Candeias... A dança dos lobos

Um conto erótico de O Autor k...
Categoria: Homossexual
Contém 2892 palavras
Data: 22/09/2014 09:27:51

Formatura é um momento de grande importância para muitos e também uma conquista, para mim deveria ser mais um motivo para eu comemorar, hoje eu estava completando vinte e três anos, mas infelizmente eu não tinha uma família para que eu possa compartilhar esse momento de grande felicidade em uma casa bonita onde estaríamos comemorando em volta de uma mesa ornamentada com varias guloseimas preparada pela minha mãe que estaria muito orgulhosa de seu filho ter terminado a faculdade de gastronomia, ou então estaria dentro daquele grande salão sentados em uma mesa com o meu nome, que assim como todos os formandos tinham uma mesa com vários lugares para sua família assistir a colação de grau e se deliciar com um jantar especial, pode parecer curso de gay ou outro adjetivo, o fato é que cozinhar além de ser um hobe para mim, me dava muito prazer em ver as pessoas saboreando uma comida preparada por você. Mas ao pensar em família me pergunto se eu tivesse um pai, será que ele me apoiaria quando eu optasse por fazer gastronomia?

Talvez sua reação fosse como de muitos pais de meus colegas de classe onde os mesmos não estavam muito satisfeitos em ver seus filhos estudando para ser em sua mente pequena um simples “cozinheiro”. É uma questão que eu jamais saberei a resposta por não ter conhecido minha família, desde pequeno fui criado em um orfanato de freiras aqui na capital e quando completei doze anos fui encaminhado a um colégio interno onde permaneço ate hoje, colégio este que era frequentado apenas por filhos de famílias ricas que não querem ter trabalho de criar e educar adolescentes possivelmente problemáticos, mas ai surge uma nova questão, como um órfão de pai e mãe poderia estar em um colégio interno de famílias ricas e ainda assim ter sua faculdade e tudo que for necessário custeado? Até onde eu sei não tenho parentes, para ser sincero nunca soube nada sobre minha origem, quando perguntava sobre quem estaria pagando, a resposta era evasiva, até que a ultima vez que perguntei ao diretor do colégio sobre isso, ele me respondeu que eu fazia parte de um programa em que empresas privadas custeavam estudos de pessoas carentes e em contrapartida tinha abatimento em seus impostos. Por alguma razão não acreditei muito, mas não podia fazer nada.

Eu estava em um salão enorme, com uma decoração muito elegante, repleta de mesas, onde os familiares dos formandos estariam presentes para comemorar e participar de um jantar em razão da formatura, mas o que era para ser um dia feliz pra mim, estava longe de ser assim, me sentia sozinho por não ter ninguém para estar ali comigo.

Enquanto eu esperava o momento de entrar no salão onde nós iriamos pegar o tão sonhado canudo em que estaríamos colando grau eu me lembrei da época próxima da minha transferência do orfanato para o colégio interno.

12 anos atrás...

Era um sábado, durante o café da manhã eu olhava em volta onde estava cercado de crianças assim como eu órfãs, mas não tão velhas como eu, se não me engano eu era o único que tinha doze anos, por alguma razão nenhuma família demonstrou interesse em me adotar, eu via meus amigos serem adotados com o passar do tempo e ficando apenas eu para trás, sendo assim uma grande tristeza tomava conta do meu coração ate que no sábado quando terminei de tomar meu café eu sai para o jardim e neste momento não tinha muitos amigos, pois a maioria era menor do que eu e eles gostavam de brincar com crianças de sua idade, então eu fiquei sentado em um banco velho que ficava debaixo de uma arvore pensando na vida até que ao longe próximo do portão vi um garoto acompanhado de um casal, ele alto meio forte devia ter uns quinze ou dezesseis anos, provavelmente era mais uma família disposta a adotar um sortudo, eu permaneci parado apenas observando aquela família acompanhada pela freira ate o interior do orfanato, mas por alguma razão eu comecei a sentir algo diferente, era como se uma corrente elétrica percorresse meu corpo e assim meu coração estava acelerado. Eu não entendia o motivo disso, comecei a respirar profundamente para tentar me acalmar e quando olhei novamente para aquela família só vi o garoto me olhando de um jeito estranho e foi só um piscar de olhos ele tinha sumido, olhei melhor em volta, mas não o vi e nem aquele casal e com toda certeza eles estavam lá dentro escolhendo o novo membro de sua família, mas não dei atenção a eles eu precisava me controlar até que senti uma forte pressão na cabeça e tudo se apagou, me lembro de acordar em uma enfermaria no hospital da cidade, só me disseram que eu passei mal por razões desconhecidas, mas achava que era por eu não me alimentar direito, mas não foi a primeira vez que eu senti isso, mais ou menos uma ou duas vezes por semana me sentia estranho meio angustiado e com palpitações no coração, algumas vezes eu falei com a irmã Maria que era a enfermeira do orfanato, mas ela dizia que era algo que eu comi.

