A Primeira Vista [Revisado] 2x15

Um conto erótico de Igor Alcântara
Categoria: Homossexual
Contém 2474 palavras
Data: 23/01/2015 01:11:00

- Sinceramente... Em plena uma hora da tarde! Isso é lá hora pra se andar nas casas alheias? Quem é que tá aí?

- Calma... – eu já imaginava que fosse o Luan.

Luan andava lá em casa a hora que quisesse. Minha mãe não gosta de receber visitas logo após o almoço porque é a hora de repouso, como ela diz. Mas o Luan além de vir ainda almoçava com a gente antigamente. Só ele fazia isso. Eu nunca mais tive um amigo assim então esse hábito se perdeu.

O Kaio continuava no banheiro. Eu fui em direção a sala onde Jorginho estava assistindo TV esparramado sem camisa o sofá.

- Tem um menino aí fora...

Eu vi alguém lá fora pela veneziana da porta da sala. Entrei no meu quarto apenas pra me olhar rápido no espelho. Voltei pra porta e a abri. Cara, era o Luan. Mais alto, mais forte mas ainda magrinho como minha mãe disse, um sorriso lindo com covinhas, uma camiseta azul que era a cor favorita dele, o cabelo um pouquinho mais escuro escapando atrás do boné branco. Eu não conseguia tirar os olhos dele. Foram 4 anos! Eu caminhei em direção ao portão da área e o abri pra dar passagem pra ele. Fechei o portão e me virei. Assim que o vi ele me abraçou. Eu retribuí aos poucos. Comecei a querer chorar. Queria muito aquele abraço. Queria há 4 anos. Queria bater tanto no Luan até ele ficar roxo por ter ido embora daquele jeito naquele tempo.

- Não acredito nisso... – eu disse.

- Sou eu. – ele falou. A voz não tinha mais falhas como na adolescência.

- Como foi que você veio parar aqui?

- Eu comprei um carro.

- Porque só agora?

- Porque eu não dependo mais de ninguém.

O cheiro do perfume dele era muito bom. Era o Luan! A ficha ainda não tinha caído. Ele acariciava minhas costas sem parar. Eu passei os dedos nos fios que escapavam no boné. Ele não havia mudado nem o corte de cabelo!

- Tia! – ele disse encima do meu ombro e me soltou.

- Luan! Meu filho entre! Venha aqui pra sala, o que vocês fazem aqui fora num terror de sol desses?

- Matando as saudades. - Ele disse passando o braço no meu pescoço.

Fomos em direção à sala e Jorginho foi vestir uma camisa. Sentamos no sofá lado a lado e minha mãe numa poltrona.

- Luan você não morre mais... Eu até mandei o Igor te chamar pra almoçar. Vem amanhã? Semana santa os almoços são sempre cheios de gente. Você era quase família nessa casa. – ela disse rindo. Ele riu também.

Claro que minha mãe deve ter falado aqui sem perceber. “Era” é um verbo no passado. Era porque não era mais. Porque ele sumiu por 4 anos sem dar satisfação! Que ódio...

- Venho sim tia!

- Luan, mate a saudade aí do Igor que eu vou tomar um banho. Eu não aguento mais esse calor. – minha mãe disse e levantou. Ele esperou minha mãe sair pra começar a falar.

- Mas me conta... – ele abriu os braços no sofá – Como você tá?

Ele falou da mesma forma que nas ligações. Aquilo me doeu.

- Não... Como você tá?

- Eu? – ele se surpreendeu. Eu sempre o respondia nas ligações. Falava tudo e ele depois se despedia. Agora eu queria saber dele, ora! – Eu terminei o ensino médio em São Paulo. Tô cursando Farmácia que sempre quis. Tô trabalhando também... Já passei por um monte de bicos de emprego, mas agora eu tô trabalhando num laboratório. Tô ganhando até bem. Hoje eu pago a faculdade e comprei um carro pra poder vir te ver.

- Como é?

- Não... Digo, ver meu pai. Minha família toda... E te ver também, né? Foi terrível vir de São Paulo pra cá sozinho num carro mas tô vivo. Valeu a pena.

- Eu também saí do colegial. Tô na metade do curso de Direito.

- Direito? – ele me olhou estranhando – Mas a gente sempre quis saúde!

Como ele conseguia falar assim? O tempo havia passado, ele não via isso?

- Caminhas diferentes pelo tempo... – ele notou o que eu quis dizer. Eu sei que ele notou. – Não moro mais aqui... Moro sozinho.

Algo me impedia de dizer que estava namorando. Eu deveria sim dizer pra cortar qualquer esperança dele alí. Mas quem disse que ele voltou com alguma esperança. Ele só havia voltado pra visitar a família. Só isso. Não é como se estivéssemos comprometidos durante todo esse tempo. Ele mesmo disse pra eu seguir minha vida.

