Transei com minha vizinha e com a nossa sequestradora

Um conto erótico de Glinos Meferr
Categoria: Heterossexual
Contém 6050 palavras
Data: 15/04/2015 18:04:02
Última revisão: 16/04/2015 11:20:37

Estava colocando o saco de lixo na lixeira quando o portão da casa vizinha se abriu. Era daqueles automáticos que se levantava devagar. A falta de lubrificação provocava um ruído desagradável.

A traseira de um veículo apontou.

O ocupante, o chato do meu vizinho, nem se preocupou em me cumprimentar, partindo acelerado para o lado oposto.

Fiquei estático, ainda vigiando o portão que permanecia aberto.

Madalena, a dona da casa, surgiu com dois sacos pretos nas mãos. Ainda estava de camisola. Ou não? Aquilo era um vestido? Senti o coração acelerar e uma excitação sem controle tomar conta do mim.

Aquela mulher era a diva dos meus devaneios solitários.

A eleita!

Ela me acenou.

— Tudo bem?

— Tudo.

— Vocês vêm para o aniversário do Cris, não é?

A distância entre nós não era grande, mas mesmo assim me aproximei. O sol alto atrás de mim a obrigou a por a mão na testa.

— Com certeza. A minha mãe até já comprou um presentinho para ele.

— Ai, que gracinha. Mas não precisava se preocupar.

Sorri. Todo mundo dizia aquilo.

— Está precisando de ajuda?

— Não, não. Está tudo sob controle.

— Estou sossegado, sem nada para fazer. Se precisar, é só me chamar.

— Que gentil da sua parte.

Pensou um pouco.

— Talvez na hora de encher as bexigas... O infeliz do meu marido teve que sair.

— Ah, nós temos uma bomba que é ótima para isso.

— Que bom! Então eu te chamarei.

Ameaçou uns passos e voltou-se. Levantou a mão, como se fosse dar tchau, ainda em dúvida sobre o que ia dizer, e sorriu.

— Se bem que estou precisando levar a mesa da sala para o quintal... Você pode me ajudar? Porque assim já desocupo o lugar onde vai ficar a mesa do bolo.

— Claro!

Vibrei discretamente.

Entramos.

Ela fechou o portão.

Olhando de perto, tive a nítida impressão que não usava nada por baixo daquele vestido. Nem sutiã, nem calcinha. Cadê as marcas?

— Será que a gente aguenta carregá-la?

Parara ao lado da mesa em questão.

— Acho que sim.

— O Pedro bem que podia ter me ajudado a fazer isso.

— A gente consegue.

— Meu marido... Ai, aquele cretino... Sabe para onde ele foi?

— Comprar alguma coisa?

— Trabalhar.

— Hoje?!

— Pois é. Dá para acreditar? Almoçou e disse que tinha que voltar à empresa porque estavam esperando por ele.

— É... Os escritórios de contabilidade têm muito trabalho nessa época do ano.

— Que nada! Ele foi comer a secretária dele!

— Hem?!

Fiquei duplamente surpreso. Com a informação e com a forma que ela se expressou.

— Comer a secretária dele?!

Falei devagar, saboreando o significado daquelas palavras.

— Estou possessa, sabia?

— Mas... Será?

— Ela é apaixonada por ele.

— E ele é apaixonado por você.

— Não tenho mais certeza. Estamos passando por uns problemas financeiros e ele tem estado muito nervoso. Tão nervoso que desconfio que tem mais alguma coisa no meio disso. Nada me tira da cabeça que a secretária dele tem a ver. Afinal, ele trocaria uma dona de casa por uma jovem.

— Não tem nada a ver. Você é linda!

— Mas ela também é. Ai, meu Deus, mais isso: além de tudo, a desgraçada é bonita!

— Não deve ser mais que você.

Madalena sorriu para mim.

— Obrigada pelo elogio, mas é.

— Não pode.

— Ai, que gracinha. Você me anima falando isso. Pelo menos, um pouco.

— Não estou falando só para te animar. Além de bonita, o seu... – ia dizer corpo – ...sorriso é o mais encantador que já vi. Mas você sabe disso, não é?

— Do meu sorriso?

— Também. Mas, principalmente, que você é bonita, que tem um corpo bonito. Você sabe disso! Não é possível!

— Claro que sei, mas às vezes isso não basta. Nessa sua idade tem muita coisa que você nem imagina como pode acontecer. Quando tiver seus trinta anos vai compreender o que estou falando.

— É pode ser... Mas é difícil entender como seu marido pode querer outra tendo você. Você é a mulher mais bonita que conheço.

— Obrigada.

Consegui que sorrisse, mas logo franziu a testa e parou o que estava fazendo para comentar a minha dúvida.

— Você acha que estou deixando de dar atenção a ele? Que ele está “largadinho” por aí? Ah, Fred, vocês estão sempre querendo por a culpa em nós. Nada justifica!

— Claro que não! Nada justifica ele te trair!

Madalena riu e, balançando a cabeça, voltou a desocupar a mesa.

— Deixa pra lá... Depois me acerto com ele.

