..Unidos pelas diferenças.. capítulo 14

Um conto erótico de Higor Melo
Categoria: Homossexual
Contém 4347 palavras
Data: 15/01/2015 19:03:52
Última revisão: 15/01/2015 20:24:09

Vi meu primo com uma cara que nunca tinha visto,ele so faltava infartar quando viu a Ariane, foi bom conhece-la,e agora entendia por que Higor era tão apaixonado por ela,a garota era muito linda, olhos verdes, cabelos castanhos bem claros,devia ter perto de 1,60, não era muito alta, mas isso contribuia para ela,pois era muito encorpada,realmente linda,e admito que os olhos dela eram lindos demais. Quando ela o viu,abriu um enorme sorriso, enquanto ele ainda não se acreditava no que via. A reação dele foi tão engraçada que todos no refeitório estavam olhando, cheguei a sentir vergonha. Higor finalmente mudou de expressão, e olhou para o Vitor com aquela cara " Eu sabia que tu tava aprontando ". Ariane veio em nossa direção, e eu realmente achei que ele não ia falar com ela,devido ao orgulho, mas cena que eu vi foi totalmente diferente. Meu primo a abraçou sem nem deixar ela falar nada, e ela retribuiu o abraço forte, eles ficaram se abraçando por quase um minuto,a saudade deveria ser grande, quase dois anos sem se ver. Notei mais ao fundo, a cara de nojo da Julia. Finalmente eles finalizaram o abraço.

— Precisamos conversar muito sério. — Ela disse agora olhando pra ele.

— Concordo plenamente. — Ele a puxou pelo braço, e saíram para fora do refeitório,não os vi mais o resto da noite.

Sentei mais o Derek em uma mesa, assim como todos fizeram no refeitório. A turma se sentou junto de nós.

— Será que eles se acertam? — Luana quebrou o Gelo.

— Tomara,deixa eles conversarem,e vamos ver no que vai dar. — Respondeu Rubens mordendo o calzone que tinha acabado de comprar.

— Agora deixando o casal pra lá, vocês tão pagando alguma aposta Derek e Vitor. — Mariana pegou nós de surpresa.

— Por que? — Me fiz de desentendimento.

— Aposta, não entendi? — Vitor fez o mesmo.

— Vocês tão usando alianças iguais, não sei se perceberam. — Ela nos respondeu em um tom irônico.

— Bom,é que a gente meio que... — Vitor tentava contar, mas as palavras trancaram em sua boca.

— Meio que o que? — Ela estava se fazendo de burra, todo mundo já havia entendido.

— Estamos namorando. — Não aguentei mais aquela enrolação,e contei de uma vez, uma hora eles iriam acabar sabendo mesmo.

— Parem de palhaçada gente, mas admito que a brincadeira foi boa. — Ela não acreditava em nós, enquanto os outros apenas observavam,já tinham entendido que não era brincadeira.

— Mari. — Ela olhou pra Luana quando a mesma a chamou. — Não é brincadeira.

Mariana ficou seria de repente, e ficou nos fitando por uns segundos, se levantou e saiu da mesa, sem falar absolutamente nada. Todos a ficaram chamando pra voltar, menos eu,pois já tinha entendido o recado, ela não era a favor dos homossexuais,ou pelo menos foi o que ela deu a entender. O clima não ficou dos melhores na mesa,Mas Lu como sempre tentava trazer o astral de volta.

— Ela volta gente, so precisa de um tempo pra processar tudo. — Ela tentava ser confiante, mas acho que nem ela acreditou muito.

— Eu admito que isso me pegou de surpresa, mas também explicou muita coisa. — Contrapôs Artur.

— Que coisas. — Vitor o perguntou.

— A vocês sabem né, tipo aquelas vezes que o Derek parecia ter ciumes de ti, ou o fato de vocês não desgrudarem um do outro, essas coisas. — Ele tentava ser convincente.

— Isso é verdade, mas so prometam uma coisa? — Interrompeu Rubens.

— O que? — Perguntei com medo da resposta.