- Eu também vou morar só. Tô com um negócio em um apartamento. Deve dar certo a qualquer momento. Mas escuta, eu preciso falar contigo. Mas não aqui. Aqui não dá...

Jorginho voltou pra sala vestido.

- Igor, me diz uma hora pra eu te pegar aqui. A gente pode conversar mais a vontade?

- Não sei... Eu só vim passar o feriado.

- Eu sei mas eu não posso ir sem falar...

Jorginho chegou na sala.

- Eaí? Agora eu tô te reconhecendo... Você é o Luan.

- Eaí Jorginho... Ainda te chamam assim? Você é primo do Igor?

- Sou sim. É aparente assim a semelhança? – ele brincou.

Jorginho o cumprimentou e saiu. Ficamos em um silêncio estranho. Eu não sei porque aquilo estava acontecendo.

- Aquele cara alí, quem é? Seu primo também? – ele disse olhando por cima do meu ombro.

- Que cara? – eu me virei e vi o Kaio voltando do banheiro. – Luan, vamo lá pra fora.

- Porque?

- Vamo. Anda!

Luan foi pra área perto da sala. Kaio passou pro quarto e eu entrei logo atrás.

- Kaio, termina e vem aqui fora.

- Não... Termina isso. Manda ele embora.

- Não. Vem!

Na área o Luan olhava as flores da minha mãe. O Kaio saiu atrás de mim.

- Luan... Esse aqui é o Kaio. Ele é meu namorado.

Foi a primeira vez na vida que eu disse aquilo e pra alguém que nem esperava!

- Namorado?

Kaio sorriu e estendeu a mão. Luan o cumprimentou.

- É...

- Muita coisa mudou, né? – Luan fingiu um sorriso. – Namoram há muito tempo?

- Seis meses. – Kaio se adiantou.

- Que legal... E fico feliz por vocês. Seus pais sabem, Igor?

- Os pais dele não vão demorar saber. Os meus já sabem e aprovam. – Kaio mais uma vez me cortou.

Luan riu.

- Tá certo... Igor, faz o que te pedi, ok?

- Eu vou ver...

- Tá. Amanhã eu venho almoçar, se não for incômodo...

- Vem! – eu disse.

Ele entrou no carro e saiu dando uma leve cantada de pneu.

Ele saiu e o Kaio ficou comigo na calçada de braços cruzados. Que clima...

- Ele quer falar a sós comigo.

- Você vai se encontrar com ele?

- Eu quero saber o que ele tem pra dizer.

- Então chama ele pro clube amanhã depois do almoço. Lá vocês conversam. Comigo por perto. Não quero você sozinho com ele por aí. Ponha logo um fim nisso. Não vou ter paciência com isso não! – ele disse e entrou em casa.

Eu queria o Luan perto. Mas queria meu amigo Luan. Se ele quisesse entrar de novo na minha vida seria como amigo. Eu ainda tinha carinho por ele, por tudo que a gente havia vivido no passado. Entrei em casa pouco depois do Kaio e encontrei Jorginho no sofá da sala sentado todo comportado.

- Pelo amor de Deus, Igor...

- O que foi? Cadê o Kaio?

- Você namora esse menino e ainda o traz aqui? Pra debaixo das fuças do tio Carlos?

Jorginho já sabia sobre meninos que eu ficava há tempos. Ele nunca se importou muito. A gente já havia se beijado. Foi há muito tempo e éramos crianças praticamente... Mas foi o suficiente pro Jorginho saber que não era a praia dele. Inclusive, nem falamos nesse beijo.

- Deu de escutar aqui dentro?

- Deu... Um pouco mas deu.

- Você tava espiando?

- Não importa... Igor, você tá maluco? Ainda fica de ceninha com ex aí na porta? Vocês namoram há seis meses? SEIS MESES? – ele mostrou os dedos.

Eu acenei envergonhado com a cabeça.

- Cara, você tá ferrado. Tio Carlos vai te matar.

- O que seria de mim sem você pra me pôr pra cima...

- É sério seu doido! Mas e o Luan? Esse menino não foi embora?

- Foi mas voltou!

- Ele quer ficar contigo?

- NÃO! Fala baixo! Não... Só quer conversar.

- Sei... Me engana. E você? Tá divido?

- Nem pensar... Eu tô com o Kaio, Jorginho.

- Então acho bom ir dar atenção pra ele. Ele faltou pouco bater a porta do quarto. Entrou chateado. – ele fez sinal com a cabeça pra porta do quarto. – Eu vou tirar um cochilo. São emoções demais pra uma tarde só.

