A CARTA - 15ª Capítulo

Um conto erótico de lipe
Categoria: Homossexual
Contém 2399 palavras
Data: 14/01/2015 21:38:27

A CARTA – 15ª Capítulo

“A esperança é um alimento da nossa alma, ao qual se mistura sempre o veneno do medo” (Voltarie)

- JONAS NÃO, POR FAVOR – comecei a me debater nos braços do segurança que ainda me segurava, tentava me soltar mas era em vão, em questão de segundo fui trocado de braços, dessa vez era o Alex que me segurava, falava algumas coisas para eu me acalmar mas não tinha como, não tinha, eu apenas queria entrar, porque eles não entendia isso? Porque? Naquele meu alvoroço todo acabei derrapando no chão e levando o Alex comigo, foi quando ouvi um “bipe” depois outro e outro e outro, vários bipes em sequência, era como se a cada novo bipe minha alma e meu corpo se relaxassem, todo meu ser mergulhasse em sensação de alivio e paz e todo aquele meu alvoroço passasse, eu ainda chorava hora me lembrado do que acabou de acontecer, hora de alivio, o Alex ainda permanecia em cima de mim me olhando fixamente e de repente ele começou a aproximar sua boca da minha até que...

- Com licença – falou o médico saindo da UTI com alguns outros enfermeiros consequentemente me tirando daquele transe me fazendo notar o que estava prestes a fazer, rapidamente empurrei o Alex para o lado e me levantei

- Como ele está doutor? – perguntei

- Não vou mentir pra você, depois dessa, a situação dele só piorou – falou ele me deixando ainda mais com medo

- Deixa eu velo por favor – falei com cara de pidão

- Não acho uma boa ideia, ele...

- Deixa doutor, você não viu o desespero dele aqui? Eu acho que ele merece – interviu o Alex ao meu lado, ele ficou olhando para ele como se pensasse no caso mas acabou cedendo

- Tá ok mas só 5min, vou cronometrar e só você pode entrar, Luciano – se referiu ao segurança que estava logo atrás – só 5 minutos

- Obrigado Doutor – falei – me espera na recepção Alex – falei o olhando na qual consentiu com a cabeça e se distanciou

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Abri a porta de cabeça baixa e assim entrei, lá dentro comecei a levantar bem devagar percorrendo o chão até chegar numa altura que desse perfeitamente para o ver e foi inevitável não voltar a chorar, ele estava na mesma situação que havia visto a sua mãe, ligado a um monte de maquinas, pálido e muito fraco, estava tão indefeso, a única coisa que eu queria naquele momento era cuidar dele.

- Não faz mais isso comigo Jonas – falei puxando uma cadeira e me sentando ao seu lado – Meu coração não vai aguentar mais uma dessa – segurei sua mão, estava tão gelada – seja forte por favor, por mim – a cada nova palavra que eu dava sem a resposta dele era mais uma lagrima que descia, meu coração estava apertado, não sabia o que iria fazer dali por diante, pera ai, eu sabia sim – Eu vou te tirar dessa meu amor – me levantei e dei um beijo em sua testa, um dos poucos locais que ainda não tinha fios.

Sai daquele quarto decido a fazer de tudo pela vida dele, nem que pra isso tivesse que usar uma esperança remota.

- Você tem certeza que deseja fazer isso? – falou aquele mesmo médico com quem falara antes, conseguir entrar no seu consultório depois de pedi informação na recepção e claro aguarda-lo por um tempão, tão novo e tão ocupado

- Toda certeza – falei

- Então tá certo mas para isso você vai precisar de uma assinatura de um responsável dele, pai, tia, tio – falou ele

- Padrasto serve?

- Se ele for o responsável dele sim, fale com ele que eu vou preparar toda a papelada de transferência e também acionar o Hospital lá, isso leva um tempo, anote seu numero que eu entrarei em contato com você – falou ele me entregando um pedaço de papel na qual anotei dois números meus

- Obrigado mais uma vez doutor... – falei me levantando e estendendo a mão para complementa-lo

- Carlos rsrs – falou apertando minha mão e sorrindo

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De volta a recepção percebi que o Paulo estava uma pilha de nervos, andava de um lado a outro, também não era para menos, não havia falado nada da ultima vez que estive ali para pedir informações sobre o consultório do Dr. Carlos, quando me viu fez milhares de perguntas na qual respondi todas e por fim falei sobre o que eu queria fazer, no começo ele ficou meio receoso por está colocando o filho em perigo e também porque eu iria pagar tudo, na verdade não eu mas sim meu pai, mesmo ainda não ter falado com ele, já contava com seu aval mas não pensava que seria uma batalha fácil. Expliquei tudo a ele, que essa era nossa última chance, que não devia se preocupar com o dinheiro etc até que ele concordou.

- Posso te fazer uma pergunta? – falou ele

- Claro seu Paulo

- O que você tem com o Jonas? – falou lançando essa bomba no meu colo

Sabe aquela música “meu mundo caiu”... ah quer saber? Meu mundo havia caído a horas, olhei para o lado nervoso e vi que o Alex também havia se assustado com aquela pergunta.

