Meu "primo" hétero #1 (Pelo menos eu achava que era...)

Um conto erótico de Davi (Patrick)
Categoria: Homossexual
Contém 4068 palavras
Data: 17/07/2014 00:17:43
Assuntos: Amor, Gay, Homossexual, Romance

“A implicância é um declaração de amor, no meio de tantas brigas, xingamentos e implicância existe um sentimento, as brigas sem motivo são um sinal de amor...”

Meu nome é Davi, tenho 17 anos, sou moreno claro, cabelos cortados a maquina, olhos castanhos, não sou magro nem gordo, mas tenho curvas e uma barriga chapada, mesmo comendo a beça kk’s Por isso tenho um corpo bem bonito e gosto muito da minha boca, sei lá... Acho ela bonita!

Desde que me considero por gente eu e o afilhado do meu pai, Juliano, que eu chamo de “Ju” só porque ele odeia, não nos damos muito bem, sempre estávamos discutindo ou às vezes caindo na porrada, mesmo eu ficando todo machucado por ele ser bem mais forte, eu não deixava de bater também, ele não é meu parente, mas sempre nos consideramos como “primos”; Ele tem 19 anos, é branco com a pele bem alva, cabelos pretos e olhos castanho, ele não é musculoso, mas é grande, ele não é um cara tão bonito mas tem um sorriso perfeito e quando quer é a pessoa mais simpática que você possa conhecer.

-Esta bonito filho, vai aonde? – Disse minha mãe sentada no sofá do lado do meu pai e Juliano sentado no outro sofá, ele mora na mesmo rua que eu e vive enfurnado lá em casa.

-Vou sair com o Vinicius, essa é uma das minhas ultimas tentativas de fazer dar certo... – Disse eu todo arrumado entrando na sala, eu e Vinicius namorávamos há quase um ano, no começo tudo foi flores, mas depois eu percebi que ele estava se distanciando de mim, deixava de me ligar, antes todos os dias ele me ligava pra perguntar como foi meu dia, hoje se eu consigo falar com ele uma vez por semana é muito, quase não nos víamos e quando estávamos juntos ele parecia nem perceber minha presença, estava sempre com a cara nos livros da faculdade, eu fico muito orgulhoso por ele ser estudioso, mas eu também preciso da atenção do meu namorado.

-Ele sabe que tem que trazer de volta antes das 23h00min horas não é? – Disse meu pai, como sempre super protetor.

-Sabe sim pai, mas acho que vamos voltar até antes... – Disse eu me sentando no braço do sofá.

-Acho bom mesmo, vocês vão aonde? – Disse ele.

-No cinema, depois vamos ao McDonald’s e ai vamos dar uma volta pelo centro comercial e depois ele me trás de volta!

-Uhum, mas se ele tentar te forçar a fazer alguma coisa você dá um chute no pinto dele viu? – Disse minha mãe fazendo todo mundo rir, meus pais sempre aceitaram minha sexualidade muito bem, isso até me espantava às vezes.

-Duvido tia Lu, acho que ele vai até gostar! – Disse Juliano se metendo na conversa.

-Com certeza, vou gostar a beça! Já to doido pra ele tentar alguma coisa essa noite... – Disse eu fazendo minha mãe e meu pai me olharem com espanto.

-Que isso Davi? – Disse meu pai. – Você não respeita nem a presença dos seus pais?

-Viu? Vale nada esse garoto! – Disse Juliano.

-Ahh pai, ele me irrita! Eu tenho que responder a altura!

-Você também Juliano, se de ao respeito! – Disse meu pai.

-Desculpa, foi mal tio... – Disse ele abaixando a cabeça.

-Tem alguém batendo no portão, deve ser ele! – Disse eu abrindo a porta e indo pro portão, mas a pessoa não parava de bater. – Já vai educado!

Eu abri o portão com um sorrisão no rosto, ele estava do lado de fora parado, me olhou de cima abaixo e sorriu, Vinicius é moreno, um pouco mais alto que eu, magro, cabelos cacheados, ele não é nenhum galã de novela, mas a simpatia dele o faz ser a pessoa mais linda do mundo, tem olhos castanhos claros e um sorriso largo muito lindo.

-Nossa, você esta lindo! – Disse ele entrando, eu fechei o portão e dei um selinho nele tocando seu rosto com carinho sentindo sua barba espetar minha mão.