Um mês depois eu estava no jardim sentado no mesmo banco onde havia passado mal e por alguma razão fiquei pensando naquele garoto e nem vi o tempo passar até que a irmã Tereza me pede para acompanha-la ate a diretoria, durante o caminho fiquei pensando se eu havia feito algo errado, mas não consegui pensar em nada que tenha feito para ser levado até a diretoria, quando chegamos ela pediu que eu me sentasse.

T:Bom Lucas eu te chamei aqui para comunicar que você vai ser transferido.

L:Transferido? Para onde?

T:É um colégio interno, em que você vai continuar com seus estudos.

L:Mas irmã eu fiz alguma coisa errada?

T: Você não fez nada errado Lucas, acontece que o orfanato só pode abrigar crianças ate doze anos, quando essa criança não encontra nenhuma família disposta a adota-lo, é encaminhada a um colégio interno onde você vai estudar e morar com outros da sua idade.

A irmã Tereza ficou um bom tempo me convencendo de que era o melhor para mim, por mais que eu gostasse dela, não conseguia deixar de me sentir rejeitado por mais uma vez.

Voltando...

Em uma fila aos poucos um a um foi entrando quando seu nome era chamado, onde passaríamos por um corredor bem ornamentado que atravessava no meio do salão até chegar ao palco montado onde ao chegar pegaríamos nosso canudo e ficamos durante a cerimonia e assim foi.

LUCAS VALENTIM

Um pouco nervoso entrei no salão em fila seguindo meus colegas pelo corredor em que varias pessoas estando em pé felizes e sorridentes com suas câmeras fotográficas na mão para registrar o momento, eu sendo órfão não esperava ninguém ali em pé querendo me ver, na realidade já estava conformado em ficar sentado na minha mesa sozinho durante o jantar, alguns amigos me chamaram para eu me sentar com suas famílias, mas eu preferi não aceitar, por ser um momento muito familiar e também não me sentiria bem.

Quando já estava no meio do caminho até o palco vi do meu lado esquerdo um grupo que parecia ser de seis pessoas entre mulheres e homens e uma delas estava com uma maquina fotográfica na mão e só vi a luz do flash, enquanto caminhava eu tentava entender quem eram aquelas pessoas que olhavam para mim, mas na hora só pensei que eram familiares de algum amigo meu.

Ao me sentar em uma cadeira no palco junto com meus colegas pude ver de lá de cima aquele grupo sentado em uma mesa olhando para mim, e durante toda a cerimonia eu os observava e de vez em quando mais um flash era direcionado a mim, ate que chegou o final quando os formandos se juntariam a suas famílias, eu fiquei enrolando enquanto todos desciam felizes em direção a suas famílias que felizes abraçava e beijava meus colegas, eu ate tinha a intenção de ir embora já que não tinha ninguém, assim seria menos triste, mas quando desci o ultimo degrau la estavam aquelas pessoas sorrindo para mim, e logo uma mulher alta loira com olhos verdes e sorridente me abraçou.

?:Olá Lucas, parabéns pela sua conquista.

Por um momento pensei que eles estavam me confundindo com alguém, porque nunca vi eles em minha vida. Mas nem deu tempo de perguntar e já fui puxado por outra garota, mas essa era também mais alta do que eu e tinha o cabelo curto bem preto com seus olhos castanhos penetrantes, de certa forma estava envergonhado por ser abraçado por pessoas tão bonitas e logo após quatro rapazes me cumprimentaram com um aperto forte de mãos.

L:Desculpe, mas eu acho que não conheço vocês.

A:É claro que não conhece, eu sou Amanda, essa é a Valquíria, Camus, Lazaro, Luigi e o Aroldo, vamos para a sua mesa e lá agente conversa melhor.

