Foi Assim ... V

Um conto erótico de Nando Mota
Categoria: Homossexual
Contém 1726 palavras
Data: 04/06/2014 21:50:42

O final de semana demorou a passar, fazendo com que Beto Silva aproveitasse o máximo de tempo possível para descansar e se fortalecer ainda mais para que na segunda-feira ele estivesse quase que 100% em forma. Petrônio ficou com o amigo apenas por dois dias e teve que retornar ao salão, sua presença foi praticamente intimada pelas amigas de trabalho. Evandro não apareceu e muito menos ligou, com certeza fazendo com que Beto notasse que ele estava disposto a cumprir a promessa de só voltar a lhe procurar no prazo final de uma semana.

A mãe de Beto, Regina Silva, ligou para o filho como sempre fazia aos sábados pela manhã e ele prontamente escondeu o que havia acontecido no meio da semana que havia terminado, contando apenas de sua rotina em casa e da grande expectativa em voltar a trabalhar, dessa vez numa grande agência de publicidade e no âmbito pessoal, para um dos maiores fotógrafos do País.

_ ... Só posso desejar a você meu filho, muito sucesso no emprego e na vida também, apesar de me preocupar com você.

_ Não precisa ficar preocupada não D. Regina.

_ No dia que você for pai, já que agora vocês podem tudo, aí quero ver você repetir essa frase. Não adianta Betinho, fico preocupada sim. E o Evandro, tá te tratando bem? Você sabe que sempre tive o pé atrás com esse seu companheiro. Sei que ele é um homem muito bonito, cara de macho mesmo, mas meu coração fica bem pequenininho quando vejo vocês dois juntos. Toma cuidado.

_ Pra falar a verdade mãe, não vejo o Evandro há uns 2 dias. A gente não é mais um par. Por isso que volto a lhe dizer que não precisa se preocupar.

_ Agora é que vou ficar mais preocupada ainda. Ele é daqueles que não largam o osso de jeito nenhum. Você quer vir passar um tempo aqui em casa? Adoraria ter você por perto novamente.

_ Agradeço o convite mãe, mas fica fria D. Regina. Em todo caso te aviso se mudar de ideia.

Falaram mais uma meia hora e finalmente Beto pôde desligar e correu pra tomar banho. O celular chamou uma 3 vezes e depois o telefone fixo. Beto ouvia as chamadas mas não sairia do banho por nada, a água estava ótima e ele queria mais era aproveitar a folga e se refrescar mais um pouco. Quando finalmente terminou o banho, foi verificar as tais chamadas. Das 3 registradas no celular, todas eram do futuro patrão Gilberto. E as duas do fixo, também. Ligou ainda enrolado na toalha.

_ Gilberto? Desculpa não atender, estava no banho. Tudo bem?

_ É justamente pra saber de você que tomei a liberdade e insisti em ligar. Já mais recuperado?

_ Com certeza, Apesar de ficar alguns hematomas que sumirão com o passar dos dias, quando começar na segunda, você verá que a coisa foi feia pro meu lado.

_ Você procurou ajuda policial? Feio o famoso B.O.?

_ Não. Na verdade nem sei por onde começaria. Mas garanto a você que já estou bem melhor e bastante ansioso pra iniciar as minhas funções na sua empresa.

_ Somos dois. Adorei as fotos que você tirou no teste. Quanta segurança, enquadramento perfeito das fotos, sem falar da maneira como você capta a luz interior. Você realmente sabe do que faz.

_ Poxa que bom saber disso, parece que causei uma boa impressão.

_ Não só em mim, sua chefe imediata na agência Sabrina Mendes, achou teu trabalho excelente também.

_ Assim vou ficar meio sem graça. Só procurarei fazer o melhor pra poder engrandecer a qualidade de nossos trabalhos. Sabe Gilberto, vou me dedicar muito, você vai ver.

_ Estou contando com isso.

_ Pode deixar, vou mostrar.

_ Então um bom final de semana pra você e até segunda.