-Vamos, você ainda tem que conversar com meu pai, sei que é chato, mas você conhece o Sr, Clayton né? Ele é super protetor, mas gosta de você! – Ele sorriu e fomos até a porta de casa.

-Boa noite! – Disse ele assim que entramos em casa.

-Boa noite Vinicius, tudo bem? – Disse minha mãe o abraçando. – Eu fiz um empadão de frango, você quer uma fatia? – Antes de ele responder minha mãe já tinha ido pra cozinha.

-Como você esta rapaz? – Disse meu pai apertando sua mão e depois o abraçando.

-Muito bem seu Clayton e o senhor? – Disse ele se sentando ao lado do meu pai.

-Ótimo, você sabe que meu Davi é meu único filho não é? Então, eu quero te pedir pra respeitar ele, eu confio muito em você e tenho certeza que você gosta do meu filho! Por isso eu te peço pra cuidar bem dele! – Minha mãe veio com um prato com uma fatia de empadão e um copo de guaraná natural e entregou pro Vinicius.

-E o meu mãe, cadê? – Disse eu sentando junto com ela no outro sofá, joguei Juliano no chão e me sentei no lugar.

-Seu o que? – Disse ela me olhando com aquela cara de incrédula que me mata de rir.

-Meu pedaço de empadão! – Disse eu.

-Vai pegar ué! Você não é aleijado! – Disse ela.

-Ahh mãe, mas pro Vinicius a senhora pegou... – Ela de meu um beliscão no braço que doeu só de lembrar.

Meu pai terminou de conversar e logo o Vinícius se levantou pra sairmos, eu me levantei e fiquei do lado dele ouvindo as ultima exigências do meu pai e minha mãe só concordava, ela disfarçadamente colocou um bolo de notas no meu bolso e piscou o olho, porque meu pai já tinha me dado dinheiro, eles terminaram de falar e eu me despedi de todo mundo.

-E ai de você se voltar tarde ouviu? – Disse Juliano num tom ameaçador.

-Meu amô! Desde quando você é meu marido? – Nós começamos a discutir.

-Não repara não Vinicius, esses dois vivem brigando como cão e gato! – Disse minha mãe.

-Tudo bem Dona Luzi, eu já me acostumei com o gênio forte do Davi kk’s. – E enquanto eles conversavam, eu e o Juliano discutíamos.

-Não esta na hora de você ir pra sua casa não encosto? Vou começar a cobrar aluguel de você, tu come, bebe, dorme, faz tudo aqui em casa! Vai pra tua terra vai! Pra tua casa, pro teu aconchego! Vai...

-Não vou perder meu tempo contigo não Davi! – Disse Juliano subindo pro segundo andar.

-Já vai tarde! Vamos Vinicius, vou parar de gastar minha saliva com porcaria! – Disse eu me virando pro Vinicius, segurei sua mão, me despedi dos meus pais e saímos.

-Aonde vamos? – Disse eu abrindo o portão.

-Vamos numa boate encontrar uns amigos meus! – Disse ele indo pro ponto de ônibus junto comigo.

-Ahh... – Disse eu totalmente desanimado e frustrado.

-Eu achei que você gostasse de dançar! – Disse ele abrindo aquele lindo sorriso pra mim. – Ou será que eu não conheço mais meu namorado?

-Não que eu não goste dos seus amigos ou de dançar, mas eu achei que essa noite seria só nós dois sabe? Algo intimo e pessoal só entre nós dois...

-Me desculpa, mas eles me ligaram quando eu estava vindo pra cá e me chamaram pra sair, mas eu disse que estava indo te buscar, ai eles disseram pra eu te levar!

-E você nem se preocupou em perguntar se eu estava afim de sair pra dançar?

-É, eu pisei na bola, mas eu achei que você não se importaria com isso!

-Tudo bem, é a primeira vez em semanas que nós conseguimos sair juntos! Vamos só aproveitar ok? Sem discussões!

Nós pegamos o ônibus e fomos nos encontrar com os amigos dele, não que eu não goste deles, mas eu me sinto um pouco desconfortável perto deles! São todos universitários bem sucedidos e eu só sou um adolescente no ensino médio, eu ficava meio deslocado no meio da conversa deles... Chegamos lá e todos foram muito simpáticos comigo, eu me sentei junto com eles e comecei a interagir, mas a conversa deles era tão complexa e cansativa que me dava vontade de dormir.