— Vocês não vão fazer igual aqueles casais irritantes que ficam se agarrando o tempo todo, e ficam dando apelidos né. — Ele praticamente implorava.

— Não, não, pode ficar tranquilo, preferimos fazer isso na nossa privacidade. — Respondi rindo.

— Graças a deus. — Ele levantou as duas mãos pro céu, o que nos arrancou umas boas gargalhadas.

— Eu e o Artur preferimos a cozinha da casa do Derek. — Nunca imaginei que a Luana um dia falaria sobre isso, ninguém se aguentou na mesa, e começamos a rir igual a uns malucos,menos o Rubens, que ficou sem entender, mas explicamos pra ele o ocorrido em gramado.

— Poxa cara, so eu que não como ninguém. — Rubens falava quase chorando.

— Claro que não. — Respondeu Luana.

— Serio, quem também não. — Ele perguntou todo contente.

— Acho que todo mundo aqui dessa mesa,ninguém aqui é canibal pra comer gente. — O bom e velho sarcasmo da Lu.

— Idiota essa garota não é não gente. — Nem Rubens se aguentou e começou a rir.

Mesmo Sem a Mari, o clima estáva voltando ao normal, todos rindo e brincando, agora era rezar que o Higor e a Ariane se acertassem de vez,meu primo merecia essa recompensa. Mas eu ainda não estava me sentindo como o cara que fez a coisa certa. Estava feliz pelo primo,mas o jeito como a Julia ficou me deixou meio triste, querendo ou não, ela gostava dele.

— Gente, vocês não acham que a gente devia falar com a Julia, sabe, ela não parece legal. — Voltei a puxar assunto.

— Não sei cara,ela que virou a cara pra nós, não é por que terminaram,que ela precisava parar de falar com a gente. — Artur respondeu.

— Na real,não é que ela tenha ignorado a gente Artur, mas é por que ela não quer ficar no mesmo lugar que o Higor, e ele ta sempre com a gente, quando to sozinha, ela fala comigo normal. — Mal Luana terminou de falar, o sinal bateu.

— Depois a gente fala disso amor. — Vitor me respondeu.

— O que vocês prometeram casal magia — Rubens nos olhou de cara feia.

— Desculpas — Fui obrigada a rir, não me aguentei, Vitor fez o Mesmo.

— Liga não meus lindos,Ele ta com ciumes, por que o sonho da vida dele era arrumar uma namorada. — Luana falou nos nossos ouvidos ao passar por nós, indo pra sala dela.

Rimos, mas admito que deu pena dele, eu não conseguia entender porque Rubens tinha tanta dificuldade em arrumar uma namorada, ele era bonito,não era um deus, mas era bonito sim, não tinha muito corpo, era magrinho, era um cara legal, tinha um bom papo, Realmente não entendia por que ele era tão difícil de arrumar uma garota. Entramos na sala, e agora era aula de Inglês, como o Professor so passava textos para traduzir ou ler,tínhamos bastante tempo pra conversar.

— Vitor, você que conhece o Rubens a bastante tempo, pode me tirar uma dúvida. — Falei baixinho pra ninguém ouvir.

— Fala ai. — Ele tentava traduzir um texto sobre música.

— Por que o Rubens não consegue ficar com garotas. — Eu até podia estar chato com isso, mas estava muito curioso.

— Na real, é por que ele é muito envergonhado com garotas, não consegue chegar nelas entende,então ele nem tenta. — Ele respondeu ainda concentrado no texto.

— So por isso, pensei que era outra coisa. — Ele riu.

A aula passou normal, peguei o texto e terminei de traduzir, uma boa dupla trabalha junto. Entregamos o Trabalho e ficamos esperando a última aula, que seria Geografia. A última Aula começou, e como sempre foi a mesma coisa, responder às perguntas do Livro. E mais uma vez foi um saco, odiava aquela aula, e demorou muito a passar, mas finalmente aquele inferno acabou. Saimos e fomos esperar o ônibus. Dentro do Ônibus, Vitor colocou a cabeça em meu ombro, e acabou cochilando,notei algumas pessoas olhando e cochichando alguma coisa, aquilo me irritava, essas pessoas que não sabiam cuidar da própria vida, mas isso era algo que eu já havia me preparado. Meu ponto chegou, e acordei Vitor, me despedi dele e desci do Latão.

