Simplesmente... Amor. –(capitulo 3)

Um conto erótico de C. venturi
Categoria: Homossexual
Contém 1576 palavras
Data: 20/10/2014 15:25:10

Preguiça era o que eu estava sentindo na hora de vestir a roupa para a balada. Se bem que eu estava morrendo de saudades de sair com os meus amigos, e claro o Lucas não iria atrapalhar em nada, e também estava morrendo de curiosidades para conhecer a noive dele.

Davi- vamos amor.

Davi entrou no meu quarto feito um furacão me pegando de cuecas.

-sai seu louco. Corri e me enrolei na toalha. –não esta vendo que ainda estou de cuecas.

Davi- o que você tem ai eu também tenho. Ele abaixou as calças e ficou de cueca. –viu só.

Começamos a rir e eu estava ali só fazendo cena afinal crescemos todos juntos e vergonha era algo que eu não tinha com os meus amigos.

-então me ajuda aqui a escolher uma roupa.

Davi- beleza. Ele suspendeu a calça e veio em minha direção. –se liga, pega esse short jeans azul marinho, essa pólo branca e esse sapatenis branco, e o relógio com a pulseira preta.

-vou ficar estranho.

Davi- vai nada, se veste ai que eu quero ver.

Eu me vesti e o filho da mãe estava certo, ficou bem legal em mim.

Davi- ai viu só, ficou lindo. Ele foi e pegou um perfume meu. –agora põem esse perfume e vamos indo.

-cadê o resto do povo?

Davi- o Ander foi buscar as meninas, o Lucas foi pegar a Vanessa e disse que encontraria a gente lá.

-esquece a porra do Lucas, que merda.

Davi- vamos indo que não quero bêbado chato perto de mim.

Descemos ate o estacionamento em silencio, o assunto “Lucas” sempre me deixava assim, estranho, estressado.

Davi- Claudio, olha pra mim.

Estávamos já dentro do carro dele e ele antes de partir me pediu isso. Eu olhei.

Davi- só me escuta, beleza. Olha eu sei que o que o Lucas fez foi horrível, e eu no seu lugar estaria a ponto de matar ele, certo que o tempo passa e a dor fica. Ele suspirou. –Claudio eu não o Lucas então eu que não vou ser a pessoa que ira fazer vocês dois voltarem a se falar como antes, quem tem que fazer isso é o próprio Lucas. Ele sofreu muito com o que aconteceu com você e sofreu mais ainda quando viu você partir. O Lucas depois daquele dia não voltou a ser o mesmo amigo.

O Davi me abraçou e ligou o carro para irmos para a balada. Quando chegamos a porta e eu desci do carro eu fui ate ele.

-tem razão Davi. Vou dar uma chance para o Lucas, vamos ver como vai ser.

Davi- que bom irmão, esquece o passado e pense no seu presente. Águas passadas não movem moinho.

Entramos na boate e encontramos a turma já na área vip. ($$$)

Julia- aeeee chegou o gato.

Davi- obrigado.

Clara- sai daí urubu, estamos falando do Claudio.

Ander- hahaha urubu.

-gente chegou os gatos, afinal o Davi da um pecado em movimento.

Davi- se eu fosse gay lhe arrebentava aqui mesmo.

Julia- eita peste, chegou o ogro hahaha.

O que dizer desses loucos né haha. Ficamos ali bebendo e conversando ate que eu o vi entrar com a noiva.

Julia- Lucas chegou com a Vanessa gente.

Não vou mentir quando eu o vi chegando com aquela mulher eu me senti estranho, alo estava ficando apertado dentro de mim, era um sentimento que eu ainda não conhecia. e ele estava lindo de calça e uma polo preta que caiu muito bem com o corpo dele.

Clara- Claudio vem aqui. Ela me pegou e me levou ate a Vanessa. –Claudio, Vanessa,Vanessa, Claudio.

Vanessa- prazer, então esse é o famoso Claudio. Ela me beijou e me abraçou. –é muita honra.

A Vanessa era um amor de pessoa, loira e com o corpo na medida certa, tinha assunto pra tudo e era extrovertida, não vou negar que Lucas escolheu a pessoa certa.

-como assim famoso?

Vanessa- o Lucas não parava de falar em você, contar às loucuras que vocês faziam, e o carinho que ele sente por você.

-é mesmo? Olhei para Lucas que estava com vergonha do lado dos meus amigos. Ele sorria de cabeça baixa.

Vanessa- pois é Claudio, você é o mais especial da turma.

Lucas- vamos beber e dançar, afinal viemos aqui pra isso.

Vanessa- olha só ficou com vergonha haha.

Ficamos rindo e bebendo. A conversa nunca terminava ali naquele grupo e Vanessa sempre fazer todos rirem com suas historias e suas palhaçadas, Lucas que ficou a maior parte do tempo calado e só dava risinhos, sempre o pegava olhando pra mim e quando eu percebia ele desviava o olhar e eu fazia o mesmo. Porra, por muito tempo eu fiquei longe, por muito tempo eu não ficava tão estranho perto de uma pessoa, e Lucas conseguiu mais uma vez acabar com o meu psicológico.

