5 Noites.

Um conto erótico de HenriqueAutoral
Categoria: Homossexual
Contém 954 palavras
Data: 23/11/2014 15:27:20

Bom, sou novo aqui. O que vou relatar é verídico e aconteceu nesse ano de 2014. Peço desculpas se não agradar, mas o texto é bem cru, não omiti nem acrescentei nada. Tudo aconteceu e eu nunca vou esquecer. Esse texto é mais um desabafo, ou simplesmente um modo de deixar na memória uns dos melhores momentos da minha vida. Obrigado e espero que gostem.

O primeiro dia.

Você estacionou a moto e me deu o capacete. Eu estava tão nervoso que minhas pernas tremiam e minhas mãos suavam. Até pálido eu deveria estar. Subo na sua moto e saímos por aí. Eu na garupa de um desconhecido, me submetendo a qualquer coisa para enfim encontrar o amor. Paramos no posto de gasolina e eu compro uma lata de coca. Pergunto pra ti se quer alguma coisa e você diz não, e depois volta atrás e diz querer uma água. Que sensação estranha era aquela, de estar tão perto de alguém, de ter a sua atenção totalmente voltada pra mim. Já nem me lembrava o que era sentir aquilo. Volto pra garupa e saímos. Pegamos a rodovia e quando o trecho fica sem movimento você começa a passar a mão na minha barriga, e vai descendo, descendo… Puta merda! Que irresponsabilidade você dirigindo com uma só mão. Mas nada que se compare a minha irresponsabilidade de sair com um desconhecido e dizer para todo mundo que estava indo dar uma volta rápida no bairro.

Quando chegamos ao motel, fico desconcertado pois atrás de nós tem um carro, provavelmente de algum casal hétero. Mas no fim eu rio, gargalho pra falar a verdade e você vira a cara e me olha intrigado por trás do capacete.

Entramos.

Suite moto, preço R$35,00 por três horas.

Quando chegamos no quarto, vou direto para o banheiro jogar a lata de Coca-Cola fora. Assim que saio você me surpreende com um beijo com tamanha intensidade que me deixa sem ar.

Me lembro que não desliguei o celular, e a música alta invade o ambiente através dos fones soltos.

Estou extasiado. Vou direto abaixar a sua cueca e ver o que me aguarda, mas você me faz ficar na vontade. Me despe e me joga na cama; eu completamente nu e você só de calças. Continua me beijando, jogando seu peso pra cima de mim. Me sinto dominado.

Tiro o resto de suas roupas e te vejo nu. Aquela visão me deixa estarrecido. Seu membro ereto, cheio de veias, pulsando. Você força minha cabeça até ele e o coloco na boca. Olho nos seus olhos que parecem suplicar para que eu continue. Você me puxa e me beija, sua língua invadindo toda a minha boca. Suas mãos fortes me apertando e deixando as marcas de seus dedos na minha bunda.

Você me pede pra ficar de quatro. Faço, meio desajeitado já que não tinha muita experiência. Me vejo no espelho, a imagem de uma pessoa submissa que quer ser amado.

Fui do céu ao inferno após o beijo grego. Sentia a sua língua penetrar fundo, e enquanto você me chupava, via nos seus olhos o prazer de me ouvir gemendo e pedindo pra não parar.

Depois sussurra em meu ouvido: “Se doer me fale que eu paro, tudo bem?” Fico maravilhado de que você se importa comigo. Sussurro de volta: “Sabe como as coisas funcionam? Você manda e eu obedeço”.

Você me beija no pescoço enquanto me penetra, sussurra no meu ouvido gemidos e me chama de seu. Você vai mais forte e mais fundo, me come como se fosse morrer no outro dia e aquela seria a última noite de prazer. Agora enquanto me penetra, vai me masturbando e pedindo pra eu gozar pra você. Não resisto muito tempo e isso acontece. Nunca senti tanto prazer na vida.

Você tira a camisinha e volta a colocar seu membro em minha boca. Sinto o líquido quente encher minha boca, e o sabor diferente, porém bom, desce minha garganta. Você olha pra mim e sorri, deixando à mostra seus dentes perfeitos. Seu corpo suado em minha frente me dá arrepios, e seu membro ainda ereto me deixa louco de desejo. Você me puxa pra si e me abraça, põe o rosto no meu pescoço e me cheira. Vai me arrastando até o banheiro. Liga o chuveiro, e agora a água morna vai lavando nossos corpos. Você me abraça e ficamos ali juntinhos.

Ainda temos 1 hora.

Deito no teu peito, os pelos exalam o cheiro do sabonete do motel. Você me faz um cafuné e fica olhando dentro dos meus olhos. Eu ali, com um completo desconhecido, nus deitados numa cama de motel, vendo nossa imagem refletida no espelho, nossos pés juntinhos. Não me reconheço. Você me pergunta se me machucou. Digo que não, embora sinta um pouco de dor e anteriormente vi um sangramento. Normal. Agora me sinto cuidado por você. Nunca me senti tão completo. Estou morrendo de fome e você me convida pra lanchar. Peço sanduíche de frango e uma lata de Coca-Cola, você pede um X-Tudo (Guloso!) e uma garrafinha de água mineral. Fico perplexo quando tu me perguntas sobre minha vida. Fui até ali achando que só queria o sexo, agora quer saber sobre mim. Estranho, mas cedo. Digo tudo o que passei na vida. Dos momentos bons aos ruins. Conto do episódio em que, em uma tentativa estúpida de acabar com meu sofrimento, tentei suicídio pela primeira vez. Conto sobre minha psicóloga louca e sobre os comprimidos que sou obrigado a beber todos os dias antes de me deitar. Sobre você, descobri que era professor de física, que por sinal é a matéria que mais odeio, mas se tu quiser aprendo a amar. ”

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