Caminhei pela rua fria e escura, pensando em tudo que tinha acontecido, até que cheguei ao portão da minha casa,peguei a chave e abri o portão, e cheguei ao jardim, passei por ele e finalmente cheguei em casa. Meu pai já havia ido dormir, mas deixou a janta no forno pra minha mim. Esquentei e jantei. Tomei um banho que tirou todo o cansaço do meu corpo. Sai do banho e cai na cama, dormi rápido. Nem lembro com que sonhei, mas acordei com barulho da chuva forte na janela, já passava das 9:00 da manha. Desci e tomei o café da manhã, campanhia tocou e fui atender. Abri o portão, e era o Primo encharcado devido a chuva forte, convidei ele pra entrar.

— Nossa que chuva né. — Ironizei vendo o estado dele.

— Serio nem notei. — Era bom não ser o único a gostar de um sarcasmo.

— Então a que devo a visita a essa hora primo. — Voltei a sentar na mesa pra terminar o meu café.

— Posso sentar? — Ele perguntou mostrando as roupas molhadas.

— Uhum. — Respondi mordendo o pão, ele riu e se sentou.

— O Artur me falou sobre a Mari ontem, foda né. — Ele pegou um copo e se serviu de café.

— É sim, mas fazer o que, cada um tem sua opinião sobre isso. — Falei meio desanimado.

— Poisé,mas acho que ela so ficou meio surpresa, acho que depois ela aceita. — Ele tentou me animar.

— Tomara. — Mas continuei na mesma. — E você e a Ariane, como foi?

— A gente ta se acertando. — Simplesmente isso.

— Ta mas como foi? — Eu insistia em saber.

— A gente foi dar uma volta na praia, e conversou, acertou alguns pontos que ficaram desde a última vez que a gente tinha se falado, acabando com todas as desavenças que tinham ficado, e ficamos nos beijando, até que fomos embora. — Então eles tinham se acertado, finalmente.

— Mas voltaram a namorar? — Deus como eu tava curioso.

— Não, olha Derek muita coisa aconteceu em dois anos, vai demorar até tudo se acertar de vez,como eu disse, a gente já resolveu alguns mals entendidos,e agora vamos ver no que vai dar. — Mas deu pra notar que ele tava feliz, fazia semanas que não via ele assim.

— Ta bom,mas vai dar tudo certo, e agora me conta,so uns beijinhos é, aham sei hehe.

— É, teve umas coisinhas a mais. — Ele deu um risinho safado, que me fez entender o recado.

— E você e o Vitor como estão indo? — Ele mudou o assunto.

— Estamos ótimos, finalmente rolou. — Fiz uma cara de felicidade que não cabia no rosto.

— Serio primo,que coisa boa, agora vai ficar tudo bem melhor pra vocês, não vão mais ter vergonha um do outro, vão começar a dividir a privacidade, e isso é bom em um relacionamento. — Essas palavras so me deixaram ainda mais feliz.

As semanas passaram, e logo Agosto chegou, ainda mais frio e chuvoso. Mariana continuava sem falar com a gente, fingia que nem existiamos,era triste ver alguém que você achava tão legal, te ignorar assim, eu não conhecia Ela a muito tempo, mas Vitor sim,e ele estava sentindo falta da amiga. Higor e Ariane ainda estavam se acertando, embora passassem mais tempo juntos impossível, mas ainda era so amizade de acordo com eles,pensam que me enganam. Agora estávamos no terceiro Bimestre, minhas notas estavam boas,não preciso nem dizer a do Higor e Vitor , mas o resto da turma estava em serias situações em química e biologia.

