Felipe, Meu amor de infância (12)

Um conto erótico de MeninoDoRio
Categoria: Homossexual
Contém 2863 palavras
Data: 29/01/2015 01:23:52

Fiquei atônito com aquela situação, Felipe não tinha o direito de fazer aquilo com Gabriel, mesmo que eu fosse casado com ele, nada justificava aquele ato. Por sorte não havia ninguém pelos corredores e as pressas levantei o Gabriel e o levei para o quarto em que minha mãe estava. Afinal, o que eu menos queria era trazer mais problemas ao Gabriel. Felipe me seguiu até o quarto onde por razões óbvias não deixei ele entrar. O nariz de Gabriel sangrava e não sabia a quem recorrer, pequei algumas bolinhas de algodão que ficava na mesa a beira do leito e tentei estancar, minhas mãos tremiam e eu só conseguia de maneira desajeitada conter o sangue que insistia em verter do nariz dele.

- Será que quebrou? Você tem alguém de confiança que eu possa chamar? Ai meu Deus como isso foi acontecer. - dizia a ele nervoso.

Enquanto eu me preocupa e me tremia todo de nervoso pelo ocorrido, Gabriel olhava para minha cara com um ar de bobo.

- Que bonitinho meu anjo se preocupa comigo - dizia em meio a um sorriso

- É claro que me preocupo, olha só o que ele fez com você, como pode isso. - disse dando um beijo na teste dele.

- Porque você mentiu pra mim? - perguntou ele.

- Como assim mentir? - disse realmente assustado pela pergunta.

- Ontem você me disse que ele era apenas seu amigo, e não vejo motivos para um amigo fazer o que ele fez.

Aquela conversa não era algo agradável e também aquele lugar e momento não eram os mais adequados. Pedi assim que fossemos para um local mais apropriado. Fomos a cantina do hospital e lá contei toda a história com Felipe que não havia dito na nossa primeira conversa. Contei inclusive sobre a visita dele mais cedo e o convite pro aniversário dele.

- Convite? E você vai a essa festa né? Você tem que ir!! - disse Gabriel numa certeza que eu desconfiei.

- E por que iria? Pra ver ele ao lado da Emilly ? Duvido. - disse a ele me negando a crer que eu iria a essa festa.

- Você vai sim e tem mais eu vou com você!! Quero ver a cara dele quando me ver chegando com você. - disse Gabriel determinado.

A idéia era muito louca, imagina a cara do Felipe e da Nice quando me ver lá e ainda por cima com uma pessoa, que por sinal era um gatinho. A idéia que inicialmente parecia louca mas fazia um certo sentido. Não era pra usar o Gabriel e pra isso ficar claro pra mim e não brincar com os sentimentos de ninguém deixei claro

- Olha eu agradeço muito tudo que você está fazendo, mas preciso deixar claro pra você que eu ainda sinto muitas coisas pelo Felipe. Não quero brincar nem usar você. - disse desconfortável a ele.

- Eu sei o que fazendo e to aqui curtindo o momento, sei que você ama ele desde o dia que vi a forma que você olhava pra ele lá no bar. No mais se eu tiver essa sorte de ficar com você só pra mim sei que não vai ser agora. O que tiver de acontecer vai rolar no tempo certo. - disse isso e em seguida me deu um selinho demorado.

Olha confesso fiquei mexido com aquilo, e muito feliz por saber que ele estava bem pé no chão. Já tínhamos conversado demais e precisada voltar ao quarto ver minha mãe e Gabriel precisava voltar ao seu plantão. A noite passou numa tranquilidade divina, consegui dormir bem e tudo transcorria bem. Pouco depois do café da manhã precisei sair para resolver alguns assuntos rápidos no banco, não demorei mais que 1 hora.

Quando retornei e cheguei próxima a porta do quarto ouvi vozes, fiquei parado tentando decifrar quem era e o que estava acontecendo. Abri uma brecha da porta e me deparei com algo que mal podia acreditar.

