Abrigo 14

Um conto erótico de Christian
Categoria: Homossexual
Contém 1650 palavras
Data: 09/12/2013 22:32:21

Nota dos Autor:

Ai gente! Eu estou aqui com as bochechas em brasas e rindo a toa. Então me deixa partir para os agradecimentos singulares.

Conto é vida -> Será que eu posso te chamar de "fulano"? É bem melhor que esse nickname que você escolheu, então fulano muito obrigado por todos os seus comentários, do primeiro até esse. A respeito da minha idade querido é bem simples, tire quatro anos da sua e você saberá a minha.

Fill -> Eu não quis você se sentir envergonhado, isso nunca. Meu e-mail estar com uns probleminhas, meu Skype também. Mentira! Eu me esqueci a minha senha, vou procurar, quando eu achar eu te digo, tá bom?

CrazyNerd -> Obrigado pela a informação. Será que eu posso te indicar um livro? Esse é um dos meus favoritos, então leia: Will&Will: Um nome, um destino de John Green e David Leviathan. Alias eu indico para todos os outros.

Nina -> Valeu por querer ser a minha empresaria, mas eu ainda tenho muito que pensar. Como por exemplo passar na escola, Ah! Falando sobre escola você teria algum macete, truque, até macumba tá valendo para me fazer entender sobre "Movimentos oscilatórios de um pendulo simples"

E obrigado aos outros tantos que comentam, olha meu coraçãozinho é de vocês.

Ao conto.

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Capitulo 14

Encarava a televisão gigante sem realmente ver alguma coisa, minha mente estava inundada com imagens de outro tempo, tempo onde eu era um adolescente de verdade. A lembrança explodiu em minha mente e eu fui tragado pela lembrança.

O piso estava molhado e escorregadio, quase podia sentir a agua sobre os meus pés. Musica alta, risadas estridentes e felicidade ao extremo. Estava apenas de cueca e camiseta branca assim como todos os outros meus amigos. Estávamos na casa de Milena, a baixista da nossa banda, lavando a garagem depois que Anderson deixou cair óleo lubrificante no chão. A mãe de Milena gritou, bateu o pé e disse que nós só sairíamos dali quando o chão estivesse limpo. Agora estávamos lavando o chão.

- Você é um babaca, Anderson - A voz de Julian ecoa por toda a garagem, ele andou até onde meu outro amigo estava sentado e deu um pescotapa na cabeça dele - Levanta dai! Você que melecou tudo, agora quer ficar sentado.

- Tua mão pesa - Anderson resmungou e quando deu o primeiro passo escorregou no chão molhado, caiu de bunda no chão e segundos depois todos nós caímos na gargalhada. Julian esticou a mão para ele, ainda rindo, e ele aceitou. Nós nos conhecíamos a mais de dez anos e não seria uma mancha no chão que ficaria entre nós.

- Eu acho que quebrei o osso da bunda - Anderson estava massageando a sua parte traseira, eu e outros amigos ainda continuávamos rindo.

- Larga de ser fresco e pega um esfregão - A voz de Amanda ainda com uma pitada de riso chegou até mim, ela estava com um short florido e uma camisa preta com decote em v.

- Vocês só me exploram porque eu sou o mais novo.

- Não - Eu falei - Nós te exploramos porque você deixa.

E caímos na gargalhada novamente, qualquer coisa dita, feita ou apenas tocada por um de nós já era motivo para os outros explodir em risadas. Lavamos toda a garagem, eu cai, Melissa e Julian também e no final todos nós estávamos no chão empurrando um aos outros deslizando pelo chão ensaboado.

Pulei assustado quando Li se sentou do meu lado e me tocou, a televisão ainda estava ligada e sintonizada no canal da entrevista. Li me olhou curiosamente e me estendeu o pote de pipoca e um copo gigante de refrigerante. Eu deu um sorriso tremulo em resposta e voltei a atenção para o programa.

- Você gosta desse programa? - Li falou e depois pegou uma mãozada de pipoca e colocando na boca, algumas escaparam por entre os seus dedos e caíram no seu colo, sofá e chão - Ops!

- Parece um bebe - Me inclinei e deu um selinho nele - Eu não sei nem que programa é esse, não tinha nada de bom passado e eu resolvi deixar ai.

- Então deixa ai - Mais pipoca - Eu acho que conheço essas pessoas - Ele apontou com um punho cheio de pipoca para a televisão - Eles não são uns cantores?

Eu apenas assenti com um gesto de cabeça, peguei um punhadinho de pipoca e comi. Olhava para os meus amigos de infância interagindo tão bem com as câmeras e a toda essa atenção, meu olhar demorou um pouco em cada um, Melissa, Julian, Anderson, Felipe, Allana, Miranda, Yves, Dayane e Fabiola, agora todos mais velhos. Ouvi a risada tintilada que era a marca de Dayana, a jogada de cabelo em diagonal de Melissa e os movimentos incessantes de Anderson. Cada um tinha um gesto, uma fala, qualquer coisa que me fazia lembrar eles. Ninguém aparentava ter mais aquela aparência de adolescente, como eu ainda estava, o mais velho de todos era Yves, ele tinha 17 anos quando nos formamos a banda, o mais novo era Anderson, ele se juntou com a gente com 15 anos. Agora Yves estava com 22 anos e Anderson com 19, o resto tinha a minha idade. Escutava o mastigar incessante de Li, ele estava mesmo com fome.

