Obsessão

Um conto erótico de Parnassus
Categoria: Heterossexual
Contém 956 palavras
Data: 17/05/2014 22:15:11

Desde pequeno Jack era vidrado em seios. Mas isso não é novidade. Eu gosto de peitões, assim como meu pai gostava e meu avô também. Todos os homens adoram peitões. Inclusive os travestis gostam de seios grandes. Só que no próprio corpo e não no das mulheres. Mas isso não vem ao caso. O problema é que o gosto de Jack deixou a muito tempo de ser apenas preferência sexual e se tornou uma tara, uma verdadeira moléstia nervosa.

Mas Jack é muito exigente. Os seios que ele aprecia devem ser firmes. Duros como uma rocha, como ele costuma dizer. De preferência grandes e firmes, apesar de não desprezar seios médios ou pequenos. E também devem ser naturais. Não suporta peitos siliconados. É como comer tofu, dançar com a irmã ou beber cerveja sem álcool, ele diz. É um verdadeiro maníaco.

Seu pai costuma dizer que o motivo de Jack ter essa tara por peitos é um trauma, causado por ele ter sido desmamado muito cedo. Jack ri, mas não se importa. Se a causa de sua mania é a fase oral mal resolvida e a eterna procura do seio materno, tanto faz como tanto fez. Nenhum rótulo Freudiano o incomoda. Tudo o que ele quer em uma mulher é um par de seios firmes e quanto maior for o tempo em que eles permanecerem duros melhor.

Jack costuma condicionar a duração de seus relacionamentos á duração da rigidez dos seios de suas parceiras. Depois disso ele as abandona, sem dó nem piedade. Assim aconteceu com quase todas as mulheres que passaram por sua vida, com exceção da primeira.

Tudo começou com sua primeira namorada, Alice. Os seios dela ainda eram os de uma adolescente no começo do namoro. Miúdos e firmes. Mas logo se desenvolveram . Dois belos e suculentos melões. Jack dizia que se morresse feliz seria por ter morrido com a boca nos seios de Alice. Mas infelizmente ela teve que ir embora e tudo acabou. Seus peitos ainda estavam no auge e ela os exibia, orgulhosa, dentro de blusas sem sutiã. Talvez o problema de Jack tenha sido na verdade causado por isso. Ele procura em todas as mulheres o seio interrompido da primeira namorada.

Após a partida de Alice ele passou um tempo tendo só algumas transas casuais ou namoros rápidos. O que não variava era sua busca incansável pelo seio perfeito. Isso durou cercas de dois anos, até que ele conheceu Rosa, uma loira monumental. Seus peitos eram brancos como leite e os mamilos rosados eram milimetricamente esféricos e empinados. Sorvete de coco e calda de morango. Uma mistura perfeita. Jack brincava dizendo que os faróis altos de Rosa ofuscavam a sua visão. Um ano foi o tempo que essas maravilhas permaneceram em pé. Depois murcharam, feneceram como flores. Ele inventou uma desculpa qualquer e terminou o namoro.

Então ele conheceu uma bela espanhola chamada Dulce, com doces seios empinados e mamilos cor de mel. Dulce era casada com o dono da padaria, mas apaixonou-se por ele e tiveram um caso. Enquanto o marido se matava de trabalhar sovando a massa de pão Jack morria de prazer sovando os seios açucarados de Dulce. Espanhola era redundância no caso de Dulce. Jack não queria fazer outra coisa. Mas infelizmente ela engravidou e vieram os gêmeos. Durante a amamentação os seios até que continuaram bonitos e fartos. Mas depois a decadência foi inevitável. Com quatro bocas para alimentar eles irremediavelmente encontraram a decadência. E ele disse a Dulce que estava tudo acabado.

O tempo foi passando e as garotas se sucederam. Sabrina, Roberta, Pâmela e muitas outras. E o seu problema foi aumentando. O tempo entre um seio e outro foi diminuindo, pois ele achava que cada vez caiam mais rápido. Até que parou de se relacionar com mulheres reais. Ele transava com belos peitos de revistas ou de sites pornográficos.

E assim o encontramos em uma noite de um sábado qualquer. Uma bela e quente noite de sábado, cheia de promessas. Jack está deitado no sofá, se masturbando com uma revista de mulheres peitudas na mão. Já estava quase caindo no sono quando a viu. Não sabia como havia entrado na sala. O mais estranho é que os contornos do seu corpo não eram nítidos e o seu rosto parecia velado por uma sombra. Mas os seios eram nitidamente visíveis e perfeitos. Os mais belos que Jack já viu. Esféricos e duros. Duas bolas de boliche esculpidas em pedra. Fosforescentes como luminosos de neon.

- Quem é você?

- Eu sou aquela que você sempre procurou. O par de seios perfeitos. Mas você pode me chamar de Alice, se quiser. Ou então Rosa. Ou Dulce. Você ainda se lembra dos nomes delas, Jack? Ou só guarda na lembrança a imagem dos seios? Elas o amavam...

- Como você conseguiu entrar?

- Isso não importa. Aqui está o que você quer. Só o que você quer. Ficarão assim para sempre. Toque-os, sugue-os, faça com eles o que você quiser. Ela disse isso enquanto se sentava sobre ele. Seus seios eram realmente deliciosos e ele fazia o que ela mandava. Seu rosto se perdia entre eles.

- Eles são grandes o suficiente pra você? Ao dizer isso seus peitos pareceram começar a aumentar. Ele já não conseguia respirar direito, perdido no meio deles.

- Eles são firmes o suficiente para você? E seus seios ficavam cada vez mais duros e pesados. Comprimiam suas costelas e o diafragma...

- NÃO! Pare com isso. Eu estou sufocando...

- Elas o amavam...

Pouco tempo depois seus vizinhos de andar telefonaram para ele, pois ouviram gritos pedindo socorro. Como ninguém atendia chamaram a polícia. Ao arrombarem o apartamento encontraram-no morto no sofá, com a revista ainda nas mãos. O laudo da autópsia indicou morte por asfixia.

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