Davi- estamos indo para a pista de dança Claudio, você vai com a gente?

-não, prefiro ficar aqui.

Todo mundo desceu da área vip e eu fiquei bebendo e olhando eles se acabando de dançar La embaixo. Foi ai depois de um tempo que o Lucas se afastou dos nossos amigos e foi ate a mesa do Dj, ele falou algo no ouvido dele e voltou pra junto da sua noiva e da turma.

O Dj tocou uma musica que logo imaginei que ele pediu. Todos começaram a gritar e assoviar, os casais foram se formando e dançando devagar.

Slow Dancing In A Burning Room -John Mayer

http://www.vagalume.com.br/john-mayer/slow-dancing-in-a-burning-room.html

Isso não é um momentinho bobo

Não é a tormenta antes da calmaria

Isso é a profunda e ofegante respiração

Deste o amor no qual estávamos trabalhando

Lucas dançava lentamente olhando pra mim, ele não parava de me olhar um só momento, ele adivinhou que essa era uma das minhas musicas favoritas.

Estamos acabando

E você consegue ver isso, também

Estamos acabando

E você sabe que estamos condenados

Minha querida, estamos dançando lentamente num quarto em chamas.

Aquilo estava me matando, aquela cena toda, a musica, o local. Tudo estava conspirando contra mim, Lucas era noivo, me tratou feito nada quando descobriu que eu era gay, e agora esta ai todo cheio de amor querendo meu perdão. Isso ele não iria ter, nunca.

Desci as escadas da área vip apressado, não queria mais ficar ali vendo aquela cena que não sabia explicar mas me incomodava. Fui para o estacionamento e fiquei olhando o movimento na rua e tentando achar um taxi para ir embora, minha noite acabou.

Lucas- pensa que vai aonde? O filho da mãe apareceu do nada me assustando.

-embora, pra mim já acabou a noite.

Lucas- mas ainda é cedo Claudio.

-Lucas já é 2 da manha, esta tarde e você esta porre, é melhor você também ir embora.

Ele simplesmente ficou olhando pra mim e sorrindo. Colocou as mãos no bolso e ficou olhando o céu.

Lucas- vamos voltar pra boate, vai primo.

-Lucas não me enche e volta pra sua noiva.

Lucas- ciúmes é? Disse ele olhando pra mim e com um sorriso maldoso.

-seu cu, vai La porra e me deixa aqui.

Lucas- eu sempre fui um homem corajoso, nunca tive medo das consequências e nem do futuro. Ele ficou olhando pra cima e suspirando. –mas pela primeira vez estou com medo do que vou fazer, do que pode acontecer depois.

-fazer o que? Se matar? Sumir? Virar gente?

Lucas- não, disso aqui ó.

Ele me puxou me abraçando envolveu os seus braços na minha cintura e me beijou. Sim meu povo e minha pova ele me beijou, no começo eu tentei sair mas ele não deixava e sempre me prendia, aos poucos fui deixando e me entreguei totalmente ao beijo. Ele começou tímido, sem forçar nada, com o tempo foi ficando um beijo mais quente, voraz e posso dizer com uma certa pitada de amor. Nossas bocas se uniram perfeitamente, e sem falar nos corações que eu conseguia sentir o pulsar do meu e do dele como se estivessem conversando. Paramos o beijo a procura de ar que estava difícil naquele momento.

-porra Lucas, o que você fez? Estava confuso e foi ai que cai na real, eu beijei o meu primo, e ele estava noivo. –esta ficando maluco.

Lucas- droga, não devia ter feito isso. Ele colocou as mãos na cabeça e começou a olhar para o lado confuso. –desculpa Claudio, não devia... Desculpa... Droga... De novo não.

Foi as únicas palavras que ele disse e correu para dentro da boate, por sorte que não tinha ninguém quando o doido me beijou. E que beijo, fiquei com ódio depois do ocorrido mas quando consegui ficar mais calmo eu fui ate o carro e fiquei deitado no capo olhando o céu, voltou o beijo na mente e desta vez eu me peguei sorrindo, não sei que houve comigo, mas a barreira de gelo que eu criei no meu coração estava derretendo, eu estava gostando do Lucas.

-não, não pode ser, isso não meu deus. Fiquei serio e então foi que veio o choque de realidade. –eu não posso gostar dele, Lucas é meu primo, ele é meu primo e... Estava noivo.

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mais uma parte galera, obrigado por tudo e amanha ou depois eu volto com mais uma parte e posso garantir que agora as coisas vão começar a mudar e muita agua vai passar por debaixo da ponte, aguardem... bjao e ate o proximo.

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Comentários

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Lucas gosta dele só não admite. Amei cap, ansiosa pelo próximo. :-)

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Não tão fácil assim , chéri, s'il te plaît! Ansiosa pelo próximo!

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Que situação tensa... conto maravilhoso

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