Eu não estava entendendo nada, até pensei em sair correndo por medo daquelas pessoas estranhas, mas minha curiosidade falou mais alto, quando nos sentamos logo fomos servidos e ao mesmo tempo fui bombardeado por perguntas, tais como: Como foi minha infância? Do que eu gostava, estilos de musicas, se eu era mais caseiro ou baladeiro? E as minhas respostas eram a mais honesta possível, eu nunca gostei muito de baladas, sempre fui mais caseiro, meus gostos musicais eram bem diversificados, mas admito gostar mais de musicas internacionais estilo românticas.

Para alguém de fora ao nos ver parecia que todos ali estavam alegres e se entrosando bem, mas eu me sentia desconfortável, pois sempre que tentava perguntar alguma coisa eu era cortado com alguma pergunta ou comentário.

V:Bom Lucas, você deve estar se perguntando quem somos nós, como te conhecemos sendo que nunca nos encontramos antes.

L:É bem isso.

V:Fique tranquilo querido esta seguro com a gente, com exceção do Camus e do Aroldo, somos seus primos por parte de pai. Só soubemos de sua existência quando você tinha doze anos e então nossa família cuidou para que você tivesse a oportunidade de ter os melhores estudos assim como a chance de decidir sobre seu futuro, claro custeado pela família.

L:Primos, mas porque, nunca soube... eu sempre achei que fosse sozinho.

A:Eu imagino Lucas, mas acredite nossa família passou por problemas sérios a muitos anos atrás e era o melhor para você ficar longe desses problemas.

L:Tá mas e meus pais?

Lui: Sua mãe se chamava Adriana ela conheceu seu pai na faculdade quando ela estudava enfermagem e ele medicina e por alguma razão seu pai escondeu da família que sua mãe estava gravida de você, ela teve uma gestação muito difícil e quando estava prestes a dar a luz ouve uma complicação e ela faleceu.

Lui: Seu pai se chamava Ângelo, faleceu também uma semana depois de seu nascimento, como te falei ele escondeu da família sobre a existência da sua mãe e de que ela estava gravida, portanto nós não sabíamos de seu nascimento.

Quando soubemos fomos imediatamente ate o orfanato e soubemos que você estava prestes a ser colocado na rua, por que não poderia ficar crianças maiores de doze anos.

L:Mas como foi que me encontraram? E como foi que o meu pai morreu?

Ouvir aquilo tudo estava me deixando confuso, ao saber sobre meus pais... Era surreal e queria perguntar tantas coisas, mas acho que eles só estavam me contando certas coisas e outras eram omitidas, principalmente ao ver a troca de olhares entre eles.

A:Lucas você vai saber de tudo, fique tranquilo, mas depois quando sairmos daqui, só vamos passar para pegar suas coisas no seu alojamento e você virá conosco.

L:Acho que eu não tenho escolha, agora que eu me formei, teria que procurar um lugar para morar e trabalhar...

V:Luquinhas eu sei que você quer perguntar um monte de coisas, mas fique tranquilo, a partir de agora sua vida vai ser totalmente diferente do que era antes. Nós imaginamos que não foi fácil pensar que estava sozinho no mundo sendo rejeitado pelos pais, mas tenha certeza que se seus pais estivessem vivos eles te amariam muito, então a partir de hoje coloque uma pedra no passado e siga em frente. Vamos contar tudo o que você precisa saber, mas por hora é melhor você se despedir de seus amigos, por que logo teremos que ir.

De certa forma as palavras da Valquíria me ajudaram então me levantei e fui de mesa em mesa me despedir daqueles que eu gostava e após o jantar saímos e na porta havia dois carros e então entramos e seguimos para o prédio em que ficava meu alojamento, o que era estranho é o jeito que eles ficaram, parece que estavam com medo que algo acontecesse, pois o Camus, o Aroldo e o Luigi ficaram de fora, perto dos carros, como se fosse para vigiar enquanto as garotas me acompanharam ate o meu quarto, mas na hora não pensei muito, juntei todos os meus pertences entre roupas e calçados e livros e arrumei tudo em duas malas e logo após falei com o diretor do alojamento e agradeci pelos anos de paciência que tiveram comigo e assim fomos embora e pegamos a estrada.

L:Para onde é que agente vai?

C:Fica tranquilo, logo você vai ver, são oito horas de carro.

