Amor de Oficina - Parte VI

Um conto erótico de Fernando
Categoria: Homossexual
Contém 1472 palavras
Data: 18/03/2015 11:57:03

Sim, sim. A oficina. Como eu disse no fim do último capitulo mudou minha vida. E essa história de como ela me mudou, virou do avesso, começa no exato momento eu que eu entrei nela pela primeira vez.

Despois da minha “encarada” com Nick, nós entramos na oficina, somente nós dois.

O baja estava todo sujo, em cima de uns cavaletes. Fiquei fascinado com ele. Nick estava do meu lado, em silencio enquanto eu olhava o carro por inteiro. Eu olhava tudo, os sistemas eletrônicos, freios, suspensão, motor...

- Achou legal? – Ele me perguntou, me tirando do transe.

- Muito! Vocês devem ter tido muito trabalho para fazer isso tudo... – Nick riu.

- Sim, são várias madrugadas a fio. Está disposto a fazer isso?

“Virar inúmeras madrugadas com você? Claro” pensei. É claro que eu não disse. Afinal Nick era hétero e tinha namorada. Ou não? Naquele momento eu juro que não sabia.

- Claro! Não vejo a hora de virar noites debaixo desse carro montando suspensão! – Falei animado. Nick riu.

- Mas antes de montar a gente tem que virar inúmeras noite... Sabe fazendo o que? – Nick falou, olhando no fundo dos meus olhos. O mesmo olhar que ele me deu antes de entrar na oficina.

- Projetando? – Perguntei, mesmo já sabendo a resposta.

- Sim. Você está certo! – Disse ele, interrompendo o olhar. Eu queria mais daquele olhar. Cada vez que ele me olhava daquela maneira, eu me enchia de esperança de que as coisas poderiam melhorar.

Depois de ver o carro e ver Nick, fui para casa. O resultado só sairia no outro dia a tarde. Então eu deveria ficar no aguardo. Nisso eu era bom. Esperar as coisas acontecerem, eu tinha feito isso toda a minha vida...

No outro dia eu fui para a aula ansioso demais, na espera do resultado.

Cruzei com Nick no campus da faculdade, ele apenas acenou com um belo sorriso no rosto, como sempre. Ele não disse nada. Nada mesmo...

De tarde, eu atualizava a página repetidamente. Minhas mãos suavam frio. Eu fiz uma garrafa de café e tomei quase tudo. Café é uma das poucas coisas que me acalma. Sério. E sexo, mas quanto a isso eu não podia fazer nada.

Eventualmente a saiu a lista na página. Li nome por nome até o fim. Meu nome não estava entre os selecionados. Sentei e li a lista mais umas mil vezes... Meu nome realmente não estava na lista.

Mas... minha relação com Nick parecia tão promissora. Mas é claro. Tava muito bom para ser verdade. Eu eu fui criado para me fuder de tudo enquanto é forma... Sentei na minha escrivaninha. Uma lágrima escorreu do meu olho.

Coloquei uma musica para tocar. Devia ser quase quatro horas. Peguei meu caderno de calculo 1 e fui estudar um pouco. Funcionou muito bem durante alguns anos da minha vida, quem sabe não funcionaria agora?

E funcionou. Enquanto eu resolvia limites e derivadas, minha cabeça ia para longe de baja, ia para longe do Nick, para longe de tudo.

Já era seis horas. Fiz um pequeno bolo, para deixar em casa. Eu tinha colocado o bolo já a algum tempo no forno e fiz uma garrafa de café. Enquanto eu esperava o bolo assar, a campainha toca.

Nick? Não. Claro que não. Era Nat. Lembra dela? Ela almoçou comigo a uns capítulos atrás.

- Nando! Tudo bem? – Ela disse, me abraçando e beijando minha bochecha, naquele jeito louquinha dela.

- Tudo e você, Nat?

- Melhor impossível! Nossa, Nando, que deprê está isso! Vou mudar a musica, pera – Ela foi até meu PC e mudou a música. Colocou Holiday, do Greenday para tocar, junto com uma seleção mais animada. Eu ri.

- Nando, semana que vem é meu aniversário. Vai ser na rep de um amigo meu. Vamos? – Ela me perguntou.

- Uai, vamos ué. Que dia, quanto e que horas? – Ela me olhou e negou com a cabeça.

- Para você é de graça! Aquele dia você me serviu um almoço delicioso! Vai ser sábado. 3 horas, na Rep Sua Mãe. Bora?

- Ok! I’ll be there – Sim, eu respondi em inglês. É inevitável, todos os gays uma hora ou outra soltam um termo em inglês.

- Que fofo! Até meu namorado vem! Vai ser muito legal!

- Com certeza vai! – Falei animado, mas na verdade, sem animo nenhum... Mas eu iria, Nat era uma boa pessoa e ela tinha tido o trabalho de vir aqui me chamar.

- Nat, tem bolo e café. Aceita?

- Você quem fez? – Dei uma risada.

- Foi, deve ta quase pronto. Deixa eu ver! – Abri o forno e realmente estava pronto. Tirei, coloquei numa forma. Nat só falava do cheiro bom do bolo.

Essa falação piorou mil vezes depois que ela comeu o bolo. Era um bolo de chocolate, servido com leite condensado por cima. E uma xícara de café, para completar. Com chantilly. Sim, eu gosto.

- Cara, larga engenharia e vai ganhar dinheiro com restaurante. Você cozinha muito bem! – Nat me falava, a cada 5 minutos.