- Com... como assim? Nos somos amigos ué – falei com uma voz que não convenceria ninguém, nem a mim mesmo

- Eu sei que não Filipe, amigo nem um faria isso pelo Jonas, vi seu desespero quando ele teve uma parada cardíaca, de longe mais vi, pode falar, eu não sou preconceituoso, afinal a vida é de vocês – com essas palavras fiquei mais relaxado, olhei para o Alex e ele consentiu com a cabeça como me encorajando a falar a verdade.

- Nos somos namorado seu Paulo – falei um pouco nervoso

- Desconfiei, felicidades ao casal – falou apenas isso e foi saindo, apesar dele dizer que não tem preconceito, ele ainda não se sentia confortável em falar sobre esse assunto.

- E agora o que você vai fazer? – falou o Alex

- Agora vou travar uma batalha com meu pai – falei

- Como é? Você é maluco? Você nem falou com seu pai ainda e já prometeu pagar isso tudo e se ele se recusar?

- Eu o convenço, vamos – sai o arrastando pela mão

Pegamos um taxi e fomos em direção à empresa onde ele trabalhava, o caminho todo fui reformulando palavras e frases para poder convencer o meu pai, não sabia como iria ser mas também não iria desistir no primeiro não.

- NÃO, nem pensar, essa quantia é muito alta, é absurda – falou meu pai

- Pai é uma vida que está jogo, ele vai morrer se eu não fizer isso – falei, na verdade implorei

- Não me importa, antes ele do que eu – falou

Eu fiquei :o com aquela frase que ele deferiu, aquilo era muito desumano, eu pensei que fosse ouvi vários nãos mas aquilo jamais se passou pela minha cabeça, nunca pensei que fosse ouvi isso da boca do meu próprio pai.

- Então o senhor não vai se importar se eu mostrar uns papeis a imprensa ou até mesmo lá na delegacia, sonegação de impostos, paraísos fiscais com quantidades absurdas de dolares, fala ai, faz quantos anos que você não paga impostos em?

- O QUE VOCÊ ESTA FALANDO SEU PIRRALHO MIMADO – falou se levantando do conforto de sua cadeira

Um ano e meio atrás havia encontrado esses papeis espalhados em sua mesa, naquele tempo não liguei muito mas resolvi tirar umas copias e acabei guardando, não sei porque eu havia feito aquilo mas algo me dizia que esses papeis iriam ser uteis algum dia e esse dia infelizmente havia chegado, não fui até ali com a mentalidade de usar isso contra ele caso recebesse um não como resposta mas ele se mostrou tão desumano que eu acho que ele estava me dando o direito de ser também, afinal, filho de peixe, peixinho é.

- EU TENHO TODAS ESSAS DROGAS DE PROVA, SE VOCE NÃO ASSINAR A MERDA DESSE CHEQUE EU PROMETO COMO EU DERRUBO TODO ESSE SEU PATRIMONIO – comecei a gritar

- VOCÊ NÃO É BURRO, SE EU CAIR VOCÊ TAMBÉM CAI SEU GAROTO MIMADO – gritou em resposta, ele tinha razão mas estava pouco me lixando para meus luxos

- Você também não é, você quer correr esses risco por causa de alguns milhões, eu sei que você consegue tudo isso de novo em segundos – falei agora mais baixo, sem berros, ele ficou me analisando por alguns minutos até que voltou a se sentar

- Tudo bem, tudo bem – falou abrindo o talão de cheque e colocando um valor lá, era duas vezes a mais do que eu havia pedido, quando ele me deu, arranquei de sua mão e sai de lá em disparada batendo com tudo a porta, passei pela recepção e nem esperei o Alex que teve de vim correndo atrás de mim, estava com um misto de raiva e remorso por ter chegado ao ponto de ameaçar o meu próprio pai mas arrependido eu não estava, estava fazendo aquilo por uma vida, será que eu ia ter coragem de denuncia-lo caso ele quisesse me testar? Será? Se eu fizesse o Jonas já era. O Alex vinha logo atrás de mim me mandando esperar, cheguei perto de um poste e comecei a chuta-lo e estapia-lo com a palma da mão fazendo algumas pessoas me olharem com aquela cara de “eu em, que menino maluco” mas eu não estava nem aí e no momento o que eu queria era colocar toda aquela raiva pra fora de um jeito ou de outro.

- Ei seu maluco, para com isso, você vai se machucar – falou o Alex que havia me alcançado e agora segurava meus braços para que eu parasse

- Que se dane, porque tudo tá dando tão errado? Eu não consigo passar a droga de um dia feliz – comecei a chorar – e tudo isso culpa sua, se você não fizesse eu me apaixonar por você tudo estaria bem – comecei a dar murrinhos no peito dele, típica cena - eu não teria feito aquela carta maldita, não teria conhecido o... – não consegui terminar o que ia falar porque ele me abraçou com força tirando todas minhas força e me fazendo chorar ainda mais, e isso só me fazia me sentir um fraco.

