Um dia de Domingo - Cap 20

Um conto erótico de Victor V
Categoria: Homossexual
Contém 1154 palavras
Data: 30/11/2014 22:04:50
Assuntos: Amor, Beijo, Briga, Gay, Homossexual

Galera, desculpa não postar no FDS, mas foi meu aniversário sexta e eu tava comemorando! Mas ta aí, um beijo a todos e espero que gostem!

==========================

NARRADO POR VICTOR VILLEFORT

Chegamos em Poços de Caldas na hora do almoço. Eu, Lucão e a tia de Lucão.

Assim que chegamos em casa minha mãe já começou a grita:

- VOCÊ É LOUCO MENINO? QUE IDEIA É ESSA DE IR ATÉ BELO HORIZONTE COM UM ESTRANHO!? VOCÊ ME DEIXOU PREOCUPADA! PENSEI EM CHAMAR A POLICIA, SEU IRRESPONSÁVEL... – Minha mãe parou de gritar quando viu que tinha visitas...

- Mãe.. Eu tive que fazer isso... Mas.. Eu não podia deixar Lucão ir embora do Brasil – Minha mãe olhou meio desconfiada para mim

- Eu não sei como a senhora vai reagir, mas... Lucão é o amor da minha vida. Eu amo ele. Amo muito mesmo! Ele é meu namorado e... consequentemente... eu sou gay.

Minha mãe fechou a cara para mim. Minha irmã mandou um “Pqp! Sério?”.

- Victor, vai pro seu quarto. Quero conversar com você lá... – Minha mãe falou em um tom sério.

Eu troquei um olhar com Lucão e fui para o meu quarto. Minha mãe veio atrás de mim. Assim que nos entramos ela bateu a porta.

- Que merda é essa, Victor? – Olhei assustado para minha mãe.

- Merda por que?

- Essa besteira de ser gay agora? – “Essa não é minha mãe” pensei. Minha mãe era tão carinhosa, nunca imaginei que ela fosse agir assim.

- A verdade! Eu amo o Lucão, ele me ama. Simples. Algum problema com isso? – Minha mãe deu uma risada e disse, gritando:

- TODOS! VOCÊ É HOMEM! NÃO É UMA BICHINHA! NÃO TE CRIEI PRA ISSO! – Levei um susto.

- EU SOU A PORRA QUE EU QUISER! SE FOR PRA FICAR COM O LUCAS, EU SOU O QUE EU QUISER! Ele vale a pena – Eu gritei com a minha mãe.

- Você tinha uma namorada.. Você era nosso orgulho... Agora é um merda de um viado. Espere até seu pai ficar sabendo... – Olhei no fundo dos olhos dela e disse:

- Tinha uma namorada mas era infeliz. E eu terei o maior prazer de contar para o meu pai que eu amo o Lucas. Se quiser, eu ligo para ele agora. Pode ser? – Minha mãe olhou para mim fez cara de desprezo.

- Você não é o filho que eu criei...

- Muito menos você é a mãe que eu achei que tinha...

- Eu quero que você vá em bora dessa casa. Não vou aceitar pouca vergonha aqui – “fudeu” pensei. Eu não tinha para onde ir. Mas eu daria um jeito. Eu daria um jeito de vencer com Lucão.

- Com todo prazer – Saí do quarto segurando o choro. Quando cheguei na sala, falei para Lucão:

- Vamos. Temos que ver um lugar para a gente morar. Juntos – E sai de casa. Lucão me encontrou fora de casa. EU chorava muito. Muito mesmo. Ele me abraçou e dizia que tudo ia ficar bem.

Fomos até um dos kit-nets que vimos na internet e logo escolhemos um. Ele era bem localizado, não era caro, era arejado. Era perfeito.

Saímos dali, compramos moveis para mobiliar a minha casa com Lucão. A tia de Lucão disse que não era para se preocupar com dinheiro, que isso ela tinha de sobra e não mediria esforços para nos ver feliz.

Lucão foi na escola para refazer sua matricula e tals. Como isso era de tarde, ninguém ainda tinha visto eu e ele juntos. “Isso vai ser surpresa pra geral” pensei.

De noite, fomos a um restaurante e jantamos muito bem. Em seguida, Dona Martha nos deixou em nossa nova casa e foi embora de volta para BH. Sentei no meu colchão preocupado com o que viria a seguir.

Lucão deitou no meu colo.

- Eu nunca achei que ela fosse agir assim – Eu falei para ele.