Ele foi pro quarto de hóspedes. Eu entrei no quarto e o Kaio estava sem camisa na cama com os fones de ouvido. Eu tranquei a porta e também tirei a camisa. Fui pra cama e deitei entre as pernas dele colocando o queixo em seu peito. Ele continuou mexendo no celular calado sem tirar os fones. Eu fiquei o olhando até que ele se deu por vencido. Retirou os fones.

- Não fica chateado comigo não...

- Ainda não. Só termina isso. Não vim aqui passar por isso.

- Eu só quero escutá-lo. Eu passei tempo demais esperando por isso.

Com o tempo assim eu me encaixei melhor entre suas pernas e fiquei excitado. Subi um pouco mais e beijei seu pescoço.

- Sabe que essa posição é estranha, né? A gente tá na casa dos seus pais.

- Lembra o que? – eu ri.

Nossos beijos foram amentando de intensidade. Tiramos os restos de roupas e começamos a nos acariciar com as mãos. Estávamos sem sexo haviam dias.

- É melhor a gente parar... Não dá certo aqui. – ele disse.

- Calma...

Procurei na minha cômoda aquelas camisinhas roxas com o aviso “Vista-se” que minha mãe sempre trazia vez ou outra pra casa. Ninguém pegava no posto de saúde mesmo... Sem lubrificante o jeito era apelar pra elas.

- Hoje é dia santo.

Transamos naquela tarde tentando fazer o mínimo de barulho possível. Nunca vi uma tarefa tão difícil. Sério. Haviam momentos em que o Kaio colocava a mão na minha boca pra abafar meus gemidos. Ele se contentava em arfar no meu pescoço.

Meus pais dormiam feito pedras no quarto trancado, forrado e com ar condicionado. Mari saiu. Jorginho também havia desmaiado na cama do quarto de hóspedes. Deu certo. Ninguém notou nada. E como tudo que dá certo você insiste em tentar de novo... Lá fomos nós. Isso durou toda a tarde.

Uma loucura que hoje eu jamais repetiria de novo!

À noite minha mãe insistia em dizer que era sexta-feira santa e não poderíamos dirigir. Então nos contentamos em sair a pé mesmo. Saímos com meus primos apenas pra dar uma volta numa pracinha qualquer e beber Coca-Cola em algum lugar. Estávamos numa lanchonete e por volta das 22h minha mãe ligou. Eu logo imaginei que era mandando voltar pra casa. Coloquei no viva voz pra os meninos escutarem.

- Igor, amanhã vocês fazem o que quiserem mas pelo amor de Deus volta pra casa que hoje é sexta...

- Sexta-feira santa! – Mari, Jorginho e eu respondemos juntos. Kaio riu daquilo.

- Ótimo. Todo mundo pra casa! Sem conversa.

Voltamos rindo do jeito da minha mãe nos tratar. Parecíamos crianças pra ela.

- Não vamos mais transar enquanto estivermos aqui. – eu disse me ajeitando junto ao corpo do Kaio na cama.

- Não vamos? E eu já tava até me animando... – ele riu safado e me beliscou.

- Nem pensar!

- E amanhã?

- Já disse... Enquanto a gente...

- Não. Não é isso. Quero saber amanhã, como vai ser? Tô falando do cara lá.

- Vamos pro clube e lá eu converso com ele. Escuto tudo o que ele tem tanto pra dizer.

- Você me ama.

- Amo, claro.

- Isso não foi uma pergunta.

- Não importa. Eu nunca tive dúvida sobre isso mesmo.

Nos apertamos naquela cama minúscula pra dois homens e dormimos.

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Sim, o capítulo tá pequeno mesmo gente. Desculpem.

Ta aí mais um. O conto acaba essa semana que vem. No máximo mais 3 ou quatro capítulos. Daí eu continuo com "Demais pra mim".

Drica Telles(VCMEDS): Mais curta que isso!

Higor Melo: Completamente imprevisível! Eu não esperava encontrar alguém como o Kaio. Não mesmo. Quanto à aliança, estamos há mais de uma semana longe um do outro. Só vamos voltar a nos ver mês que vem. Ele disse que a aliança está no dedo certo e não tira pra nada! kkk

Drica (Drikita): Superamos sim. Eu vou contar tudo! Foi barra mas valeu a pena. Amadurece o casal.

