De Pai para Filho Cap.2

Um conto erótico de depaiprafilho
Categoria: Homossexual
Contém 1523 palavras
Data: 04/11/2014 12:58:34

Cap.2

Juro pra vocês, que naquele momento, arrepiou até os cabelos dos dedos dos pés. Fiquei extremamente assustado, com o que ela poderia fazer com essa informação.

- Quer saber ?- ela pegou e atirou meu celular na parede- já chega dessa palhaçada. Eu quero me separar, cansei desse casamento infernal !

- Você está maluca ?- corri e peguei meu celular, que por um milagre, ainda funcionou. Mas medo mesmo eu tive, quando vi meu pai abri a porta do seu quarto- pai- acho que devo ter ficado azul naquele momento

- Mas que gritaria é essa aqui !- ele parecia ter acabado de acordar, mal humorado, pra variar

- Eu vou embora daqui. Não fico mais um minuto nessa casa.

- Porque Natália ? Porque você vai embora assim de repente, foi uma briga ? Brigas acontecem, e eu tenho certeza que o Henrique vai pedir desculpas- ele apertou meu ombro com tanta força, que eu cheguei a gemer.

- Acontece, que esse seu filho aí, é uma bicha enrustida- pronto, fudeu.

- Como é que é ?

- Eu achei no celular dele o nome do amante. Acredita que ele anda faltando aula, pra ir fazer indecências no apartamento dele- meu Deus, estou morto ! Meu pai se virou pra mim, com os olhos vermelhos de raiva. Me assustei ainda mais, quando vi ele caminhar em minha direção. Me afastei por impulso, até sentir que a parede nao me deixava recuar mais.

- Eu não te criei pra isso- sua voz saiu serena, mas assustadora. Logo senti sua mão voar em meu rosto. Imediatamente gemi. Comecei a chorar

- Eu não tenho culpa..- mais outro tapa foi dado

- CALA A BOCA ! Eu não quero ouvir sua voz, ou não sei o que sou capaz de fazer. É bom que eu não descubra quem é esse rapaz, ou eu mato ele. Natália, não precisa ir embora.

- Não ?- ela gritou lá de dentro

- Não. Quem vai embora é ele. Vai pra bem longe daqui, fazer companhia a sua tia Marina, na Itália. Tem sorte que eu não estou te botando na rua seu viadinho de merda !- cada palavra dele era como uma faca sendo encravada no meu peito. Apenas me joguei mo chão, e comecei a chorar.

- Mãe, cadê você que não está aqui pra me ajudar- as lágrimas saíam inconscientemente- eu queria morrer ! Meu deus, porquê tudo isso acontece comigo, eu não escolhi ser assim.

Foi tudo tão rápido que eu nem pude pensar direito. Mesmo correndo risco de vida, decidi avisar e ter um último encontro com Rodrigo. Foi um dos únicos momentos que ele demonstrou carinho fraternal por mim. Foi a partir dali que comecei a vê-lo apenas como amigo. Ou melhor, um amigo colorido. Cabulei aula mais uma vez, e fui pra casa dele. Ao bater, lá estava ele, sem camisa, como sempre. Mas naquele momento, eu não consegui pensar em erotismo. Apenas o abracei. Instantaneamente comecei a chorar.

- Porque Rô, porque tudo isso está acontecendo comigo ?- ele tentou me passar forças aquele momento.

- Calma meu anjo, isso é uma coisa de momento, vai passar, eu tenho certeza disso. Seu pai ainda vai te aceitar como você é, assim como o meu- ele limpou as lágrimas que insistia em cair. Segurou minha mão e me puxou pro seu quarto. Se sentou na cama, e eu me sentei a frente dele. Ficamos abraçados, enquanto ele acariciava meus cabelos- pensa nessa viagem como algo momentâneo. Como uma oportunidade de fazer amigos, de conhecer gente nova e bonita.

- Mas eu não quero ir, eu não quero me distanciar do meu filho.

- Calma, tudo vai se resolver, eu tenho certeza disso. Além disso, você sempre vai ser pai dele, em qualquer lugar. Agora você tem que lutar, pra conseguir o que você quer, e não depender mais de ninguém. No dia que você conseguir sua independência, nem seu pai, nem ninguém vai mandar em você- sorri, enquanto continuávamos de mãos dadas.

- Eu nunca vou esquecer você Rodrigo. Nunca vou esquecer de cada momento maravilhoso que passamos aqui nessa cama. Foi você que me fez descobrir mais sobre mim mesmo. Nem vou esquecer das nossas correrias de manhã cedo aqui- ele riu.

- Então a partir de hoje apenas amigos- me virei pra ele sorrindo, e dei um selinho nele

- Coloridos kkkk- em seguida abracei ele de frente.

- Você vai me fazer chorar assim Rique. Eu estou me segurando aqui, não acredito que o alemaozinho vai embora kkkkkk

- Eh, mas eu vou. Espero que nunca esqueça de mim.

- Eu não vou esquecer, prometo.

