Clichê: Ator famoso sai do armário.

Um conto erótico de Syaoran
Categoria: Homossexual
Contém 1565 palavras
Data: 01/08/2014 23:51:10
Assuntos: Briga., Gay, Homossexual

Gente, enquanto eu penso em como continuar o conto antigo, fiquei pensando em coisas pra um novo conto. Esse é apenas um prólogo, pra ver o que acham desta nova proposta. Bem, vamos a proposta.

Aquele deveria ser mais um dia como outro qualquer, sem muitas novidades, sem nenhum solavanco, como quase tudo na minha vida. Não me entendam mal, eu gosto da minha vida, sou Ricardo Sena, ou aquele super Bad Boy que está aparecendo na nova novela de uma grande emissora. Confesso que se manter no estrelato por tantos anos é muito difícil, mas tudo foi fruto de muito trabalho, mas claro que o fato de minha mãe ser uma atriz famosa, meu pai um cantor e meu padrasto um dos maiores autores de novela deste país me abriram muitas portas: comerciais infantis praticamente desde que saí do ventre materno, depois participações em uma novela, apresentador de programa infantil, capas e mais capas de revistas, enfim, naquela época eu era o sonho de consumo de toda mãe, o genro perfeito. Mas os contratos para genro perfeito não pagavam tão bem, então decidi dar uma repaginada, uma temporada para estudar atuação nos EUA valorizaria o meu cachê, como também poderia inspirar a mudança que eu tanto queria. Estudei teatro e entrei em uma academia, precisava mudar muito a aparência que tinha, e surtiu efeito, ainda sou um sonho de consumo, e se bombear, pra mãe e pra filha, mas não ligo no dia seguinte.

Estava tudo bem, eu estava em casa com a minha noiva, uma atriz também, ela normalmente faz o papel de santa, pense em uma mulher que na frente das câmeras consegue passar a imagem de sem sal e inocente, mas que na verdade é uma verdadeira piranha. Nós fazíamos a linha Rihanna e Cris Brow, fui pra delegacia algumas vezes, mas claro, isso faz parte. Mas, como eu estava dizendo, estava em casa com Eliza Lima quando, do nada minha agente chega toda esbaforida e com a cara de quem queria comer o meu fígado.

- Ricardo, seu idiota! – Ela gritava.

Eu ainda estava acordando, eu não tinha perdido nenhuma gravação, se perdesse essa mulher me mataria, participei de algumas festas, cumpri a grande maioria de meus contratos e o que essa mulher queria a essa hora da manhã?

- Bom dia pra você também, oh encosto. – Eu a chamava assim. – E, que cargas d’água tu quer me incomodando agora.

- O que foi Stela? Parece que quer vai tirar o pai da forca. –falava minha noiva.

- Tirar não, colocar, eu vou colocar você Ricardo, em uma forca e estender no meio no meio do set de filmegem daquela sua novela. Eu te disse, tantas vezes, mas tantas vezes, mas você não podia me escutar né Ricardo. O que eu sou afinal? Sou sua agente e assessora, devo impedir tu fazer merda, mas você vem e faz uma dessas.

- O que foi que eu fiz, oh encosto? Eu não faço a menor ideia do que você está falando.

Stela começou a rir de uma forma lívida enquanto ligava a televisão em um desses programas de fofocas matutinos, esses que a apresentadora comenta das novelas, da vida dos famosos, gente que parece que não tem mais nada o que fazer do que fuçar a nossa intimidade.

- Parece que o Bad boy número um tem muitas coisas a esconder pra esconder da noiva. Não percam. – a apresentadora dizia, com certeza ela iria guardar o que tinha pra dizer, que provavelmente não seria nada de mais apenas para o final, em uma tentativa de fazer aumentar a audiência de seu programa pífio.

- Sim, tu me acordou louca pra falar sobre isso? Tu sabe que esse programa dessa louca não tem nenhuma credibilidade. E o que ela poderia falar sobre mim? – começava a rir ao que o Encosto ficava com cada vez mais raiva.

- Acho que ela deve tá falando do sex-type que tá rolando seu na internet. – ela soltava a bomba.

- Oh, mas esse não é o primeiro, tu sabe...

- Eu infelizmente sei dessa sua mania ridícula de fazer sex-type, mas ao contrário dos outros que era uma fã deslumbrada, ou você sabe muito bem... nesse... nesse você tava com um homem.

- Como? Só pode ser brincadeira... uma montagem, um sósia.

- Nós sabemos muito bem que não é nenhum sósia. Eu entrei com um pedido na justiça pra tirarem o conteúdo da internet, o que deve ser feito nas próximas horas, mas mesmo não temos noção de quantas pessoas viram, compartilharam, sei lá... sabe como são essas coisas...

