Tomás e Leonardo - Parte 11

Um conto erótico de VickPendor
Categoria: Homossexual
Contém 1562 palavras
Data: 23/02/2015 21:30:20
Última revisão: 24/02/2015 21:05:36
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Era semana de natal. Leonardo estava uma pilha de nervos. Eu havia convidado ele para passar o Natal com minha familia na nossa casa de praia.

Pra falar a verdade eu também estava nervoso. Era a primeira vez que eu levava alguém para a família conhecer. Não que eu considerasse a vaca da minha madrasta família.

Em casa todos sabiam da minha orientação, aliás essa foi a razão pela Amiga! Eu vou ter que desmarcar, pq virá gente ver a minha casa para alugar neste horário. E eu já tinha me comprometido a deixar que a administradora marcasse as visitas neste horário. E hoje qdo fui buscar a cópia da chave ela me avisou q já havia marcado

qual quase me expulssaram do colégio no final do último ano do ensino médio.

Me pegaram no vestiário da piscina em situação bem comprometedora com outro aluno. Meu pai ficou transtornado. Me levou ao terapeuta e me trancou em casa por toda as férias. Claro que não adiantou nada. No meio do verão me pegaram com o rapaz que limpava a piscina e antes que o verão terminasse e eu começasse a faculdade fui flagrado novamente, agora com um garoto da casa vizinha.

O que eu podia fazer? Eu estava em plena adolecência, com os hormônios todos à flor da pele.

Claro que minha família não faria nada que ofendesse Leonardo, pelo menos não de forma direta.

Era véspera de natal. Acordamos cedo e pegamos a estrada. Parecia que o mundo estava descendo para o litoral. Lembrava a fábula de Andersen, onde um homem tocava a flauta e todos os ratos esvaziavam a cidade numa caminhada até o mar, ou coisa parecida.

Era hora do almoço quando chegamos.

Marli havia saido para as compras de última hora.

Meu pai nos recebeu com educação, apesar de visivelmente constrangido.

Levamos nossas coisas para o meu quarto.

Onde havia uma grande cama de casal.

Bom! Pelo menos ninguém insinuou que dormiríamos separados.

A casa era grande com decoração moderna.

Tinha vários empregados e todo o conforto necessário.

Pela janela do quarto podíamos ver os outros convidados. Eu explicava para Leo quem era cada um deles, pelo menos os que eu conhecia.

No quintal dos fundos, em meio a um gramado com coqueiros e bananeiras ornamentais, havia uma linda churrasqueira, coberta em terracota,

um bar e uma imensa piscina, onde já estavam meus dois primos por parte de pai e alguns parentes da Marli. No final do gramado havia uma cerca de madeira e um portão pequeno que se abria já na areia da praia. O verde intenso do atlantico, nos chamava para um mergulho.

Meu tio Abraão e minha tia Margda jogavam carta com mais duas pessoas que eu não conhecia, provavelmente parates de Marli, sob um enorme guarda sol. dentro da piscina haviam duas moças. Uma eu reconheci como sendo Ágata, a detestável sobrinha de Marli que já tentara me beijar por duas vezes. A outra, acho que era Priscila, a irmã mais nova de Ágata, que eu havia visto poucas vezes.

Eu e Leo trocamos de roupa colocamos speedo e bermudas de praia. Calçamos chinelo e fomos cumprimentar a turma na piscina. Meus primos, um casal de gêmeos, Luíz e Luiza, (Eu sei. Nada original) ficaram felizes em nos ver e vieram me cumprimentar. Eu apresentava Leo apenas com um "Este é Leonardo." Não que eu tivesse alguma vergonha em gritar para todo mundo que ele era meu. Mas tanto eu quanto ele achávamos que gestos valiam mais que palavras. Qualquer um que prestasse ao menos dois minutos de atenção em nós, logo veria que a forma que nos tocávamos, a forma que nos cuidavamos e até mesmo a forma que nos olhávamos não era como, apenas amigos, fariam.

Nós falávamos animadamente sobre nossas vidas e em especial o campeonato de surf que Luiz vencera no mês anterior na Austrália, quando senti um braço fino e molhado envolvendo minha cintura.

Claro qur só podia ser uma pessoa. Ágata.

Tirando a mão dela da minha cintura, duas coisas passavam pela minha cabeça. Primeiro, ou ela ignorava que eu era gay, ou simplesmente não se importava.

Segundo, Agora além de chata e oferecida ela tinha adquirido um terrível mau hálito. Eu tive que prender a respiração quando ela chegou bem próximo ao meu rosto e disse: Lembra quando nós ficávamos na piscina nos beijando?

Empurrando ela pelo ombro eu disse em tom seco

-Primeiro: Eu nunca te beijei. Você é quem me agorrou duas vezes a força. Experiência essa que mesmo com anos de terapia nunca me passou o trauma.

Segundo: Se você tentar me beijar de novo, ou ao meu namorado eu vou te tocar para fora da minha casa em baixo de porrada. Uma Ágata branca de choque me fitava com os olhos arregalados. Não sei se foram as minhas palavras, ou se finalmente ela captou que eu era gay.

Mas antes que Ágata dissesse qualquer outra coisa, uvma Marli furiosa me puxou pelo braço me virando em sua direção.

-Tomás! Que coisa horrível de dizer para a sua prima. Você cresceu apenas no tamanho, mas continua o monstrinho de sempre! Pois fique sabendo que eu e seu pai nos casamos em comunhão total de bens e metade de tudo que ele tem é meu. Inclusive a metade desta casa. E a outra metade é dele. E a não ser que você mate seu pai , você não tem NADA.