-Gente, o assunto esta ótimo, mas eu não vim aqui pra discutir matérias! Vim pra esquecer das provas e de todas essas coisas! Vamos dançar gente? – Disse uma das amigas dele, que é uma das poucas pessoas mais “descontraídas” daquela turma, ela me pegou pelo braço e me levou pra pista de dança.

-Gatinho, eu percebi que você estava quase pegando no sono com aquele assunto chato deles, eu estava quase pegando minhas coisas e indo embora! Que tipo de pessoa vem pra boate e fica discutindo sobre matérias de prova? – Disse ela fazendo uma careta.

-Eu também não sei Shay, mas eu não vim aqui pra ficar sentado! Ainda bem que você me puxou pra cá, eu estava com vergonha de me levantar e vim. – Nós começamos a dançar e rir, ela realmente se destaca de todos eles.

-Aiin meu Deus essa é minha musica! – Disse ela começando a dançar,era um funk com uma letra que mais parecia um filme pornô cantado! E a menina da um show! Na pista de dança a Shay acontece! Eu também não fiquei pra trás comecei a dançar junto com ela, alguns carinhas chegavam em nós, mas dispensávamos! Eu olhava pro Vinicius e comecei a dançar pra ele, mas o filho da puta nem parecia me dar atenção, os seus “amigos” estavam mais entretidos com nossa dança que ele e eu estava começando a me irritar com isso, uns carinhas que eu nem conhecia estavam me dando mais atenção que ele e só de pirraça eu ficava tentado a dar atenção também! Não importa o que eu fizesse ele não me daria sua atenção.

Eu continuei dançando com a Shay e ele mal me olhava, quando voltamos pra mesa à chatice recomeçou, para ele era como se eu estivesse invisível ou não estivesse lá e isso foi me deixando um pouco frustrado, mas pelo menos eu e a Shay tínhamos nosso próprio assunto! Na hora de irmos pra casa ele insistiu em levar em casa.

-Vai aonde? – Disse eu assim que saímos da boate e nos despedimos dos seus amigos, eu estava me encaminhando pro ponto de ônibus.

-Ué? Vou te levar em casa!

-Vinicius não precisa, eu pego um táxi e solto na porta de casa! Vai ficar muito tarde pra você me levar em casa e depois voltar pra sua!

-E eu lá vou deixar você ir sozinho Davi?

-Eu vou descer na porta da minha casa! Você sabe que há essa hora as ruas não são muito seguras, principalmente pros lados que você vai... Por favor, se você for me levar em casa você só chega na sua casa a manhã a tarde kk’s E eu não quero ter insônia de preocupação!

-Tudo bem senhor dramático! – Disse ele dando um soquinho no meu queixo. – Mas eu vou esperar você entrar no táxi! – Disse ele se sentando no ponto comigo, não tivemos que esperar muito e logo eu estava dentro do táxi indo pra casa, nos despedimos com um beijo, mas até o beijo dele tinha perdido a “magia” pra mim, entendem?

Eu cheguei em casa e abri a porta tentando fazer o mínimo de barulho possível, abri a porta e dei de cara com o Juliano sentado no sofá vendo TV.

-Ainda acordado? – Disse eu fechando a porta e me sentando no outro sofá.

-Não consegui dormir e antes que você comece com o interrogatório eu só estou aqui porque minha mãe esta na casa da minha avó, como eu não gosto de ficar sozinho eu vim pra cá! – Disse ele, tirou os olhos da TV e ficou me encarando. – Como foi seu encontro?

-Foi normal... – Disse eu um pouco desanimado.

-Você gosta mesmo desse garoto?

-Eu gosto dele, muito! Mas acho que não temos futuro, sabe? No começo era tudo maravilhoso, mas ai ele entrou pra faculdade e eu fiquei em segundo plano! Não que eu queira ser o dono dele, mas eu também preciso de atenção, estou pensando em terminar, vai ser melhor pra nós dois... – Dificilmente nós conversávamos com tanta “tranquilidade”, eu precisava desabafar e na falta de um amigo eu me abri com o Ju mesmo.

-Hm... – Disse ele sorrindo.

-Qual a graça? – Disse eu.

-Nenhuma! – Disse ele tentando disfarçar seu sorriso.

-Até que você sabe conversar como gente! – Disse eu sorrindo pra ele e arqueando uma sobrancelha.

-Tem muitas coisas que a gente podia fazer juntos, mas você é cheio de marra!

-Eu sou cheio de marra? Você que é um grosso, vive dando patada em todo mundo! Por isso que as pessoas se afastam de você! Você afasta todo mundo!