Minha relação com Vitor estava indo cada vez melhor, o sexo era frequente,e isso so ajudou. Pro aniversário do Vitor, eu levei ele pro Beto Carreiro,onde ele sempre quis ir,foi um dia perfeito, e também dei um Violão pra ele de presente, já que agora ele estava obcecado em aprender a tocar Violão. E realmente aprendeu, embora não tenha sido fácil escutar algumas tentativas fracassadas hihi. Infelizmente nem tudo são flores, um problema tava me atormentando, já fazia algumas semanas que Natália, uma garota da nossa sala tava na minha cola,ela não para de mandar mensagens, embora eu nunca responda,ela continua mandando,muitas vezes ela manda quando Vitor está comigo, e eu continuo ignorando. O que mais me irritava, era que ela já havia notado a aliança na minha mão, mas continuava a me perseguir. Higor já havia me avisado pra contar pro Vitor, pra isso não me dar problemas mais pra frente, mas insistia em não ouvir.

Estava eu e Vitor em minha casa,era uma tarde de Domingo, estávamos sozinhos,debaixo de três cobertores devido ao frio. A gente assistia a um filme de comédia que agora eu não lembro o nome, mas não era muito bom,tanto que desligamos a Tv,e ficamos deitados, conversando,até que noto sua mão boba no meu Membro, aquilo realmente me surpreendeu, Geralmente era eu quem dava as indiretas pra começar, mas assim foi melhor ainda.

— Ah seu safado, tas querendo né, ficar provocando uma pistola dessas. — Provoquei ele sussurrando em seu ouvido.

— To louco pra ver essa pistola em ação. — Aquilo foi mais que suficiente pra mim enlouquecer de tesão e agarrar ele.

O roubei um beijo firme e profundo, e logo já coloquei minhas mãos em sua Bunda, e comecei a apertar, ele já gemia. Beijei seu pescoço e tirei sua blusa, e fui beijando cada parte do seu abdômen,até chegar no seu membro, abri sua calça e tirei pra fora, e comecei a chupar,e rapidamente seus gemidos tomaram conta do meu quarto. Eu chupava aquele cacete com vontade, a cada gemido dele eu chupava mais gostoso.

— Vai Derek, chupá gostoso vai. — Ouvir sua voz me pedindo assim, so me dava mais tesão.

— Tu quer é seu safado. — O provoquei,e vi seu sorriso safado.

Parei de chupar, e fiquei de pé, ele se ajoelhou e tirou meu pal pra fora, me olhou com um olhar safado, e começou a me punhetar,e depois chupou,quase enlouqueci de prazer. Seus movimentos foram ficando mais rápido, ele brincava com meu pal em sua boca, chupava minhas bolas e então voltava pro meu Membro, meu pré gozo já tinha chegado, e ele continuava a me chupar.

Não aguentei mais e o puxei lhe roubando outro Beijo, mesmo estando pelados,o tesão era tanto que não sentíamos frio. Vitor me jogou na cama e veio por cima de mim. Peguei meu pal e botei na sua entrada, e coloquei tudo, já tínhamos feito tantas vezes, que agora ele não sentia mais dor,tanto que me mandava ir mais forte. E assim eu fiz, fudi ele com vontade e tesão. Eu adorava aquela posição, ver ele em cima de mim,me deixava louco, era perfeito demais. Ele me dava chupões em meu pescoço e dizia no meu ouvido pra fuder mais, e eu obedecia atentamente. Tava perfeito demais, trocamos as posições e ele ficou de quatro pra mim.

— De quatro é, assim tu me mata de tesão lindo. — Falei posicionando meu pal na entrada dele.

— E qual tu acha que era a intenção hehe. — Aquele riso safado dele acabava comigo.

Comecei o vai e vem com bastante velocidade, do jeito que ele gostava, segurei no seu quadril e soquei fundo nele.

— Isso Derek, assim que eu gosto, de te sentir dentro de mim.

— Isso ta gostoso demais porraaaaaaaa. — Eu já gritava dentro do quarto.