Felipe segurava a mão da minha mãe e chorava falando algo que pela distancia não conseguia compreender muito, mas era uma fala repetida, como uma reza. Fiquei por mais alguns instantes observando aquela cena e era algo realmente muito curioso. Pelo que me lembrava minha mãe odiava Felipe, outra desde que Felipe retornou não o vi tratar a minha mãe bem como era na nossa infância. A duvida era por qual razão Felipe estava ali. Enquanto me perdia em meus devaneios me encostei na porta abrindo mais o que devia e ele acabou me vendo. De imediato ele limpou o rosto me deu um empurrão e saiu, aquilo me deixou muito intrigado. Eu amo a minha mãe, mas desde que cheguei no hospital eu não conseguia me aproximar muito ela, demonstrar afeto e nem conversar com ela, não era rancor ou raiva era uma certa mágoa por tudo que ela tinha feito. A tarde quando meu pai chegou comentei o que havia ocorrido pela manhã e assim como eu também não entendeu muito. Fui pra casa e como estava com a cabeça muito cheia resolvi ir à pé.

No percurso eu passaria pelo Parque central, uma espécie de bosque, achei interessante entrar e dar uma pensada em tudo que acontecia. Caminhei por entre as árvores e como fazia muito tempo que ali não passeava, não me dei conta que já chegava em uma parte muito afastada da entrada e que sempre foi alvo de comentários de violência e assaltos. De fato essa área era de mata um pouco mais fechada com poucas trilhas, continuei caminhando quando ouço um barulho de vozes, inicialmente era uma voz masculina, fiquei receoso e logo me encolhi por trás de uma árvore maior, e vi que se tratava de um casal.

Ambos caminhavam em meios as árvores em um clima quente e de romance, era um casal bem intenso, ambos se despiram e a menina iniciou sexo oral no parceiro de forma e ritmos intensos, eu queria olhar mais de perto pra ver quem era o casal mas não podia me movimentar muito, pois logo seria descoberto. Continuei a observar a cena, seja quem for aquela garota era uma puta autêntica, não a vi se negar a nada que o cara lhe pedia aos berros. Dado momento a menina falou algo em voz mais alta e aquele sotaque me chamou muito a atenção, era um sotaque gringo, no mesmo instante juntei a forma física da guria com o sotaque, era Emilly! Mas, se aquela era Emilly o rapaz deveria ser Felipe, o que não era. Fiquei pasmo, toda as minhas suspeitas no dia em que ela esteve no hospital ali foram confirmadas. Precisava me aproveitar daquilo de alguma maneira, peguei meu celular e surpreendi o casal

- Emilly querida vira só mais um pouco para a direita pra melhorar o ângulo. - disse apontando o celular para ela.

O cara subiu as calças e saiu correndo e Emilly estava roxa de vergonha. Virei as costas e sai, ela veio andando atrás de mim, querendo se explicar mas não lhe dei chances. Chegando em casa pensava em tudo aquilo,

O, olhava o celular incrédulo. Felipe merecia, não era ela que ele tinha escolhido, não era ela que Nice amava como filha?

Minha vontade era sair correndo e amostrar tudo a Nice, Felipe e Tio Marcelo. Achei melhor esperar a hora mais adequada de esfregar essa verdade na cara de Felipe.

Os dias passaram e o aniversário de Felipe chegou, já havia combinado tudo com Gabriel e ele chegaria em minha casa por volta das oito. Ele chegou lindo, vestia uma bermuda clara e uma camisa polo. O perfume dele era inebriante, assim que abri a porta já recebi um belo beijo de boa noite. Logo que terminei de me arrumar segui com Gabriel para a casa de festas onde seria o aniversário. Assim que chegamos já encontramos Tio Marcelo que não poupou elogios mim e estimou de melhoras a minha mãe, ele era um homem de meia idade muito bonito, bem conservado e sempre com um alto astral que contagiava a todos. Passando por ele entramos na festa, não demorou muito e encontramos o belo casal. Minha vontade era dizer " Boa noite corno, como vai?".

Me contive e dei apenas um boa noite, desejando um feliz aniversário e entregando o presente que havia comprado. Ele agradeceu e me puxou pra um canto

- Trouxe o viadinho pra me provocar? - falou Felipe em um tom seco.

- Primeiro que não e " o viadinho", o nome dele e Gabriel e no convite dizia que poderia um acompanhante. Segundo acho que você deve desculpas a ele pelo que fez, já que saiu espancando o cara sem nem ter motivos. - disse serio a ele.

Felipe me olhava com cara de criança quando apronta e leva esporro, no fundo ele sabia que não poderia ter batido no Gabriel. Como imaginava ele não foi se desculpar com Gabriel, a conversa seguiria se não fosse Emilly chegar e entrar com a sutileza de um mamute, na certa achava que eu iria falar algo sobre o ocorrido no bosque.

- O que tanto vocês falam ? Posso participar? - disse a branquela se pendurando no pescoço de Felipe.