_ Obrigado. A você também.

Finalmente a ligação foi encerrada e Beto conseguiu acalmar os batimentos cardíacos que aceleraram um pouco durante a conversa com o seu futuro patrão.

No domingo, por volta das 18:00 h, Petrônio chegou no apartamento de Beto com mais dois amigos e uma sacola de compra do mercantil contendo um pote de 2l de sorvete napolitano.

_ Nada como um bom jogo de buraco pra fechar com chave de ouro esse domingo.

E já foi sentando na cabeceira da mesa e os demais sentaram em volta. Beto era sempre seu par e o jogo durou até quase 21:00 h.

Quando os dois amigos que vieram com Petrônio foram embora, somente eles ficaram jogando conversa fora no quarto de Beto, pois a TV era lá. Petrônio desejou sucesso no primeiro dia de trabalho e que sempre ficaria na torcida pelo amigo Beto.

_ Obrigado meu amigo. Amanhã será um dia bem diferente. Tenho a sensação de que começo uma nova etapa na minha vida. Conto com sua torcida para que realmente possa ter sucesso pelo menos no trabalho, já que no amor a vida anda uma droga.

_ Amor? Você chama essa sua história com o sargento de amor? Acho melhor não dizer nada, você já sabe a minha opinião sobre isso.

Após essas palavras, Petrônio se levantou da cama juntamente com o amigo, se despediu e foi pra casa. Beto correu pra tomar um outro banho e finalmente se preparou para dormir. Se olhou novamente no espelho da parede do banheiro e viu que algumas marcas ficariam ainda visíveis. Escolheu a roupa para o dia seguinte e finalmente deitou na cama pra dormir.

O relógio despertou por volta das 06:30 h. Rapidamente Beto tomou seu banho e ainda enrolado na toalha, preparou o café preto e simples que sempre tomava pela manhã. Se arrumou no capricho. Pegou sua pasta, o celular, a carteira de cédulas e documentos, borrifou seu boticário favorito, escovou os dentes pela milésima vez, pegou as chaves de casa e saiu por volta de 07:40 h.

Seu horário seria das 09:00 da manhã até por volta das 17:00 h. Teria apenas uma hora de almoço e caso houvesse a necessidade de acompanhar Gilberto em alguma viagem que ele sempre fazia, ganharia um adicional no salário por casa viagem feita.

Entrou com o pé direito pela soleira da porta e logo chamou a atenção da mesma moça da recepção que o chamou nos dias da seleção, seu nome era Aline Braga.

_ Poxa, como você esta bonito, e olhou diretamente nos olhos do novo amigo de trabalho. Que você tenha um ótimo dia de trabalho. E lhe entregou o crachá que já estava pronto. O mesmo, era ma placa preta igual a um cartão de crédito, tinha chip para a abertura das portas, sua foto, seu nome e sua função - Assistente da Diretoria - É só seguir pelo corredor e entrar na segunda porta a direita. Tchau.

_ Obrigado Aline, bom trabalho à você também. E seguiu pela direção que a jovem recepcionista havia lhe indicado e após 3 leves batidas na porta, entrou com um lindo sorriso no rosto.

O Próprio Gilberto Veiga foi quem veio lhe dar as boas vindas em seu primeiro dia de trabalho.

_ Beto, juro que você daria um excelente modelo. Mas que bom poder ter você aqui do outro lado da lente. Como você esta? Pronto para o primeiro dia? E estendeu a mão direita para poder cumprimentar o jovem funcionário de sua empresa.

_ Estou bem, levando em conta o contratempo que me vitimou. E estou nem ansiedade só para começar a trabalhar. A mão dos dois não se soltaram após o cumprimento e Beto não fez menção nenhuma de soltá-la.

Sabrina Mendes foi quem quebrou o elo que as mãos dos dois formava, ao entrar na sua sala.

_ Ola Beto. Tudo bem com você? E ela também lhe estendeu a mão direita.

_ Sim D. Sabrina.