Me encostei nele e segundos depois o seu braços esquerdo extremamente musculoso estava ao meu redor, levei minha mão até o pote de pipoca e fiquei no vácuo, olhei para o pote e estava o lugar mais limpo. Li disse outro "Ops" e deu de ombro, mas antes que eu pudesse reclamar ele me inclinou e pegou algo do chão. Ele me deu uma colher e me mostrou um pote de sorvete de morango, dei a primeira colherada e como o sorvete já estava ali a bastante tempo quando eu levantei para colocar na minha boca gotas geladas rosas caíram na minha barriga.

- Oh, droga - Reclamei baixinho, ia limpar com a minha mão quando Li a segurou - O que foi, Li?

- Deixa eu limpar - A voz dele estava carregada de desejo, me contorci sobre o seu olhar abrasador e totalmente viciante. Acompanhei o progresso lento de sua cabeça em direção a minha barriga. Quando seus lábios gelados tocaram em minha pele quente eu gemi e uma bolha só nossa foi criada, deixando de fora o barulho da Tv, o pote de sorvete de caiu sujando todo o chão e os meus antigos amigos.

Li lambeu bem mais do que as gotas de sorvete, sua língua desenhava círculos suaves naquela área, eu me contorcia ao máximo, gemia alto e respirava rasamente. Mas nós não continuamos, quando Li já estava no elástico da minha cueca eu ouvi a apresentadora perguntar "Vocês tinham outro integrante? Essa é nova", afastei Li bruscamente e ele caiu sentado no chão, sobre o local melado de sorvete. Andei até estar bem na frente da televisão. Coloquei minhas mãos na tela e rezei mentalmente " por favor, não. Por favor, não".

Mas minhas preces não foram atendidas, logo depois da apresentadora perguntar isso e a plateia explodir em questionamentos Melissa levantou a mão, com um sorriso no rosto, e disse:

- Tínhamos sim - Todos os outros integrantes da banca anuíram com a cabeça - O decimo integrante, mas ele saiu depois que conseguimos o nosso primeiro show em um bar perto da nossa casa.

- Poxa, Chris - Reclamou Li - Você vai me trocar por um programa de televisão?

Não respondi porque eu estava prestando mais atenção na próxima pergunta da apresentadora loira.

- Então, ele amarelou?

- Eu não colocaria desse jeito - Allana disse com a sua voz fina e falseada - Um dia antes de nós nos apresentarmos ele estava super alegre e no outro ele disse que ia viajar e não foi no show.

- Como era o nome desse integrante misterioso?

- Tiam - Meus olhos se encheram d'agua quando escutei o meu apelido bobo de infância, só eles me chamavam desse jeito, quando éramos pequenos nenhum deles sabia chamar meu nome direito e de lá para cá eles passaram a me chamar assim - Christian, o nome dele de verdade era Christian.

Eu ouvi a nota quebradiça na voz dela e sufoquei o choro. Meu subconsciente registrava os movimentos de Li, ouvi quando ele saiu resmungando da sala para buscar um pano para limpar o chão, escutei novamente quando ele voltou e limpou, agora estava apenas eu com os meus sentimentos embaralhados naquela sala enorme.

- Vocês nunca mais viram ele?

- Nós bem que tentamos - Agora a voz de Dayane tinha um pouquinho de ressentimento e raiva - Mas parece que ele sumiu do mapa, evaporou. Depois que alcançamos a fama tentamos chegar até ele, mas não tivemos êxito.

E enquanto eu estivesse vivo eles não teriam, durante todo esse tempo que eu passei cuidando dos meus irmãos eu tive sempre muito cuidado onde eu deixava os meus dados, quando completei dezoito anos eu não fiz nem questão de tirar cartões de créditos para mim, quando comprava, era a vista. Agora vejo que todo o meu esforço foi compensado, eles não sabiam aonde eu estava. Apoiei minha cabeça na tela quente e suspirei pesadamente, eu gostava e gosto muito deles, estava alisando a tela quando eles falaram novamente.

- Mas que ele fique sabendo - Era Miranda - Nós amamos ele, muito, muito mesmo. Esteja onde você estiver Tiam, fique sabendo que nós te amamos.

- Ainda me lembro quando nos conhecemos - Fabiola disse, reconheci ela por causa da voz grave e baixa. Eu também me lembrava, aos seis anos, estávamos brincando em uma pracinha que ficava perto da minha casa, todos nós separados. Então resolvemos brincar de esconde-esconde. E desde esse dia juramos ser melhores amigos - Não sabemos o que foi o que aconteceu com você, mas por favor entre em contato conosco novamente.

Eles ainda foram entrevistados por mais um tempo, depois as luzes se apagaram e a vinheta subiu. Segundos depois a sala estava completamente negra e sem vida, do mesmo jeito que eu me sentia.

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Comentários

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Ah o sofrimento do Chris me dá um aperto no coração

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Que lindo! Não sei por que, mas na minha cabeça eles tinham raiva do Chris. Vai saber po que, eu sou meio doido rsrsrsrs. Adorei como sempre

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Eba.. ahhh quase chorei. E alen disso estou com problemas emocionais hoje.

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Escrita perfeita... Surpreso com o tom da emoção, parabéns menino talentoso

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Will & Will é perfeito cara...ainda não li, mas faz meses que eu quero ler...que bom que temos os mesmos gostos hahahahaha seu conto tá perfeito e espero que o Christian se reencontre com os amigos

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Muito bom esse conto,me apaixonei por ele,parabens.

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Cara cada vez mais incrível. Perfeito.

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A-m-o esse conto. A CDC há um tempo estava lotada somente de putaria pura, mas aos poucos bons escritores estão voltando. Parabéns, sua é escrita é boa.

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