Acho que com a certeza dos meus sentimentos por ela, começou a se movimentar de um modo mais despudorado, que faziam os seios avantajados se revelarem cada vez mais.

Não consegui impedir o intumescimento do meu pênis. O volume ficou nítido sob o calção.

Será que ela percebia? E não se importava? Ou estava fazendo de propósito? Deixando que eu, seu confesso fã, pudesse apreciá-la sem subterfúgios.

Num momento em que precisou se agachar, vi bastante de suas pernas e coxas. Num gesto de reflexo, movimentei a cabeça para ver mais. Ela se levantou rapidamente, demonstrando que tinha percebido a minha intenção.

Desconcertado, tentei puxar conversa.

— Cadê o Cris?

— Está na casa da minha irmã. Foi ontem para lá. Só vão chegar mais tarde, quase na hora de receber os convidados. Que, aliás, são pouquíssimos! Não estamos em condições de fazer um festão, sabe? Essa festinha é só para não passar em branco.

— Ele vai ficar feliz.

— Tomara...

Finalmente, a mesa estava limpa.

Apesar da preocupação de Madalena, conseguimos retirá-la com facilidade.

— Você é forte, hem, menino?

— Forte, sim, menino, não!

Madalena riu.

— Desculpa, mas sempre te vi como um menino.

— Então pode parar com isso, porque já sou um homem.

Ela levou a mão à boca e arregalou os olhos, zombando de mim, fazendo num gesto de surpresa.

— Ai, meu Deus... Você já é um homem... Preciso tomar mais cuidado.

— Por favor, não se preocupe comigo, fique sempre à vontade na minha presença.

Como era gostoso vê-la gargalhar daquele modo espontâneo, mas com uma pontada de tensão. Conclui que a minha presença estava provocando a sua libido.

Eu estava excitadíssimo, com dificuldade para controlar as batidas do meu coração e o tremor das minhas mãos.

Quando se acalmou, sugeriu que fosse embora.

— Me deixe ficar mais um pouco te ajudando.

— Me cobiçando, você quer dizer.

— Te admirando, seria a palavra certa.

— Não, não. Vem... te levo até o portão. Mais tarde te chamarei para me ajudar.

— Que pena.

Ela colocou a mão no meu ombro e me abraçou de lado. Senti no braço a maciez do seio que tanto admirei. Seria um prêmio pela minha ajuda?

— É bom saber que me admira tanto assim.

Apertou o botão para abrir o portão, que começou a guinchar.

Quando estava aberto, ainda tentei argumentar.

— Tem certeza? Nem por compaixão?

Antes que respondesse o carro do marido embicou e começou a entrar, nos obrigando a dar caminho para ele.

Madalena tampou a boca com as pontas dos dedos, num gesto de preocupação.

— Ai, meu Deus, o que meu marido está fazendo aqui?

Acreditei que sua preocupação era explicar a minha presença dentro da casa. Fiquei tenso também e me preparei para sair de fininho.

— Não é ele.

— Não é mesmo. Quem é esse cara?

As portas se abriram e duas armas surgiram apontadas para nós.

— Fiquem de costas!

Mudo e sem reação, obedeci.

Madalena tentou falar, enquanto virava-se também.

— Calma! Calma! O que você querem?!

Senti um pano molhado tampando meu nariz e um cheiro forte, que depois soube que era clorofórmio.

Acordei no porta-malas do carro, em movimento, sentindo outro corpo. Desconfiei que fosse Madalena.

Estava zonzo e a escuridão não me permitia ver nada. Notei que um capuz cobria minha cabeça. Minhas mãos e pernas estavam amarrados com algo bem fino, mas resistente, e que me machucava.

— Madalena? — Sussurrei.

— Oi... — Respondeu-me no mesmo tom.

— Você está bem?

— Sim. E você?

— O que está acontecendo?

— Não sei...

Os solavancos dificultavam a conversa.

O som de um rock pesado chegava até nós.

Rodamos por muito tempo.

Meus braços e pernas adormeceram e começaram a doer.

Finalmente paramos, mas ainda demorou algum tempo para a porta ser aberta.

Fomos puxados para fora energicamente, mas sem violência. A mão forte do homem grudou em meu braço me obrigando a seguir em frente. Nenhuma palavra foi dita até que me sentei numa cama macia.

Ao mesmo tempo em que me libertava das amarras dava ordens num tom enérgico.

— Só tirem o capuz quando ouvirem a porta bater.

Reconheci a voz do cara lá da garagem, mas nem me preocupei com isso naquele momento. Só queria me livrar do entorpecimento dos braços e apreciar o fato de estar livre.

Em poucos segundos a porta bateu e a chave girou na fechadura duas vezes.

Tiramos os capuzes ao mesmo tempo.

Madalena estava na outra cama, me olhando assustada.

Fiquei de pé para me movimentar enquanto reparava no quarto.

Não tinha nenhuma janela ou fresta que permitisse a entrada da luz natural. A iluminação precária vinha de uma lâmpada pendurada no alto de uma das paredes. Nenhum interruptor à vista, devia ficar do lado de fora.

