as aventuras de camila - 1: filme pornô

Um conto erótico de K.
Categoria: Heterossexual
Contém 475 palavras
Data: 19/04/2014 12:51:21

Ela daria o cu. Decidia isso nessa noite, ao assistir pela primeira vez um filme pornô fajuto, daqueles em que a objetiva da câmera mal e mal focaliza a imagem. Mas ela gostava demais de observar o pau cutucando o cu da puta loira, os palavrões em inglês do marmanjo com ar fissurado. Seu primo, o dono do vídeo, que todo tempo estava ao lado dela subindo e descendo uma mão por suas cochas, dizia que ali tinha era cocaína demais. Mas eram ciúmes dele, que adivinhava o quanto ela gostava de ver. Ela só via o cu da loira se abrindo e a rola entrando firme e grossa. Odiou o pau fino do primo. Odiou sua fraqueza ao não dominá-la, ao deixa-la escolher tanto. Só de ver o marmanjo de pau grosso sentiu a buceta se molhar e escorrer. Queria sentir a trolha entrando nela, rasgando, fazendo sua boca se abrir e urrar. Queria urrar, sentir dor. Queria esquecer o primo safado, a cachaça excessiva do pai, a casa suja e fedorenta. Queria tomar no cu. Queria que o mundo se fundisse em sua bunda. Que tudo fosse dor no rabo. Que o pau socasse a merda de sua vida, que socasse e depois saísse, e que ela fosse por fim capaz de sentir alguma coisa. Ela era Camila, loirinha mignon, amante do primo e procurada pela polícia por crimes insignificantes de roubo. Agora só queria dar o cu. Mas não ao primo, que cheirava a cimento disfarçado com desodorante barato. Queria um cara cocainado, um que tivesse escolhido de livre vontade ser um porco ilegal. Não queria aquela gente sofrida de sua vida, aqueles sem escolha e fodidos. Queria foda legítima. E queria no cu, porque era seu cu o único que ainda não fora ainda fodido. Tinha a mãe perdida no mundo, fugida dos socos violentos do pai. Saíra uma madrugada de casa, a cara roxa, hematomas por todo o corpo. Isso foi o que os vizinhos souberam. Só Camila conhecia a verdade. O sangue quente da mãe não se submeteria a tal humilhação tão facilmente. Enquanto era golpeada pelo marido bêbado, agarrara uma garrafa e o acertara em cheio sua cabeça. Depois, pura e simplesmente, amarrara-o na mesa e metera o gargalo da garrafa por sua bunda a dentro.

Por isso a Camila só resta de intocado o cu. Tudo o mais ela dera por exigência da vida, por insistência em sobreviver. Calos nas mãos, pele maltratada, buceta muito usada pelo primo agiota. Já é hora de Camila ter sua vida, seu quinhão de escolha. Já é hora, suspira ela, piscando o cu. Já é hora de franzir a cara, morder os lábios, gemer, sofrer um pau na bunda. Mas sofrer espontaneamente, como gente rica e ociosa.

E Camila visualiza já a rua central movimentada, ela na calçada escolhendo. Quanto cobraria?

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