CORAÇÃO DE VIDRO - 6

Um conto erótico de Homero
Categoria: Homossexual
Contém 1740 palavras
Data: 30/01/2015 21:52:39
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Um ruído me acordou.

Minha visão estava embaçada pelo sono e pude sentir o cheiro do Dani por todos os lados. Quis rir ao saber que a aquela noite não havia sido um sonho incrivelmente bom.

Franzi a testa confuso quando me debati na cama para encontrá-lo, mas não tive êxito.

-Dani? -chamei por ele. Ele talvez estivesse no banheiro.

Nada. Nenhum som.

-Dani! -chamei mais alto. -Onde você está?

Sinti minha garganta secar ao meramente pensar que ele tivesse voltado pra casa daquele monstro.

Levantei rapidamente da cama e só de cueca desci rapidamente as escadas. Eu ia diretamente para fora procurar por ele, mas um barulho na cozinha me chamou atenção.

Caminhei até lá e sorri maravilhado com a cena que encontrei.

O Dani estava só com uma cueca e uma camiseta minha, que ficava muito maior nele. Ele estava concentradíssimo preparando o que eu deduzi ser o nosso café da manhã.

Me escorei no batente da porta e fiquei a observá-lo sem ser notado.

Que guri lindo...

Sua pele branca era um contraste enorme com minha camiseta preta. Seus cabelos estavam revoltos, de quem havia feito um sexo muito gostoso.

Sorri com malícia ao lembrar que havíamos acordado mais de uma vez para transar... delícia! Meu gatinho era um ninfomaníaco!

-Senhor Lopes! -Daniel me assustou com sua voz assustada. -Está a muito tempo aí, parado?

Sua cara de quem havia sido pego no flagra me fez sorrir.

Fui até ele e o beijei. O peguei no colo e suspirei entre os lábios macios dele. Que delícia de guri!

-Eu estou parado por tempo suficiente para perceber que aqui é o seu lugar. -beijei sua testa. -Seu lugar é comigo! Ao meu lado!

-Ao seu lado. -ele sussurrou, baixinho e envergonhado.

Acenti, contente e satisfeito por aquela aceitação! Ele era meu! Meu e ninguém o tiraria de mim!

-Por que acordou tão cedo? -questionei, quando o coloquei no chão.

-Senhor Lopes, já passou da uma e meia da tarde! -ele voltou para o fogão e vi que não era nosso café da manhã... era nosso almoço que ele preparava!

-Caralho! -exclamei. -Nós dormimos bastante... bem, mais ou menos. -meu olhar foi bem sugestivo e sorri quando ele corou.

Depois de um tempo estávamos almoçando. Eu não tive tempo de elogiar o quão gostoso aquele almoço estava. Fiquei ocupado demais devorando tudo a minha frente! Aquele guri tinha dons que faziam eu me apaixonar mais por ele.

-Você cozinha melhor que minha empregada! -minha barriga estava tão cheia que eu mal conseguia me manter de pé.

-Obrigado! -ele agradeceu, com uma face surpresa. Eu notei que ele não era acostumado a receber elogios... nem qualquer tipo de retribuição sobre coisa alguma.

Bem, eu mudaria isso!

-Nós vamos ao shopping, Dani. -anunciei, enquanto o via lavar a louça.

Ele não deixou eu nem ajudá-lo. Disse: Senhor Lopes, não se atreva!

Então não tive coragem de me atrever! Aliás, eu não reclamaria. Tinha uma visão incrível daquelas cochas e da minha camiseta nele, escondendo aquela bunda incrivelmente gostosa.

-Shopping? O que é shopping?

-Dani, sério que você não sabe o que é um shopping? -questionei, incrédulo.

-Bem, um colega meu uma vez comentou que foi olhar um filme no shopping. -ele lembrou com uma face séria, que me fez ter vontade de rir.

Ele ficava lindo de qualquer maneira!

-Shopping é um cinema! -ele arriscou, me olhando em expectativa.

-Não. Bem, há cinema, mas há lojas e várias outras coisas também. Nós vamos comprar roupas pra você!

-Comprar roupas? Não, senhor Lopes! Por favor, não quero que gaste dinheiro comigo!

-Não está nas suas mãos a maneira de como gasto meu dinheiro, felizmente. -falei, fingindo arrogância e arranquei um sorriso dele. -Vou te dar tudo que você precisar.

