Amor de Oficina - Parte VII

Um conto erótico de Fernando
Categoria: Homossexual
Contém 1388 palavras
Data: 20/03/2015 11:48:45

Entramos eu e ele. O boy magia sexy fechou a porta.

- Qual o seu nome? – Perguntei. Afinal, eu não lembrava. Nat já devia ter me falado, mas eu havia me esquecido.

- Matheus, Nat não falou? – Ele perguntou, meio que surpreso.

- Falou, mas eu acabei me esquecendo! – Matheus olhou para mim e perguntou:

- Fernando, o que que ta acontecendo entre você e a Nat? – Ele me perguntou de uma forma estranhamente calma, mas com firmeza na voz. Sutilmente intimidador.

- Uai, ela é minha amiga. Ela me pediu para fazer um bolo pro aniversario dela. EU fiz uma amostra e levei para ela ver. Só. Desculpa cara, eu não sabia que você estava ai!

- A Nat ta falando muito de você ultimamente – Matheus foi chegando perto. Ele esboçou de falar alguma coisa, mas eu já cortei ele:

- Não se preocupe, Matheus. Não há a menor possibilidade de ela te trair, pelo menos comigo – Ele me olhou.

- É bom mesmo. Por que se eu souber de algo... – Eu olhei para ele e falei, sem pensar:

- É mais fácil rolar algo entre eu e você do que entre eu e ela, Matheus. Não pracisa vir bancar o machão para cima de mim não – Eu fiquei meio nervoso com Matheus nessa hora.

- Você é... – Ele não completou.

- Sim, sou gay – Falei na cara dele. Foi meio louco da minha parte. Falar isso para um estranho. Ninguém sabia. Agora ele sabia. Eu nem conhecia ele direito. Mas agora ele sabia. Eu nem sabia se ele era homofobico ou outra coisa... Mas falei. Ponto.

- A Nat não me falou isso... – Ele ficou calminho na hora.

- Ela não sabe, eu acho – Respondi. Ele se sentou na mesa lá de casa.

- Desculpa, Fernando... Por ter falado assim... É que... Eu gosto muito da Nat... – Dei um sorriso.

- Sem problema Matheus. Se te serve de consolo, ela te ama muito também. Ela me falou isso várias e várias vezes... – Sentei na mesa perto dele.

Ele comeu um pedaço do bolo que eu tinha feito. Eu não tinha levado tudo para a Nat, apenas metade. A outra metade eu deixei comigo.

- Você cozinha muito bem, cara! Onde aprendeu? – Matheus comeu mais um pedaço.

- Em casa, fazendo misturas aleatórias. Essa foi uma que deu certo... – Matheus era muito gostoso, estava me deixando louco ali.

- O que tem nesse bolo que o deixa tão bom?

- Um pouco de conhaque. No forno, todo o álcool evapora, ficando apenas a essência dele. Da um toque especial e não tem teor alcoólico – Matheus me olhou curioso.

- Você que pensou nisso?

- Foi – Ele riu.

Nesse instante chegou a Nat no meu ap.

- Nando, você pode parar de dar em cima do meu namorado? – Ela brincou. Matheus ficou meio constrangido. Ele sabia que eu era gay. Ela não. Ela brincou. Ele talvez tenha achado que ela falava sério. Ela talvez tenha dito a verdade.

- Eu vim comer mais bolo! – Matheus disse.

- Tudo bem, mas agora nós temos que ir. Ta quase na hora do almoço. O pessoal deve ta esperando a gente...

Matheus se levantou. Dei mais uma boa olhada naquele corpo saradasso. Ele apertou firme a minha mão. Acenou com a cabeça, se despediu e saiu. Nat agradeceu, me abraçou e saiu.

Sozinho outra vez. Eu não estava com saco para cozinhar. Fui até o restaurante na rua da minha casa almoçar. A comida era simples, mas muito saborosa.

Desse dia até sábado eu não vi nem tive noticias do Nick. Eu estava um pouco chateado, mas nada muito devastador quanto eu fiquei quando Théo se afastou definitivamente de mim.

Nat e Matheus já tinham comprado tudo para o aniversário dela. Já tinha comprado também as coisas para eu fazer o bolo. Mas eu faria apenas no sábado cedo, para deixar fresquinho e tudo mais.

Sábado, Matheus começou a bater na porta da minha casa as 8 da manhã. Ele fora enviado pela Nat para me acordar e me ajudar a fazer o bolo, enquanto ela levava as coisas para a rep e tudo mais.

Que visão maravilhosa para se acordar.

Matheus apenas ficou sentado na cozinha, me vendo cozinhar. A gente conversava bastante. Ele era o par ideal da Nat. Os dois eram meio loucos e agitados. Ele me contava algumas histórias.

Quando as pessoas me contavam histórias, eu ficava muito na bad. Eu não tinha nenhuma história. Eu tinha anulado minha vida por conta do Théo e eu ficava muito puto por conta disso.

Após terminar o bolo, fiz um pequeno almoço para mim, Matheus e Nat.

Mesmo eles dizendo que iriam pagar um restaurante para eu almoçar com ele, não deixei e fiz o mesmo frango de 4 queijos que Nat almoçou em casa pela primeira vez. Matheus adorou a comida.

Duas horas, nós fomos para a rep onde seria a festa. Só estavam os moradores de lá, nenhum convidado ainda. Guardei o bolo na geladeira. Temperei as carnes com um kit de temperos que eu levei. Sim, eu tenho um kit de temperos.

Fiquei cuidando da churrasqueira. Era uma desculpa que eu usava para não interagir diretamente por conta da minha timidez.

Pouco a pouco a festa foi enchendo. Pessoas todas as horas chegavam para elogiar o meu churrasco. Uma moça até se atreveu a falar que o pão de alho que eu fiz era o melhor que ela já tinha comido na vida.

Nat toda hora ia lá ver se eu tava ok, se estava bem, se eu precisava de algo. Matheus igualmente. Ele me ajudou um pouco na churrasqueira quando eu precisei ir no banheiro.

O tempo foi rolando, eu fui bebendo mais um pouco e ficando mais solto. Quase no fim da festa eu já estava bem, mas bem mais sociável. EU conversava com algumas meninas. Apenas por elas serem legais, não por eu querer pegar elas.

Cantamos parabéns para Nat. Depois do parabéns, ela serviu o bolo. Fiquei preocupado da galera não gostar, mas vocês já devem imaginar que foi o contrário né? Sim. Todos amaram. Inclusive Nick.

Calma, contarei melhor isso aí!

Eu estava na churrasqueira na hora do parabéns e, não sei por que, não sai de lá. Muita gente me sufoca. Matheus estava todo alegrinho perto da Nat. Enquanto as pessoas pegavam bolo e devoravam ele, Matheus me trouxe um pedaço.

- Toma, come se não você fica sem! – Ele me falou.

- Obrigado, mas eu não quero. Fica para você o bolo, Matheus.

- Eu já comi muito, cara. To no segundo pedaço. Vou deixar aqui, se você quiser você pega. Se não... Bem, sei lá!

- Eu quero o bolo – Nick surgiu perto de mim não consigo imaginar da onde. Segundo ele, ele estava do lado o tempo todo. Eu só não tinha visto. Realmente é difícil tirar os olhos do Matheus. Que gato pqp.

- Ãnh, pode pegar... – Matheus disse. Eu não falei anda ainda. Matheus sentiu algo no ar. Ele me olhou meio envergonhado e saiu, falando que ia procurar a Nat.

- A gente pode conversar, Nando? – Nick falou calmo, pegando realmente o bolo para comer. Eu olhei para a churrasqueira. Não porque eu não queria conversar com Nick, mas por que a carne estava realmente queimando.

Tirei um pedaço de linguiça e alguns de bife, no ponto. Várias pessoas juntaram em volta para pegar carne. Nick só terminou de comer o bolo, mas não moveu um pé de onde eu estava. Na hora que todos saíram, Nick falou:

- Que bolo delicioso! Meu Deus! Eu preciso de mais desse bolo... Você provou?

- Não, não... Comi muita carne.

- Perdeu. Depois eu pergunto para a Nat onde ela arrumou esse bolo – Dei uma risada. Mas não falei que fui eu quem tinha feito. Deixaria ele descobrir sozinho depois.

- Nando, sério. Eu quero conversar com você... Eu... Sei lá. Quero apenas – Ele me olhou com cara de cachorro pidão. Ele ficava ainda mais fofinho assim.

- Sobre o que, Nick? – Mesmo sabendo a resposta, eu fiz a pergunta. Eu queria saber o que ele ia falar.

- O que você acha, Nando? Sobre o baja! – Ele falou, explicando o obvio.

- Tudo bem! Pode falar! – Ele parou, olhou em volta e me falou:

- Não, aqui não. Ta muito cheio...

- Então aonde? – Ele deu um sorriso de canto de rosto e falou:

- Arruma alguém para ficar na churrasqueira, vamos lá no meu quarto!

To be continued!

Merda! Viado falando inglês de novo...

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