Pausa na história. Sabe quando uma coisa acontece que você acha que não vai mudar em nada sua vida, mas essa coisa muda tudo? Então, o que eu vou contar é uma dessas coisas. Ok?

Voltando para a história.

- Nando... Eu não sei se é certo mas... – Nat falou isso e ficou em silencio, pensando.

- O que, Nat? – Perguntei curioso.

- Sábado... Você pode ir mais cedo comigo para arrumar a festa e... Fazer um bolo? – Eu dei uma risada, mas antes de responder Nat falou:

- Ai, desculpa! Eu só te vi duas vezes e já peço um trem desse! Desconsidera! – Ela falou preocupada.

- Sem problemas, Nat! Eu ajudo! Eu gosto de cozinhar. Gosto de arrumar festa. Gosto disso. A gente vai conversando! – Ela voou no meu pescoço.

- Obrigado, Nando! Você é um anjo! – Quem dera eu fosse...

- Ta bom, mas me deixa vivo, se não eu não consigo fazer o bolo! – Ela me soltou.

- Nando, eu tenho que ir! Tenho lab agora aff! Brigadão! Você é um amor! – Ela me abraçou e saiu apressada.

Fiquei pensando no perfil de estudantes que iriam. Homens. Heteros. Cachaceiros. Qual o bolo ideal? Pesquisei e pensei em fazer um bolo de chocolate, mas que vai conhaque na receita. Estava frio e o conhaque iria aquecer, junto com o bolo.

No outro dia logo cedo fui no mercado para comprar ingredientes para fazer uma pequena amostra do bolo.

Fiz o bolo e levei para Nat. Bati na porta dela, mas ela estava dormindo. Ela me atendeu com uma cara de sono e ressaca. Na hora eu perguntei:

- DA? – Para quem não sabe, o DA da Unifei é o maior da américa latina. Acontecem várias festas lá. A maioria dos estudantes de Unifei são frequentadores assíduos do DA.

- Aham...

- Deixa, depois eu falo então

- Pode falar agora, entra! – Ela abriu caminho. Coloquei o bolo na mesa e cortei um pedaço. Antes de eu falar qualquer coisa, sai um cara do banheiro.

Essa cara merece um paragrafo só para ele. Ele era lindooo! Gostoso, abdômen trincado. Tinha aquele V sexy que entrava na cueca. Nenhum pelo no corpo. Peitoral definido. Coxas torneadas. Braços fortes. Pele clara, mas moreno de sol. Cabelos pretos, estilo militar. Barba pequena, mas bem feita. Olhos azuis da cor do céu. Ele estava com uma boxer verde limão. O volume era evidente. Reconheci como sendo o namorado dela.

- Quem é esse, amor? – Ele perguntou. Fiquei com vergonha.

- Desculpa... Eu não sabia... Nat... – Fiquei sem palavras e vermelho. Vergonha? Pode ser! Tesão? Com certeza. Imaginei eu e o namorado dela na cama... Meu deus.

- Ah, amor! Esse que é o Nando, que eu falei – Ele chegou perto. GOd que cheiro bom. Me olhou desconfiado e eu falei.

- Ééérr.. Eu fiz um bolo. Ve se é bom... Só para teste! – Nat e o gostoso do namorado dela comeram um pedaço. O deus grego arregalou o olho e falou:

- Sério que você fez isso? Abriram gastronomia na efei e eu não to sabendo?

- Você pos o que nesse bolo? Isso é simplesmente o melhor bolo que eu já comi!

Eles me falaram. Fiquei contente.

- Tudo bem ser esse bolo para sábado? – Nat acenou fortemente. O namordo dela também. Despedi. Nat foi ao banheiro enquanto eu saia. Na hora que eu coloquei o pé para fora, o namorado dela me chamou.

- Ei, Fernando, posso falar com você? Em particular?

Arrepiou-me a epiderme. O que ele queria falar comigo? Fiquei imaginando... Convidava ele para ir na minha casa? Falaria ali na porta. Eu não sabia o que fazer!

- Claro, vamos lá em casa? – Falei.

- Pode ser. Posso ir assim? – Claaaaroooo! Vai pelado, gostoso! Ele tinha posto uma bermuda, mas ainda sim sem camisa.

- Sem problemas! – Falei, dando um sorriso.

Descemos eu e ele. Na hora que entramos na minha casa, tive uma surpresa com o que ele me falou. Mas isso são cenas dos próximos capítulos!

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Comentários

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Nando. Muito obrigado pelo aviso! Creio eu que agora está funcionando... Pelo menos aqui está =)

Abração!

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O capítulo 7 não quer abrir, tem como arruma-lo, por favor? Bjs.

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SOCIEDADE!, cara tu consegue escrever como eu falo com meus amigos no dia-a-dia, como pode uma coisa dessa, eu hein!. Amando!

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Rapaz, eu jurei que ia passar na seleção, mas que estranho, continua.

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Estou em crise de abstinência pq estou COMPLETAMENTE e ALUCINADAMENTE viciado em seu conto. Cristo você escreve maravilhosamente bem! Ansioso pelo próximo!

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Ai palhaçada hein, só para deixar curioso, mas seu conto está ótimo, continue logo!

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continua urgentemente, super curioso aqui!

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Vc parou na melhor part!! Sacanagem! Kk

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Eu quero matar você !, como você para na melhor parte, que ódio de você. Hahaha

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Ótimo.mas parou logo agora.

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