_ Antes da gente começar lembre só de uma coisa, me chama de Sabrina, ok?

_ Como você quiser.

E os três ficaram em reunião para que fosse passada ao jovem funcionário as pautas da semana que eram divididas por dia. Então trataram de focar na segunda-feira. E finalmente o trabalho começou, para a felicidade de Beto Silva, o novo assistente da Diretoria.

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DHCS, como não agradecer se você mais uma vez volta a me prestigiar e a ser tão atencioso comigo? O mais legal disso tudo, é saber que já posso me considerar um amigo. Pode estar certo que farei o melhor para que esse conto posso pelo menos chegar a não decepcionar você e os demais leitores. Valeu mesmo cara, a força.

Priincesiinha Cat, muito legal essa sua vontade em me acompanhar. Mais legal ainda é essa sua ansiedade em saber se já postei alguma continuação, nunca pensei que alguém fizesse isso por algo que escrevesse. Minhas redações na escola eram terríveis, rsrsrsrsrsrsrsrs. Um grande abraço e pode ficar tranquila pois colocarei todos os dias uma nova postagem.

Rose Vital, que bom você ter me adotado. Obrigado mesmo essa por seu carinho. Agora começo a notar o amor e o respeito que o Guilherme Bastos tinha por você, é como se ele soubesse que você era realmente uma grande mulher. Fiquei emocionado mesmo. Quanto a construção da história Rose, eu só tenho medo de não conseguir fazer um bom trabalho. Acho que como ELE não haverá outro. As vezes me dá uma saudade desse cara que não tem tamanho. Mais a vida terá que seguir, né mesmo? Um beijão mãezona.

Esperança, considero você a primeira que comentou meu conto, apesar da priincesiinha cat ter escrito primeiro, só que ela comentou um outro conto e não o meu. Você tava certa quando me disse, desiste não... Nunca vou esquecer disso. Olha onde já chegamos, quinta parte. Nem eu acredito que já estou seguindo em frente. Show de bola os teus argumentos no comentário, prefiro a verdade também.

Riquinho, caro amigo, concordo com você também. Acho que o problema em denunciar não esta mais na vergonha de se expor, e sim no medo dos rótulos, em ser apontado. Obrigado pelo comentário feito. Abraço amigo.

E a todos você que leem essa história o meu agradecimento também.

Amanhã com certeza eu volto. Já posso dizer que os dois - patrão e empregado - ficarão frente a frente numa descoberta que irá pegar fogo nessa trama. Beijão a todos ...

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Comentários

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Infelizmente não tive a sorte de acompanhar a historia do Guilherme, mas pelo que parece pelos comentários ele era um ótimo escritor e tinha uma ótima historia... Estou amando o seu conto, a forma como vc narra a historia, o enredo, os diálogos é muito envolvente, ansioso pelo próximo capitulo. Sucesso. Abraço!

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Anjo, seu conto esta D+, muito envolvente, vc me fez ter vontade de arrebentar com o covarde do Evandro e tb sentir q por mais q o Beto nao esteja sempre em contato com sua mae, a mesma nao deixou de intuir q o Sgt nao e a melhor pessoa para seu filho e q o Gilberto vai ser muito importante para q o Beto se livre deste grilhao q o Evandro chama de amor, mas q na verdade nao passa de obssessao e sentimento de posse. Nando, nao se deixe sufocar e de sentir q talvez nao esteja a altura, lembre-se vc e unico e maravilhoso e tb sabe escrever como ninguem, continue sincero e apaixonado pelo q faz e nos brindando com esta estoria maravilhosa e nao fique chateado com esta maezona q tb te adora. Um bj e um cheiro a la Malbec.

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Estou amando de verdade essa história, o enredo me prende, e cativa acredita que fiquei ansioso pela sua postagem hoje? Sério mesmo, gosto de como você molda seus personagens e de como você constroem os diálogos, que são fáceis e gostosos de ler, assim como foi nas histórias do nosso Gui. Enfim, forte abraço e fique bem!

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