Disconhecido: Sim, está mai curto sim. E esse de hoje também. Desculpem! É que na hora de revisar a gente acaba apagando um montão de coisas bobas escritas. O ciúme do Kaio você acompanha daqui pra frente.

oPAKO: Já me falaram desse Whattpad aí. Mas por enquanto eu vou ficar aqui na Casa mesmo. Depois eu penso em mais alguma coisa. Sobre seu comentário: QUe amiga? Fernanda? SIm, um enorme passo. COmo eu disse isso tudo com o Luan ajudou mais ainda a amadurecermos como um casal. Não posso adiantar nada dos próximos capítulos. Bernardo e Lucas estão como Kaio e eu agora. A KMs de distância. Mas a situação é bem complicada. Bernardo eu não o vi depois do reveillon dele em Fortaleza. Lucas está na casa dos pai desde antes do Natal. Está preso lá e só volta pra nossa cidade quando as aulas dele começarem. Tá barra pros dois... Eu separei esse fim de mês pra vir pra casa dos meus pais tirar uma folga. Tô com saudade do Kaio, mas acho que não morreremos por 15 dias longe. Bernardo está jogando bola com o Kaio aos sábados e durante a semana malhamos juntos. Se bem que já faz um mês que não malhamos. Ele deve me matar quando eu voltar, porque ele não vai pra academia sozinho e disse que tá só me esperando. O Lucas é um drama, já fazem uns 10dias que não falo com ele porque ele só da patada em todo mundo e só reclama da vida dizendo que quer vir embora logo, louco pra que as aulas comecem e ele possa voltar pro estágio. Bernardo sozinho esperando ele voltar, também morrendo de saudades. É isso... Devem passar pelo menos mais um mês separados. :/ Depender de pais pra tudo é foda... Mas eu entendo os pais dele. São só as férias. Ele mora junto com o Bernardo, eles vão ter o ano todo pra ficarem juntos o tempo todo até na mesma casa! Ele não pode passar dois meses com os velhos? Aguenta né!

ale.blm: Muita, muita dor de cabeça.

Jhoen Jhol: Se eu fosse solteiro? Livre? Completamente desimpedido? Sem ninguém ninguém ninguém? Com toda certeza... Kaio sabe. Luan foi meu primeiro amor. Aquele que a gente nunca esquece. Mas isso numa hipótese perdida... Hoje eu tenho meu namorado.

M/A, MikePedroB, esperança, Docinho_: Obrigado pelos comentários.

É isso. Até mais!

kazevedocdc@gmail.com

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Comentários

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Não fique assim Luan, eu estou aqui livre e livre, já sinto que podemos nos dar bem. Gostei do Kaio ter deixado vocês colocarem os pingos em todas as letras e um ponto final no romance, em situações assim precisam definir tudo do que ficar sempre com aquele peso na consciência. Espero que o Luan não te force um beijo de despedida, como já vi por aqui. Como o Luan está atualmente? Casado, pegando tudo, dono de empresa etc.

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Eita, que o Kaio é realmente bem tranquilo, gostei da postura dele, sem maiores stresses, mas deixando bem claro a posição dele...Que menino maduro sô:) Agora sério, muitas vezes ficamos esperando o momento certo, o momento perfeito para fazermos ou dizermos algo importante e nos esquecemos que a vida não espera. Imagina como ele não se sentiu ao saber que por seis meses ele te perdeu, ainda bem já que torço por Kaio e você sempre, mas me coloco no lugar do Luan, eu ficaria arrasada, tomara que ele tenha superado bem e ido atrás da felicidade dele.

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Querido! 1* lhe amo por escutar "Foxes", 2* você é um corajoso da moléstia de levar Kaio pra casa de seu pai.

Esse capitulo foi altas emoções....aguardando super o próximo.

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Até com ciúmes o Kaio e educado..quando cresce quero ser assim.kkkk

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Eiya espero que essa conversa não tenha dado problemas...

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Ola, Igor> acho que vc talvez vc naum se lembre de mim. Mais acompanho seu conto desde da primeira versão . Só tenho uma coisa a dizer: Estou amando... Essa temporada é que mais gosto . è simplesmente tensa. Abrazos e Beijos...

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que bom que iesse epsordio so serviu pra voce demonstra pro kayo o quanto o ama apresentando ele como namorado .eu fiquei com uma dó do garoto quando voce aprdsentlu o kayo .mas fazer o qje néh a vida continua pra godo mundo .e voce não poderia ficar trancado em casa esperando ele .beijo seu lindo

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Resumindo: vocês são muito fotos, formam um casal lindo!!! E não há ex-namorado que faça esse amor acabar. Aliás, o que foi essa sessão de sexo dentro do seu quarto?! rsrs que tenso! Aiii já estou triste só de saber que estamos nos últimos capítulos!! A salvação será seu novo conto! rsrs. Obs. Amei que você escreveu notícias sobre o Bernardo e o Lucas, também adoro esse dois sapecas!

Abs.bjs! =)

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Seu conto é ótimo,e tenho certeza que você não troca seu amor de hoje por uma coisa do passado.

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