A Sombra de Gaell, Parte - 12

Um conto erótico de Gaell
Categoria: Homossexual
Contém 1740 palavras
Data: 11/11/2013 16:57:56
Última revisão: 11/11/2013 17:02:40

Naquela noite André não me ligou, deixei o celular ao lado da minha cama na esperança de ouvir sua voz naquela noite, pois precisava muito de estar com ele devido a grande angustia que assolava meu coração, lembrar de tudo que lembrei naquela tarde além de certa forme ter aliviado uma carga que eu carregava inconscientemente, me trouxe também grande sofrimento por que a todo momento me lembrava dos gritos de minha mãe ao ser agredida por meu pai, naquela noite mesmo quase não consegui dormir ate tentei ligar para o celular do André, através de uma tecla de atalho que ele havia colocado no meu celular que bastava clicar o cinco e apertar para chamar, já tocava seu celular, mas sempre estava em caixa de mensagem.

Na manhã seguinte recebi a visita dos meus queridos amigos Clarinha e Gilberto que estavam sumidos.

G:Sua cachorra esqueceu de mim foi?

C:Jamais meu lindo, esqueceu que eu ia viajar por quinze dias?

GI:E ai seu prego.

G:Oi Gil. Aproveitaram bastante?

Ficamos um bom tempo conversando e eu contei a eles sobre os últimos acontecimentos, eu precisava desabafar, pois não aguentava aquela angustia dentro de mim e isso inclui o André, areação deles é claro que foi de grande revolta sobre o sofrimento que eu passei e referente ao André eles preferiram não opinar e só disseram que eu devia ser paciente, pois ele tinha grandes responsabilidades e que pode ter ocorrido algum imprevisto, e como sabem começo de um relacionamento queremos ficar o tempo todo ao lado da pessoa que amamos e eu não era diferente, meus amigos almoçaram com agente e logo foram embora.

V:Meu filho eu tenho uma surpresa pra você.

G:Pra mim?

V:É vem comigo.

Meu pai pegou em minha mão e me levou ate a tal surpresa e quando toquei eu descobri o que era, pelo formato, textura da madeira... Era um piano.

G:Um piano?

V:Não, o piano...esse é o seu que estava lá na sua antiga casa, mandei reformar e afinar...

G:Não acredito meu Deus, pai eu tinha me esquecido dele, e me faz tanta falta, as vezes quando fico sem fazer nada e vem o tedio , eu gosto de aproveitar o tempo e treinar.

Depois que eu terminei de falar que me liguei que tinha chamado ele de pai, se eu não me engano era a primeira vez que eu o chamava assim de forma natural, o que antes eu não conseguia pronunciar por não me sentir a vontade agora já fluía naturalmente, de fato aquela sessão havia mudado muita coisa dentro de mim.

G:Obrigado pai obrigado mesmo, esse piano é bem velho e estava mesmo precisando de uma reforma, mas eu e minha avó não tínhamos condições e agora ele parece ate novo.

V:Não tem que agradecer meu filho, o importante é que você se sinta em casa, e eu sabia que você gostava muito do piano e fico feliz que pelo menos um dos meus três filhos goste de musica de qualidade, quem sabe assim você não mude os gostos dos seus irmãos.

G:Duvido o Daniel adora Funk e o Marcelo Rock pesado, totalmente diferente.

E era curioso mesmo nós três só éramos iguais por fora, seja comida, musica e outros gostas era bem diferente, por exemplo o Daniel gosta de Loiras, o Marcelo já adora uma morena com bunda grande e eu adora um macho ¬¬ rsrsrsrs.

V:Então o que vai tocar?

G:Essa é uma composição minha, já até toquei uma vez em um casamento, mas não ficou bom porque na época eu tive que tocar em um teclado e fica bem diferente do som do piano, mas a noiva gostou então.

Aquela tarde com meu pai foi maravilhosa, depois da sessão no dia anterior, ele tirou uns dias para ficar comigo, e meus irmãos estavam fazendo cursinho e naquela tarde fiquei tocando e nós ate arriscamos a cantar, bom nem preciso dizer que ficou horrível kkkkk, mas melhorou muito quando meus irmãos chegaram e eu e o Daniel e Marcelo arriscamos a cantar aquela musica da Adele - Someone Like You, até que tentamos, mas não deu certo, um cantava rápido demais, já o outro desafinava enfim não encaixou até que eu sozinho cantei, com minha voz rouca ate que ficou legal, mas eu prefiro apenas tocar, porém não sabia que enquanto cantava para a minha família outra pessoa havia chegado e até então não sabia de sua presença. Sim era André que havia chegado, quando terminei ouvi Daniel o cumprimentando e meu coração disparou ao ouvir sua voz, eu precisava dele como jamais precisei antes, só ele tinha o poder de acalmar meu coração que estava angustiado sem ter noticias dele, sem ouvir sua voz grave e maravilhosa, sem seu cheiro delicioso que fazia a minha pele se arrepiar e sem seus beijos que era como uma droga viciante.

D:Fala ae André.

A:Oi Dani, Boa tarde a todos.

M:Chegou bem na hora do Show do Gaell.

A:Cheguei bem no começo, eu to aqui a um tempão só ouvindo.

D:Pelo menos alguém da família se salvou e tem algum talento.