Madalena levantara-se também e fazia o mesmo que eu.

Notei que as camas, de solteiro, tinham colchões finos, mas sem lençóis, apenas com os travesseiros, sem fronhas. Ficavam quase encostadas uma na outra.

Descobri que havia um minúsculo compartimento com um vaso sanitário, uma ducha higiênica e uma pequena pia. Em cima, escovas e pasta de dentes. Não havia chuveiro instalado.

Se não fosse pelo propósito da coisa e pela falta de janelas, o lugar até que era confortável.

— O que está acontecendo?!

Era eu quem queria ter perguntado primeiro.

— Não sei. Quer dizer, fomos sequestrados.

— Para que?

— Acredito que queriam você... Eu estou aqui de alegre.

Ela compreendeu a minha lógica e, tremendo, veio me abraçar.

— Oh, querido, não sei o que dizer.

Não consigo explicar agora, mas aquele abraço me excitou. Eu devia estar com medo da situação, aliás, estava, mas o tesão aflorou assim mesmo. Uma onda de calor tomou conta do meu corpo vindo do corpo dela. Acho que o fato de termos chegado à conclusão de que eles a queriam e não a mim me tranquilizou.

— O que vamos fazer?

Começou a chorar no meu ombro. Apertei-a mais, sentindo-me confiante.

— Vamos esperar um pouco para ver o que aconteceÉ curiosa a forma que o tempo passa sem um relógio e sem uma janela para acompanhá-lo.

A única forma de notá-lo eram as dores que atacavam quando ficávamos algum tempo na mesma posição e que nos obrigavam a andar para lá e para cá sem objetivo.

Madalena chorava de vez em quando.

Aproveitava para abraçá-la, que sem pudor se aconchegava a mim. Mas até isso incomodava depois de certo tempo e a gente se separava.

— Estou com fome. Será que vão nos dar comida?

— Espero que sim. Também estou.

A fome já estava ficando insuportável quando uma portinhola, que eu já notara na parte de baixo da porta, se abriu e alguém empurrou dois tapewares com comida. Em seguida, surgiram duas garrafinhas de suco, sem nenhum rótulo, e duas colheres de plástico.

Arroz, feijão e carne cozida.

Foi um deleite para nós. Devoramos tudo em poucos minutos.

Nunca antes sentira tanto prazer em mastigar alguma coisa.

O sono veio quase instantâneo.

Quando acordei, uma zonzeira perturbava minha cabeça, como se estivesse de ressaca. Fiquei alguns minutos sentado na cama com os olhos arregalados, tentando visualizar as coisas melhor.

Notei que as vasilhas tinham sumido... Alguém tinha entrado no quarto!

Virei-me para Madalena para comentar e...

— Meu Deus...

Meu coração bateu forte e meu pênis reagiu.

Seu vestido tinha subido pelas coxas deixando seu sexo exposto.

Até aquele momento, não tinha conseguido fixar meus olhos nos seios que surgiam a todo instante através do decote, nem mesmo depois do abraço que me excitou sobremaneira. A situação me obrigava a ter respeito por ela, mas agora não consegui deixar de olhar. Era uma maravilha!

Porém, em meio a um turbilhão de pensamentos libidinosos, uma dúvida passou pela minha cabeça e decidi acordá-la.

— Madalena...

Fui aumentado o tom da voz até que ela abriu os olhos.

— Oi...

Logo se lembrou de onde estávamos e se sentou, ajeitando o vestido e percebendo que eu tinha visto sua intimidade. Não me recriminou. Compreender que a situação continuava a mesma era mais chocante para ela.

— Aconteceu alguma coisa?

— Alguém entrou aqui enquanto dormíamos.

— Como sabe?

— As vasilhas...

Ela procurou por elas e entendeu.

— Outra coisa...

— O que?

— Você está sem calcinha... Será que a pessoa...

Madalena balançou a cabeça e ameaçou um sorriso. Era a primeira vez que fazia isso desde que fomos deixados ali.

— Não. Eu já estava sem ela.

— Não tive como não olhar. Me desculpe...

— Não se preocupe...

Na hora me veio a certeza de que os “caras” tinham visto também quando fomos colocados no porta-malas. Mas é claro que isso não importava mais.

Ela ficou de pé e estendeu os braços para mim.

— Vem cá.

Obedeci, timidamente.

Aconchegou-se em meu peito.

— Sei que é egoísmo meu, mas que bom que está aqui. Não sei o que seria de mim se estivesse sozinha.

Passei a mão nos seus cabelos desgrenhados e depositei um beijo neles.

— Estou ficando com medo, Madalena.

— Eu já estou apavorada.

— Será que vão nos matar?

— Prefiro pensar que não. Se bem que não sei o que estamos fazendo aqui. Meu marido está sem dinheiro, a empresa está de mal a pior. Ele não tem como pagar nada!

Começou a chorar de novo.

— Desculpe te envolver nisso.

— Agora é minha vez de dizer para não se preocupar.

— Você é um doce.

