Aprendendo sobre a vida! O que é amar? - V

Um conto erótico de George Anthonys
Categoria: Homossexual
Contém 1618 palavras
Data: 22/01/2015 17:10:04

Após ter passado meu estado hipnótico, continuei caminhando e conversando com Érico em direção a festa, as ruas estavam calmas e avistava-se apenas algumas pessoas, a conversa estava fluindo bem, Érico fazia planos sobre o teste pro time de basquete que seria em uma sexta-feira daqui 2 semanas, quando de repente para no meio do caminho fixa os olhos no meu braço esquerdo nas duas linhas pretas que formavam uma circunferência cada uma e estavam separadas, grita eufórico:

- ISSO É MESMO O QUE EU TO VENDO? VOCÊ TEM UMA TATUAGEM NO BRAÇO? – tinha me esquecido que ainda não tinha ido apenas com a blusa de uniforme na escola. Respondi que sim com a cabeça dando algumas risadas. – Meu Deus, eu quero fazer uma, acho mó massa tatuagens.

- Eu gosto também, mas não fiz essa só porque acho legal, fiz porque ela tem um significado, acredito que quem marca o corpo tem que ter algum motivo, algum significado, essa tatuagem funciona como um símbolo pra mim.

- E qual é o significado da sua? – ele me perguntou curioso. Fiquei meio receioso de responder e ele desconfiar de algo, mas resolvi falar:

- Ela funciona como uma lembrança, pra eu nunca esquecer os momentos difíceis que já passei, funciona como um símbolo pra mostrar o que eu devo combater, o que eu devo defender, ela é como se fosse a marca da minha ideologia. – ele me olhou espantando, intrigado e admirado, com um certo brilho no olhar e disse:

- Cada vez que passa você me imprenssiona mais. – fiquei muito contente com aquilo que ele disse, era como se aquelas palavras fizessem meu coração desejar mais atingir minhas metas e principalmente lutar pela confiança daquele garoto, como eu já disse antes ele me dava uma certa força especial.

Continumos caminhando e conversando, quando chegamos a um condomínio, muito luxuoso, Érico comprimentou o porteiro parecendo que já eram conhecidos a tempos (deve ser por causa do namoro com a Fernanda), entramos e fomos caminhando por casas grandes, até que senti que estávamos perto da festa, o som alto com música eletrônica tocava e havia pessoas conversando, chegamos a uma casa grande de 2 andares, com uma garagem enorme , havia um DJ na sacada em cima da garagem animando a galera, pelo que parecia a festa estava muito boa, me lembrava das festas que ia nos EUA, comentei:

- Caramba, parece que a galera aqui também sabe dar uma festa! – Érico riu:

- Você não viu nada, Fernanda é conhecida como a rainha das festas, todos amam as festas que ela organiza, ela tem um patamar de respeito elevado no colégio, até as turmas mais velhas se amarram em suas festas.

- Parece que gosta muito dela, vai me apresentar ela hoje?

- Eu apenas tenho sorte – não senti muita firmeza nessa sua fala, parecia que ele não estava muito feliz, mas ele suspirou e completou – Vou procurar ela, vai conversando com a galera e enturmando, vai ser bom pra você fazer novas amizades, principalmente com essas pessoas.

Ele me deixou sozinho e entrou no meio do aglomerado de pessoas, eu senti que essa era a hora, hora de conhecer o estilo do “povo”, hora de fazer amizades e conseguir alcançar um certo lugar de certo respeito entre o colégio. Fui para a multidão, estava animado, peguei uma batida com o garçom que passava com a bandeija de bebidas, e fui pra pista de dança, enquanto dançava percebia que uma garota me olhava fixadamente e sorria (por sinal ela era linda, tinha cabelos lisos escuros, olhos pretos e intensos, com a pele lisa e morena, um corpo que poderia muito bem caracterizado como violão), apesar de nunca ter ficado com ningúem, não foi por falta de opção, também sabia seduzir as pessoas, enquanto dançava começei a olhar e retribuir o sorriso pra ela, vou caminhando pra sua direção querendo saber de onde ela tinha surgido, quem era ela, e por quê estava me encarado daquele jeito (não me julguem, apesar de sentir uma atração forte pelo Érico e de querer ter meu primeiro beijo com ele, ele tinha namorada, e eu não poderia esperar o tempo inteiro, não me sentia atraído só por garotos também sentia atração por garotas, portanto avançei), contudo no meio do caminho sou cercado por Víctor e mais 2 garotos, eles me olharam e ele disse:

- Ora ora, o que temos por aqui? Um novato em uma festa pra pessoas de “alto nível”, não deveria estar aqui... – fiquei com raiva, quem ele achava que era, ele não era superior a ninguém, minha vontade era sair socando aquele muleque metido, mas eu apenas disse com um ar tranquilo:

- Eu fui convidado pra festa, que nesse caso, não foi você que organizou portanto não vejo o por quê de estar preocupado quem frequenta ela. – ele respondeu sem sorriso dessa vez e com um tom ameaçador:

- É melhor tomar cuidado, novato, não sabe com quem tá mexendo, eu posso fazer você ficar no chão em 2 piscadas, além disso.... – antes que ele pudesse terminar a frase, um garoto alto do meu tamanho, com a pele branca bronzeada pelo sol, bem musculoso, com os cabelos castanhos e olhos pretos (ele estava junto com o grupo de terceranistas que ficaram me olhando quando entrei na escola pela primeira vez esse ano) interrompeu-o:

- Algum problema aqui Victor? – o garoto que parecia todo ameaçador antes, ficou assustado e respondeu gaguejando:

- Nã...Nã...o Jonas, tá tudo na boa. – me deixou ali e saiu com os outros garotos.