A coisa foi ficando mais intensa ainda, e já não fazia idéia a quanto tempo estávamos tranzando, mas eu já estava cansado, mas não parava de jeito nenhum. Vitor gemia ainda mais alto, o que me dava mais força pra continuar. Ele agora ficou de lado, e assim eu fiz. E ficamos nessa posição por bastante tempo, até que senti meu gozo chegando.

— Amor, vou gozar, não aguento mais. — Eu praticamente gritei.

— Então goza pra mim vai. — Ele também quase gritava.

Eu já não aguentei mais, e gozei dentro dele, o abracei forte, e ele agarrou minha mão, rapaz que tranza foi aquela, nunca senti tanto prazer e tesão como os de hoje, foi mais intensa e demorada que a do niver do Vitor.

— Amor, o que te deixou com tanto tesão hoje. — Falei recuperando o fôlego.

— Não sei não cara,mas tu também tava um safadão. — ele me deu um soquinho no ombro.

— Vou demorar a recuperar o fôlego dessa vez.

— Eu também hehe. — Vitor me roubou outro beijo.

Conversamos mais um pouco e nos levantamos para tomar banho. Ok,nesse frio,tomar banho não era uma das melhores coisas da vida, principalmente a parte de sair do banho e se secar,parecia uma tortura que não acabava nunca. Depois do banho botei umas roupas bem quentes,e emprestei umas pro Vitor, era engraçado, por que ele não tinha o mesmo corpo que eu,e as roupas ficavam enormes nele, eu não me aguentava, e era obrigado a rir. Fomos pra cozinha e preparamos nosso café da tarde, que não ficou dos melhores, eu admito,mas deu pra engolir. Terminamos o café, limpamos tudo, e ficamos sentados no sofá assistindo alguns filmes.

A hora passou e meu pai chegou, já passava das oito da noite, e Vitor tinha que ir embora. Meu pai se ofereceu para leva-lo por estar tarde. Chegamos na casa do Vítor, e ele nos convidou para entrar. Seus pais nos comprimentaram,e convidaram pra jantar com eles, aceitamos. Mesmo que eu e Vitor já namorávamos a alguns meses, essa foi a primeira vez que nossos pais se sentavam na mesma mesa,e conversavam abertamente, o que nos deixou muito feliz. Foi um ótimo jantar,so papo animado,sobre eu e Vitor, pouco eles comentaram, so perguntavam como estava indo agora que éramos oficiais. Respondemos como realmente estava, e ai encerrou o assunto.

Segunda feira chegou, e a rotina voltava ao normal, ou quase, já que de normal, minha vida não tinha era nada. Na sala Natália não parava de me encarar, o que deixou Vitor meio intrigado.

— Derek, por que a Natália não para de te olhar, já to ficando com ciumes. — Achei que ele tava brincando, mas quando vi Natália me encarando sem parar, entendi que não era brincadeira.

— Não sei amor. — Disfarcei

— Olha, tu sabe que não sou assim, não gosto de ser esse tipo de namorado ciumento, que não deixa ninguém olhar pra você, mas é que ela não para de fazer isso faz dias. — Ele tinha bons argumentos.

— Eu sei, calma, ela deve ta tentando fazer ciumes no namorado dela, sei lá. — Eu ainda tentava.

— So tem um pequeno problema no seu argumento.

— E qual é? — Ele tava difícil hoje.

— A Natália não tem namorado. — Agora ele me pegou, tinha que usar um argumento melhor.

— Não que a gente saiba né.— Quero ver ele argumentar contra essa.

— Ahhh, ehhh,ta bom, nessa tu me pegou. — Ele fez uma cara de zangado. — Mas é melhor ela achar outro cara pra fazer ciumes, se não já era pra ela. — Até eu senti medo dessa hehe,como era bom ver ele com ciumes.

— Entendido capitão. — Olhei pro lado e Higor me olhava com aquela cara " Eu avisei ".