-Eu só sou grosso com quem merece, quer saber? Você é mesmo um viado escroto! Só sabe ver seu lado, porque é tão egoísta?

-Egoísta é você! Vive enfurnado na minha casa, come da minha comida, usa minha eletricidade e ainda quer me insultar debaixo do meu teto? Se toca né garoto?

-Não da mesmo pra conversar contigo não é Davi? Porque sempre que eu tento conversar contigo você já vem com quatro pedras na mão? Dá pra baixar a guarda pelo menos uma vez?

-Eu vou pro meu quarto! Boa noite... – Disse eu me levantando do sofá.

-Boa noite. – Disse ele me acompanhando com os olhos, eu subi as escadas e quando o olhei ele ainda estava com seus olhos grudados em mim, mas quando nossos olhares se encontraram ele desviou e voltou a ver a TV.

-Garoto estúpido, vive dando coices em todo mundo e depois ainda quer “conversar” amigavelmente! Toma no cu... – Disse eu indo pra frente do computador, estava viajando nas minhas conversas pelo facebook e lendo contos aqui na CDC que nem vi o tempo passar, só sai do computador quando meus olhos não aguentavam mais ficar abertos.

Me arrestei até a cama e me joguei, estava tão cansado que até esqueci de tomar banho, tirei a roupa e me deitei na cama só de cueca e meia, estava quase pegando no sono quando ouço alguém entrando no quarto e fechando a porta, achei que era meu pai então decidi fingir que estava dormindo pra ele não fazer um interrogatório do porque de eu ter chegado tarde, senti que a pessoa se debruçou na cama do meu lado, podia sentir sua respiração perto do meu pescoço, senti sua mão acariciar suavemente minha bochecha não estranhei já que minha mãe sempre faz isso.

-Porque você é tão marrento hein? Eu tento fazer você perceber, mas você é tão cego que não percebe que esse garoto nunca vai gostar tanto de você como... – Quando ele ia terminar eu abri meus olhos e fiquei encarando Juliano, estávamos completamente estáticos, ficamos alguns constrangedores segundos em silencio nos encarando.

-Que porra é essa? – Disse eu com os olhos arregalados, Juliano ficou me encarando, mas depois ele fechou a cara de um jeito que chegou a me dar medo! Parecia com tanta raiva.

-Vai se fuder seu viadinho! Eu só vim aqui ver se a janela do seu quarto estava fechada, me deu uma tontura e eu me apoiei na tua cama! – Disse ele se levantando.

-Mas você passou a mão no meu rosto e disse alguma coisa! Porque você disse aquilo?

-CALA A BOCA! CALA A BOCA! – Disse ele chutando a cadeira do meu computador a fazendo bater na escrivaninha e derrubar as minhas coisas e quebrar um porta retrato com uma foto minha e do Vinicius.

-SAI DO MEU QUARTO AGORA SEU ESTRANHO! E NUNCA MAIS ENTRA AQUI... – Berrei eu enfurecido por ele ter destruído algo tão importante pra mim depois de ter feito uma cena digna de um romance clichê.

-VOCÊ NÃO MANDA EM MIM PORRA!

-FODA-SE, MAS EU MANDO NO MEU QUARTO!

-VAI SE FUDER VOCÊ SEU VIADO! – Berrou ele, eu me levantei pra ir pra cima dele, eu juro por Deus que ia socar a cara dele até meus punhos doerem.

-Meninos, CHEGA! Já esta tarde pra vocês ficarem trocando palavras de carinho! – Disse minha mãe do quarto dela, eu e ele ficamos nos encarando, estávamos vermelhos e bufando de raiva, apontei pra porta pra que ele saísse antes que eu jogasse algo em cima dele, ele me olhou e saiu batendo a porta com tanta força que parece que estremeceu a casa.

-Desgraçado, filho da puta! – Disse eu voltando a me deitar, encostei minha cabeça no travesseiro e fiquei lembrando do arrepio que o toque da sua mão me causou, fiquei pensando nisso e acabei pegando no sono, tive um sonho super estranho, eu estava sentado no sofá da minha casa com a cabeça encostada no peito do Juliano e ele fazia um cafuné em mim, eu levantava minha cabeça e o beijava com tanta vontade e ele correspondia com tanta paixão, com tanto desejo, ele se deitou sobre mim e tirou minha blusa e a sua, ficamos dando uns amassos bem intensos até que eu acordei completamente suado e assustado, olhei em volta e me senti bem por estar no meu quarto e por já ter clareado, até tentei voltar a dormir, mas fiquei meio perturbado com esse sonho kk’s.

