Algum Dia - Capitúlo Um

Um conto erótico de Lorenzo
Categoria: Homossexual
Contém 1615 palavras
Data: 23/02/2015 09:28:01

Pode parecer engraçado mas aquela cafeteria aberta as cinco da manhã me parece o lugar mais sensato para sentar e por as ideias no lugar. O lugar era bem aconchegante, velhinhos tomando café enquanto leem o jornal, garçonetes servindo fatias apetitosas de torta de morango com creme, era calmo o bastante pra mim que nunca gostei de bagunça, nunca gostei de festas, e a primeira vez que resolvo ir minha namorada apronta comigo, chega a ser irônico.

NOITE ANTERIOR...

- Vamos Lorenzo, vai ser legal!

- Cara, não sei não, algo me diz pra não ir nessa confraternização!

- Droga Lorenzo, você nunca sai daquele apartamento pra nada, até a Talita já reclamou varias vezes que eu sei!

- Droga Sam, como você é insistente, tá eu vou mais vou ligar pra Talita pra ela vir comigo!

- Ae cara eu sabia que você ã ia ,e decepcionar!!!

Ela devia estar ocupada pois o telefone só chamava, na quinta vez que liguei e ninguém atendeu eu desisti.

- Vamos embora Sam, la não quer atender então não quer ir comigo!

-É assim que fala!

Eu estava incerto em relação a noite de festa, mas foi bem divertido, todos do escritório estavam lá, até a garota estranha do RH que me olha esquisito. a noite passou rápido, muita gandaia e conversa jogada fora, alguns arriscar no karaokê, eu preferi só olhar de longe, preferi não beber também, primeiro que nunca havia feito isso antes, era melhor que a minha primeira vez não fosse com outros 30 bêbados. Deixei vários recados e tentei ligar pra Talita milhões de vezes mais nada, com certeza não aconteceu nada com ela pois se tivesse acontecido alguma das hienas que rodeiam ela (que por sinal ela chama de amigas ) teriam me ligado, apesar de morarmos juntos temos uma relação bem dinâmica, ela sai quando quer e eu não critico em nada, o que quero é só fidelidade, a unica coisa que faz um relacionamento dar certo.

Já passava das três da madrugada da sexta pro sábado, peguei Samuel pelos ombros e fui rumo meu carro que estava na rua de traz do bar onde estávamos. Chegando la notei algumas pessoas em volta do carro.

- O que houve Gente posso saber? - falei chegando perto da multidão.

- Um marginal acabou de quebrar o vidro desse carro e roubar o som! - respondeu um senhor que estava afastando os cacos de vidro para o canto da rua com uma vassoura.

Ótimo, não bastasse eu ter que levar Samuel apagado pra casa, anda vou ter que arcar com o prejuízo do vidro e do som. abri o carro e coloquei Sam no banco do carona, dei a volta entrei o carro e sai rumo a casa dele.

- Mãe apaga a luz mãe, ta cedo ainda!! - Falou Samuel com as mão tapando os olhos devido a um farol de um carro que vinha na nossa frente.

- Eu mereço, meu carro foi apedrejado estou sem som, e ainda tenho que aturar alucinações do meu amigo bêbado!

- Calma mãe, eu prometo que vou pagar o vaso da senhora que eu quebrei,não foi porque eu quis, eu tava brincando de luta com o silvio e Caiu, mais eu tenho certeza que foi ele!

- Droga Samuel, Cala a boca!!

Cheguei na casa de Samuel, peguei a chave em seu bouço e entrei carregando ele. Desde que se mudou pra cidade ele divide a casa com seu irmão Silvio, nunca fui com a cara dele, sinto que ele olha pra mim como se eu fosse um lixo, apesar de não ligar muito pra opinião dos outros me incomoda essa jeito idiota dele. passei pela porta do quarto de Silvio, que parecia estar com alguém lá dentro já que a cama batia na parede com força, alguém estava se dando bem lá dentro. soltei Sam por um segundo pra abrir a porta do seu quarto e ele saiu correndo e abriu a porta do quarto do seu irmão pulando pra dentro do quarto.

- SURPRESAAA!!!

- Que merda e essa Samuel fecha essa porta!!!

ao ver a merda que Sam aprontou entrei no quarto pra tirar ele.

- Vem Sam você não cansa de...

Eu havia acertado quando disse que alguem estava se dando bem naquele quarto, só não podia imaginar que era o irmão do meu amigo de trabalho fudendo a minha namorada.

- Lorenzo, o que você faz aqui? Eu posso explicar!!

- Relaxa, só vou por o Sam na cama e saio pra vocês terminarem, desculpa atrapalhar!

- Lorenzo, espera... Lorenzo!!!

Sai do quarto com Sam nos ombros e o joguei na cama, enquanto lagrimas caiam dos meus olhos eu tirava os sapatos dele e o cobria, já estava saindo do quarto quando Sam chama com a voz embolada.

- Lorenzo!

- Oi Sam!

- Você é um cara foda, valeu pela noite! - falou Sam apagando novamente.