- Lógico que pode guria... Me conta ai o que ta achando da cidade ? Aliás já foi conhecer o bosque da cidade? Me falaram que lá você sempre tem uma surpresa! - disse isso trazendo Gabriel para próximo de mim e dando um largo sorriso maldoso.

Emilly ficou pálida e sem responder isso apenas saiu dizendo que iria pegar uma bebida e sem dar muito assunto Felipe a seguiu e saiu também. A festa estava agradável, Nice passava por mim a cada meia hora e fingia que não me via, na verdade ela queria saber se eu me aproximava demais de Felipe. Sempre que ela passava fazia questão de me aproximar de Gabriel. No fundo a minha vontade era de saber a cara dela quando soubesse que o bebê dela era um corno e a nora era uma puta das mais baixas que existiam.

A festa estava boa, o que eu queria mesmo era ir pra casa e fazer a minha festa com Gabriel, como ainda era cedo fui a uma área externa e mais reservada pra dar uns pegas no Gabriel. Ficamos bem lá até chegar Emilly

- Preciso falar com você - disse autoritária.

- Não tenho o que falar com você e se não se importar estou ocupado - disse dando um beijo no Gabriel

- Tenho nojo de gente do seu tipo, deveria respeitar quem está perto, tinha que ser tudo morto pra livrar o mundo - disse ela fazendo cara de nojo

- Garota você quer mesmo saber do que eu sinto nojo? Sinto nojo de gente como você que não sabe respeitar quem está com você e sai por ai dando no meio do mato pra qualquer um!

- Como é a história?? - disse Felipe surgindo do nada atrás da gente.

- Eu não sei de nada, a sua NOIVA - entonei com total deboche - que de repente pode ter algo pra te contar - disse isso saindo com Gabriel

Sem duvidas eu estava de alma lavada, ver aquela cara de Felipe ao sair não tinha preço.

Já em casa transei com Gabriel por toda a noite e dormimos juntos.

Durante o Café Gabriel me perguntou sobre as indiretas que eu havia jogado para Felipe e Emilly na noite anterior, não tinha como esconder dele e contei tudo que havia visto, incluindo o vídeo, e minhas suspeitas. Ele riu e disse que eu era pior do que ele imaginava, não entendi muito mais ri também.

O mundo conspira para o bem de que é do bem, alguns dias depois a festa de Felipe meu pai chegou no hospital comentando uma história que ele havia ouvido na padaria, que o noivado do filho do Marcelo tinha acabado pois ele pegou a noiva com um cara no maior amasso no bosque. Ouvindo a história dei uma bela gargalhada ao contrário do meu pai que achava a história muito triste, pois segundo ele havia visto Felipe bebendo em um bar, coisa que não era comum. De inicio não dei muita importância, de fato estava achando graça, contei a história a Gabriel que apesar dos pesares também achou triste.

No mesmo dia minha mãe acordou do coma induzido em que estava, segundo os médicos ela já estava pronta pra acordar e seu coração já estava bem recuperado mas, ainda não estava pronto pra emoções muito fortes. Dito isso comentei com meu pai que era melhor eu não estar por perto quando ela acordasse, não sabia como ela iria reagir. Meu pai recusou-se a estar só nesse momento tão importante e que já era hora de parar com essa história que não tinha fundamento.

Ao acordar minha mãe completamente desorientada, dado o tempo em que ficou desacordada, falava algo que pouco se podia entender. Aos poucos ela foi retornando a consciência quando disse em um tom audível

- Cade o Felipe?? - disse ainda como um murmuro

COMO ASSIM CADE O FELIPE????????????? aquilo só podia ser efeito dos remédios, não havia outra explicação.

Olhei para meu pai incrédulo no que ouvia, ele fazia uma expressão de desconforto como se me escondesse algo.

- Pai está acontecendo algo que eu não esteja sabendo? - perguntei

- Não, não. - disse com um tom de voz agudo como se quisesse omitir algo.

Tinha algo acontecendo ali, meu instinto gritava que tinha algo sendo escondido.

- Pai qual é? Abre o jogo o que você sabe que eu ainda não sei?

- Para de ser mimado garoto, traz o Felipe aqui, preciso falar com ele. - disse minha mãe no seu bom e velho tom autoritário.

Ouvindo aqui pelo menos um peso tirei das minhas costas, minha mãe em poucos minutos já recupera a boa e velha forma, já não iria morrer e isso me aliviava.