Se eu fosse uma pessoa normal, eu ficaria com um pé atrás em ir com essas pessoas, mas por alguma razão que eu não compreendia alguma coisa me dizia para ir com eles, e eles sempre me passavam segurança então resolvi seguir a minha intuição, em um dos carros fomos eu Camus e Lazaro e no outro foi Luigi, Valquíria, Aroldo e Amanda. Quando saímos da cidade eles seguiram pelo Sul e dentro do carro perguntava algumas coisas, mas por alguma razão eles disseram que eu saberia assim que chegasse, olhando para eles fiquei com um pouco de inveja pelo jeito deles, todos os rapazes era altos entre um metro e oitenta e cinco e um e noventa, as garotas variam entre um metro e setenta e um metro e oitenta, comparados com meus um e cinquenta e seis, me sentia um anãozinho, sem falar que eles eram fortes e com toda certeza deviam passar horas e horas na academia, esses traços europeus, pois todos eram muito brancos exceto Lazaro que era um alvíssimo negro que usava um charmoso cavanhaque que deveria alvo de cobiça de muitas agencias de modelos pelo mundo, não só ele, mas todos eram lindos com idade entre vinte e cinco a trinta anos.

Com o passar do tempo fui atingido pelo sono e adormeci, Camus e Lazaro permaneciam sempre em silencio, mas notei que toda hora um olhava para o outro com uma expressão estranha, hora era sorrindo ou então preocupado vendo isso eu poderia jurar que eles estavam conversando telepaticamente, rindo de meu próprio devaneio adormeci e não sei quanto tempo eu dormi, mas despertei ouvindo a voz de Camus...

C:Ele deveria ter vindo.

L:Ele tinha que cuidar da avó, como iria sair e deixar ela sozinha, esqueceu que os pais dele estão viajando?

C:Ha é mesmo.

L:Você sentiu?

C:Assim que entrei naquele lugar.

L:É estranho, o cheiro... Como acha que as pessoas vão lidar com um hibrido?

C:No começo vão estranhar, é o primeiro hibrido de nossa cidade, além do mais ele não vai deixar ninguém destrata-lo.

L:Primeiro Ômega Hibrido de Sancanar.

C:Os outros clãs já dever saber disso.

L:Eros teme que os outros clãs podem entender como uma aberração.

C:A guerra acabou a anos, só temos que nos preocupar com os caçadores.

Eu não entendi nada do que eles estavam falando, deve ser a respeito de algum seriado novo de tv, na realidade tinha outras preocupações, como o lugar que eu ia morar, dinheiro, pois não queria depender de parentes para viver, agora que eu me formei, preciso me virar, e pensando nisso voltei a dormir ignorando os dois que ainda conversavam coisas sem sentido.

Não sei dizer por quanto tempo eu havia dormido, mas quando acordei já estava amanhecendo.

C:Bom dia.

L:Oi bom dia, nossa acho que dormi demais, minhas costas estão doendo.

La: Já estamos quase chegando, Lucas esta com fome?

L:Não eu to bem, valeu.

Olhei pela janela e para todo lado que se via era montanhas imensas e verdes, aquela região era próxima do litoral se não me engano e também estava fazendo um pouco de frio, mas não me queixei apenas queria chegar logo e espichar as canelas, pois dormi de mau jeito e estava com dor nas costas e logo olhei para trás e vi o carro do pessoal seguindo agente e após uma meia hora olhei para a esquerda e vi um lago enorme cercado por pinheiros no meio de um vale em que era protegido por imensas montanhas que com certeza era o sonho de consumo de todo alpinista e próximo ao lago vi uma cidade pequena e conforme seguíamos aquela estrada cheia de curvas fomos nos aproximando.

L:Enfim chegamos Lucas, bem vindo a Sancanar.

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Comentários

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Tô eu aqui, lendo esse conto que estou adorando , uma pena que o autor, parece que abandonou a história, pois faz muito tempo, que não posta nada, por favor se você estiver lendo esta publicação, continue a história, ela é muito boa, para ficar assim pela metade!!! 👏👏✌✊😘💓😉

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PERFEITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO LINDO COMECEI A LER AGORA MAIS VC JA TEM UM FÃ KKK

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Sempre acompanhei, porem so criei conta agora, voce é perfeito...

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Acompanho seus contos a um tempão,mas só agora pude comentar...E cara teus contos são SENSACIONAIS.

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Maravilhoso! Estou *O* super ansioso pela continuação. Uma temática excelente para meu envolvimento! Um autor digno de elogios!! Um grande e caloroso abraço.

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Gostei,explica melhor esse negócio de híbrido,olha um pedido será que você poderia. colocar o nome inteiro dos personagens so as iniciais fica confuso,ah descreve eles também

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Já amei seu conto! Que bom que voltou e não demora a postar.

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