- Obrigado você amigo!

Ao sair do quarto Talita estava na porta do quarto de Silvio enrolada nos lençóis.

- Podemos conversar? eu posso explicar! - eu poderia deixar ela falar o que quisesse que não ia mudar nada, nunca fui grosso com ela, nunca mudei a voz pra ela, mais naquele momento o ódio que cultivei em silencio dentro de mim por 23 anos saiu em uma frase.

- Eu não quero te ouvir, sua voz me irrita, você me irrita, cala a sua boca!

Silvio se levantou da cama e veio em minha direção na tentativa de me agredir, e digamos que ele teve exito pois me acertou um soco de direita no meio da fuça. A unica reação que tive foi sair dali, eu até poderia revidar e fazer valer o meu direito de corno furioso mais não ia mudar nada, no outro dia eu ainda seria corno. Fui embora o mais rápido que pude, meu rosto doía um pouco mais nada comparado a dor em meu peito, as lagrimas limpavam o sangue que escorria do meu nariz, a unica coisa que queria era ter um lugar pra pensar e pensar e pensar...

CINCO E QUINZE DA MANHA DE SÁBADO...

- Droga! como pode uma cafeteria encher de gente em quinze minutos! - pensei alto olhando o tanto de gente que surgiu dentro da cafeteria do nada.

- É sempre assim nessas horas, muita gente toma café da manhã aqui, mas você é o unico que vem pra ca ao invez de ir a um hospital! - falou um rapaz parado em pe na minha frente.

- Posso sentar aqui? - falou apontando para a cadeira vaga na minha frente, que por sinal era a unica vazia naquele mar de gente.

- Claro, fique a vontade! - falei voltando a mexer o café frio na minha frente.

- Parece que sua noite não foi muito agradável! - falou o jovem na minha frente.

- Nossa, está tão na cara assim?

- Não tão na cara, mai sou bom em ler as expressões das pessoas, quer que eu leia a sua? - falou o rapaz dando uma grafada na torta de morango em sua frente.

- Seria incrível, estou muito curioso pra isso! - falei com o máximo de sarcasmo e desinteresse possível.

- Ok! vamos lá! Você é uma pessoa caseira!

- Hum! começou bem! - falei pondo as mãos atras da cabeça.

- Você ter entre vinte e vinte quatro anos, e adora rock, mas não qualquer rock, só os clássicos!

- Nossa, você é bom em continue!

- Você, pela pulseira de identificação você devia estar em uma festa reservada ontem!

- Ei gostei, continue!

- Pelo hematoma no seu rosto você brigou ontem mais não revidou porque não a marca de socos nas suas mãos.

Estava começando a me intrigar com a precisão do garoto em minha frente.

- Continue! - falei me aproximando da mesa novamente.

- E pelos seus olhos você chorou, deve ter se magoado e discutido, o machucado no rosto pode ser em decorrência disso, tenho certeza que foi por mulher e pelo que vi em você...

Ele fez silencio e me olhou nos olhos, pude sentir ele dentro da minha alma, ele tinha olhos azuis lindos, me senti perdido quando fui trazido de volta a realidade pelo som da sua voz.

- Ela é uma vaca!

- O que? como é? - falei assustado com a sua frase.

- Ela esta te fazendo sofrer, ela é uma vaca por fazer uma pessoa tao boa quanto você sofrer!

- espera ai! como você sabia dessa ultima parte?

- Seu celular, tem uma mensagem escrito " Eu não devia ter te traído", é bem mais fácil deduzir essa parte com uma pista dessas!

Então olhei para o celular em cima da mesa com a tela acesa e os dizeres escritos. então pensei nossa ele é bom. Quando dei por mim o garoto já havia sumido da minha frente e estava saindo pela porta. corri jogando uma nota de cinquenta pra moça do caixa.

- Fica com o troco flor!

- Obrigada! - gritou a moça sorrindo

Corri um bocado pra alcançar o garoto mais logo o puxei pelo braço antes dele atravessar a rua.

- Ei espera, Qual o nome do Guru? - falei pondo as mãos nos joelhos pra respirar.

- O nome guru eu não sei, meu nome é Lucas!

- Prazer Lucas eu sou Lorenzo, e por sinal você acertou tudo! - falei abaixando a cabeça.

- Você quer conversar sobre isso? desabafar, sei lá?

Ao olhar para aquele garoto na minha frente tive tempo o bastante pra pensar, Lucas era loiro com cabelo franjinha, tipo boyband, era branco e era mais baixo que eu devia ter seus 1,70 de altura, era perceptivelmente magro apesar de um casaco marrom cobrir seu corpo, poderia ter seus 18 anos mais facilmente seria barrado ao comprar bebidas pois não aparentava passar dos dezesseis, e aqueles olhs era maravilhosos. Eu normalmente não aceitaria me abrir com ninguém, mais com ele parecia que era preciso.

- Adoraria se não for incomodar!

- Nunca, Nunca você me incomodaria!

...

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