-Mas não preciso de roupas. -ele franziu a testa ao lembrar que precisava sim. -Posso me vestir com aquela que trouxe...

-Não há discussão! -encerrei o assunto e me levantei da cadeira.

Foi uma tortura fazer o Dani vestir uma camiseta curta e um calção.

Ele ficava fazendo caretas que me faziam rir e dizia que todos iam ver as suas marcas.

Depois de vestido, ele viu que não apareciam suas marcas. Mas as roupas deixaram a beleza dele muito mais acentuada... o calção havia ficado apertado e a bunda dele ficava realçada demais.

-Eu gostei desse calção. -ele comentou, com um sorriso enquanto eu dava a ré no carro.

Saímos da garagem e eu voltei a fechar o portão. Peguei a estrada pro shopping e segui.

-De quem é? -ele questionou.

-Quem é o quê, Dani?

-O calção.

-Ah, bem... do meu ex ficante. Ele deixou lá na minha casa e eu nunca devolvi.

Então quis morrer pela furada de dar um calção do antigo cara que eu transava pro meu atual.

Estava pronto pra ouvir um desaforo do Dani, quando ele se inclinou no banco e me deu um beijo no rosto, que me deixou supreso pra caralho.

Desviei um instante o olhar da estrada e olhei pra ele. Ele sorria com compreensão.

-Tudo bem, senhor Lopes. Eu sei o que o senhor está pensando. Não se preocupe! Não estou exigindo nada do senhor. Só tenho a agradecer por tudo... o senhor não me deve nada. -ele finalizou e se acomodou no banco.

Quis falar que eu o amava ali mesmo... que aquele amor era tanto que estava prester a transbordar. Mas não consegui. Nenhum som saiu da minha boca. Nem para puxar o mais aleatório assunto.

Não demorou muito e chegamos ao shopping. Estacionei no térreo e saímos do carro para pegar o elevador.

-Me sinto desconfortável. -Dani comentou, baixinho.

-O que foi? Está com dor? -questionei preocupado. -Com ânsia? Tem farmácia aqui. Vamos lá comprar algo pra você!

-Não, senhor Lopes! -ele riu. -Não é nada disso. Só um... nada. -calou-se.

-Dani! Você tem certeza?

-Sim! Prometo.

Acenti, nada convencido.

Saímos do elevador e eu ri baixinho do olhar de fascínio que o Dani dava para tudo que ele via.

Ele segurou minha mão com força quando estávamos na escada-rolante e eu ri da cara assustada dele.

-Você pode comprar qualquer coisa que você quiser, Dani. Qualquer coisa! -falei pra ele, que me olhou como se eu fosse louco.

-Não posso comprar qualquer coisa, senhor Lopes!

-Pode sim, porque eu quero e você vai comprar e pronto!

Entramos em uma loja e um cara veio nos atender.

-Posso ajudá-los? -ele questionou e seu olhar recaiu sobre o Dani que olhava uma camiseta com uma estampa muito engraçada.

Vi que os olhos do homem escureceram e ele focou diretamente na bunda dele. Mas que diabos?! Eu sabia que ele chamaria atenção, mas justo da primeira pessoa que nos atendeu?!

-Quero roupas pro meu namorado! -rosnei, irritado e enfatizei o "meu namorado".

Inferno! Que cara de pau! Senti vontade de bater de frente com ele e perguntar "tá olhando o quê, muleque?!"

O cara me olhou assustado e acentiu constrangido. Eu o direcionei um olhar de desprezo enquanto ele começava a mostrar as roupas para mim e para o Dani.

-Como assim? -Daniel me olhou confuso, quando o cara se afastou.

-Como assim o quê, meu anjo? -peguei outra calça e depositei no montante daquelas roupas que levaríamos. Cada roupa que eu pegava, recebia um olhar de desaprovação do Dani. Ele escolhia a dedo o que levaria, mas eu não pouparia! Ele teria tudo que precisava.

-Namorado?

Parei estático, sentido o peso indagativo daquela palavra. O olhei e ele esperava uma resposta. Novamente aquele olhar receoso de quem achava que a qualquer momento ouviria que tudo aquilo era uma pegadinha.

-Dani, é isso que seremos se você vier morar comigo. -novamente senti minha língua prender quando ia expor meus sentimentos.