-Bom dia bebê! – Disse meu pai assim que eu sai do quarto, ele estava no corredor saindo do banheiro. – Que milagre é esse que você acordou cedo?

-Nenhum... – Disse eu com o meu típico “bom humor” matinal.

-O que aconteceu ontem? – Disse ele me olhando incrédulo. – Você e o Juliano estavam aos berros no meio da madrugada!

-Ahh pai! Foi só uma briguinha boba nossa kk’s... – Disse eu tentando forçar um sorriso.

-Uhum, tudo bem então! – Disse ele me olhando com aquela cara de “Vou voltar a tocar nesse assunto quando você menos esperar!”, ele foi pra cozinha e eu me sentei no sofá pra ver os desenhos e esperar o traste do Juliano voltar com o pão.

-Finalmente, eu já estava morrendo de fome aqui! – Disse eu assim que ele entrou pela porta.

-Não tem vergonha de ficar pelado assim desse jeito não? Pode chegar alguém! – Disse ele e ficou me olhando de cima a baixo.

-Queridinho eu estou de cueca dentro da minha casa! “Vou rebolar só porque você não gosta, se não quiser me olhar vira de costas! Você não manda em mim... E para de falar blá blá blá ♪ ♫ - Disse eu ficando em pé no sofá e começando a dançar, ele só ficou olhando. – E se alguém chegar com certeza vai ser da família! E eles já estão cansados de ver de cueca meu filho! Se aquela macacada dos teus amigos aqui da rua aparecer eu não vou fazer a mínima questão de cobrir meu corpo lindo... E como eu to puto com o Vinicius esta arriscado eu até dar um mole pra esses teus amiguinhos!

-TA MALUCO? EU TE METO A PORRADA! – Disse ele ficando vermelho e serrando os pulsos, eu cheguei a ficar com medo dele, ele veio pra cima e apertou meu braço com tanta força que chegou a doer. – Se eu te ver com qualquer cara eu meto a porrada em você e nele!

-Me larga seu merda! – Disse eu puxando meu braço, os dedos estavam marcados na minha pele. – Qual seu problema?

Ele me olhou profundamente e ficou me encarando em silencio, pegou o saco de pão e foi pra cozinha.

-Garoto maluco... – Disse eu pra mim mesmo.

Ele voltou com o pão em um preto, um copo de achocolatado e se sentou ao meu lado.

-Como é que é caralho? Cadê o meu? – Só deu tempo de eu desviar do chinelo que minha mãe tacou.

-Da próxima vez que eu ouvir outro palavrão sair da sua boca eu vou jogar outro chinelo, mas esse vai ser pra acertar! – Disse ela aparecendo que nem uma ninja na porta da cozinha, ela voltou pra cozinha, mas como toda a mãe ela não parou de falar, eu fiquei lá sentado no sofá vendo a TV, coloquei a mão dentro da cueca, fiquei me coçando e depois cheirei a mão só pra deixar ele bem irritado.

-Hmm... Cheirosinho! – E realmente estava.

-Porra, tua mãe te achou no lixo! – Disse ele me olhando.

Eu fui até a cozinha e tomei meu café, como era fim de semana eu fiquei o dia inteiro no meu quarto, já tinha tomado meu banho e arrumado o quarto, estava deitado na cama só de cueca e meia ouvindo musica e lendo o livro “Reinações de Narizinho”, pode parecer bobo, mas eu adoro os livros do Monteiro Lobato graças a minha mãe professora de Língua Portuguesa e Literatura.

-Posso entrar? – Disse Juliano colocando a cabeça pra dentro da porta.

-Geralmente a gente pergunta isso antes de abrir a porta! E se eu estivesse pelado? – Disse eu tirando meus fones e colocando o livro no travesseiro.

-Não tem nada ai que eu já não tenha visto! Você vive pelado pela casa... – Disse ele se sentando na minha cama com um livro fino nas mãos.

-O que você quer?

-Te pedir desculpas... – Disse ele.

-Para o mundo que eu vou descer! Kkkk’s – Disse eu morrendo de rir. – Você? Me pedindo desculpas? Fala logo o que você quer!

-Eu estou falando sério porra! Porque você nunca consegue deixar de ser tão viado? – Disse ele rindo.

-E porque você não consegue deixar de ser um brutamontes? Um estúpido? – Disse eu.