Ficamos mais algum tempo ali, agarrados, até que foi ao lavabo.

Saiu um tempo depois com a aparência melhorada.

— Tem escova de dentes...

— Eu vi.

— Que chique, hem?

Usei o banheiro também e voltamos para as camas.

Depois de um tempo, ela se levantou e começou a procurar alguma coisa nas paredes.

— O que está procurando?

— Câmeras...

Fui ajudá-la.

Não encontramos nada.

Outra vez deitados, começamos a falar das nossas famílias.

Ela às vezes ria, às vezes chorava.

Quando a portinhola se abriu foi que notei que o meu estômago estava vazio. Avançamos para cima da comida sem nos lembrar do que tinha acontecido da vez anterior.

Logo estávamos dormindo e, de novo, aquela sensação de ressaca quando acordei.

Madalena ressonava, deitada de lado e de costas para mim.

Estava mais estonteante que antes. Seu vestido subira até a metade das nádegas me deixando atônito. Pensei em me masturbar, desisti, mas acabei fazendo. Tirei o calção e peguei a cueca para aparar gozo.

Mal tinha começado a movimentar a mão quando ela virou-se e me flagrou.

— O que está fazendo?!

Fiquei sem ação, olhando para os seus olhos assustados. Senti que estava horrorizada. Apenas balancei a cabeça e corri para o lavabo.

Demorei lá. Não queria enfrentá-la.

Até que ela bateu na porta.

— Fred, preciso usar o banheiro.

Havia um tom de súplica na sua voz.

Abri a porta e saí sem encará-la.

Trancou-se por longos minutos.

Fiquei esperando deitado na cama.

Quando saiu me olhou de um jeito esquisito. Levantei a mão em sinal de paz.

— Me desculpe... Não vou fazer mais.

Sentou-se ao meu lado.

— Querido, você até que está sendo gentil comigo. Apenas quis se masturbar... e não me pegar à força.

— Não faria isso.

— Eu sei.

Num gesto inesperado, pegou minha mão e a levou ao seio mais próximo. Um discretíssimo sorriso iluminava seu semblante.

Que delícia tocar naquela maciez, ainda que sobre o tecido.

Apertei-o delicadamente e comecei a tatear em busca do bico intumescido.

Sua mão, agora livre, fez o mesmo com o meu pênis.

Depois abriu meu cinto, o zíper e, com destreza, expôs o meu pênis endurecido. Massageou-o por toda a sua extensão.

Devagar e com carinho.

Acomodara-se para fazê-lo melhor.

De vez em quando, cuspia nele para lubrificá-lo e fazia o movimento de vai e vem.

Seu olhar, fixo no que fazia, indicava que estava tranquila.

Eu a encarava incrédulo, sentindo o orgasmo se aproximar.

— Vou gozar... – Anunciei.

Sem se perturbar, abaixou a cabeça sobre meu pênis e abriu a boca para receber o gozo.

Vê-la se preparar daquela forma adiantou a ejaculação, que saiu em esguichos fortes e abundantes.

Madalena foi aparando cada um deles e engolindo se pestanejar.

Por fim, seus lábios se fecharam em torno da cabeça e passou a sugá-la, enquanto sua mão apertava da base para cima a fim de expulsar o resquício que ainda estava lá.

Eu resfolegava e me contorcia sufocado com aquele prazer que nunca havia sentido.

Quando deu por terminada sua tarefa, deitou-se ao meu lado e colocou a cabeça no meu peito, em cima do coração, ainda batendo num ritmo acelerado.

— Parece que você gostou... — Sussurrou.

— Muito.

— Que bom. É o mínimo que poderia fazer por você.

Fechei os olhos, respirei fundo e cochilei pensando naquelas palavras. Qual seria o máximo?

. . .

A partir de então, Madalena ficou mais carinhosa. Continuava chorando de vez em quando, mas procurava sempre estar ao meu lado, grudada em mim, fazendo massagens... e me masturbando sempre que meu pênis reagia. No entanto, não me permitiu tocar sua vagina nas vezes que tentei atingi-la. Deixava-me apenas bolinar seus seios. Esses estavam liberados e, até quando estávamos deitados conversando, brincava com eles. Sem argumentos para usufruir mais, contentava-me com o que me oferecia.

A comida continuava chegando quando a fome apertava. A pessoa responsável parecia adivinhar a hora certa.

Madalena e eu tínhamos concluído que colocavam sonífero na bebida, mas que no final das contas era bom para nós porque permitia que dormíssemos horas a fio evitando aquela agonia de nada fazer.

Não sei quanto dias se passaram quando resolvi não tomar o suco e sim pegar água no lavatório. Joguei o suco lá. Madalena quis fazer o mesmo, mas a convenci que daquela vez não.

Quando dormiu, fingi dormir também e numa posição que me permitia ver a porta se abrir. Fechei os olhos o máximo que pude e esperei.

Não demorou muito para que uma pessoa entrasse. Usava boné e uma máscara lisa que escondia o rosto, mas o corpo delgado denunciava que era mulher. Estava armada e veio na minha direção.

