O Amor Vai Nos Separar III

Um conto erótico de Irish
Categoria: Homossexual
Contém 733 palavras
Data: 17/10/2014 17:42:11

Eu nunca tinha estado em Ilhabela. Quando a relaçao com meus pais era boa, costumavamos viajar para Santos todo mes, pois tinhamos uma casa ali. Ou era Santos, ou era o sitio em Itu, herança dos meus avos.

Fiquei encantado com o balneario, o mar cor de safira, o verde forte da vegetaçao costeira. Na chegada dispensamos a balsa e fomos na lancha do pai de Tony, pilotada por este ultimo. Ele manejava bem a embarcaçao, todo orgulhoso, de oculos escuros e camiseta listrada, com um shorts curto. Que pernas grossas! Cobertas de pelos negros e lisos. Fiquei fissurado, mas disfarcei. Mauro pendurava -se a ele igual a uma lesma, dengoso, se deixando apalpar na bunda descaradamente.

A casa nao era tao grande, porem luxuosa, afastada das outras e encravada na mata. Tony dispensou o caseiro assim que chegamos, de modo que ficamos sozinhos. Ele proprio preparou o almoço que foi um rondelli com molho vermelho. Trouxera muitos congelados na bolsa termica, alem de bastante cerveja e uisque.

O sol faiscava na areia branca, acentuando o azul de ceu e mar. Passeamos à vontade por ali, ja que a area era deserta, ainda mais com o sol a pino. Eu podia andar abraçado a Vitor tranquilamente e ele nao se envergonhava de me beijar na frente do casal que praticamente se engolia perto da gente. Em um momento em que os amassos entre eles estavam bem intensos foram para dentro da casa, e meia hora depois Vitor e eu tambem entramos, cansados de calor e caminhada.

Do andar superior da casa vinha um som infernal do aparelho ligado no ultimo volume e o "Rock and Roll " do Led Zeppelin berrando.

- Que barulheira! - falei, indo pegar agua com gelo na cozinha.

- Devem estar chapados - disse Vitor me seguindo - Nao creio que o Mauro esta indo por esse caminho. Que burrice, cara! Logo ele, tao centrado...

- Pode estar apenas experimentando...

- Experimenta e depois nao para. Sei bem como funciona isso. Mas esse moleque vai me ouvir, e hoje! Nao vai jogar a vida dele fora. Nao mesmo - disse Vitor, serio.

O disco deve ter acabado, pois houve silencio de repente, por uns dez minutos. Vitor terminava de salgar a pipoca que fez para nos, quando de subito Mauro rompeu na cozinha, pelado, coberto de marcas de chupada, mordidas, suor e esporro na pele. Vinha numa agitaçao estranha, falando alto, rindo exageradamente.

- Filhos da puta! - ele gritou - Fizeram pipoca e nem pra chamar a gente!

Olhamos para ele, perplexos. Mas Vitor cerrou os punhos e avançou para ele, puxando -o, tentando leva -lo para cima.

- Venha! Vai tomar um banho frio. Drogado desgraçado!

- Me larga, Vitor! - ele berrava, agitado - Me solta! Tony!

- Chama ele, chama! Nem te ouve. Deve estar com o rabo cheio de cocaina - disse Vitor com raiva, puxando -o com força pela sala - Me ajude, Marcos.

A muito custo conseguimos levar Mauro para cima. Ele se debatia, tentando nos chutar e morder, sendo arrastado pelo corredor. Quando conseguimos coloca -lo debaixo do chuveiro ele chorava, falando coisas incompreensiveis.

- Pega a roupa dele la no quarto - disse Vitor.

Meio receoso entrei no quarto deles. A bagunça era enorme : garrafas de cerveja pelo chao, roupa espalhada pelos moveis, discos sem capas e sobre a escrivaninha de mogno as belas e brancas carreiras de cocaina, um pouco espalhadas pelo uso, ao lado duma gilete e um canudinho feito com cedula de dinheiro.

Na cama ampla e revirada Tony parecia adormecido, de pernas abertas, barriga pra cima, nu. Tinha, como imaginei, um belo membro generoso, mesmo em repouso. Peguei a roupa do Mauro e me aproximei da cama, fascinado, sentindo o cheiro de suor e semen que ele emanava.

- Tony - chamei.

Ele abriu os olhos lentamente, me encarando. Ouvi do banheiro o grito de Vitor.

- Ei, Marcos! Anda logo!

- Seu homem chamando - disse Tony numa risada preguiçosa.

- Estou indo! - gritei em resposta, sem conseguir de parar olhar para o outro.

O olhar dele me paralisava naquele jeito fixo, penetrante. Num impulso que me desnorteou, ele me puxou para cima de si, me prendendo num beijo de lingua intenso, sem folego, tentando enfiar a mao no meu shorts, me apertando a bunda. Sai de cima dele num pulo, limpando a boca, andando apressado pelo corredor, ainda segurando as roupas de Mauro. Mas ia excitado, e sorria sozinho feito um idiota.

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Valeu, gente! :)

aline.lopez844@gmail.com Me escrevam!

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