DIAS DEPOIS

Era o dia de ir. Meu pai veio, pra minha tristeza. Eu estava perto de entrar na sala de embarque. Por um instante pensei em fazer uma loucura e fugir, mas logo desencanei. Meu pai apenas me deu um grosso e ríspido "tchau". Olhei pra Natália, que estava com Taylor nos braços. O peguei. Imediatamente meus olhos encheram de lágrimas. Eu não queria deixar o meu filho.

- Olha, infelizmente papai não vai estar aqui quando você perder o primeiro dentinho, ou der o primeiro passo, mas eu prometo a você, que sempre estarei pensando em você, e meu coração sempre estará com você. Sei que você é muito pequeno e não vai se lembrar de nada o que estou dizendo, mas, filho, papai te ama mais que tudo- assim que terminei, ele me abraçou. Parecia saber o que acontecia ali. Quando entreguei ele pra Natália, ele abriu um berreiro. Limpei minhas lágrimas.

- Te cuida lá- foi o que ela falou. Apenas segui pra sala de embarque, e entrei. Estava entrando em uma nova fase da minha vida, uma fase desconhecida e estranha, mas que com certeza mudaria tudo.

15 ANOS DEPOIS

NARRADO POR TAYLOR

- Tira os pés de cima da mesa menino !!- minha mãe gritava da cozinha.

- Ai mãe, que coisa- levantei e fui em direção ao meu quarto. Me joguei na cama e comecei a ouvir algumas músicas que tocavam meu coração. Eu estava extremamente depre esses dias. A realidade é que a adolescência foi um duro golpe pra mim. Muitas coisas novas estava acontecendo, eu estava cheio de dúvidas, e não tinha ali ninguém que pudesse me ajudar. Mas e o seu pai ? Bem, não vejo meu pai a 14 anos. Ele foi pra Itália quando eu ainda era bebê. Minha família sempre disse que não foi uma pessoa legal, mas eu me lembro do dia que ele foi embora, não sei como, mas lembro. Ele disse que me amava, que nunca ia me esquecer, que eu sempre estaria com ele. Eu não tinha contato com ele, ainda estava tentando descobrir o número dele, pra conversar com ele. Minha família sempre desconversou quando eu toquei no assunto pai. Parece que ele não querem que eu o conheça. Olhando para as fotos, eu via o quão ele era parecido comigo quando adolescente. Herdei seus belos olhos azuis e a pele branca. Como eu sentia saudades do meu pai !

NARRADO POR HENRIQUE

Eu já estava beirando a loucura. Claro que eu não me afastei da minha família de propósito, eles me fizeram fazer isso a força. Assim que eu completei 18 anos, voltei para o Brasil. Procurei por eles, mas eles haviam sumido no mapa. Quantas noites passei em claro, pensando aonde estaria meu filho. Ele era a única pessoa que me importava ali. Assim, acabei perdendo toda a sua infância. Formaturas, Aniversários, Primeiro amor, nada disso eu presenciei. Acabei descobrindo que eles estavam morando na Bahia. Mas aonde ? A Bahia é um estado enorme, tem milhões de pessoas, seria uma loucura tentar procura-los. Enquanto tudo isso acontecia, acabei focando nos meus estudos. Entrei na faculdade de engenharia, me formei com muito sacrifício, e acabei me tornando um renomado engenheiro. Fiz o meu nome de mercado, e fiz a mesma coisa que Rodrigo pediu, fiquei independente de todos. Em falar no Rodrigo, a gente continua sendo muito amigos. De vez em quando ainda rola uns beijinhos, mas nada além disso. Ele não a ninguém, nos 15 anos que se passaram.

- Abre essa porta Rique !!!!!- era ele que aos berros, tentava derrubar a minha porta.

- Calma criança, a sua idade de ser criança já passou- abri a porta e ele entrou de repente.

- Rique, você tem que me ajudar, a minha secretaria não terminou os meus desenhos e o prazo é amanhã, eu sei que você é bom de desenho, me ajuda por favor.

- Tá Rô, mas só se você pagar uma pizza pra gente- mesmo ofegante, ele riu.

TEMPO DEPOIS

Já estávamos comendo a maravilhosa pizza de mussarela que ele havia comprado.

- Nossa, mas como isso tá gostoso- falei, enfim, terminando o primeiro desenho- pronto Drigo, terminei o primeiro.

- Cadê ?- ele correu pro sofá e olhou. Logo um sorriso abriu em seu rosto- meu desenhista favorito !- me deu um beijo no rosto em seguida, que me levou aos risos. Continuei tentando desenhar, até o telefone tocar.

- Pega lá seu preguiçoso- ele se levantou, e trouxe. Olhei, e era um número desconhecido- Alô ?

- Pai... pai, é você ?

Continua

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Comentários

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pior de tudo é que tem famílias que realmente são capazes de fazerem isso com o filho... uma dúvida, o henrique ficou 18 anos ou 15 fora?

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que familia é essa que afasta o filho do pai.sómente pela orientãção sexual aff espero que seja o taylor mesmo ancios pelo proximo

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Maravilhoso...Não demora tanto tempo para postar...

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Bom demais. A família dele foi muito sacana separando os dois.

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Coitado dos dois, viver uma vida longe do pai é uma barra, imagina pra esse pai ter que viver longe do filho por causa da sua condição sexual. Pobres coitados. Bela estória, continua

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