Fiz um esforço enorme para não me mexer, mas o cano frio na minha testa me forçou a abrir os olhos.

— Venha comigo.

Não se preocupou em falar baixo para não acordar Madalena.

Tenso, levantei-me devagar, sem perder de vista a mão que me apontava a arma.

— Vamos sair daqui.

— Sair?!

Por um instante, fiquei eufórico com a possibilidade de estar de volta à liberdade. Pensei que tinham percebido que a coisa não era comigo e iam me libertar. Olhei para a minha querida que jazia num sono profundo.

— E ela?

— Meu assunto é com você. Vamos!

E me empurrou pressionando a arma nas minhas costas.

Saímos para um corredor, mas logo me fez entrar pela porta mais próxima. Era um quarto vazio, exceto pela cama de casal... e quatro algemas parcialmente presas nos cantos.

— Tire a roupa e deite na cama.

— Hem?!

Assustei-me. Aquilo parecia com os filmes pornográficos de sadomasoquismo que via de vez em quando.

— Anda!

Tirei a roupa e me deitei de olho nela.

— Ponha as algemas. Primeiro nos pés.

A última foi fechada por ela, que para se precaver encostou o cano na minha cabeça de novo.

Ao confirmar que eu estava sem condições de reagir, suspirou profundamente e saiu do quarto, fechando a porta.

Fiquei ali, sentindo o meu desespero aumentar. A ausência de Madalena enfraqueceu meus ânimos.

Chorei pela primeira vez.

Comecei a imaginar alguém entrando e atirando em mim sem dó nem piedade. A lembrança de meus pais se fez sentir com mais força e desencadeou um choro convulsivo.

— Calma! Que choro é esse?

Por causa das lágrimas, não tinha visto a porta de abrir e a mulher entrar. Ela depositou uma bacia no chão e sentou-se na cama, de modo a poder secar meu rosto.

— Fique tranquilo, não vai acontecer nada com você.

Agora podia vê-la melhor. Trocara a máscara por uma menor que escondia apenas os olhos e as sobrancelhas. O roupão atoalhado indicava que tinha acabado de tomar banho. Concluí rapidamente que era bonita.

— A menos que me obrigue a puxar o gatilho. Mas você não pensando em reagir, está?

— Não... – Balbuciei.

— Acredite que não deve mesmo pensar nisso. Deixe o tempo correr e quando menos esperar estará na sua casa. Você está aqui por engano. O que estava fazendo lá?

— Ajudando a Madalena...

— Dando uma transadinha também?

— Não. Isso não.

— Acredito. Ela só te chupou até agora. Se já tivessem transado teriam feito de novo.

— Você viu?

— Sim.

— Como?

— Segredo. Mas... vejo e escuto tudo o que falam.

Seu sorriso me seduziu. Não parecia capaz de matar alguém.

— Por que me trouxe para esse quarto?

— Um capricho meu. Se para vocês está difícil ficar lá dentro, para mim não é diferente. Também estou presa e ficarei até as coisas se acertarem lá fora.

— E como estão as coisas?

— Não sei. O meu celular só vai tocar uma vez. Para o bem ou para o mal.

— Ela me disse que o marido está sem dinheiro...

— Não é verdade. Ela não sabe, mas o desgraçado deu um golpe na praça. O detalhe é que trapaceou a pessoa errada. Outro detalhe é que o filho deveria estar aqui e não você. Mas não mudou muita coisa. O agravante, e que precipitou as coisas, é que o canalha pretendia fugir do país por esses dias...

— Jura?! Com a secretária?

Despertei sua curiosidade.

— Como sabe dela?

— A Madalena estava desconfiada.

— Ah, com razão, a moça faz parte dos planos dele.

Subitamente, pôs a mão no meu pênis.

— E você? Está disposto a traí-la também?

— Trair?!

— Foi para isso que te trouxe para cá. Ver vocês lá dentro na maior pegação me excita pra caramba, mas cansei de me masturbar.

Arregalei os olhos, não acreditando nela.

— Pretendo usar você.

Levei uns segundos para compreender o que ela dizia.

— Não vou voltar mais?

— Só quando eu estiver satisfeita. Então, vai colaborar comigo e endurecer esse pau para me fazer feliz?

Não tinha o que responder.

— Vai me soltar?

— Nem pensar. Se você escapar, eles me matam. Não quero correr esse risco.

Outra vez aquele sorriso encantador.

Seu olhar desviou-se para bacia no chão.

— Oh, a água já deve estar fria.

Colocou a mão nela.

— Está boa ainda.

Sem a menor cerimônia, começou a lavar o meu sexo com uma toalha úmida que exalava um perfume agradável.

Depois de molhar e esfregar, secava com outra toalha.

Tudo isso sem pressa, na maior calma.

De vez em quando, me olhava e sorria. Um sorriso que expunha os dentes bem cuidados.

Comecei a me excitar. Ela percebeu.

— Finalmente...

Pensei que fosse bolinar meu pênis, mas ela confirmou que não estava com pressa e usou aquela toalha para limpar a minha bunda, demorando no ânus. Vendo meu desagrado, riu, debochada.

