Aprendendo sobre a vida! O que é amar? - II

Um conto erótico de George Anthonys
Categoria: Homossexual
Contém 1631 palavras
Data: 19/01/2015 21:17:58

Por mais que tenha sido boa aquela sensação, durou pouco, logo voltei minha atenção para a aula, afinal ainda preocupava com minhas notas e sabia que eram elas e o bom desempenho na escola que faziam minha mãe se sentir orgulhosa de mim. Após aquele acontecimento, tudo havia voltado ao normal, algumas pessoas me olhavam com um olhar de pena, outras me olhavam como se eu fosse lixo e algumas nem prestavam atenção, como se eu não existisse.

Eram 12:40 quando o sinal tocou, as aulas haviam terminado, peguei minha mochila e fui como de costume para o Mc’Donalds que ficava a 3 quarteiões da escola, pedi meu lanche como de costume com batata frita e coca-cola, sentei-me na mesa e começei a comer, quando minha atenção foi desviada para uma pessoa, um garoto, que sentava na minha frente também com uma bandeja do Mc’Donalds, tive uma surpresa, era Erico.

- Oi... Tudo bem? – ele me perguntou olhando nos meus olhos, aqueles olhos azuis claros me deixaram hipnotizados, por um momento pensei “Não, não tá tudo bem, primeiro bato no garoto mais popular da turma e que ainda é do time de basquete, segundo, outro garoto do time de basquete, que junto com Victor faz as melhores jogadas do time vem falar comigo, tá tudo esquisito!” mas apenas respondi:

- Tudo sim e com vc? – não sabia por quê, mas não me sentia ameaçado por ele, aqueles olhos e seu sorriso não me davam medo ou sequer me deixavam intimidado.

- Tudo tranquilo... Achei aquilo que você fez na aula hoje incrível, não é todo mundo que tem coragem de enfrentar o Victor, não esperava isso de ninguém muito menos de você. – não sei por quê, mas essas palavras me fizeram reviver aquilo que Victor tinha me dito no ouvido, fiquei com medo, fiquei sério, abaixei a cabeça e disse:

- Foi uma completa idiotice. – ele riu da minha reação, deu um leve cutucão na minha cabeça me fazendo olhar pra ele e disse:

- Cara, não foi uma idiotice, foi incrível, você tem que parar de deixar as pessoas te fazerem de brinquedo, confia em mim, você não é esquisito só tem baixa estima, eu posso te ajudar com isso, aparece no ginásio no horário do treino de basquete eu posso te apresentar para a galera, eles vão gostar de você.

Eu já estava com a palavra “Não “ na ponta da língua, mas olhei aqueles olhos, aquele cabelo ruivo que parecia ter sido “beijado pelo fogo” e aquele sorriso que se realçava com suas sardas, me sentia estranho, um calafrio na barriga, nunca tinha sentido isso, não sabia nem mesmo o que era, só sei que consegui responder:

- O.k eu vou. - ele sorriu, levantou, ajeitou o cabelo e disse:

- Tá bom George, nos vemos mais tarde. – eu perguntei desconfiado:

- Como você sabe meu nome? – ele me olhou e começou a rir dizendo:

- Tá, agora eu acho que você é mesmo esquisito, esqueceu que tem seu nome escrito na sua blusa de uniforme!? – pegou sua mochila e foi embora.

Consegui ficar ali com cara de taxo pensando sobre como eu era bobão e foi legal conversar sem medo com uma pessoa, uma pessoa que tinha despertado alguma coisa dentro de mim, uma coisa estranha, que eu não tinha a mínima noção do que era.

*****ALGUMAS HORAS DEPOIS*****

Tempo depois daquela conversa eu percebi que tinha feito merda, eu não entrava naquele ginásio desde o 3º ano, não por não gostar de esportes, sempre gostei de esportes, não praticava porque era território do Victor do qual eu sempre vivia fugindo (inclusive sempre fui interessado e tive vontade de jogar basquete, mas acabei me isolando e perdendo a crença que eu poderia jogar, pelas brincadeiras de mal gosto que sofria, me arrependia disso, mas adotei essa atitude como uma forma de defesa), mas tinha que ir, era a chance de fazer amigos, de ver Érico mais uma vez.

Entrei naquele lugar, estava muito cheio, os garotos mais velhos do ensino médio que faziam parte do time principal estavam treinando muito duro, afinal, tinham mais um campeonato pela frente e seria a chance dos olheiros avaliarem seus desempenhos. Fui adentrando cada vez mais e avistei aquele garoto 4cm mais baixo que eu de costas, mostrando seus cabelos ruivos despenteados e fofos, “Cala a boca George... Como assim fofos? Que merda é essa, eu tenho só 12 anos por quê eu to me sentindo assim?’, me dirigi para o lugar da arquibancada em que ele se encontrava , mas antes que pudesse alcançá-lo senti meu nariz bater no chão, ouvi a maioria dos ginásio rir, olhei pra traz sentindo a maior vergonha e escutei aquela voz que eu tinha tanto medo dizer:

- Essa rasteira porquinho foi para aprender a nunca mais me desafiar. Tenho que admitir que você foi corajoso, mas um imbecil, você nunca será perdoado por aquele soco, aguarde, irá sofrer até o fim de sua passagem nessa escola – falou apontando o dedo pro meu rosto e fazendo todos ao meu redor rir, queria ir embora, mas escutei uma voz, uma voz que estava assustada e surpresa.