- Para de falar isso, eu sei que você não se arrepende de nada disso, se você quer colocar essa raiva pra fora, pode me bater eu não me importo, eu até mereço mas não fale bobagens – falou me abraçando, ele tinha toda razão, eu estava falando por impulso e com certeza iria me arrepender depois, ainda abraçado eu chorava, mesmo contra minha vontade mas as lagrimas teimavam em cair.

- Faz tanto tempo que a gente não se abraça assim – voltou ele a falar depois de alguns minutos

- tem razão – falei saindo de seus braços e já mais calmo enxugando as lagrimas – é melhor eu voltar para o hospital

- Nada disso, você vai pra casa descansar, você não vai conseguir ver ele ainda hoje, você precisa ficar forte pra quando ele acordar – falou ele mais uma vez tendo razão, estava muito cansado, ele chamou o taxi e fomos pra casa, no caminho fomos falando sobre como eu consegui tirar uns milhões de meu pai, disse a ele que havíamos discutido um pouco mas no final ele acabou cedendo, ocultei a parte da chantagem pois acho que seria melhor assim.

Já em casa comi algo porque o Alex me fez comer, estava totalmente sem apetite, depois tentei dormir mas era muita preocupação e pensamentos na minha cabeça, tomei um remédio e só acordei as 20h35, tinha dormido de mais da conta, falei com meu irmão sobre tudo que aconteceu em menos de 24horas e claro ele ficou chocado, quem não ficaria né, ah meu pai, havia me esquecido, disse a ele também que iria viajar com ele até os Estados Unidos coisa que ele achou ruim pois eu iria perder vários dias de aula mas nada que ele dissesse iria me fazer ficar então quando ele viu que não poderia fazer mais nada acabou propondo que o Alex fosse comigo já que ele não poderia ir, apenas dei de ombros e concordei. Dois dias depois, o Dr. Carlos já tinha acertado tudo, já tínhamos alugado um jatinhos especial, o Paulo, padrasto do Alex, já tinha assinado os papeis assim como o meu pai que assinou também uma autorização para que eu pudesse viajar já que sou de menor, minha relação com ele só piorou depois daquilo e eu me sentia mal por ter chegado aquele ponto e estava disposto a conversar com ele assim que voltasse com o Jonas totalmente curado (sim eu tinha essa esperança), minha relação com Alex tinha melhorado muito, estava sendo meu segundo conselheiro (rsrs), posso dizer que voltamos a ser amigos, ele me ajudava muito. Três dias depois o Jonas já estava pronto para ser transferido, infelizmente não pude o ver nesses últimos dias pois ainda se encontrava na UTI, no máximo só podia chegar até na porta que tinha uma parte de vidro do lado que dava para velo meio embaçado mas já era alguma coisa.

- Amanha você vai sair dessa meu amor, vai dar tudo certo... te amo – falei me emocionando na esperança que ele pudesse me ouvir

CONTINUA...

Falaaa galerinha, muito obrigado pelos comentários e votos, não sei se esse capítulo ficou, queria estica-lo um pouco mais só que iria ficar muito grande e acho que cansativo, e também quero pedir desculpas porque havia dito que provavelmente esse seria o ultimo capítulo mas não deu, quando eu vou escrever aparece muitas ideias e acabo encaxando ele no texto mas eu acho que ate esse sábado essa serie chegará ao fim :( já estou sentindo saudades de vcs mas e ai o Jonas sai ou não sai dessa?

Atheno: Muito impropria Atheno mas não foi dessa vez rsrs

weslleywest e G@roto Jov&m: SOCORRO , estão me jurando de morte kkk calma ai gente rsrs

KayoB: Li o seu conto e achei um tanto diferente, esperando o próximo, bjs e ate o próximo

M/A: Não se brinca com coisa seria em, mas vcs fizeram as pazes? Bjs e ate o próximo

ʚMahɞ Valério e esperança: que bom que consegui emocionar vcs, bjs e até o próximo

Ru/Ruanito: kkk não não era praia kkk bjs e ate o próximo

Paris Celso: morre não cara rsrs e ai o que achou do Alex nesse capitulo? Bjs e ate o proximo

Geomateus: muito obrigado cara, espero que continue acompanhado, muito obrigado

Aos demais muito OBRIGADOOO

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Comentários

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O Alex é muito louco, adoro ele no conto, e pelo que vemos a "amizade" está se restabelecendo aos poucos isso é maravilhoso, quanto ao Jonas é trágica a situação que ele se encontra, eu espero que ele realmente melhore. Não vou negar que estou muito curioso pra saber quem realmente vai ficar com quem no final, até por que reviravoltas existem para nos surpreender, até o momento o futuro dos três é incerto.

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Meu teclado ta dnd uma de louco aqui, kkk mas ja sabe o q o jonas tem q viver

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Fizemos.agora me diz que ele se curou.pois odeio ver mortes nesses contos.teve um conto que eu fiquei sonhando por isso.mais não demora a postar.

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Cara q trágico! Espero q termine td bem com o Jonas! Parabéns e ansioso para o prox

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Otimo conto mas o Jonas tem que se recuperar

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Amei esse capitulo mas e triste que vc tenha ter usado de chantagem com seu pai

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