O acaso que me dominou II

Um conto erótico de b.romana
Categoria: Homossexual
Contém 2042 palavras
Data: 16/11/2014 03:06:22

Bom meninas por hoje é só, amanhã publico mais dois se der certo. Não tem nada mais caliente entre a gente até agora, mas quando as coisas começarem a dar certo, vai pegar fogo. rs. Por isso tenham paciência e espero que estejam gostando da história da minha vida.

Continuação:

Ela: Muito descarada, não acha garota? Não sou para o teu bico, se enxerga. – Ela falou em um tom meio de deboche depois que a vergonha passou. Após ter falado isso, virou e foi para o seu destino, e eu? Ah fiquei ali com a cara no chão. Não era todo dia que eu me arriscava em algo e levava uma patada daquelas. Mas, tudo bem, um dia é da caça e o outro do caçador, tô certa?

Antes de entrar e fechar a porta vi quando o tal Gustavo apareceu e ela pulou em seu pescoço o enchendo de beijos, não deixei de notar que quando ia entrando com ele, deu uma olhada pra mim, que ainda estava parada ali feito uma bobona, mas não foi qualquer olhar, sabe aquele olhar sexy e que parece que a pessoa ta vendo sua alma? Apesar de rápido, foi esse que ela me deu. Ele que era um manezão não deve ter percebido nada. Depois dessa, entrei e voltei para o meu quarto, desisti de jogar vídeo game e só liguei o som, estava com a cabeça a mil, os pensamentos estavam todos voltados para ela, como aquela garota podia ter mexido tanto comigo, logo eu que tanto tomava cuidado ao me envolver com alguém para não ter perigo dessas situações acontecerem, não tinha nem acontecido nada entre a gente, eu não à conhecia e eu já tava daquele jeito, parecia loucura mas, não conseguia explicar o porque para mim mesma, de ela mexer com a minha cabeça. Não queria me apaixonar de novo por ninguém, pois este para mim era um sentimento traiçoeiro, que fazia a cabeça parar de pensar e inebriava o coração, algo que deu muito errado comigo, já que a primeira pessoa por quem me apaixonei me traiu e mesmo meus amigos tentando me alertar eu não queria ver, pois eu estava apaixonada. Antes tivesse acreditado neles, teria me poupado de flagrar a primeira garota com quem eu namorei e levei a sério, aos amassos com aquele que era meu melhor amigo. A paixão não pôde mais me cegar, estava ali na minha frente, ela me destruiu. E para me recuperar muito tempo foi preciso, tempo esse em que não me importava com nada, comecei a fazer a linha de adolescente revoltada, comecei a beber, a fumar, sair toda noite, minhas notas decaíram, não me importava mais com nada. Foi nessa época, eu devia ter os meus 16 anos, que meus pais tão preocupados com a minha mudança repentina, me abordaram uma noite em casa e queriam saber o que havia acontecido, não consegui me conter, toda aquela pinta de durona e revoltada caiu quando minha mãe me abraçou e disse que me amava, que não importava o que estivesse acontecendo, ela ficaria ao meu lado. Desabei a chorar na mesma hora, era demais pra carregar todo aquele sofrimento e ainda esconder das pessoas que mais se importavam comigo a verdade de quem eu era, tive medo, mas contei tudo para eles. No inicio meu pai ficou pasmo, chocado e meio revoltado, mas depois de uns dias veio até mim e falou que não importava a minha sexualidade, o que importava era a filhinha dele ser feliz. Minha mãe pelo contrario esteve ao meu lado desde a hora em que te contei, pois segundo ela já suspeitava. Mãe é mãe né meninas? Enfim, depois de ter me aberto para meus pais, decidi que não valia a pena continuar me acabando por causa de uma garota que não valia o meu sofrimento e voltei a ser quem eu era. Aos poucos deixei de fumar, voltei a freqüentar as aulas e logo minhas notas subiram e a partir desse momento eu decidi que não queria me envolver seriamente com mais ninguém. Claro, eu tinha minhas ficantes, e só para esclarecer eu não era do tipo pegadora, ou cafajeste, muito pelo contrario, eu era quieta na minha, tímida até, para falar a verdade. Mas não sei o que acontecia, apenas conhecendo, conversando, às meninas se interessavam por mim, segundo elas eu tinha um jeito fofo, e o meu olhar era algo que despertava interesse nelas, vai saber né? Quem entende as mulheres, eu mesma não me entendo às vezes. O que era