Depois, usando a segunda toalha, começou a me lavar por inteiro. Comecei a ficar cada vez mais relaxado e entrei no clima, ficando excitado com sua proximidade e o trabalho que fazia.

Passei aqueles minutos reparando nela.

Seu semblante jocoso não indicava que podia matar alguém.

Quando julgou que estava limpo, ficou de pé, afastou a bacia e começou a tirar o roupão.

Seus seios eram pequenos e firmes. As auréolas diminutas, combinavam simetricamente com os bicos entumecidos.

E o sexo... Ai, meu Deus, tinha os pelos aparados e recortados com cuidado para deixar tudo em harmonia.

Incontinenti me lembrei do sexo de Madalena, maravilhoso, mas sem aquela preocupação estética.

Meu pênis tinha endurecido sem que tivesse percebido. Ela notara e se aproximou para tocá-lo.

— Que lindo...

O abocanhou imediatamente e começou uma sessão de beijos gulosos, acompanhados de gemidos altos, dando-me a certeza de que estava adorando fazer aquilo.

Comparei de novo com Madalena, que só encostava a boca nele na hora de receber o gozo.

Minha algoz parou de beijar meu pênis e subiu na cama, ficando em pé sobre mim e abrindo as pernas. Vi sua boceta de baixo e fiquei alucinado.

— Traga ela aqui! – Implorei.

Meu olhar fixo a fez rir.

— Está dando ordens agora?

— Por favor...

Ela sentou-se no meu peito e foi aproximando seu sexo da minha boca até encostar em meus lábios. Primeiro senti o cheiro e depois o sabor. Um conjunto alucinante.

Comecei a chupá-la como dava, tentando lhe enfiar a língua.

A moça gostou da iniciativa e passou a me ajudar, direcionando o clitóris a fim de que pudesse alcançá-lo mais facilmente.

E gemia! Com gosto, com tesão!

Olhei seus seios acima e fiquei louco para tocá-los, mas as algemas, é claro, me impediam.

Com a respiração ofegante, saiu dali para sentar-se no meu pênis, fazendo-o entrar em sua vagina escorregadia sem nenhuma dificuldade.

— Ai, que coisa boa! – Comentou olhando para o teto.

Pensei a mesma coisa. Meu pau foi envolvido por uma quentura tão gostosa que quase gozei.

Depois de se ajeitar sobre ele, seus quadris começaram a se movimentar, numa clara tentativa de me masturbar.

Continuava gemendo cada vez que eu sumia dentro dela.

Como suportar mais tempo?

Gozei.

Ela percebeu e sorriu.

— Não aguentou mais, garanhão?

— Não deu... – Gemi.

Ficou por ali, rebolando e sorrindo satisfeita.

Para aumentar o meu delírio, afastou-se o suficiente para que o meu pênis saísse dela e o esperma que tinha jorrado no fundo de sua vagina caísse sobre ele.

Dobrando-se entre minhas pernas, pôs-se lamber tudo aquilo além colocar meu pau amolecido na boca e sugá-lo em busca de mais.

Fechei os olhos, deliciado.

— Adorei! – Exclamou.

Abri os olhos e a vi descendo.

Enquanto me encarava com expressão tranquila, vestiu o roupão.

— Você entendeu que não deve tentar fugir?

— Sim.

Pegou a arma no chão, que eu não tinha notado, e me mostrou que estava carregada.

— Eles me matam se vocês fugirem e, por outro lado, tanto faz se vocês estiverem vivos ou mortos. Por isso, não ouse fazer nada, não quero ser obrigada a atirar em você.

— Entendi.

— Que bom.

Soltou a algema que prendia o braço direito.

— Abra as outras... Devagar.

Obedeci.

Já não tinha mais a certeza de que ela seria incapaz de matar alguém.

Esperou com calma que vestisse a roupa e me indicou o caminho de volta, andando a poucos de passos atrás.

A chave do nosso cubículo estava na fechadura.

Ansioso, abri e entrei.

Sem nenhum comentário, minha “torturadora” trancou a porta.

Meus sentidos voltaram para Madalena, que dormia virada para a parede e com as dobras das nádegas surgindo sob o vestido. Apesar de extasiado com a “sessão de tortura” a que fui submetido, reparei na beleza de suas pernas e coxas.

Deitei-me apreciando os detalhes delas e dormiNão gostei do olhar triste de Madalena quando acordei.

Estava em sua cama, sentada, com os cotovelos apoiados nas pernas e esfregando as mãos uma na outra, denotando sua aflição.

Interpelou-me assim que me sentei na cama.

— O que aconteceu?

Parecia desconfiada de mim. Não gostei. Mesmo tendo sido obrigado, sentia-me culpado. Pensei na palavra “trair” que a outra tinha dito e tentei organizar meus pensamentos.

— Do que está falando?

— Você sabe. Acordei e você não estava aqui. E voltou de banho tomado. O que aconteceu? Onde tomou banho? Você passou para o lado deles?