Eu sabia que estava me metendo em uma baita confusão, mas se Vitor ficou louco so de ver ela olhando pra mim,imagina se ele visse as mensagens dela,eu apagava é claro, mas so de saber, ele ia pirar. Vitor não era do tipo ciumento, mas nesse caso eu concordava com ele. Eu tinha que resolver essa situação sem ele saber,o que ia ser difícil. A terceira aula acabou, e fomos pro recreio, mas me deu uma vontade de ir ao banheiro, o que eu sempre evitava na escola, por que o banheiro ficava no último andar, e a escola tinha 5 andares, e lá era vazio, ou seja as pessoas adoram ir lá pra se divertir,se é que me entendem.

Mas tive de ir,tava muito apertado. Subi aquelas malditas escadas, sim eu fazia academia, mas tinha preguiça pra subir poucos degraus. Como imaginei, vi alguns casais se pegando, foi bom saber que eu e Vitor não éramos o único casal gay da escola, é interessante ver pessoas que te críticaram,e não tinham nem coragem pra se assumir. Fui no banheiro e me aliviei. Quando sai do banheiro, ouvi duas garotas conversando, não seria nada demais, se eu não ouvisse meu nome na conversa, dai na hora a curiosidade me cutucou. Cheguei mais perto, e vi que era a Julia e a Marília, uma amiga dela, com quem nunca falei. Se chegasse alguém eu tava ferrado,já que um garoto na porta do banheiro feminino, com a cabeça colada na porta, pegaria estranho pakas. Não deu pra ouvir muito, so o finalzinho.

— Tão lindos daquele jeito, so podiam ser gays. — Marília cochichou.

— Não tem nada ver, eles são pessoas maravilhosas, não importa a opção sexual deles. — Julia respondeu.

— Eu sei, não tenho nada contra, mas que é um desperdício, é. Mas pensei que odiasse eles. — Marília parecia estar tentando descobrir alguma coisa, mas gostei,podia descobrir algumas coisas.

— É claro que não, gosto do Vitor, conheço ele a anos, também gosto do Derek, não tenho nada contra nenhum deles, nem contra o Higor, nem contra a Ariane, so me mantenho distânte,pra ver se esqueço,e acho outro garoto pra mim. — Estava começando a me dar pena da Julia, eu entendia o lado dela.

Ouvi elas chegando na porta, e me escondi no outro corredor. Depois que elas desapareceram pela escada a baixo. Dai então eu sai de onde estava, agora eu entendia por que ela se distanciou da turma, não era raiva, so não queria se manter perto, pra não sofrer,agora eu e Vitor já temos nova missão de cupido, achar alguém pra Julia , e já até sabia quem. Eu ajudei Vitor a fazer o Primo e a Ariane voltar,embora eles não admitam que estão juntos,me sentia em dívida com a Julia. Como ia fazer isso, não faço idéia. Quando ia descendo as escadas, vi a Mariana agarrada com o Henri,que tem namorada, e a desgraçada ainda tem coragem de julgar eu e o Vitor, pelo menos éramos homens o suficiente para respeitarmos nosso parceiro.

Finalmente estava chegando na cantina, quando ouvi uma voz.

— O que tava aprontando perfeitinho? — Reconheci a voz de Natália na hora.

— Nada que te interesse. — Fui frio.

— Nossa, por que tanta agressividade gato. — Que guria cara de pal.

— Por que não te conheço, não te devo nenhuma satisfação da minha vida, e não sei se você já notou tem um aliança bem grande no meu dedo,então para de dar em cima de mim. — Tentei manter a voz calma, embora eu não estivesse nem um pouco.

— É claro que notei, mas é assim que eu gosto, solteiros não tem graça. — Eu não acreditei no que ouvi.

— Vagabunda,vai criar vergonha na cara. — Como dessa vez não mantive a calma, quase gritei, e o pessoal a volta ouviu,e não pararam de olhar.

Ela me olhou com raiva, mas não dei bola, ela falou mais alguma coisa, mas não ouvi,me virei e voltei pra mesa com meus amigos. Não contei a ninguém sobre o que ouvi ou vi,ia falar so com o Vitor, mas na hora certa, era melhor contar tudo, pra não dar problemas depois, e é claro botar meu plano de arrumar um novo namorado pra Julia em ação. Higor me chamou pra conversar rapidinho, achei que era sobre a Natália, mas não.