Nem preciso dizer a confusão que foi, todo mundo começou a falar ao mesmo tempo ate que eu comecei a tocar uma ultima musica para encerrar e todos se calaram, para ser sincero eu esmo nem prestava atenção na musica, acho que fiquei no automático, eu só queria ficar um tempinho a sós com meu amor, mas não sabia como, até que após algum tempo em que ficamos eu e meus irmãos com o André na sala ai meu pai chamou os meninos para uma conversa na biblioteca, pelo tom de voz eles devem ter aprontado alguma e iam levar uma bronca daquelas, enquanto isso eu chamei o André com a desculpa que queria lhe mostrar umas coisas que a Clarinha havia trazido para mim, o que realmente era verdade, pois havia ganho uma coleção de CDS só de musicas internacionais anos oitenta e noventa, como sabia que era o gênero que o André gostava então não seria uma mentira, mas quando entramos no meu quarto já fui agarrado por trás com um beijo intenso de quem não se via a anos.

A:Que saudade do meu amor.

G:Porque você sumiu, eu esperei você me ligar e ate te liguei ontem e hoje.

A:Desculpa amor, depois que vocês saíram eu precisei fazer uma cirurgia de emergência, o medico responsável pelo paciente bateu o carro e se machucou então eu tive que substitui-lo e foi uma cirurgia complicada que durou quase dez horas, cheguei em casa e cai na cama de cansaço.

G:Tudo bem, desculpa eu não devia estar te cobrando nada.

A:Ei ei, não tem problema fico até feliz, é sinal que ficou com saudade.

G:Muita saudade.

A:E você esta bem, nem tivemos chance de conversar depois da sua consulta.

G:Eu to bem, de certa forma eu fiquei mais aliviado, acredita que até chamei o Vagner de pai, coisa que eu não conseguia de forma alguma.

A:Serio? Ele deve ter ficado muito feliz.

G:Acho que sim.

Ficamos trancado em meu quarto por um bom tempo namorando e conversando, perguntei ao André sobre o que ele achou do que aconteceu durante a sessão. Ele disse que ficou assustado, pois não imaginava que era algo tão grave, depois perguntei se algo havia mudado na forma como ele me via, pois eu fui violentado e ele respondeu que nada havia mudado, muito pelo contrario o amor que ele sentia por mim havia crescido mais ainda, porém por alguma razão eu sentia que algo estava errado, não sei dizer se era em relação ao que ele havia escutado na sessão ou se era outra coisa, mas tinha certeza que ele estava escondendo alguma coisa, ainda mais em alguns momentos que ele ficava aéreo como se sua mente estivesse longe, perguntei a ele se havia algo errado, mas ele disse que não e se tem uma coisa que aprendi é que quando as pessoas mentem elas mudam o timbre da voz e isso aconteceu com o André, mas não quis pressiona-lo, eu confiava nele e pensei comigo mesmo que ele me contaria no momento certo.

Enquanto nós estávamos namorando no quarto escutamos um barulho na sala, parecia uma discussão e fomo lá ver.

V:EU NÃO QUERO SABER, SE VIRA.

G:O que foi gente?

D: (Silencio)

V:Esses dois irresponsáveis... Eu não vou passar a mão na cabeça de vocês, tratem de arrumar um emprego.

Pelo som meu pai havia saído de casa batendo a porta e bufando de raiva.

G:Daniel, Marcelo o que aconteceu?

D:Agente bateu o carro do papai.

G:Serio, se machucaram.

M:Deu nada não só estragou a frente e o outro carro que agente bateu.

A:Não tem seguro?

D:Tem seguro, é que o outro carro é o carro da policia, o seguro não cobre.

G:Como foi isso gente?

M:Foi só um pega?

G:Um pega?

A:Não acredito que vocês estavam fazendo racha.

D:Eu sei que foi estupidez, mas agora já era. Os filhos do procurador da republica fazendo racha não ajuda muito se sair nas paginas policiais do jornal.

Ficamos discutindo sobre a irresponsabilidade deles, além de terem que trabalhar para pagar o prejuízo, meu pai havia cortado cartão de credito e tomou os carros deles, parece que a mordomia acabou para eles, e me disseram que o carro que eles bateram era o xodó do meu pai e por isso ele ficou com mais raiva ainda, enquanto eles bancavam a vitima da historia eu fiquei pensando no que o Daniel disse. Será que meu pai iria me aceitar quando souber que eu sou gay, afinal ele ocupava um cargo importante, querendo ou não a sociedade é muito preconceituosa, mas eu não me importava com que os outros pensavam e sim com que minha família pensava a respeito, ainda mais agora que eu estava tendo uma segunda chance de ter uma família, não queria estragar tudo.

Notas do Autor.

Ola caros leitores, primeiramente agradeço aos votos de melhora de minha saúde e por vir aqui e ler minha historia, até agora ficou um pouco chato a historia, mas nos próximos capítulos a coisa vai esquentar muito, deixem seus comentários se puderem e desde já agradeço.

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Comentários

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Chato nada seu conto é maravilhoso e o Gaell é um amor, continue logo.

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Não ta chato nao. Ta muito bom. Acho que o pai do Gael aceita na boa. Os irmãos são uns imbecis e to com medo do que o Andre pode ter feito. To mt curioso. Que sua saude volte ao completo normal. Adoro vc!

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Nossa demais. Espero que o Andre não tenha aprontado nada pra magoar o Gaell. E fazer racha é tipo coisa de gente sem noção e sem um pungo de responsabilidade. E um atentado a própria vida e a dos outros.

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Excelente como sempre, espero que o André não esteja enganando o Gaell, e esses dois em!? Precisam aprender a lição e ficarem quietos.

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