-Senhor Lopes, não se sinta precionado, por favor. -ele largou as roupas e tocou minha mão. -Eu entendo. Você sente pena de mim... por favor, não precisa fazer isso.

-Fazer isso? -minha testa franziu.

-Vamos ir embora. Você não precisa gastar seu dinheiro, não precisa se preocupar. Eu entendo! Juro. Só deixe eu pegar minhas roupas na sua casa e eu irei pra minha. Posso te visitar de vez em quando.

O olhei incrédulo. Não acreditei nas palavras dele. Quis gritar com ele e fazer o maior escândalo, depois puxá-lo para para o banheiro e fodê-lo até ele perceber que não iria a lugar algum! Que eu não deixaria ele ir a lugar algum!

-Daniel! -rosnei. -Jamais, em qualquer hipótese, repita que vai me deixar de novo! Jamais! Você é meu! Entendeu? Meu!

Ele acentiu assustado e, pra minha surpresa, pulou em cima de mim e, rindo, me deu vários beijos na face.

-Sou seu! -ri com ele.

"Meu!" repeti em pensamento, enquanto fungava naquele pescoço. "Meu!"

Voltamos a escolher as roupas.

Depois de duas horas inteiras escolhendo e vendo o Dani provar roupas, fomos à praça de alimentação para reabastecer as energias.

Paramos em diversas lojas e qualquer coisa que o Dani achasse meramente bonito, eu comprava.

Fomos até uma loja de materiais escolares e eu comprei tudo que ele precisava para desenhar. Tudo e mais um pouco. Ele ameaçou colocar um gato no meu travesseiro pela quantidade desnecessário de roupas e matérias que eu comprei. Lápis, folhas, cadernos,télas, pincéis, tintas... comprei realmente tudo.

-Eu acho um exagero isso tudo, senhor Lopes! -Dani comentou, enquanto nos dirigíamos pro estacionamento para levar as várias sacolas de roupas, acessório e materiais nas nossas mãos.

-Não é exagero algum. -falei, satisfeito.

Colocamos as sacolas no porta malas e no banco de trás do carro e estávamos nos dirigindo novamente para o elevador que dava acesso ao shopping.

-Podemos ir ao cinema. -sugeri.

-Sério?! -ele exclamou, com aquele sorriso que me tirava o fôlego. -Senhor Lopes, eu adoraria. Deve ser muito legal!

Mas então ele parou de caminhar e seu sorriso sumiu.

-Dani, o que foi?

Ele estava branco feito cera e seus olhos arregalados olhavam fixamente para frente. Parecia estar em transe ou em um pesadelo terrível.

-Dani, meu anjo.

Suas mãos estavam geladas e tremiam.

-Meu anjo, o que há de errado?

Segui o olhar dele e ele olhava para um velho pançudo e maltrapilho que se aproximava de nós à passos largos...

O pai dele.

O velho maldito e bêbado!

Meu olhar escureceu de raiva e eu me pus a caminhar na direção aquele monstro. Era hora de mostrar pra ele quem mandava na situação! Era hora de fazê-lo pagar!

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Comentários

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Eh lasquera, agora os dois vão tretar, mas o pior é que o Dani é menor e o velho é o tutor legal, e se ele quiser pode acusar o Homero de corrupção de menor!!!! Mas tô doida para o Homero arrebentar esse filho de chocadeira!!!! 👊😠✊✌😍

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Querido! Descobri agora sua estória e já está nos meus favoritos

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Tô adorando seu conto! Ele é verídico? Espero que esse velho nojento sofra em suas mãos!

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Aaaaah que divos, perfeitos *-* da um Avada Kedavra no velho :p esse monstro horrível

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Uau! teu conto é maravilhoso. Definindo em uma palavra "Intenso". Já ansioso pelos próximos. Abraços. P.S.: Não reclamaria de mais alguns capitulos hj, xD.

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Amoreeeeee, adorei o capitulo realmente surpreendente, olha so um conselho... Posta pelo menos 20 capitulos por dia pra saciar minha vontade de ler seus contos, nota 10

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Muito bom. Não era para parar agora.

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Isso ai sr.Lopes defenda o Dani desse nojento, amando o conto.

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Isso ai sr.Lopes defenda o Dani desse nojento, amando o conto.

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Nossa que lindo, muito bom, quero mais srsrs

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