exatamente o que eu estava tentando fazer, entender o que tinha acabado de acontecer. Deitada ali na minha cama olhando para o teto branco do meu quarto, ouvindo as músicas que tocavam no som eu pensava no que eu havia acabado de me meter, aquela garota realmente tinha bagunçado minha cabeça, tão linda, tão metida e ao mesmo tempo tão adorável. Peguei-me pensando em como seria beijar aquela boca carnuda, sentir aquela pele que parecia ser tão macia e cheirosa, provocar arrepios naquele corpinho. Os pensamentos foram ficando ousados e eu já começava a ficar com o corpo quente, quando lembrei que ela estava lá, naquele exato momento com aquele babaca, fazendo sabe-se lá Deus o quê, não vou negar que me bateu uma raiva ao pensar que eles poderiam estar agora fazendo o que eu queria estar fazendo com ela. Minha cabeça fervilhava com os pensamentos e eu estava me sentindo meio otária por ter sido tão cara de pau e ainda ter levado aquela patada dela, eu tinha merecido, quem manda ser tão descarada Beatriz. Em meio aos meus devaneios e martírios não vi a hora passar, quando dei por mim, minha mãe já me chamava para jantar. E lá fui eu, nem estava com tanta fome, mas se negasse comida, minha mãe logo perceberia que tinha algo errado. Cumprimentei meus pais, jantamos, conversamos descontraídos na mesa, ajudei minha mãe com os pratos, já que ela havia trabalhado o dia todo e deveria estar cansada, modéstia parte sou uma boa filha. Passamos um pedaço na sala e resolvi ir para o meu quarto tomar banho e dormir, afinal no outro dia era sexta e eu ainda ia ter aula. Foi em vão tentar colocar a cabeça no travesseiro e dormir, pois não foi isso que aconteceu. Assim que deitei e coloquei meus fones, meus pensamentos voaram novamente para aquela garota, eu não sabia seu nome, não sabia se a veria novamente, não sabia absolutamente nada e esse sentimento de não saber nada não me agradava nem um pouco. Dormi com dificuldade aquela noite e acordei no outro dia parecendo que um trem havia passado por cima de mim duas vezes seguida, indo e voltando. Não sou nenhum pouco exagerada né? rs. Enfim, levantei eram 06:30h, tinha até 07:15h para entrar na escola, não estava com pressa, afinal papai e mamãe sempre liberavam o carro para eu ir, já tinha 18 e já havia tirado a carteira. Tomei banho, me arrumei rapidinho, tomei um café básico, me despedi dos meus pais que tomavam café conversando alegremente, ah como eu amo meus pais, são um casal lindo juntos. Eu queria encontrar minha outra metade algum dia, assim como eles. Mas não me sentia confortável com a idéia de me apaixonar perdidamente por alguém novamente tão cedo. Enfim, finalmente sai de casa e fui para a aula, os três primeiros seriam de matemática e o resto estava liberado, já que o professor das outras estava doente. Assim que entrei na escola, encontrei com meus amigos, o Rogério, a Karina, e o Bernardo. No nosso grupinho só o Bernardo e eu éramos gays, os outros não tinham problemas com isso, éramos o quarteto inseparável, éramos amigos desde o fundamental, estudávamos na mesma sala e sempre estávamos nos reunindo fora da escola, fosse em churrascos, baladas, barzinhos ou até mesmo lá no meu prédio, já que a área de lazer lá é ótima. Estávamos indo para a sala rindo sobre alguma besteira que o Rogério havia contado, quando olho para o lado, me deparei com ela sentada em um dos banquinhos que tinham embaixo de uma arvore lá na escola, estava linda no uniforme da escola, conversava com um grupinho de meninas. Foi inevitável, não consegui mais fazer minhas pernas andarem, elas simplesmente pararam por vontade própria e me fizeram ficar parada ali olhando pra ela, de repente ela virou o olhar na minha direção, não sorria, estava com uma expressão neutra no rosto, nos olhávamos como se estivéssemos hipnotizadas, era algo que eu não tinha controle. Ainda bem que enquanto eu estava ali meus amigos que continuavam a andar sentiram minha falta e voltaram para saber o que tinha acontecido e pegaram os nossos olhares, ficaram com suspeita olhando a cena, até que a garota, percebendo que já estavam notando, de repente virou o rosto me tirando do transe quando logo em seguida o Bernardo veio em minha direção me enchendo de perguntas.

Bernardo: Para tudo, meninos vocês perceberam o que eu percebi? – ele falava olhando para os outros que pareciam não entender o que havia acontecido ali.

Karina: Não dá para negar que foi algo muito estranho. – falou olhando pra mim, à procura de alguma explicação. Ela tinha um olhar diferente, olhava como se estivesse com medo do que eu fosse responder. Às vezes eu achava que a Karina sentia algo a mais por mim do quê só amizade, mas eu fingia que não percebia, afinal ela nunca tinha ficado com meninas e eu não queria estragar nossa amizade.

Bernardo: Vamos Beatriz, estamos esperando que explique o que foi que houve aqui. – olhava pra mim de forma descontraída, mas tinha um tom de voz sério.

Eu: Ih gente não é nada, foi só um olhar. A gente meio que se conheceu ontem, mas não foi nada demais. - Nessa hora o Rogério que estava calado só ouvindo se manifestou.

Rogério: Bia, bia, que história é essa? – Ele falava com um olhar interessado.

Eu: Ah, nada demais. Eu estava lá deitada jogando meu vídeo game quando tocaram a campainha lá de casa... – contei toda a história a eles, só não contei o mais importante, que era o quanto ela havia mexido comigo, com a minha cabeça e até com meu coração. Há quem diga que não existe amor a primeira vista, já não tinha tanta certeza se não existia mesmo, afinal, como eu poderia ficar tão nervosa e suar descontrolavelmente só de nossos olhares se cruzarem.

Os meninos ouviram tudo o que eu falava atentamente, todos acharam estranho o olhar que ela me lançou antes de entrar com o namorado, e achavam ainda mais estranho esse lance que havia acontecido pouco tempo atrás. Mas, felizmente a aula começou e o assunto morreu. Não vou negar que as aulas foram bem chatas e maçantes, afinal era matemática e eu não era fã da matéria. Por isso quando a aula acabou dei graças. Saímos todos e ficamos pela escola mesmo, no nosso cantinho secreto, que era onde nos reuníamos no intervalo ou em aulas vagas e conversávamos besteira. Ficava um pouco atrás do colégio e ninguém ia até lá, só nós mesmo. Estávamos conversando animadamente, mas eu sentia que tinha acontecido alguma coisa com a Karina, ela não estava normal, não estava brincando com a gente, estava um pouco séria e com o olhar longe, sabia que tinha algo haver com o que tinha acontecido mais cedo e com o que tinha contado para os meninos. Resolvi então chamá-la em um canto para conversarmos tranquilamente.

Eu: Ká, o que você tem em? – estava com medo da resposta, mas precisava saber.

Karina: Não tenho nada Bia, por que pergunta? – ela estava desconfiada.

Eu: Você ta diferente desde cedo, não brinca com a gente e sem contar que ta com o olhar meio perdido. O que ta acontecendo? – insisti.

Karina: Sei lá Bia, aquela história lá que você contou sobre a menina e aquele olhar que a gente flagrou entre vocês... – parecia ter medo de falar.

Eu: O que tem isso Karina? Não tem nada demais ali. – tentei mentir, mas à quem eu estava querendo enganar? Tinha sim alguma coisa, pelo menos da minha parte.

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive b.romana a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Uai, tu para na parte boa... Tá esperta!!!! Continua flor ;)

0 0
Foto de perfil genérica

Bom demais! Adorando a leitura. Continua logoo :D

0 0