Não tive alternativa a não ser contar tudo o que aconteceu.

Com receio de provocar mais insatisfações nela, omiti detalhes da transa.

À medida que a história avançava ia ficando boquiaberta.

Expliquei que a moça estava sozinha, mas que tinha uma arma e que não hesitaria em atirar na gente. Que havia comentado que a nossa vida não faria diferença para os caras, por isso não devíamos tentar nada e esperar o desfecho da coisa. Tentei pintar a outra como fria e calculista e outros adjetivos do tipo sinistra, funesta...

No final, parece que só prestou atenção numa coisa.

— Você transou com ela.

— Ela transou comigo! Não entendeu que fiquei algemado?

— Mas seu pau ficou duro.

— Foi na hora do banho...

— Não acredito que fez isso!

Olhava-me com raiva. E eu não tinha como explicar. Também não havia por que explicar, ela não era minha mulher.

Que erro terrível cometi ao jogar isso na cara dela.

— Madalena, eu não sou nada seu!

Parece que caiu em si, abaixou a cabeça e concordou.

— Não é... É verdade...

Para aumentar a minha amargura, deitou e virou-se de costas, ajeitando o vestido para que suas intimidades não aparecerem.

Fiquei realmente consternado, não devia ter lembrado aquilo. Fui até ela, mas assim que percebeu minha presença, me empurrou.

— Não toque em mim! Você está sujo daquela vagabunda! Estou com nojo de você!

Ela pegou pesado.

— Nojo?

Voltei para minha cama e me estiquei nela, olhando o teto vazio e tentando raciocinar.

Rememorei a aventura e a conversa com Madalena.

Não tinha visto quase nada do resto da casa. Aquele quarto também não tinha janelas abertas. Na verdade, tinha janelas, mas estavam cobertas com cortinas pesadas e escuras. Parecia ser uma construção grande. E num lugar onde o celular pegava. O silêncio no exterior indicava que era deserto. Não ouvi barulho de carros, sirenes ou algo pertinente. Portanto, estávamos em alguma área civilizada, mas fora da cidade.

Acabei adormecendo sem chegar a algo que mudasse a nossa situação.

Acordei com o barulho da comida sendo empurrada para dentro.

Madalena mal me olhou. Pegou o suco e entrou no banheiro para jogá-lo fora e encher a garrafa com água.

— Não vai tomar o suco?

— Não quero dormir mais.

Comemos calados.

Também porque a fome tinha apertado.

Depois ela foi escovar os dentes e tomou um banho com a ducha higiênica.

Usou o vestido para se enxugar, voltando com ele na mão, mostrando-se nua como não havia feito antes.

— Madalena... O que é isso?

— Vou colocá-lo para secar aqui.

E o estendeu no chão, aos pés da sua cama.

Sua nudez era alucinante. Tive que admitir que fora injusto em desvalorizá-la quando a comparei com a outra.

Acompanhava seus movimentos com os olhos arregalados, encantado com tanta beleza e sensualidade. Não sei se por causa dos meus sentimentos por ela, mas atinei que era mesmo mais bonita que a outra.

Deitou-se de costas na cama e virou apenas a cabeça para mim ao falar. Seu olhar estava outra vez cheio de ternura.

— Se quiser fazer amor comigo tome um banho também.

— Madalena...

Não consegui dizer mais nada.

Acabei sorrindo e fui me preparar para ela.

Quando voltei tinha colocado os dois travesseiros em sua cama e me esperava no canto. Acomodei-me no espaço vazio, ficando de lado, apoiado no braço esquerdo.

— Você está bem? – Quebrei o silêncio. – Parece tensa.

— Você devia ter me dito que queria mais de mim.

— Estava satisfeito, Madalena... Estou satisfeito, melhor dizendo.

Ameaçou um sorriso.

— Você nem imagina como!

— Você é um doce.

— Não precisa fazer o que não quer. Acho até que já foi além dos seus limites.

— Acha? – Sorriu, finalmente.

Levantou-se para ficar de lado, de frente para mim e me induzir a deitar. Pela primeira vez senti seus lábios, num beijo suave. Depois colou a boca na minha e continuou falando.

— Acha que te deixar gozar na minha boca é o meu limite?

— Não?

Usando os lábios, os dentes e a língua, começou a brincar com a minha boca enquanto sussurrava.

— Você se lembra de quantas vezes gozou nela?

— Não.

— Doze.

— Tanto assim?

— Sim. E eu passaria os restos dos meus dias deixando você fazer isso. Mas é pouco para quem não sabe se vai sobreviver. Então, vamos transar de verdade, com tudo que dois amantes apaixonados tem direito.

— Vou adorar ser seu amante lá fora.

— Por tudo que representa esse “lá fora”, eu também.

Desceu para meu pênis e o abocanhou devagar.

Senti a quentura o envolvendo até onde encontrou resistência e não pode entrar mais. Ela engasgou e riu.

— Parece que está maior...

Depois de brincar um tempo com ele, montou a cavalo no meu abdômen e o fez entrar em sua vagina.

