@NYC #13 - O Retorno

Um conto erótico de Marc
Categoria: Homossexual
Contém 1232 palavras
Data: 31/03/2015 16:19:21

– Ai, minha bochecha – disse levando a mão ao meu rosto – o que aconteceu? Não me lembro de nada.

– Marc! – Luke disse, se aproximando de mim – Me desculpe, não queria ter feito isso, queria ter acertado esse idiota.

– Logo quem me chamando de idiota – Zac disse se aproximando mais de mim – vou pegar um gelo para você colocar no seu rosto, vai aliviar um pouco. Tenta não bater ainda mais nele Luke – disse Zac saindo do quarto.

Eu estava com dor, e Luke estava ao meu lado... Fazia tanto tempo que eu não o via, tanto tempo que não nos falávamos. Eu já tinha me esquecido do quanto ele era lindo, eu ainda gostava muito dele.

– Me desculpe, por favor – Luke disse acariciando meu rosto do lado que não estava doendo – nunca quis te machucar, você sabe que eu nunca faria nada ruim para você.

– Você já me machucou mais do que imagina Luke – respondi, o mais frio que consegui – quero que você saia da minha casa, e não é por hoje, é por tudo o que aconteceu.

– Eu tive que fazer isso, você não entende! – ele disse, visivelmente perturbado – Eu nunca menti, todas as vezes que disse que te amo eram verdade, e eu ainda te amo.

– Ama mesmo? Acho difícil acreditar – respondi, tentando não chorar – por favor Luke, vá embora e me deixe um pouco sozinho, eu preciso descansar.

Zac chegou e me deu a bolsa de gelo, Luke tentou me beijar mas recusei seu beijo, eu não tinha estrutura emocional para passar por tudo aquilo de novo. Saiu sem se despedir, quando ouvi a porta do apartamento se fechar eu comecei a chorar e Zac veio mais para perto de mim. Eu estava com a bolsa de gelo no rosto e não parava de chorar.

– Marc, queria poder fazer alguma coisa por você mas não posso. Eu sei que já te fiz muito mal, muito mais do que Luke talvez, e por isso sei que você é forte, pare de chorar por favor!

Eu não respondia nada, me levantei da cama e fui ao banheiro lavar meu rosto. Estava bem vermelho e bastante inchado, certamente iria ficar roxo. Lavei meu rosto e voltei a chorar, Luke ainda mexia muito comigo e era impossível eu não ficar mexido com tudo isso. Zac me disse que iria comprar alguma coisa para comer, eu não consigo me lembrar o que disse para ele mas eu precisava ficar sozinho e disse qualquer coisa.

Ele saiu e eu fui para a sala, meu pai não estava e não sei onde ele estava. Mandei uma mensagem para Brigitte contando tudo, ela ficou surpresa e disse que não esperava essa atitude de Luke, ele não parecia o tipo de pessoa que simplesmente agredia alguém.

Zac demorou cerca de uma hora até voltar, com comida chinesa e refrigerantes. Eu comi um pouco, meu estômago estava melhor, fui tomar um banho e tentar ficar mais apresentável, o que era difícil com o rosto tão inchado. Zac ficou na sala, vendo TV, mas quando saí do banho ele estava no meu quarto.

– Você aqui? – disse, enrolado na toalha – Vou pegar uma roupa qualquer e dormir um pouco, estou cansado demais por causa dos analgésicos. Preciso descansar.

– Está certo – ele respondeu.

Escolhi uma roupa que eu usava para dormir e Zac continuava lá, não fez menção alguma de sair. Eu esperei um pouco para ver se ele sairia, nada aconteceu.

– Se vista logo Marc, está frio.

– É verdade, já estou com frio – respondi, esperando ainda que ele saísse do meu quarto para eu me vestir.

– E porque é que você ainda não se vestiu? Você está estranho.

– Eu estou esperando você sair do meu quarto Zac.

– Ih, é verdade né? É que sou homem e estou acostumado que homem não tem vergonha, mas você é gay.

– Gay ou não, gosto de privacidade – respondi – e ser gay não me faz mais ou menos homem do que você.

– Nem vem, sou muito mais homem – ele disse – não gosto dessas coisas que você gosta não.

Ignorei e fui me trocar no quarto do meu pai, Zac estava conseguindo me irritar. Voltei para o meu quarto e disse que ia dormir, falei para travar a porta* quando fosse sair.

* Aqui na América se a porta estiver na posição de trava elas travam quando fechadas, e só dá para abrir com a chave. Então mesmo uma pessoa sem a chave consegue trancar a porta.

Deitei na cama e adormeci em pouco tempo. Acordei e Zac estava na minha cama, meio sentado e meio deitado, era 3AM e eu não entendi nada, o acordei e ele pediu se poderia dormir lá, simplesmente concordei e voltei a dormir. Ele disse que iria tomar banho.

Quando acordei novamente, de manhã, ele estava na minha cama de cuecas, comecei a balançá-lo para acordar mas ele dormia profundamente, minha mão estava em seu peito.

Comecei a reparar em seu corpo, ele tinha o corpo perfeito, extremamente definido e quando dei por mim ele tinha acordado e estava olhando para mim, fiquei morrendo de vergonha e virei de costas.

– É difícil resistir né? – ele disse, rindo – Eu sei disso, quando fico sem camisa as meninas todas ficam louca, com você não ia ser diferente.

– Eu estava tentando te acordar – respondi.

– Com a mão no meu peito? Ok, da próxima vez vou te acordar assim – ele disse, apertando minha bunda.

Por impulso eu dei um pulo, não estava esperando aquilo.

– Para com isso! – disse, assustado, para desviar o assunto comecei a reclamar de dor – Meu rosto ainda está doendo bastante.

– Vou pegar um analgésico, espera aí – ele respondeu, levantando da cama.

Me levantei para escovar meus dentes, meu rosto doía tanto que mesmo uma coisa tão comum causava incômodo. Zac voltou com água e um comprimido e me deu. Tomei.

– Me encontrei com seu pai na cozinha, acho que ele ficou bravo de me ver de cueca.

O que é que meu pai ia pensar de mim? Claro que ia achar que eu tinha feito sexo com Zac. Fui na cozinha explicar tudo para ele, que me disse que não havia problema, eu já era grande o suficiente para decidir o que queria para minha vida.

– É verdade! Não aconteceu nada pai!

– Oui mon enfant! – ele disse – E ainda que tivesse acontecido não haveria problema algum.

Concordei e fui me trocar, não aguentava mais ficar em casa e tinha que me acertar na escola, tinha muitas pendências e não poderia correr o risco de ser reprovado.

PS: Vou 'sumir' por algum tempo porque vou resumir a história desde o começo, como muitas pessoas não conhecem a história e fiquei muito tempo sem postar nada vou fazer um resumo @MET Steps e @NYC. Vai ser bastante resumido mesmo, dois ou três capítulos, basicamente só para quem não conhece a história conhecer.

Os nomes serão os mesmos, @MET Steps e @NYC com a diferença que serão acrescidos da palavra "CONDENSED".

Espero que entendam. @NYC está próximo de acabar, também, e vou começar um novo capítulo, ainda não decidi o nome e quero uma opinião, acham necessário que venha com @ antes? @ significa 'at', basicamente "Nos degraus do MET" e "Em NYC" é a tradução do nome, não vejo muito sentido de ter esse nome no próximo capítulo mas ao mesmo tempo não sei se vocês identificariam fácil sem o @ antes do título, o que acham?

Obrigado. =)

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive marcdemarchelier a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários