Exceto pelo cinza no céu III

Um conto erótico de Indigo
Categoria: Homossexual
Contém 960 palavras
Data: 22/06/2014 17:17:56

Afonso retomou os movimentos com mais intensidade do que antes, sem controle um tanto violento, numa dessas estocadas de alguma forma acabei gozando, ele me apertava, meu esfíncter o apertava e nos gemíamos sem folego.

Caiu ao meu lado com a respiração acelerada, eu só continuei onde estava, molenga com as sensações que tinha acabado de descobrir, ficamos um pouco em silencio, me senti um pouco estranho, não queria tocar muito em Afonso, nem sentir seu cheiro, mas estava feliz de ter lhe dado algum prazer.

- É, parece que eu estava certo sobre você, apesar de ter ficado claro que foi sua primeira vez, deu pra perceber que você aprende rápido, uma delicia você moço.

Fiquei encabulado pra variar, mas gostei de ter ouvido aquilo, me sentei um pouco e percebi como estava ficando frio, Afonso quis me abraçar e eu preferi colocar minhas roupas de volta, voltei pra o seu lado e ele não insistiu no abraço, ficou lá parado olhando pro teto, me aconcheguei ao seu lado e disse que estava com frio, lhe agarrando um pouco, ele deu um breve sorriso e um beijo no meu rosto, esfregou um pouco as minhas costas e ficamos ali parados.

Deve ter passado pelo menos dez minutos até que alguém tivesse desejado sair dali, Afonso levantou e foi tomar banho.

- Fica a vontade, volto rápido.

Eu continuava com frio, e começava a ficar entediado, vi uma pilha de CDs e fui ver o que tinha de interessante, um monte de bandas americanas, na sua maioria Rock e Pop-Rock, gostei de ver Red Hot Chilli Peppers no meio, e um CD do No Doubt, algumas coisas em comum, vi alguns discos que pareciam de novela, pelo menos isso o deixava mais humano, ter algum defeito, eu poderia fazer piada disso depois, na minha falta de noção comecei a olhar outras coisas que não eram da minha conta, olhei o titulo de alguns livros e vi algumas fotos em cima do móvel, em duas delas Afonso aparecia agarrando uma moça morena, bonita de cabelos pretos e longos, pareciam bem sorridentes, não parecia foto antiga, deixei aquilo do jeito que estava e me sentei na cama de novo, fiquei lá encafifado.

- Moço, tá frio né? Quer um casaco?

- Não precisa, obrigado mesmo assim, você tem alguns CDs legais aqui, e tem dois livros que eu fiquei curioso pra ler, me empresta?

- Sem problema.

Ele olhou na direção dos livros e reparou nas fotos bem perto, percebi que ele vacilou sobre o que fazer, resolveu ignorar, eu fiquei mais encafifado.

- Tem certeza que não quer um casaco?

Veio na minha direção, sentou virado de frente pra mim, de modo que fiquei entre suas pernas, me abraçou e percebeu que eu estava com frio, a pele toda arrepiada.

- Vou te esquentar um pouquinho.

Esfregou um pouco meus braços e continuou abraçado, me senti um pouco desconfortável com aquilo, mas resolvi ficar na minha, aproveitar o momento, a chuva tinha parado e pensei em quanto tempo eu já tinha saído de casa.

- Que horas são? Acho que eu já devia ter voltado, minha mãe deve estar preocupada.

- Acho que são 17:00 horas, já quer voltar pra casa?

- Tem mais ou menos uma hora que eu sai, é melhor eu voltar.

- Poxa, pensei que você ia ficar um pouco mais.

- Nem posso, além do mais você tem que estudar.

- Agora vai ser mais difícil ainda me concentrar, vou ficar pensando em você a noite toda.

Ele me beijou de novo, me senti estranho, mas deixei.

- Tá tudo bem?

Disse olhando em meus olhos, suas mão seguravam meu rosto, demorei um pouco olhando pra ele, mesmo com aquela coisa na minha cabeça eu o amava, reparei bem nos seus traços e lhe dei um sorriso, que foi retribuído, nos beijamos de novo e foi tudo tranquilo.

Levantamos e Afonso me abraçou apertado, me sentia tão bem ali, sentindo seu corpo, seu calor, seu cheiro de sabonete, a textura da sua pele, parecia que eu tinha encontrado algo que podia me completar, junto com isso senti uma certa angustia.

Descemos as escadas e fui direto pra porta, calcei os chinelos e esperei por ele, me beijou novamente e me levou até o portão.

- Depois quando você quiser pegar aqueles livros, é só me ligar, ok?

Acabei esquecendo os livros.

- Não demora muito, já estou terminando o ultimo que peguei no colégio.

- E se você me fizer um pouco de companhia não vou achar nada ruim.

Eu sorri e me despedi, acho que dava uns 60 metros da casa dele pra minha, dessa vez ele que ficou no portão me olhando, chegando em frente ao meu portão olhei pra ele, lhe dei um ultimo tchau e entrei, minha mãe reclamou da demora, perguntou onde eu estava, e pediu pra tirar o lixo.

Fui tomar um banho, jantei e fui dormir cedo naquele dia, fiquei pensando na moça bonita da foto, me senti um pouco dolorido, fisicamente e psicologicamente, porque ele não tinha tocado no assunto? Acho que tinha dado pra perceber que eu tinha visto suas fotos.

Cai no sono e dormi feito uma pedra, no outro dia, voltei pra casa no horário antigo, reencontrei a galera do fundão e dei muitas risadas com as bobagens que tínhamos, eu sentia falta daquele povo, nem tinha reparado como gostava deles, cada qual com sua confusão, quem que queria namorar com quem, as meninas que ficavam na duvida, negando o que sentiam, desci no meu ponto e resolvi passar no mercado antes de ir pra casa, comprei bobagem pra comer, andando entre as seções de verduras vi a tal moça da foto, estava comprando carne, reparei bem nela, acho que ela acabou percebendo um pouco e me deu um olhar demorado.

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