Falou cuspindo na minha cara. Você deveria ter vergonha de ainda nesta idade viver as custas de seu pai.

Sabe mais o que? Vou falar com ele para cortar os seus cartões. Quem sabe assim você não aprende a se colocar no seu devido lugar.

Eu me desvensilhei dela. Olhei para um Leonardo atônito e disse:

-Vamos em bora!

Nos dirigimos para a porta de entrada, onde meu pai assistia a tudo parado e com ar impotente. Como sempre, não disse uma única palavra.

Eu parei em frente a ele e disse:

-Pai eu jamais vou te perdoar por ter me abandonado quando eu mais precisei de você.

Eu estava me referindo a ele ter me enviado, para o internato logo após a morte da minha mãe, quando por noites eu chorava baixinho pela a falta dela, tampando o rosto com o travesseiro, para que os outros meninos não ouvissem. Eu chorava a falta dela e chorava o abandono pelo meu pai.

Agora aquele homem que para mim não passava de um fraco dominado por uma mulher gananciosa e mesquinha, balbuciava na minha frente.

-Por favor meu filho não fale assim. Eu só fiz o que eu achei que seria melhor para você. Por favor não vai embora. Marli não quis dizer isto. Ela só esta nervosa porque a cabelereira não vai poder atendê-la amanhã. Já já ela esquece o que disse.

-Ela esquece pai? Por favor! Me esqueçam vocês.

Eu e Leonardo subimos. Recolhemos as nossas bagagens sem muito trabalho, já que não tinham sido completamente desfeitas, e fomos embora. Não sem que eu antes pegasse de um esconderijo na estante do meu quarto uma agenda com um certo número de telefone que eu havia guardado lá.

Dirigir de volta sería mais rápido, já que haviam poucos carros no contra fluxo.

Na ponta de uma praia por onde passamos, havia uma colina íngreme com um mirante redondo. Levei o carro até lá, parei e desci. Leonardo que tinha ficado quieto ao meu lado até aquele momento também desceu do carro e dando a volta me abraçou.

-Por que Leo? Por que ele nunca me amou?

Eu chorava em seus braços enquanto ele também com olhos marejados me consolava.

Ficamos assim por alguns minutos.

Pouco me importava para as pessoas olhando.

Como ainda estávamos com fome. Resolvemos procurar um restaurante.

Uma garçonete gordinha e simpática nos atendeu logo ao chegarmos a grelhateria.

Janete era o seu nome.

Nos servimos no bufet de saladas e pedimos nosso grelhado.

A comida estava deliciosa!

Ao terminarmos Janete nos informou que se nós quiséssemos agendar ainda havia algumas poucas vagas para o almoço de Natal no dia seguinte. Na verdade a maioria dos clientes seriam os funcionários e suas famílias. Leonardo agradeceu e de forma dramática disse que infelizmente não havíamos encontrado lugar para ficar e por isso estávamos partindo.

-Deixar o litoral em plena vespera de Natal? Não isso seria um pecado. Me esperem só um minutinho.

Janete saiu em passos ligeiros foi até um homem que estava no balcão, trocaram algumas palavras, ela gesticulava e apontava para nós e para a praia. Depois de alguns minutos retornou com uma chave na mão e um sorriso no rosto, fazendo sinal de positivo.

-Eu disse à ele que vocês são amigos do meu namorado, Zoreia lá da aula de surf. Então ele disse que vocês podem passar as próximas duas noites e acertar tudo quando pagar a conta no almoço de amanhã.

-Leonardo sorriu para mim com um ar de triunfo. Foi aí que eu compreendi que ele havia feito o drama, para dar abertura à Janete de sugerir algo.

-Vai ser melhor Tomás. Assim agente descansa e se diverte um pouco.

Eu seria incapaz de negar isso à ele. Afinal ele estava coberto de razão. Eu não deixaria a minha família infeliz estragar o nosso natal.

******************

Conforme prometido, aí está mais um capítulo.

Obrigado por acompanharem.

Até o próximo!

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Comentários

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cintiacenteno Concordo com você. A Marli é uma megera. Ótima idéia por ela mum chiqueiro. Se o conto já não estivesse fechado eu ia dar um jeito de arrumar um chiqueirinho para ela...rsss.

Sheilinh@ É verdade. O Tomás, ao contrário do Leonardo não conviveu tanto tempo com a mãe, que o amava. E seu pai que supostamente deveria ama-lo sempre foi ausente e indiferente. Então isso foi o que ele aprendeu.

Amor para ele é quase que uma novidade

Mas aos pouquinhos, conforme ele vai confiando na sua relação com o Leo. Ele se permite amar de forma mais explícita.

Bem vinda e obrigado pelos comentários.

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Descobri seu conto ontem a noite. No começo não fui muito com a cara do do Tomá, achei ele meio esnobe, soberbo. Mas depois me apaixonei é tão linda a forma como ele cuida Leo (fazendo a íntima kkkkk). Estou simplesmente encantada com sua forma de escrever, tem muita qualidade seu texto, virei fã. Bajo e parabéns nota 10 pq não pode dar 1000

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Esse pai dele me da nos nervos, e essa porca da Marli eu tenho vontade de colocar ela no lugar dela no chiqueiro no meio da lavagem .... Amo esse casal... Boa noite amado e obrigada pela leitura! Beijinhuuu

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