- Prazer sou Jonas, capitão do time de basquete principal do colégio! – disse estendendo a mão. Apertei sua mão e disse:

- E ae! Sou Anthonys. – achei incrível o capitão do time principal da escola vir conversar comigo, era uma oportunidade excelente de me enturmar com todos.

- Pelo visto você é novato por aqui, já jogou basquete? – respondi que sim com a cabeça – Blz... vai fazer os testes pro time?

- Vou sim, to ansioso pra caramba, me falaram que é muito difícl entrar no time, espero que essas 2 semanas passem rápido. – ele sorriu e disse:

- Bom tem muita gente que joga bem, mas sua estatura e seu físico vão te ajudar, pode ter certeza, agora vou ali procurar minha namorada, a gente se esbarra! – saiu dançando e comprimentando todo mundo, era como se ele fosse um “rei” naquele ambiente.

Continuei dançando, a garota que me olhava tinha sumido, e sentia falta do Érico, não via ele a algum tempo, imaginei que estivesse com Fernanda, quando me deparo com uma cena intrigante, ele saiu correndo de dentro da casa e passou voando por todo mundo, achei estranho, e saí atrás dele pra ver o que tinha acontecido. Corremos bastante, quando ele entrou em um lugar cercado que tinha muitas árvores, parecia um bosque que era protegido pelo município, entrei ali também passando pelas cercas e andei um pouco, cada vez que andava ia aparecendo mais árvores, até que cheguei em um lugar e escutei um barulho de choro, segui e vi ele sentado do lado de um riacho agachado olhando pras estrelas. Sentei do seu lado:

- Tudo bem? – ele não me respondeu, nem ligou que eu estava ali, eu continuei tentando – o céu tá bonito, na cidade não dá pra ver ele como aqui.

- Aqui é meu refúgio, quando quero ficar sozinho ou refletir sobre a vida venho pra cá. – ele disse com uma voz de choro.

- E o que houve pra você vir pra cá e precisar ficar sozinho?

- Eu peguei a Fernanda, beijando outro garoto no quarto dela, um garoto do 2° ano. – fiquei perplexo, e só consegui falar:

- QUÊ!? – ele tava arrasado, dava pra perceber, e eu me sentia muito mal de ver ele daquele jeito, mas ele continuou olhando pras estrelas.

- Eu percebi que ela tava distante esses tempos, não me dava muita moral, eu chamava ela pra sair ou pra ir aos lugares ela não animava ou não queria, sempre tinha uma desculpa, me gelava e parecia que não se importava mais comigo. Eu me sinto um lixo, eu sempre estrago as coisas, primeiro com um garoto que eu queria muito que fosse meu amigo, ele parecia ser bastante legal e acabei escolhendo meu orgulho e meus sonhos ao invés dele o que deixou ele arrasado, eu nunca mais tive notícias dele, não tive nem a chance de me desculpar ou dizer o quanto me arrependo de ter feito isso, nem sei onde ele está, e agora eu estraguei meu namoro, eu não devia tar dando a atenção necessária ou o carinho que ela merece. – E caiu mais um vez no choro, eu não conseguia ver ele daquele jeito, eu tava muito mal, eu tinha que fazer alguma coisa, foi quando por impulso eu fiz...

- Para, para com isso, para de chorar – levantando o queixo dele e fazendo ele olhar nos meus olhos – Você não é lixo... – e fui chegando perto – Você é uma pessoa que se importa com as outras... – mais perto – Você não tem noção o quanto gente boa é... – mais perto e senti aqueles olhos vidrados nos meus, eles estavam brilhando – Você é capaz de dar força e apoiar, além de ter a capacidade de enxergar que errou e se desculpar... – cheguei mais perto, eu sentia o cheiro do seu hálito, de pasta de dente de menta misturado com um certo aroma de Halls de morango – Você é muito ESPECIAL. – peguei na sua nuca não aguentando mais, e enconstei meus lábios aos dele. Aquele era meu primeiro beijo.

CONTINUA...

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Fala galera!!!! Blzinha? Agradeço pelos comentários no conto anterior. Finalmente o primeiro beijo ein! Estou muito ansioso pra saber o que vocês acharam!! Comentem e avaliem, é muito importante :v... Vou tentar postar a próxima parte amanhã! Um abrass!! Fuiz...

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