— Primo, find que vem tas livre?

— Claro, mas por que?

— É que o tio cá ta de aniversário, e a família toda vai pra casa de praia, comemorar,Vamos passar o Find lá, leva o Vitor. — Um fim de semana pra esquecer os problemas seria ótimo, mas pera ai,ele disse a família toda.

— Toda a família, mas não vou levar o Vitor pra bancar o amigo. — Não ia pra lá mentir.

— Por que amigo, se vocês namoram? — Ele pareceu confuso.

— Por que eles ainda não sabem,so o meu pai.

— Derek, o Tio Rogerio contou pra tia Lu,ou seja todo mundo na nossa família já sabe, ela adora uma fofoca,e ninguém pareceu estranhar,e se estranhar foda-se,é a tua vida. — Meu pai podia ter contado que todo mundo sabia, mas Higor tava certo, quem não aceitar, que se foda.

— Beleza, mas vamos encontrar todos os nossos primos, e não lembro nem da metade.

— Vai por mim primo, a metade que você não lembra, vai desejar não ter lembrado nunca. — Agora não aguentei, e ri junto com ele.

— Pode confirmar, que eu vou, mas vou ver se o Vi ta livre pra ir.

— Ta bom.

Essa semana prometia bastante, mas a pior parte ainda estava por vir,contar sobre a Natália pro Vitor, antes de contar,é melhor amenizar a situação um pouco, acho que levar ele onde tivemos nossa primeira vez, e onde firmamos compromisso, seria um bom momento. Agora era esperar e botar meus planos em ação.

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Eai pessoas,tudo na paz, obrigado pelos comentários do capítulo anterior, e ai vai as respostas:

Vic_t : Adoro quando vocês ficam ansiosos,isso mostra que minha história está interessante, e que prende a atenção, bjs.

Geomateus : Acho que o mesmo de cima vale pro seu comentário também, obrigado por comentar. Abrs

Esperança :Obrigado.

niel1525 : Obrigado também ;).

Prireis822 : Oi Pri,realmente foi bem lindo, quando eles me contaram, escrevi do jeito que eles narraram,cada detalhe. Admito que fiquei com inveja da idéia do Derek, Queria ter feito assim com a Ari pra colocar as alianças, mas acho que o meu também ficou legal, eu dei as alianças pra ela durante a queima de fogos do ano novo. Mas admito que o Derek me venceu nessa. Por sermos tão parecidos, a gente gosta de disputar um pouquinho hehe.

arthemis : Admito que seu comentário me fez pensar um pouco sobre tudo que aconteceu naquela época. Mas ela que quis se distanciar de nós, e eu até entendi o lado dela, mas como eu adoro dizer, deixa que com o tempo tudo se resolve, e hoje todos estamos de boa, ela voltou a fazer parte da turma com o novo namorado, isso eu devo ao Derek e o Vitor, e sua mania de serem cupidos. Ela nunca foi uma substituta pra Ariane, tanto que hoje elas são bem amigas. Desculpa se dei a entender isso, mas ninguém é substituto de ninguém. Continue acompanhando, please.

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Comentários

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Oi Higor desculpa a demora em ler esse cap. Tive alguns problemas nesse inicio de ano e fiquei um tempo longe da casa dos contos. Eu estou com as minhas leituras todas atrasadas mas aos poucos vou atualizando. Amei esse cap. É tão linda a história deles. Sim imagino como foi lindo esse pedido de namoro deles e tbm o seu e de Ariane. Isso de disputar são coisas normais de primos rsrsrsrsrsrsrs. Quando vc terminar de escrever a historias deles se puder escreve a sua com a Ari, adoraria conhecer a historia de vcs. Sobre o cap adorei o ponto de vista do Derek essa Natalia é uma sem vergonha que não respeita namorados dos outros. Eu entendo a Julia foi melhor assim pra ela não sofrer. Vou já pro próximo cap, Abraços Pri :)

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