- Pai, ela já está melhor e quer o Felipe, vou indo nessa que ainda da pra pegar o ônibus das sete de volta pro Rio. - disse me despedindo dele.

- Vai fugir de novo? Será que botei um covarde no mundo? - disse minha mãe em um tom desafiador

- Não tenho do que fugir mãe, só sei quando não sou bem-vindo e preciso me retirar.

- Larga de ser ridículo garoto, esse drama todo só pode ter puxado da família do seu pai, você está igualzinho sua tia Heloísa. - disse revirando os olhos pros lados impaciente. - E Cade aquela seu amiguinho novo?

Aquela era minha mãe, me insultado, me provocando, de fato ela já estava curada. Não respondi a ela e fiz menção de sair do quarto mais ela me impediu com mais uma pergunta

- Vai me responder ou não?

- Não sei do que esta falando mãe...

- To falando do seu amiguinho que trabalha aqui no hospital, estava em coma não morta, sempre ouvia os papos de vocês.

- Se sempre ouvia você sabe de tudo, ele trabalha aqui e é do plantão noturno.

Não estava com paciência para interrogatórios, sai do quarto e meu pai me encontrou no corredor. Pediu que eu tivesse paciência com ela e que tudo iria se resolver. Em seguida ele saiu atrás de Felipe. Pouco mais de uma hora depois ele retornou acompanhado por Felipe que estava visivelmente abatido, mal vestido, assim que chegou próximo a mim veio como se fosse me abraçar, estendi a mão e o cumprimentei. O cheiro de álcool era perceptível a distância e enquanto ele entrou no quarto sai e fui ao bar do outro lado da rua. Aquilo me deixava inquieto, o que minha mãe e meu pai estava escondendo de mim. Como era folga de Gabriel resolvi sair com ele a noite, sem grandes pretensões estava sem cabeça.

Fomos ao cinema e conversamos bastante, em um dado momento Gabriel disse

- Olha me contando isso ai me fez lembrar algo. No dia que Felipe me bateu um amigo meu viu tudo e me falou algo que achei estranho, ele disse que o Felipe se identificava como filho da sua mãe e sempre ia visitar ela nas noites em que você não estava.

Fiquei incomodado com aquilo, o que meu pai estava escondendo de mim? Será que Felipe era meu irmão?? Por isso nossos pais queriam nos separar? Eles não concordavam com nosso amor não por homofobia, mas sim pra evitar um incesto. Tudo fazia um pouco de sentido. Dando altas gargalhadas Gabriel falou

- Ok Maria do Bairro, Felipe Augusto e fruto de um relacionamento da sua mãe com o Marcelo Alberto, e agora farão um DNA e revelar que vocês são irmãos. - dizia Gabriel rindo de correr lágrimas dos olhos.

De certa forma era muita loucura da minha parte confesso, seria cômico se não fosse trágico. Resolvi voltar ao hospital e saber o que estava acontecendo. Mas no caminho vi uma cena muito triste, Felipe estava jogado no chão na entrada no bosque como se fosse um mendigo. Aquilo partiu meu coração...

Mais um capítulo dessa novela, to quase vendendo pra Televisa esse roteiro kkkkk como comentei até aqui tudo real, não sei ainda muito bem se crio um fim ou vejo até onde chega, talvez deixe o fim em aberto e venha com uma segunda temporada, enfim. Obrigado a todos os votos, comentários, beeps, sinal de fumaça, WhatsApp e cartas rs

Nos vemos em breve !!!

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Comentários

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Assim tu me mata de ansiedade!! Realmente tua vida parece uma novela, Nossa Senhora , se vendesse ganharia um bom dinheiro 💲!!! 💵 💰😂😂👏 ,segunda temporada por favor!!! 👏👏

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Felipe merece está assim. Você o libertou dela e ele mereceu junto com a mãe. Contudo e ele poderia e pode decidir o que quer para a vida dele. São muitos os anos de sofrimentos e nenhum amadurecimento. Difetente de vc mesmo o amando sempre.

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Crie um 2ª temporada! Quero saber qual é esse mistério! Quando vc volta?

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Não sei se vou aguentar uma segunda temporada para saber se ficam juntos.

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Deixe fim em aberto e faça segunda temporada e vá até onde história te levar. E quero a continuação, estou com dó do Felipe. :'( Tomei meu lado para ele. <3

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Que misterio sera esse? Ah, nao para nao. Nem que tenha segunda temporada. Sera muito bom!

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