Será 2

Um conto erótico de Romulo
Categoria: Homossexual
Contém 1024 palavras
Data: 28/10/2014 18:02:34

CAP2 – PRIMEIROS SINAIS

Queridos, quero agradecer bastante pelos comentários e pelos votos. Espero que esteja agradando a todos. Como é meu papel, iriei aqui contar histórias, muitas delas de amigos e conhecidos, algumas minhas, outras apenas fruto do meu subconsciente. Em cada uma dessas histórias eu tento mergulhar o máximo possível no personagem, então fica um pouco meio que complicado viver e escrever ao mesmo tempo. Por isso, peço perdão se às vezes algumas partes dos contos demoram a ser postadas. Por exemplo, o conto “P.S.: Ainda te amo”, ele foi concebido primeiramente para ser um Yaoi, mas como muitos gostaram e quiseram conhecer um pouco mais do Jason, eu já comecei a me enturmar um pouco mais com seu personagem e prometo que logo estará saindo a continuação do conto. Sem mais delongas, vamos ao conto.

Ontem eu comecei a contar um pouco pra vocês sobre a minha história com ele. E eu posso estar desapontando quem esperava que eu não o desse um rosto, ou um nome, mas não posso fazer isso com alguém que é tão importante para mim, então, o nome dele é Renato, eu o conheço desde moleque, estudamos juntos no primário, colegial e agora moramos fora de nossa cidadezinha natal cursando faculdade de medicina.

Durante toda a minha vida esse moleque sempre foi meu único amigo e acho que eu também era o dele, nós cuidávamos um do outro, sempre cuidamos. Era como se um fosse a extensão do outro, o que faltava na personalidade dele, a minha inseria. Eu fazia o tipo atleta, festeiro, o cara da zoação, enquanto ele era mais de estudos, muito tímido. Então eu cuidava da nossa diversão, enquanto ele cuidava de nossos estudos e responsabilidades.

O que posso dizer sobre isso? Desde pequenos éramos assim, vimos que essa nossa amizade poderia funcionar para os dois e até agora estava dando certo, então vivíamos bem assim.

Mas continuando de onde paramos... Eu deixei seu celular e fui para o meu quarto ver se conseguia estudar um pouco... nada. A dor em minha cabeça não me deixava nem pensar direito, larguei de lado os livros e resolvi dar um pulo na piscina. Cheguei lá e ele estava tomando sol na borda. Era religioso dele fazer isso.

“Levantou cedo, hein. Pensei que ia dar um pouco mais de trabalho”. Disse ele ainda de olhos fechados.

“É, se eu demorasse um pouco mais naquela boate talvez você tivesse muito mais trabalho”

“Sei bem disso, achava que ia ter que entrar no tapa com umas vadias pra te tirar de lá. Tava impossível aquilo!”

“Kkkkk, que é isso, não precisa de ciúmes. No final, quem me levou pra casa? kkk”

“Idiota”. Ele me deu um soco e se lançou na piscina.

“Idiota? Espera aí que você vai retirar o que disse”. Pulei atrás e comecei a perseguir ele na piscina, até que consegui encurralá-lo em um canto colocando meus braços no caminho. Estávamos muito perto, nossas respirações estavam muito lentas, por causa do nado, meu olhar se prendeu ao dele e quando eu sabia que já não tomava mais de conta do meu corpo, ele abaixou o rosto e aí eu acordei.

Fiquei um pouco desorientado, meio sem chão, não entendia como havia chegado naquele ponto, também não entendia como tinha saído dele, eu só pedi desculpas e saí, deixando o clima pesado se instalar entre nós.

Chegando no meu quarto eu fui pensar sobre o que tinha acontecido minutos atrás: Como eu pude desejar tanto um beijo de meu melhor amigo gay? Será que eu era gay também. Foi a primeira coisa que me veio à mente. Fui até a persiana e olhei lá em baixo na área da piscina, ele ainda estava naquela borda, ao que parece, refletindo assim como eu. Putz, que merda eu fui fazer... Nem sabia se tinha feito algo, mas com certeza se fiz foi uma merda.

Me deixei cair em minha cama e fiquei olhando o teto. Refletindo sobre tudo isso, claramente eu tinha algo especial com o Renato, mas será que chegava a esse ponto? Sentia um grande carinho por ele, maior que por qualquer outro membro da minha família até, mas isso por causa de toda a nossa convivência juntos. Eu também gostava de ter ele sempre por perto, mas outra vez, por causa de nossa convivência. É, acabei por decidir que era tudo coisa da minha cabeça e resolvi pegar meus livros e estudar um pouco pra ver se tirava aquilo da minha cabeça.

Não levei muito tempo nisso, minha atenção foi chamada pelas suas batidas na porta.

“Oi, posso entrar?”, ele parecia um tanto quanto cuidadoso.

“Claro que pode.”

“Olha só, eu só queria ter certeza de que estava tudo bem.”

“É, parece que sim. Desculpa, não sei o que me deu. Acho que ainda estou meio sobre o efeito do álcool. rsr”

“kkkk, Ai que bom! Não se preocupa, estamos bem, isso que importa”. Ele se sentou na beirada da cama e começou a fazer uma massagem em meus pés. Coisa que fazíamos um no outro quando precisávamos relaxar, uma simples forma de demonstrar que estava ali ao meu lado para me ajudar, sempre.

Não demorou muito e naquela massagem eu acabei adormecendo. Nos meus sonhos, aquela mesma tortura vivida na piscina se repetia, mas agora nada nos impedia de selar o beijo. Ele veio na minha direção, eu fui na sua, meu olhar de repente mudou seu foco para a boca dele e não havia mais o que fazer. O hálito quente dele partiu em uma lufada fresca direto para o meu rosto e eu não consegui mais conter minha vontade dele. Um beijo normal, mas ao mesmo tempo especial. O estranho é que foi tão normal que parecia o certo. Parecia que era a única coisa certa que ainda havia.

Acordei soado, no meio da tarde, e com uma leve ereção, a qual eu não consegui satisfazer com todos os meus esforços. Me aprontei e fui procurar por ele para irmos à faculdade, ele já deveria ter ido, então entrei no carro e fui rezando para que ninguém notasse minha leve “distração”.

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Da hora! Essa fase da descoberta do amor é sempre muito interessante.

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