- Idiota, Idiota, você arruinou a sua carreira e a minha, como você faz um negócio desses? Eu agora vou ser chamada de corna. – gritava Eliza histérica.

- A sua carreira? Você tá pensando na sua carreira, oh sua vaca isso não te afeta em quase nada. Tu se faz de iludida, de ofendida, humilhada e pronto. O Brasil vai se compadecer de você, mas e a minha carreira? Eu sou um Bad Boy, a não ser que: o negócio é comer cú e buceta, pronto a saída do Frota.

Stela continuava rindo, como se ela não tivesse pensado a mesma coisa, mas no maldito sex-type eu estava mamando, se é que me entendem, ou seja.

- Você ao menos sabe com quem você filmou isso? Que isso foi feito de uma forma que só dá pra ver a sua cara de idiota. – ela questionava.

- Não, se eu soubesse...

Começamos a pensar em quem poderia ter feito isso. Stela foi disse que iria procurar no cast de alguma agência de modelos algum parecido comigo que pudesse assumir a sex-type, ao mesmo tempo que queria uma lista de todos os homens com quem já transei.

- Logo agora que nos livramos do... – Eliza começava a falar.

- Isso, Heitor Filho, deve ter sido ele, tem que ter sido ele. – O encosto começava a falar, como se tivesse achado a roda.

Heitor filho era um ator iniciante, ele havia entrado na indústria a pouco tempo, participou de um desses concursos de programa de auditório e agora estava na sua terceira novela. Contracenei com ele na sua primeira novela, eu era o antagonista e ele o irmão da protagonista. Não sabia o porquê, mas algo nele me chamou a atenção e não sosseguei até que, antes do final da novela ele já estava na minha cama. Passamos um tempo juntos, mas enquanto eu queria um caso ele não. Há três meses, contrariando a todos os meus avisos ele enviou uma carta a imprensa dizendo de sua orientação sexual. Foi um verdadeiro baque, a mídia sensacionalista caiu em cima, mas como ele ainda não tinha uma imagem formada, creio que foi bom pra carreira dele. Mas o fato dele ter se assumido decretou o fim de nosso caso, não poderia ser visto com ele, só em ocasiões formais, deporia conta mim.

- Não foi ele. – disse convicto.

- Ele nunca superou o fato de vocês terem terminado. Pra se vingar ele deve ter guardado uma das suas sex-type e decidiu usar agora que seu casamento está próximo. – Stela falava tentando me convencer.

- Parem os dois, se foi o Heitor, se não foi, isso não vem ao caso, temos que ver como poderemos contornar essa situação. Stela, veja se consegue o sósia, temos que contornar essa situação. Eu vou ter que falar com a Solange (assessora de Eliza), ver como eu vou ter que me movimentar nessa confusão.

- E o que que este meu encosto me aconselha a fazer? – questionava, ela estava sendo paga por alguma razão.

- Suma, apenas trabalhe por uns dias, vamos deixar a mídia fazer todo o estadarlhaço e depois vemos como responder... você não teria problemas com drogas, teria? – ela começou a propor.

- Não, mas poderia ter. – respondi.

Stela começou a procurar quais são as novas drogas nas baladas, alguma, caso a história do modelo não colasse. Neste meio tempo começo a receber uma montanha de ligações, ela atende a maioria dizendo que no momento não quero comentar sobre o assunto. Enquanto estou neste turbilhão o meu celular pessoal toca e é uma pessoa que não falava comigo a muito tempo.

- Oi. – eu falava.

- Olha, eu não sei quem pode ter feito isso, eu sei que a assessora deve tá pensando que foi eu que fiz isso, mas não fui eu. Tá bom, eu nunca... – ele começava a falar.

- Shiiii, eu sei que não foi você. Você nunca faria isso comigo, você é romântico demais, bobo demais.

- Por que você não aproveita e acaba logo com toda essa farsa? – Heitor me questionava.

- Acabar com a farsa? E correr pros seus braços, faça-me o favor, eu dediquei muitos anos da minha vida a esse trabalho, não posso fazer isso agora. O encosto tá trabalhando em uma forma de tentar me tirar dessa. – falava de uma maneira bruta, afinal eu sou o Bad boy.

- Desculpa, eu não devia nem ter te ligado né, mas...

- Obrigado pelo apoio e desculpa, eu tô sabendo disso agora, tô com a cabeça quente...

- Mas você sabe, pelo menos quem foi que estava com você? – ele perguntava, peraí, ele tava me perguntando isso? Ele não ligou pra saber como eu estava, mas pra saber quem estava comigo na cama.

- Não quero falar sobre isso. Tchau. – Falo desligando na cara dele. Mas não vou mentir, aquela conversa melhorou o meu dia, se o Heitor ainda está com ciúmes de mim, quem sabe....

Continua?

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