tadinho do menininho e foi muito linda a atitude da samatha.

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Muito lindo a atitude da sua mãe, que mulher horrível, a criança não tem culpa pelos erros do pai, eu fico feliz que a criança vai ficar segura agora e que o pai dela aprendeu a lição e vai correr atrás de um jeito de cuidar da criança.

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Crianças agregam valor ao conto u.u . Brinks kk, estou em um misto de ansiedade e reseosidade

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