Precisou de um ou dois movimentos para cima e para baixo para acomodá-lo dentro de si.

— Ai, que delícia... Que saudade disso...

Começou a subir e descer, me masturbando e fazendo seus seios balançarem. Agarrei-os com força. Ela gemeu de dor, mas não me interrompeu enquanto os deformava.

Controlava meu orgasmo pelas minhas expressões.

Antes que o atingisse naquela posição, deitou de novo e virou-se de costas para mim. Virei-me também e coloquei meu pau entre suas nádegas. Madalena o pegou e o direcionou para o seu ânus.

Apesar de duro e lubrificado pela vagina dela, foi entrando com certa dificuldade no orifício apertado.

Ela gemia surdamente, sem escândalo, suportando a dor com obstinação. Dando provas que faria qualquer coisa para me agradar.

Movimentei-me algumas vezes para ajeitar meu pau lá dentro.

Então, comecei as estocadas e aumentei o ritmo paulatinamente, arrancando gemidos mais altos dela.

Minutos depois, quando gozei, ela bufava, e sentindo o que acontecia, relaxou e passou a respirar profundamente para se recuperar.

Permaneci grudado nela até meu pau amolecer e sair.

Satisfeito, deitei-me de costas. Ela se virou e me beijou nos lábios, aconchegando-se em meu peito.

Apertei-a contra mim, sentindo que me pertencia.

Lembrei-me que a outra estava acompanhando tudo aquilo e me preocupei com a possibilidade de ter que estar com ela de novo e não conseguir me excitar. Depois sorri, procurando pela câmera ou buraco por onde nos acompanhava. Queria acenar para ela, mas não sabia para onde me dirigirOs dias seguintes voltaram à normalidade quanto ao cárcere. A comida vinha na hora certa e mais nada chegava lá de fora.

Às vezes ficava imaginando que a qualquer momento a porta se abriria e a mulher apareceria para me levar para outra ”sessão de tortura”.

Creio que Madalena pensava o mesmo e, com medo (ou seria ciúme?), me levava ao êxtase seguidamente.

A seu pedido, nossas camas permaneceram coladas desde então.

Ao senti-la tão minha, quis que aquilo não tivesse fimdia encontrei uma chave na minha vasilha de comida.

— O que é isso?! – Exclamei, com o coração aos pulos.

— É da porta?

Madalena tinha se agitado também.

Sem perder tempo, corri pra testá-la.

Era!

Abri a porta devagar e olhei o corredor.

Com cuidado, saímos e, alguns minutos depois, constatamos que estávamos sozinhos. Corremos até a entrada principal, que estava destrancada, e saímos para uma varanda.

Nada à vista, exceto o mato.

O sol estava se pondo.

— Vamos sair logo daqui!

Madalena dera a ordem e me puxava na direção do caminho que se estendia à frente.

Chegamos ao asfalto nos últimos estertores do dia e, por sorte, conseguimos uma carona até a cidade mais próximaOs acontecimentos depois disso ocorreram de forma vertiginosa.

O retorno às nossas famílias e os procedimentos policiais foram tão intensos que nos afastaram. Mal nos falamos nas semanas seguintes.

Ela não voltou mais para casa. Nem para buscar suas coisas. Alguém fez isso por ela. Mudou-se com o filho para o apartamento da mãe e entrou com um pedido de divórcio. O crápula do marido foi preso, confessou as falcatruas e está para ser julgado.

A polícia não tem a mínima ideia de quem nos sequestrou.

Eu fiquei com a saudade me atormentando.

Só pensava nela. Chegando a desejar que tudo se repetisse.

Um dia, meu celular tocou não identificando a pessoa. Atendi mesmo assim.

— Nossa, como foi difícil conseguir o seu número!

— Madalena?

— Esperava que fosse a outra?

— Madalena, que delícia ouvir a sua voz!

— Você ainda pensa em mim?

— Todos os minutos...

— E ainda quer ser meu amante?

— Quero muito.

— Hoje, lá pelas quatro, passarei aí na casa e vou adorar te encontrar. Acredito que sua presença vai me dar forças para entrar nela e rever tudo lá. Aliás, acho que já estou conformada.

— Eu não me conformo de não te ver mais.

— Você é um doce. Que gostoso falar com você. Me lembra o lado bom do que aconteceu.

— Foi bom, não foi?

— Será que agora será melhor?

— Acho que sim.

— Ai, estou ficando excitada... Que coisa boa sentir essa vontade de estar com você outra vez!

— Não vejo a hora, Madalena...

— Espere só mais um pouco que serei sua de novo. Quero fazer amor com você até não aguentar mais...

— Vou ficar te esperando...

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Comentários

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não vai mais escrever glinos ? teus contos são fantásticos!

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Adoro casadas e noivas..Whats ( vinte dois) nove,nove,nove,três ,cinco, um, três , um , três .

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Embora bem escrito, é totalmente irreal. Numa situação de altíssimo stress como um sequestro, ninguém vai pensar em sexo.

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Conto sensacional. Nota 10 com louvor. Também tenho contos, dá um olhadinha neles.

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