- O que tá acontecendo aqui? – peguntou Érico pro Victor, que teve só se deu ao trabalho de virar e dizer:

- Que foi Érico, vai defender o porquinho? Se você for contra minhas vontades sabe o que irá acontecer não é? Pode dizer adeus ao time de basquete, eu sou o capitão – Victor olhava para o Érico com um olhar absolutista, que ao mesmo tempo olhava com um olhar furioso pro Victor, pensei que finalmente eu ia ser defendido, ia ter um amigo pra ficar ao meu lado, afinal ele era meu amigo, pelo menos eu achava isso, até que ele se virou de costas, suspirou fundo, abaixou a cabeça e voltou para os seus amigos. Eu quis chorar, tudo que eu havia sentido, aquele sentimento de que eu não estava mais sozinho ou que não estava mais por baixo, havia sumido, o único sentimento que tinha naquele momento era raiva, ódio de mim mesmo. por ter pensado que as coisas poderiam ter sido diferentes, levantei, sai correndo e fiquei esperando minha mãe na entrada da escola.

Não conversei direito com ela, cheguei em casa em fui direto pro quarto, queria apenas dormir, esquecer, sumir, viajar, não estar naquele lugar, nunca mais queria ser tratado pelas pessoas como um coitadinho ou como um lixo, queria sentir aquilo de não estar sozinho novamente, nunca mais queria ser humilhado.

No outro dia, acordei bem cedo, queria que tudo tivesse sido um sonho, mas não foi, desci e comprimentei minha mãe, fiquei pensando por um breve momento e por fim disse:

- Mãe, cansei de ser humilhado, eu quero mudar, não quero voltar para aquela escola pelo menos até o colegial, eu quero ir pra onde meu pai está, quero ir morar nos Estados Unidos!

Ela se engasgou com a água que tomava, virou com um olhar assustado e disse:

- Eii..ii..n? Eu entendi direito? Eu disse que você só vai ano que vem e se seu pai te chamar!- Disse ela firmemente, mas dessa vez eu não estava satisfeito, não iria perder a discussão, eu estava decidido e nada iria fazer eu voltar atrás.

- Mãe você sempre me disse que eu tinha que fazer amigos, que eu tinha que ter vida social, não poderia ficar só com meus estudos, jogos da NBA na televisão ou meus livros de ficção, acontece que ninguém aqui gosta de mim, eu sou apenas um idiota pra todo mundo aqui, não conheço ninguém legal, por favor mãe, deixa eu ir, eu quero mudar, quero voltar no Ensino Médio e ser uma pessoa diferente, nunca mais quero ser tratado por baixo, quero ser normal como todos os outros. – ela me olhou com os olhos cheios d’água, me deu um abraço e disse:

- Tudo bem, irei conversar com seu pai. – apenas sorri, retribui o abraço, disse um “Obrigado, te amo” e subi pro meu quarto.

Algum tempo depois, minha mãe entra com os olhos inchados e muito vermelhos, eu estranhei e me assustei, por um momento fiquei preocupado.

- Mãe, o que foi? – ela me olhou, sorriu pra mim e disse:

- Nada, só que vou ficar longe do meu anjo por um tempinho, afinal ele vai ir morar 2 anos longe de mim nos Estados Unidos.

Não acreditava no que acabara de ouvir, eu iria reencontrar meu pai, morar nos Estados Unidos, e o mais importante de tudo, teria a chance de ficar longe de todos aqueles que me fizeram mal, além disso coloquei uma coisa na minha cabeça mudaria completamente meu estilo de viver, nunca mais seria humilhado e/ou tratado por baixo pelas pessoas.

*****1 SEMANA DEPOIS*****

Chegou a hora, o avião estava decolando, lembrei do quanto minha mãe chorava e me beijava quando me despedi dela, iria sentir saudades, mas pela primeira vez na minha vida, senti que tomei a decisão certa, olhei pela janela do avião e vi os raios do pôr do sol, aquele intenso vermelho que passava na janela do avião, fechei a janela com aquele vermelho guardado na minha cabeça, fechei os olhos e vizualizei uma coisa muito estranha, que me fez sentir mais uma vez calafrios na barriga, vizualizei aquele intenso brilho azul e aquele cabelo que parecia ter sido “beijado pelo fogo”, sim vizualizei Érico.

CONTINUA....

*****************************************************************************

Fala galera!!!!! Blzinha? Bem eu postei mais cedo meu primeiro conto, e como recebi alguns comentários dizendo que tava legal, resolvi postar a segunda parte hoje também, vou tentar postar 1 conto por dia, espero que gostem também desse “episódio”, não desanimem, a ação chega jaja, o conto so precisava de uma introdução. Não esqueçam de comentar o que acharam e avaliar, é muito importante. Flws, abrass pra todo mundo ai o/!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Pops a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Seu conto é ótimo.mas posta dois por dia.

0 0