-Olha, eu não vim aqui pra gente discutir Davi! Eu vim te pedir desculpas por ter gritado contigo ontem à noite! Eu entrei no seu quarto e comecei a gritar contigo, eu não devia ter feito isso! Eu errei... – Disse ele e eu podia ver em seu rosto o arrependimento.

-Isso é sério? Nossa! Tudo bem Ju, eu também gritei contigo várias e várias vezes! – Disse eu sorrindo, ele me encarou e sorriu também.

-Ahh, eu vim aqui pra te mostrar isso! Eu estava lendo um livro de poesia que sua mãe usa nas aulas e achei essa aqui! Posso ler pra você? – Disse ele abrindo o livro.

-Hmm, olha que evolução! Ontem você estava gritando comigo, e agora esta lendo poesia pra mim! Claro que pode... – Ele pegou o livro e colocou na pagina e começou a ler.

- Amei, só eu aprendi a amar! Sofri, sofri como ninguém... Nos olhos eu carreguei um mar, covarde assim me mantive, com medo de me aproximar, só te ver de longe era difícil, te ver e não poder te tocar e em meio à ilusão e o amor o silêncio me fez naufragar! Esperei o que não aconteceu, nosso olhar uma vez se cruzar e talvez por não acontecer, Você não pôde me amar... Só eu te amei! É, eu faria tudo em troca do seu amor... Em troca de estar contigo todos os dias, em troca de ser o motivo pelo qual você sorri. Eu só tenho amor pra te dar, então me deixa te amar... Deixa eu cuidar de você? – Disse ele me encarando, ficamos nos olhando e eu não pude deixar de notar o quanto seu olhar me parecia sincero, quase como se ele estivesse me fazendo um pedido.

-É linda! – Disse eu ainda em transe.

-É mesmo. – Disse ele aproximando de mim, seu rosto estava tão perto de meu que eu podia sentir sua respiração.

-Não podemos. – Disse eu tentando juntar forças pra desviar, minha mente dizia “Se afasta dele! Vamos seu idiota, você deixou de me ouvir antes e se fudeu!”, mas meu coração dizia “Deixe rolar, sinta o beijo dele, dessa vez eu garanto que tudo vai dar certo...”

-Podemos sim, eu sonho com isso...

Nossos olhares se encontraram e eu nunca me senti tão bem quanto naquele momento, eu tinha que desviar dele, mas parecia ser muito mais forte que eu, nossos lábios estavam quase se tocando, eu senti suas mãos tocando meu rosto gentilmente e minha mente disse “Agora fudeu...”, seus olhos grudados aos meus apenas procuravam meu olhar enquanto eu esperava seus lábios tocar os meus.

Continua...

Oiii meus amores, eu voltei! Não consegui ficar muito tempo longe de vocês ou ficar sem escrever... Espero que tenham gostado desse primeiro capitulo da minha nova série de contos!

Deixem sua nota e um comentário e muito obrigado por terem lido o meu conto! XOXO ♥

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Comentários

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"[...] cara de “Vou voltar a tocar nesse assunto quando você menos esperar!”" Uashuagshuag!!! Estou adorando seu conto, bem escrito, boa trama, divertido... Correndo pro próximo capítulo!

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Ai meu Deuss, ameiiiiiii, perfeito *-*

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Adorei esse 1º cap, e vou amar o conto inteiro.

Continua rapido pfv.

Abraço!!!

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Meu deus ele está e volta uhuu TUTS TUTS kkk!!

Cara como sempre seu conto foi muito fodão ! Ele meio que me lembro Ele é meu Bad Boy... E eu sou o dele (que também é maravilhoso).

Amei, e vou amar muito mais tenho certeza, porque o jeito que você escreve não me faz querer parar de ler (hoje to escrevendo bonito em!! Kkk).

Então continue a escrever esse conto, não pare no décimo primeiro capítulo como Como fui me apaixonar por um criminoso por favor.

Não demore a postar e até a próxima !!

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Gostei pra carralho.kkkkkkkkkk.Bem divertido e legal seu conto.Os primos vivem entre tapas e beijos, e o combustível disso tudo e o amor.

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Muito legal ja viciei quero mais rsrsrs

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ADOREI ESSE PRIMEIRO CAPITULO, RI HORRORES, MUITO BOM, VOCÊ ESCREVE MUITO BEM, PODE CONTINUAR, ATE O PRÓXIMO...

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