- As pessoas nos surpreendem. Até as que vivem do nosso lado – Ele me falou.

- Sabe de uma coisa: eu to muito fodido. Mas eu to feliz, por que eu estou com você! Nesse momento, somente isso importa... – Lucão deu um sorriso para mim. Dormimos naquela posição mesmo, abraçados.

No outro dia acordei cedo, peguei um uniforme do Lucão emprestado. O perfume da camiseta era divino. Fomos andando, como se fossemos amigos. A gente conversou e decidimos não ser um casal gay promiscuo. Seriamos discretos.

Só da gente chegar na escola juntos já foi uma surpresa geral. Os boatos que corriam é que a gente tinha se matado antes de Lucão se mudar. E a gente aparecer ali, juntos, felizes, foi uma surpresa.

Para os mais chegados a gente contou o que tinha acontecido. Na hora que eles descobriram que nós estávamos namorando, as reações foram as mais diversas. Em segundos essa informação se espalhou pela escola.

Pompeu gritou um “Eu já sabia!”. Bruninha ficou puta da vida. As meninas começaram a falar que isso era um desperdício. Algumas pessoas apoiaram a gente. Outras olharam com desprezo. Mas a vida segue e foda-se o que os outros pensam.

Júlia veio falar comigo. Ela me contou que minha mãe enlouquecera. Ela tinha se trancado no seu quarto e não saiu por nada. Que ela tinha ligado pro meu pai, e este estava vindo para Poços de Caldas ainda naquele dia. Por fim, disse que amava do jeito que eu era.

Assistimos aula e voltamos para casa. Aos poucos ela foi tomando um ar de “casa”. Na tarde chegaram os móveis que a gente tinha comprado e passamos o dia arrumando tudo. Minha irmã foi me visitar e levar minhas coisas, incl e gostou do lugar onde eu morava.

Já era noite quando eu estava estudando com Lucão quando a campainha tocou.

Eu abri a porta e era meu pai. Esperei ele gritar, me xingar, me bater. Mas ao invés disso, ele me abraçou.

- Eu te amo meu filho. Amo muito mesmo – Comecei a chorar.

- Eu também te amo pai!

- Volta para casa, meu filho. Sua mãe ela... Foi só no susto que ela disse o que disse...

- Não pai. Eu estou aqui, estou morando com Lucão. Eu to feliz aqui. Olha, não é muito, mas é um lar. Eu também te amo muito pai. Eu prometo que vou sempre te visitar, quando o senhor estiver aqui. Mas eu não volto a morar naquela casa. Não depois do que minha mãe disse para mim.

- Eu te amo, meu garoto! Você é meu orgulho! – Ele me disse chorando. Chorei muito. Meu pai também deu um abraço no Lucas e disse “Se cuidem”. Antes de ir embora, ele me disse para ir no banco fazer uma conta para mim, para ele me mandar todo o dinheiro que eu precisasse. Sendo assim ele foi embora.

Lucão me abraçou logo em seguida.

- Eu disse que ia ficar tudo bem! Estamos bem! Estamos vencendo, meu amor. Agora é só nós dois... – Ele me beijou e sentamos para terminar de ver o filme.

Eu estava feliz. Estava realmente muito feliz.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive leoaraujo a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Atrasado, mas QUE deus TE DE TODAS AS FORÇAS DO MUNDO E ALEGRIAS QUE VC POSSA CONSEGUIR JUNTOS A QUEM VC AMA e que tranborda em sua volta.

0 0
Foto de perfil genérica

Aeee, que bom que os dois ficaram juntos, ridícula o que essa mãe fez, e adorei o que o pai falou e demonstrou. Muito bom.

0 0
Foto de perfil genérica

ebaaa achei q seria mais tristeza e desastre mais esse pai salvo quase chorei to amando >...<

0 0
Foto de perfil genérica

eta lêlê quem eu pensava que iria apoiar voces foi quem te jogoy pra fora !! espero que voces consigam ser felizes juntos .beijo .

0 0
Foto de perfil genérica

Amei. Feliz pelo casal.e pela reação do pai mas triste pela reação da mãe. :)

0 0
Foto de perfil genérica

Nunca vou me conformar com o fato de um pai ou uma mãe renegar um(a) filho(a) por ele gostar de alguém do mesmo sexo. O amor (se é que, de fato, algum dia ele tenha existido) "desparece " em segundos! Chéri, JOYEUX ANNIVERSAIRE (mesmo atrasado)!!!

0 0